eJournals Vox Romanica 79/1

Vox Romanica
vox
0042-899X
2941-0916
Francke Verlag Tübingen
10.2357/VOX-2020-002
Es handelt sich um einen Open-Access-Artikel, der unter den Bedingungen der Lizenz CC by 4.0 veröffentlicht wurde.http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/121
2020
791 Kristol De Stefani

I primi secoli della lessicografia dialettale italiana

121
2020
Marcello Aprile
Cet article suit le développement de la lexicographie dialectale italienne du début du 16ème siècle jusqu’à la fin du 18ème siècle. L’article se focalise sur trois groupes de travaux coïncidant grosso modo avec trois siècles historiques. Le premier groupe manifeste des caractéristiques prémodernes et consiste en différents travaux du 16ème siècle qui précèdent le Vocabolario degli Accademici della Crusca. Le deuxième groupe représente la régression du 17ème siècle vers le système médiéval des listes de mots. Enfin, le troisième groupe se compose de vocabulaires dialectaux achevés, conçus comme des compléments du modèle désormais incontesté du Vocabolario degli Accademici della Crusca: ces travaux anticipent la grande vague de la lexicographie dialectale du 19ème siècle.
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11 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 O mesmo acontece em relaç-o a extra , nas suas nove ocorrências: Figura 4: FST de desambiguaç-o do SP introduzido por extra Este grafo determina que extra é sempre preposiç-o, prevendo a desambiguaç-o dos elementos do sintagma preposicional que introduz: um nome no acusativo, que pode ser antecedido por um adjetivo no mesmo caso - extra mundum ; extra omnem hyperbolem - e por um complemento em genitivo - extra Romanae ditionis limites ; extra anni solisque vias . Coram n-o ocorre como nome no corpus , pelo que se definiram as seguintes regras para desambiguar a forma, entre advérbio e preposiç-o: coram é preposiç-o quando antecede um nome ou pronome no ablativo: coram gentibus , coram te . Nos outros casos, coram é advérbio: et coram res uti sunt intuendo . Eis o grafo correspondente: Figura 5: FST de desambiguaç-o de coram Citra ocorre sete vezes no corpus , sempre como preposiç-o, e o grafo abaixo (relativo à desambiguaç-o do sintagma preposicional) estabelece que a citra preposiç-o podem seguir-se, etiquetados desse modo: um nome no acusativo: citra piaculum ; um adjetivo e um nome no acusativo: citra omnem hiperbolem ; um determinativo encaixado, em genitivo, e um nome no acusativo: citra Apostoli mentem ; um adjetivo no acusativo, um genitivo encaixado e um nome no acusativo: citra omne temeritatis offendiculum ; uma sequência de adjetivos no acusativo (unidos por vírgula, conjunç-o, ou ambas) e um nome no acusativo: citra ingens, et inauditum miraculum : Ambiguidade e desambiguaç-o automática das preposições latinas Carlos Assunç-o / José Paulo Tavares / Gonçalo Fernandes 12 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 Figura 6: FST de desambiguaç-o de citra Adversum só ocorre uma vez, como advérbio. Adversus é preposiç-o nas suas catorze ocorrências no corpus , e o grafo de desambiguaç-o dos sintagmas respetivos é o seguinte: Figura 7: FST de desambiguaç-o de adversus Para cum , preposiç-o ou conjunç-o subordinativa, o grafo seguinte permite desambiguar automaticamente 264 das 269 ocorrências: Figura 8: FST de desambiguaç-o de cum Este grafo define que: cum é conjunç-o quando seguido por outra conjunç-o. Neste caso, as duas palavras s-o consideradas uma única unidade, etiquetada como CONJ : 13 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 cum autem ; cum enim ; cum ergo ; seguido por um verbo: cum ait Paulus ; cum cognovissent Deum ; cum dictum est ; seguido por preposiç-o: cum ad ; cum de ; cum ex ; cum in ; seguido por advérbio: cum longissime distent ; cum manifeste loquatur ; cum é preposiç-o quando seguido por um pronome e um nome no ablativo (que devem, por sua vez, receber apenas as etiquetas relativas a este caso): pugnat cum ista scientia ; Loquor cum eodem discursu ; por um pronome no ablativo: cum quo mihi res est ; por um nome no ablativo (antecedido e/ ou precedido por adjetivos no mesmo caso): cum divina omnipotentia ; cum Deo conjungunt . Circa é sempre preposiç-o (no corpus ), e elaborou-se o seguinte grafo para resoluç-o das ambiguidades dos grupos respetivos: Figura 9: FST de desambiguaç-o de circa Este grafo prevê a atribuiç-o da etiqueta < PREP > a circa e a desambiguaç-o do complemento subsequente, em acusativo, isolado ( circa talia ) ou com um complemento em genitivo de permeio ( circa aliorum sententias ). Para a , que ocorre 700 vezes, definiu-se a atribuiç-o da etiqueta < NUM+ord > à sequência 3a ( Quaestio 3a ) e < PREP > às restantes ocorrências, ao mesmo tempo que se definiram regras de desambiguaç-o para o sintagma preposicional que introduz. O mesmo foi feito para ab , absque , de , in , prae , praeter , pro , subter , subtus e ultra . Ante é advérbio antes de preposiç-o, verbo, vírgula ou ponto, e é preposiç-o quando se segue um elemento em acusativo, eventualmente com um genitivo inserido entre ambos, pelo que foi construído o grafo seguinte, que desambigua 31 sequências: Figura 10: FST de desambiguaç-o de ante Ambiguidade e desambiguaç-o automática das preposições latinas Carlos Assunç-o / José Paulo Tavares / Gonçalo Fernandes 14 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 Para clam , infra , procul e simul , que no corpus só ocorrem como advérbios, foram construídas regras como a seguinte, que prevê a atribuiç-o da etiqueta < ADV > a clam : Figura 11: FST de desambiguaç-o de clam Contra é advérbio se antes estiver uma preposiç-o ( e contra ) ou um verbo ( arguebant contra ), ou se depois estiver um verbo ( contra opponebantur ). Nos restantes casos, é preposiç-o, tendo sido formuladas também regras de desambiguaç-o do(s) sintagma(s) que introduz, no grafo seguinte: Figura 12: FST de desambiguaç-o de contra Post é preposiç-o, exceto quando integrado na locuç-o paulo post , que recebe a etiqueta < ADV >: Figura 13: FST de desambiguaç-o de post Supra tanto é advérbio como preposiç-o. Como advérbio, ocorre antes de verbo, de preposiç-o, de nome que n-o esteja no acusativo ou de « , , e idem ». Nos restantes casos é preposiç-o, tendo sido estabelecidas regras de desambiguaç-o do sintagma que introduz: 15 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 Figura 14: FST de desambiguaç-o de supra Usque tanto pode ser integrado na locuç-o preposicional usque ad como ser preposiç-o simples (no corpus , depois de Ravennam ) ou ser advérbio: Figura 15: FST de desambiguaç-o de usque 4. Conclusões Atualmente, a utilizaç-o de programas de análise automática de textos n-o é ainda uma prática corrente, limitando-se a círculos restritos de investigaç-o. Neste trabalho, elaboramos regras de desambiguaç-o automática das preposições latinas para a vers-o latina da Clavis Prophetarum e procedemos à avaliaç-o da eficácia da sua aplicaç-o. Para tal, e numa orientaç-o mais voltada para a exploraç-o de um corpus concreto, aplicámos os recursos criados ao livro III da Clavis Prophetarum do padre António V ieira , na sua vers-o latina, tendo efetuado um estudo de carácter estatístico-lexical para tentar ultrapassar as meras contagens de formas no sentido de elaborar e aplicar um conjunto de regras de desambiguaç-o relativas ao Latim - algumas com Ambiguidade e desambiguaç-o automática das preposições latinas Carlos Assunç-o / José Paulo Tavares / Gonçalo Fernandes 16 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 maior poder de generalizaç-o do que outras -, centradas na classe da preposiç-o, que permitam análises mais fiáveis desta categoria. O resultado foi muito interessante: relativamente às preposições, verifica-se um total de 2.990 ocorrências, num total de 34 preposições diferentes . Foram eliminadas todas as etiquetas que classificavam como preposições as formas adversum , clam , coram , infra , procul , se , secum , secundum , sed , seque , simul , simulque , ultra e versus . Das restantes que, além de poderem ser preposições, podem pertencer a outras categorias, foram completamente desambiguadas, através da aplicaç-o de regras, a saber: a , adversus , pro , circa , post , prae , praeter , subter , subtus , citra , extra , sine , super , tenus e versus . Estas aplicações poder-o ser utilizadas noutras obras latinas do P.e António V ieira e em qualquer texto latino, mas n-o resolvem a totalidade das regras de desambiguaç-o dos textos latinos. Para que isso aconteça tornam-se necessários: (i) a criaç-o de um sistema de etiquetagem linguística para o Latim, (ii) a formalizaç-o da morfologia flexional da mesma língua, a par da organizaç-o de um dicionário de formas canónicas cuja interaç-o resulte num (iii) dicionário eletrónico de ampla cobertura, (iv) o desenvolvimento de alguns recursos, na forma de gramáticas locais que permitam a identificaç-o e etiquetagem automática de formas complexas ou n-o registadas no dicionário, (v) incluir no dicionário unidades multipalavra (vi) e estabelecer relações de derivaç-o entre as palavras, reorganizando o dicionário de formas canónicas e estabelecendo regras derivacionais que permitam a reduç-o do número de entradas do dicionário e a etiquetagem automática de formas derivadas. Este trabalho iniciou um trabalho de fornecimento das regras de desambiguaç-o da classe de palavras a preposiç-o e deve ser entendido como um singelo contributo nesse âmbito. O desenvolvimento de outro tipo de dicionários, contemplando, por exemplo, relações semânticas ou dicionários bilingues, é outra tarefa que se pode levar a cabo utilizando o NooJ . Bibliografia B iCk , E. 2000: The Parsing System «palavras» . Automatic grammatical analysis of Portuguese in a constraint grammar framework, Ph.D. Thesis, Aarhus University B owker , L./ p earson , P. 2002: Working with Specialized Language . A practical guide to using corpora, London F irth , J. R. 1968: «A synopsis of linguistic theory, 1930-55», in: F. R. p alMer (ed.), Selected Papers of J. R. Firth (1952-59) , London: 168-205 G azdar , G./ M ellish , C. 1989: Natural Language Processing in Prolog. An introduction to computational linguistics, Boston 17 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 h alliday , M. A. K./ t euBert , W./ y allop , C./ C erMákoVá , A. 2004: Lexicology and Corpus Linguistics , London h utChins , W. J./ s oMers , H. L. 1992: An Introduction to Machine Translation , London LabEL = Laboratório de Engenharia da Linguagem. (s. d.). Disponível em http: / / label.ist.utl.pt/ en/ presentation.php s ChuMaCher , J. 2001: «Les approches statistiques du Projet ITINERA ELECTRONICA: présentation et résultats». Folia Electronica Classica , 1. Disponível em http: / / bcs.fltr.ucl.ac.be/ FE/ 01/ Stat. html s ilBertzein , M. 2018 [2003-]: NOOJ Manual . Disponível em http: / / www.nooj-association.org/ media/ k2/ attachments/ app/ NooJManual.pdf s Mall , S./ C ottrell , G./ t anenhaus , M. (ed.) 1988: Lexical Ambiguity Resolution . Perspectives from psycholinguistics, neuropsychology and artificial intelligence, Palo Alto V ieira , A. 2000: Clavis Prophetarum/ Chave dos Profetas , ediç-o crítica de A. do e spírito s anto , Livro III, Lisboa VISL = Visual Interactive Syntax Learning . 1996-2020. Disponível em https: / / visl.sdu.dk/ Ambiguidade e desambiguaç-o automática das preposições latinas Carlos Assunç-o / José Paulo Tavares / Gonçalo Fernandes 18 Vox Romanica 79 (2020): 1-18 DOI 10.2357/ VOX-2020-001 Ambiguity and automatic disambiguation of the Latin prepositions in the third book of the Clavis Prophetarum Abstract: The third book of Clavis Prophetarum [ The Prophets’ Key ] by Father António V ieira , S. J. (1608-1697), in its Latin version, reedited by the Portuguese National Library in 2000 - a critical edition by Arnaldo e spírito s anto - constitutes the corpus of this work. In order to be able to work on a corpus of a given language, we need formalized electronic linguistic resources in order to obtain the greatest possible coverage and that can be used in appropriate systems. If, for the Portuguese language, we already have trustworthy resources developed since the 1990s by LabEL (Laboratory of Linguistic Engineering), as to the Latin language, we cannot mention the same. In fact, the use of automatic text analysis software is not yet a common practice, it is limited to restricted research circles. However, this is an area whose growing importance and potential for language teaching fully justify all the effort to disseminate it, so that more people are interested in investing and making it an added value in research. This article is a small contribution to this aim and has as main goals to help elaborate rules of automatic disambiguation of prepositions and their syntagms, in the Latin version of Clavis Prophetarum . It is also intended to evaluate the effectiveness of its application, in order to allow later reliable approaches in the study of this category in the corpus, using automatic techniques. Keywords: Father António V ieira , S. J. (1608-1697), Clavis Prophetarum , Linguistics, Corpus , Ambiguity, Electronic resources. I primi secoli della lessicografia dialettale italiana 19 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 I primi secoli della lessicografia dialettale italiana Marcello Aprile (Università del Salento) Résumé: Cet article suit le développement de la lexicographie dialectale italienne du début du 16 ème siècle jusqu’à la fin du 18 ème siècle. L’article se focalise sur trois groupes de travaux coïncidant grosso modo avec trois siècles historiques. Le premier groupe manifeste des caractéristiques prémodernes et consiste en différents travaux du 16 ème siècle qui précèdent le Vocabolario degli Accademici della Crusca . Le deuxième groupe représente la régression du 17 ème siècle vers le système médiéval des listes de mots. Enfin, le troisième groupe se compose de vocabulaires dialectaux achevés, conçus comme des compléments du modèle désormais incontesté du Vocabolario degli Accademici della Crusca : ces travaux anticipent la grande vague de la lexicographie dialectale du 19 ème siècle. Parole chiave: Lessicografia dialettale italiana, Glossari, Dizionari, Dialetti italiani 1. Premessa Questo lavoro, che prova a tracciare un profilo della lessicografia dialettale italiana dall’inizio del sec. XVI 1 alla fine del XVIII, si concentrerà su tre gruppi di testi. Il primo è costituito da varie opere del Cinquecento, con un impianto palesemente premoderno, che precedono il Vocabolario degli Accademici della Crusca (§ 2.). Il secondo è la regressione seicentesca al sistema delle liste di parole (§ 3.). Il terzo, infine, è un gruppo di vocabolari dialettali già compiuti, concepiti in controluce rispetto al modello, ormai considerato indiscusso, del Vocabolario degli Accademici della Crusca , che anticipano la grande ondata ottocentesca (§ 4.). Procediamo in ordine con l’esame di questi diversi strati cronologici e tipologici, e corrispondenti grosso modo a tre secoli di storia della lessicografia. 1 Ringrazio calorosamente i due revisori anonimi di questo articolo, che hanno prodotto una serie di osservazioni e di filtri senza i quali questo articolo sarebbe molto più povero; resta inteso che la responsabilità degli errori è tutta dello scrivente. Sono pertanto esclusi dai limiti cronologici di questo lavoro i glossari dei secoli precedenti il XVI. Marcello Aprile 20 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 2. Le origini. I protovocabolari cinquecenteschi Le opere isolate nel XVI secolo a cui abbiamo fatto appena cenno sono interessantissimi documenti storici, oltre che, naturalmente, importanti fonti primarie per realtà linguistiche che sarebbe difficile documentare diversamente. I limiti, non solo tecnici, di questi protovocabolari sono evidenti: manca l’ambizione a costruire un panorama integrale della realtà linguistica di un dialetto attraverso la costruzione di una nomenclatura adeguata e, malgrado il notevole successo editoriale, «la casualità della costruzione di tali repertori li ha condannati a una morte prematura e, talvolta, inattesa» (M ontuori 2017: 93). Partiamo, non solo per motivi cronologici, dalla Sicilia 2 . Di grande ambizione è il Vocabolario siciliano-latino di Lucio Cristoforo Scobar (del 1519; l eone 1990); esso è preceduto dal Declarus di Angelo Senisio (M arinoni 1955) 3 , che però va scartato essendo un’opera in cui il latino è sia la lingua oggetto sia la metalingua (è interessante perché all’interno delle glosse si insinuano, per meglio chiarirle, forme siciliane), e dal vocabolario latino-siciliano dell’agrigentino Nicola Valla (1500) 4 , forse troppo esile per costituire davvero un precedente ma molto interessante (G ulino 2000, che offre peraltro una visione sinottica delle prime edizioni dell’opera). Ne vediamo qualche voce, osservando solo che i volgarismi non vanno cercati solo nella parte sinistra ma anche, come sotto Bulzuni , all’interno della traduzione latina, in cui sono documentate attestazioni di bumbarda , bombarda , bombo , forme robustamente attestate in siciliano antico (LEI 6, 874): Bugiardo. hic vanus ni: (et) hic mendax: sed ille sine vtilitate. hic ad decipiendum metitur. Bulogna. hec bononia e. Civitas emilie opule(n)ta: (et) vetusta. Bulzuni. hoc spiculu(m) li: bumbarda. hec bombarda a bombo quem emittit. Torniamo al vocabolario di Scobar 5 , registrando intanto che si tratta dell’unica propagginazione italoromanza integrale e sistematica finora nota della seminale opera di Nebrija (1482), che segna la cultura spagnola ed europea sulla soglia dell’età moderna. Scobar «tradusse in siciliano, con l’inserzione di parecchie aggiunte (o additiones ) e accentuandone il carattere enciclopedico (v. la frequenza dei nomi geogra- 2 Cf. l’ormai invecchiato t rapani 1942, che di questi vocabolari propone un Glossario selettivo di 566 lemmi, e la descrizione di s Groi 1990: 17-21. 3 s Groi 1990: 20: «Anche se il Declarus non è a rigore un dizionario bilingue siciliano-latino, ma un dizionario monolingue latino, cioè con lemmi in latino e definizioni in latino, che si basa sulle Derivationes di Uguccione da Pisa, possiamo tuttavia considerarlo come il primo ‹anello› della vocabolaristica siciliana, perché il suo autore non si perita di adoperare nelle definizioni vocaboli ‹volgari› variamente latinizzati, che il Marinoni ha opportunamente estrapolato con i contesti, fornendoci così un lessico di poco più di un migliaio di vocaboli siciliani (19-143)». 4 Si veda, oggi, la ristampa anastatica dell’edizione del 1522 (= V alla 1522). Brevissimo profilo dell’autore, con notizie bibliografiche, in C ortelazzo 1980: 70. 5 Riproduzione al sito https: / / books.google.es/ books? id=1WS9GkEcuLAC&pg=PP7&hl=es&source=gbs_selected_pages#v=onepage&q&f=false. I primi secoli della lessicografia dialettale italiana 21 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 fici o l’elenco dei papi), il celebre Vocabolarium Nebrissense , l’opera lessicale cioè del chiaro grammatico spagnolo Elio Antonio de Nebrija, di cui era stato prima di trasferirsi in Italia - come scrive la Trapani - ‹scolaro intelligente e affezionato›. Più esattamente ne rende il Dizionario latino-spagnolo (Salamanca, 1492) con un vocabolario trilingue (latino-siciliano-spagnolo), e il Dizionario spagnolo-latino (Salamanca, 1495) col vocabolario bilingue siciliano-latino» (l eone 1990: X). La massa di attestazioni (38.000 corrispondenze, un dato numericamente molto importante) rende il vocabolario dello Scobar un testimone prezioso del siciliano del primo Cinquecento; come dimostra il suo editore moderno, le incertezze, peraltro normali in un testo così lungo e articolato, riguardano quasi solo la parte latina, non quella volgare. C’è poi un’altra opera fondamentale, lo Spicilegium del napoletano Lucio Giovanni Scoppa 6 : un’opera con una storia editoriale lunga quanto il suo successo, dato che la prima edizione è del 1512 e fino al 1567, anno dell’ultima, si contano tredici edizioni, tre a Napoli e dieci a Venezia (M ontuori 2017: 94-95). Le vicende dello Spicilegium sono sorprendenti; «nella sua prima edizione la macrostruttura del dizionario è già chiaramente delineata: a una prima parte, costituita da un lessico alfabetico latino-volgare, segue la lunga sezione di carattere paremiologico e fraseologico, organizzata in una sequenza opposta, volgare-latino» (M ontuori 2017: 97). A partire dall’edizione successiva, però, i mutamenti sono profondi. «L’innovazione trasforma tutto lo Spicilegium , dalla seconda edizione in poi, in un vocabolario enciclopedico latino-volgare ordinato alfabeticamente in due sezioni» (ibid.). Quanto al patrimonio documentato, la metalingua è il latino e le definizioni sono generalmente in napoletano 7 , almeno nella prima edizione. In quelle successive si apre invece il «problema della distribuzione geografica dei traducenti dello Scoppa. Lo Spicilegium è, infatti, un vocabolario che nella prima edizione presenta un lessico volgare quasi esclusivamente napoletano, che l’autore non pone in competizione con il toscano e che quindi, a rigore, non possiamo definire dialettale. Nella seconda edizione, molte parole aggiunte nel campo della definizione sembrano appartenere ad aree dell’Italia meridionale esterne alla Campania» (M ontuori 2017: 109) 8 . Quanto agli scopi dell’autore, essi vanno cercati molto lontano dalla documentazione dei dialetti 9 e chiariti alla luce del confronto con le altre sue opere: «l’interesse di Scop- 6 Sull’attività di Scoppa (autore, oltre che dello Spicilegium , anche di un’opera di filologia erudita, i Collectanea , e di una grammatica che usava tutte, con un metodo integrato, nell’insegnamento) cf. il sempre utile lavoro di o liVieri 1943 e recentemente il profilo, molto ricco, di V alerio 2007. 7 M ontuori 2017: 100-03 dimostra che anche in Scoppa è largamente presente il modello di Nebrija, anche se non con la sistematicità di Scobar; Scoppa incrocia Nebrija con Calepino e altre fonti non lessicografiche tra cui la Naturalis Historia di Plinio, come illustra V alerio 2012 (per un esame molto dettagliato delle fonti nella costruzione delle voci dello Spicilegium cf. V alerio 2007: 59-97). 8 Lo studioso dimostra che una buona parte dei sicilianismi è riconducibile allo Scobar, nel frattempo uscito; quelli (molti di meno) della prima edizione vengono dalla consultazione di Valla. 9 M ontuori 2017: 123: «l’obiettivo di Scoppa non era quello di accumulare glosse nei volgari in uso a Napoli e nel Regno: se avesse voluto far ciò, avrebbe potuto usare in modo più sistematico alcu- Marcello Aprile 22 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 pa era anzitutto rivolto a quell’opera di restauro della latinità, tramite il recupero della lingua, che Valla aveva messo in pratica proprio nelle Elegantie » (V alerio 2012: 245) 10 . Infine, parleremo dell’opera di un gesuita, Michele Vopisco 11 , a rigore neppure un vocabolario; l’autore è napoletano di origine e allievo dello stesso Scoppa e finisce nel 1561 a Mondovì a insegnare presso il Collegio dell’Ordine. «Opera cinquecentesca dunque, che, sulla scia di alcuni vocabolari volgari-latini contemporanei o quasi, svolge una funzione squisitamente didattica in quanto indirizzata agli studenti adusi alla parlata vernacolare più che a quella italiana e che devono impratichirsi del volgare che sta espandendosi nella penisola» (C ornaGliotti 2015: LXVII; al lavoro della studiosa e alla presentazione al Promptuarium di G asCa Q ueirazza 1972 si rinvia anche per altre informazioni). La disposizione lessicografica è elementare. A sinistra c’è la parola piemontese in forma fortemente italianizzata, a destra c’è il corrispondente latino, non di rado rinforzato da sinonimi con un rinvio ai classici, talvolta da contrari. Vediamo l’inizio del Promptuarium , un po’ zoppicante anche nel rispetto dell’ordine alfabetico: Abachista, Rationator. Cic. Calculator Mart. Abbadessa, Antistita. C. Abbate de folli. Archimimus, Suet. Symposiarcha. Abbeuerare d’incantamenti, fascino, as, Virg. Inficere pocula, Virg. Abondanza profluentia C. Abondantemente, profluenter C. affatim. Pen.bre.Liu. Abondanza de vittuaglia, Vilitas annonae C. contrarium est caritas C. Il repertorio di Vopisco, confinato com’è a una realtà geografica specifica, non circola al di là dei confini strettamente locali. Oggi il suo valore storico è indiscutibile: «Ciò che più riccamente resta documentato è il dato lessicale. La ragione è ovvia: se si voleva insegnare all’allievo il vocabolo latino che corrispondeva alla realtà e agli oggetti dell’uso quotidiano, bisognava rifarsi proprio al termine impiegato abitualmente in quell’uso, cioè alle voci dialettali … Abbiamo così un vocabolario cinquene sue fonti, come i bilingui Valla (1500 e 1512) e Scobar (1519); l’intenzione di Scoppa era invece quella di costruire un approfondito lemmario della lingua latina … il suo metodo compilatorio traeva origine dalla prassi didattica e procedeva attraverso la scelta di traducenti e di perifrasi tratte dalla propria lingua materna». Alle edizioni citate da Montuori aggiungiamo anche quella del 1516 citata in bibliografia. 10 Non è un protovocabolario dialettale e pertanto non ce ne occupiamo qui il Vocabulario di Fabricio Luna (1536) ora riprodotto digitalmente al sito www.cinquecentine.crusca.org): «è un prezioso documento letterario e linguistico, che non può essere trascurato dalla lessicografia storica non solo dell’italiano, ma anche dei dialetti meridionali, in quanto la lingua del lessicografo affiora continuamente sia nel lemmario sia nell’area della semantica» (l epore 2017: 140). Non ci occupiamo neanche di autori che, nel quadro di opere dedicate ad altro, hanno incluso un certo numero di parole di cui dichiarano l’origine dialettale, come fa il Sansovino per una serie di forme lombarde o venete (M arazzini 2009: 117-26). 11 Il primo lavoro di rilievo su Vopisco è quello di o liVieri 1943. I primi secoli della lessicografia dialettale italiana 23 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 centesco che nel suo complesso non possiamo dire dell’uso dialettale, perché da questo esulano ad esempio tutte le voci che esprimono i concetti della cultura scolastica e molti degli astratti, ma nel quale l’uso dialettale emerge in larga misura e a chi lo conosce nella forma moderna risuona con una vivezza immediata» (G asCa Q ueirazza 1972: VI). Quelle di Valla, Scobar, Scoppa, Vopisco sono dunque testimonianze preziose, ma non possiamo chiedere loro quello che non hanno. «Tutte queste opere valgono più come segni di una prassi e di un gusto non trascurabili, che non come prepotente affermazione della capacità e della forza dei dialetti: esse rimangono sommerse nella febbrile attività lessicografica a favore della comune lingua volgare» (C ortelazzo 1980: 72). Come ci accingiamo a vedere, la crisi seicentesca dimostra anche l’improponibilità di questi vocabolari come modelli per le età successive. 3. Le liste lessicali seicentesche Rispetto ai tentativi del secolo precedente si assiste ora persino a un regresso, dai protovocabolari alle semplici liste lessicali, che tornano indietro addirittura a modelli elementari come quelli che dominavano nel Medio Evo 12 ; il quadro cambia solo se si guarda a una serie di vocabolari manoscritti siciliani (M oCCiaro 1975), che però non a caso restano non pubblicati. Il fatto è facilmente comprensibile e solo in apparenza contraddittorio, e va guardato in un quadro più ampio. All’anarchia lessicografica cinquecentesca si era sostituita la legge del Vocabolario degli Accademici della Crusca ; per giungere a proposte diverse, in presenza di un modello così autorevole, era necessaria una riorganizzazione dei fermenti culturali, un ripensamento globale dei modelli. Ci voleva tempo; questa riorganizzazione arrivò quindi solo nel Settecento inoltrato. Nel periodo di mezzo poteva nascere solo una serie di esperimenti di tipo spontaneistico, realizzati con metodi premoderni. Salvo ulteriori scoperte (possibili, o addirittura probabili), abbiamo i seguenti documenti: 12 a resti 2017: 35, N3: «Generalmente, i glossari latino-volgari nascono per rispondere alle necessità pratiche dell’insegnamento scolastico: con essi l’esigenza di fornire un ausilio ai discenti che muovono i primi passi nello studio del latino prevale sulle altre. Non è una coincidenza il fatto che i compilatori di glossari sono spesso al contempo maestri di scuola, impegnati in prima persona nell’impartire agli allievi i rudimenti del latino, e facitori di manuali di ortografia e di grammatica (opere didattiche di base rispetto alle quali i glossari si configurano come strumenti complementari)». Sui glossari medievali la bibliografia è molto rilevante e non si può non ricordare il nome di Ignazio Baldelli, iniziatore di questo filone di studi: ci si limita ai più rilevanti lavori sistematici dell’ultimo periodo, da cui si può risalire a ricchi rinvii bibliografici primari e secondari, quello di a resti 2010, 2012, 2013. Si veda anche, per un inquadramento generale di questi testi, la magistrale sintesi di p Fister 1990. Marcello Aprile 24 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 - una lista di alcune centinaia di parole milanesi raccolte nel Varon Milanes de la lengua de Milan (1606) (l epsChy 1978); - il confronto fiorentino-senese stabilito da Politi (1614) (B ianChi d e V eCChi 1969/ 70); - il Vocabolista bolognese di Giovanni Antonio Bumaldi (1660) 13 ; - il glossario dialettale veneziano denominato Modi figurati e frasi veneziane dilucidate (1671) e concepito a illustrazione del Vespaio stuzzicato di Dario Varotari (p aCCaGnella 2007: 212); - la Dilucidazione d’alcune voci che non fossero intese in ogni luogo e l’ Indice delle voci, proverbij o detti romaneschi, in qual significato l’usano, che non sono ne’ Dizzionarij contenuto nel Maggio romanesco, overo il Palio conquistato (1688) 14 (u Go lini 1939, p aCCaGnella 2007); - un glossarietto fiorentino-romanesco del Seicento (B aldelli 1988). Abbiamo infine una Raccolta di voci romane e marchiane (M erlo 1932) di Giuseppe Antonio Compagnoni da Macerata che, per quanto stampata molto dopo (1768), condivide con i primi esperimenti l’impianto tipico, e poco ambizioso, di un’epoca precedente. Eppure abbiamo la prova che Compagnoni conoscesse almeno uno dei grandi precedenti settecenteschi, quello di Brescia (C ortelazzo 1980: 106; cf. il § 4.4.): lo ha seguito quindi con poca energia. Procediamo per ordine, descrivendo qualcuna di queste liste. Il glossarietto fiorentino-romanesco della fine del sec. XVII è contenuto in una sola carta del Cod. 1978 dell’Angelica di Roma; si tratta di 122 lemmi, e anche il dato quantitativo rende conto di quanto l’operazione sia poco ambiziosa. Si tratta dell’«opera di un non romano, che si appunta alcune parole romanesche con l’interesse più che altro del curioso» (B aldelli 1998: 170). Il Varon Milanes de la lengua da Milan , il cui autore è Giovanni Capis da Domodossola e il cui rielaboratore è Ignazio Albani, è un testo composito più interessante e va letto insieme con il Prissian da Milan della parnonzia Milanesa , che è una sorta di «fonologia milanese del 1606», come la definisce il suo editore e interprete moderno (l epsChy 1978: 177). L’opera, di cui sono ricostruite in modo esemplare le vicende filologiche (molto complesse), è considerata in questo intervento perché riporta due liste lessicali in milanese, «la prima (p. 2-28) di 540 lemmi, in cui si forniscono le traduzioni in italiano, la seconda (p. 29-54) di 184 lemmi, intitolata ‹Esplicatione de i vocaboli milanesi›, in cui si forniscono le etimologie» (ibid.). Al Seicento appartengono anche esperimenti ben più strutturati. Adriano Politi, contestatore dell’Accademia della Crusca in nome della senesità (p Fister 1990: 1854), 13 Gio. Antonio Bumaldi è l’anagramma dell’autore, il bolognese Ovidio Montalbani. Il suo Vocabulista è «più ricco di etimologie fantastiche, che di lemmi genuinamente popolari» (C ortelazzo 1980: 90), data la propensione dell’autore a nobilitare il dialetto attraverso il ricorso al latino e soprattutto al greco (C oCo 1964-1965: 156-57). Una scheda sull’autore, con ulteriori rinvii bibliografici, è oggi leggibile presso La fabbrica dell’italiano dell’Accademia della Crusca (http: / / 193.205.158.216/ fabitaliano2/ 1_dizionari.htm). 14 Ferrara, Pomatelli, 1688. I primi secoli della lessicografia dialettale italiana 25 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 produce un compendio del suo Vocabolario (un’opera sottilmente provocatoria, come si vede) che si trasforma in una sorta di confronto fiorentino/ senese. La tecnica lessicografica è chiara. Il Dittionario è asciugato e reso agile dall’eliminazione degli esempi d’autore; il lemmario è ampliato poi da un certo numero di parole tratte dagli scrittori senesi, a cui viene riconosciuto il ruolo di autorità della lingua accanto a quelli fiorentini. «Nel Dittionario Politi segnalava, accanto ai termini fiorentini, gli equivalenti senesi, collocando in appendice al volume un elenco di voci non usate o comprese dai fiorentini, allo scopo di evidenziare i divari linguistici tra i due dialetti. Benché intaccasse la supremazia del fiorentino cruscante, il Dittionario fu molto richiesto sul mercato librario (si contano ben undici ristampe fino al 1691), diventando un punto di riferimento per quanti, come Uberto Benvoglienti e Girolamo Gigli, si pronunciarono, nei secoli successivi, sulle dispute linguistiche sorte tra Siena e Firenze» (r iGa 2015). La Raccolta di voci romane e marchiane (1768) presenta, a chi ne volesse studiare la stratigrafia lessicale, il difetto di non distinguere tra le voci di Roma e quelle delle Marche. Ciò nonostante essa è interessante per vari aspetti. Ci documenta per esempio alcune delle più antiche presenze di voci delle parlate giudeo-italiane dell’area (ma qui tutte della comunità di Roma oppure relative alla percezione degli ebrei da parte del popolo romano): ingainare ‘guardare’ (C oMpaGnoni 1932: 42), far chenne ‘fare allegria’ (ibid.: 24), sciabbadài ‘gli ebrei’ (ibid.: 66), jofa ‘bella’ (ibid.: 43), jofamente ‘soavemente’ (ibid.: 43), jaccodimme ‘gli ebrei’ (ibid.: 40). Un’ultima notazione per un’opera, in forma di disputa («Quale delle due fauelle sia la più degna: se la Toscana o la Napoletana. Si proua, che sia la Napoletana», si legge nel frontespizio), comparsa a Napoli dopo la metà del secolo: L’eccellenza della lingua Napoletana con la maggioranza alla Toscana di un personaggio mai identificato con precisione (ma quasi certamente un ecclesiastico) che si firma «Partenio Tosco Academico Lunatico». La segnaliamo anche se non si tratta di un vero vocabolario, almeno in senso alfabetico («la scelta delle parole poste a lemma … risponde a criteri di un rudimentale impianto metodico» 15 ). Ecco un esempio del modo di procedere del Tosco (si cita dall’edizione del 1662): I mostacci sopra le labra, i Toscani li chiamano, Basette , Ne ritrouo la proprietà della Basetta, non sostenendo, come Base cosa alcuna, anzi più tosto sono sostenute dal labro; oue, Il mostaccio , Più propriamente vien detto, perche stà attorno al muso. Quindi è, che con nuoua improprietà, Per mostaccio , Intendono, quel che chiamano faccia; 15 Così M arazzini 2013: 479. Marcello Aprile 26 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 Mustaccio di cane, mustaccio di porco , cioè faccie di cane, faccie di porco; il che spiega impropriamente tutto il viso, e non solo quello, che stà attorno al muso, che perciò noi mai dichiamo per ingiuria a niuno, mostaccio , fuor che quando dichiamo à chi hà pochi peli nelle basette, Mustaccio di Gatta : Perche la Gatta n’è scarsa 16 . Il modo di procedere del Tosco incatena questa sorta di lemmi, evidenziati dal corsivo, in una discussione progressiva sull’appropriatezza della parola napoletana (contrapposta, ovviamente, alla presunta inappropriatezza del corrispondente toscano), non di rado condotta sulla base di motivazioni paretimologiche. 4. L’anticipazione della fioritura ottocentesca Il ripensamento dei modelli di cui si parlava al paragrafo precedente arriva con il Settecento. Vocabolari dialettali italoromanzi strutturati in senso abbastanza moderno cominciano ad apparire dalla metà del secolo in poi. A parte gli inediti e varie opere minori e inedite, il nucleo di questa fase è costituito da sei vocabolari: quelli siciliani di Del Bono (1751-1754) (su cui cf. s Groi 1990: 22-23, p aCCaGnella 2007) e di Pasqualino (1785), quello bresciano di Pellizzari (1759) (su cui cf. p iotti 2006), quello padovano di Patriarchi (1775 e poi, in seconda edizione, 1796: cf. p aCCaGnella / t oMa sin 2008), la raccolta piemontese di Pipino (1783) e il vocabolario dell’Accademia napoletana dei Filopatridi, fatica da attribuire quasi al solo Ferdinando Galiani (1789) uscita postuma; un’opera fino a non molto tempo fa poco nota e su cui c’è ancora incertezza su un aspetto fondamentale, il nome con cui lo si deve chiamare. Si tratta di lavori che hanno in comune un genuino impegno didattico nel favorire il passaggio dal dialetto alla lingua fornendo ai dialettofoni il corrispondente in italiano di cui essi sono sprovvisti; ma ben presto, grazie anche alla lezione di Melchiorre Cesarotti, si tratta di strumenti che prefigurano la trasformazione della lessicografia dialettale in qualcosa di diverso e più ambizioso: in uno strumento in cui «la funzione didattica non appare più preminente, né tanto perseguibile quanto l’altra, molto più nobilitante per gli spregiati vernacoli, di suggerire alla lingua italiana, stretta fra il vecchiume della Crusca fossilizzata e le pericolose novità dell’invadente francesismo, nuove forme e nuovi innesti, provenienti da un’unica tradizione comune, nella quale potevano riconoscersi sia gli esaltatori dell’italiano (toscano o comune, che fosse), sia gli estimatori dei dialetti» (C ortelazzo 1980: 107-08). 16 Dalle p. 24-26 dell’edizione del 1662, riprodotta anastaticamente da quella moderna (d e F alCo 1984: 24-26). I primi secoli della lessicografia dialettale italiana 27 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 4.1 La Sicilia Anche per questa fase, ma interrompendo per un momento la sequenza cronologica rigida e includendo anche le prove seicentesche rimaste inedite, bisognerà partire dalla Sicilia, ricca di «vocabolari secenteschi (inediti) e settecenteschi (in parte editi) con propaggini ottocentesche, il cui fine precipuo è quello di favorire l’insegnamento, oltre che del latino, anche dell’italiano (o toscano). Se infatti la lingua-1, d’entrata, è il siciliano, la lingua-2, d’uscita, è ora duplice: il latino e l’italiano (che nella fase successiva finirà col rimpiazzare del tutto il latino)» (s Groi 1990: 22). La bibliografia del VS ci consegna per il Seicento le seguenti opere inedite: - il Vocabolario siciliano italiano [latino] , ms. adespoto inedito del sec. XVII, Biblioteca Comunale di Palermo, cc. 320 in folio (convenzionalmente noto come «Antico Anonimo»); - il vocabolario di Onofrio Malatesta, La Crusca della Trinacria. Vocabolario siciliano [italianolatino], ms. inedito del sec. XVII e XVIII (più precisamente, finito nel 1706 dopo undici anni di lavoro 17 ), 4 vol., in folio nella prima redazione «più disordinata ma più ricca», VS XXI); 11 vol., in folio nella seconda redazione, Biblioteca Comunale di Palermo. A queste, s Groi 1990: 24 aggiunge altre due opere: - Vincenzo Auria, Vocabolario siciliano-italiano, Biblioteca Comunale di Palermo, («‹amico degli Inquisitori› lo definirà L. Sciascia»; «di ben lieve momento», secondo M ortillaro 1876: VI); - Placido Spatafora, Dizionario siciliano ed italiano, Biblioteca Comunale di Palermo («Restano 3 dei 4 voll. originari: manca il vol. II (D-G)» VS). Al secolo successivo appartengono due manoscritti anonimi e inediti conservati presso la Biblioteca Comunale di Palermo: - un Vocabolario domestico siciliano-italiano-latino (dalla bibliografia del VS, che lo cataloga con la sigla «VDS»); - un anonimo Vocabolario siciliano ed italiano (dalla bibliografia del VS, che lo cataloga con la sigla «VS»). Ma veniamo all’edito, che presenta per il Settecento in Sicilia due opere di tutto rispetto precedute da un esperimento rimasto interrotto, quello di Antonino Drago, Il dialetto di Sicilia passato al vaglio della Crusca, utilizzato spesso dal Pasqualino (cf. più avanti) 18 , e dall’ Etymologicum siculum di Vinci 19 , opera la cui metalingua è strettamente il latino, inframezzato tuttavia da richiami come «ex italico bagliore », come si legge sotto la voce Abbagghiari : si tratta di un’opera assai erudita, persino divagante, come accade nella voce che riproduciamo, Abili , ricondotta coraggiosamente anche all’ebraico בית (ma più frequenti sono i richiami al greco antico): 17 L’informazione è riferita da M ortillaro 1876: VI. 18 s Groi 1990: 25: «24 + 264, in 12°, ricco di circa 2.500 lemmi, ma rimasto incompleto a nfassciarì ». 19 Oggi disponibile in formato digitale all’indirizzo https: / / archive.org/ details/ bub_gb_JAx9qGqJTAQC/ page/ n4. Marcello Aprile 28 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 Abili, abiltà, habilis, habilitas ; ex verbo habeo , & etiam ab hebr. בית Beth domus. Veniamo alle due opere classiche del Settecento lessicografico siciliano. Il vocabolario di Michele Del Bono 20 presenta tendenze di notevole precocità, non solo perché di metà secolo. Ecco la dichiarazione di intenti (p. V-VI della Prefazione), in cui l’autore si impegna: 1. a non collocarvi i termini particolari delle Arti, e delle Scienze, eccettuati ne que’ soli, che nell’uso del parlare son divenuti oramai a tutti comuni. 2. a non registrarvi certe voci particolari, che non hanno spaccio, fuorché in una, o due Città, in una, o due Contrade di Sicilia, avendo assai da fare per non lasciarle parole, presso che innumerabili a tutto il Regno comuni. 3. a tralasciare i nomi delle Provincie, Città, Fiumi, Monti men conosciuti: essendomi sol contentato di mettervi tutti que’ della nostra Sicilia, il cui giovamento e profitto ha per mira principalmente quell’opera, e di quelli delle altre parti del Mondo esporne i più per dignità, o per fama cospicui. 4. a non curarmi nè di que’ termini di sì bassa lega, che altro che nelle lingue delle più rozze femminuccie, o della più vile plebaglia, usa sempre a corrompere, e stroppiar le parole, non li ritrovano; o di conio sì antico, che per troppa età ormai sono rancidi, e disusati, i quali per altro son tanti, e poi tanti, che potrebbon formare, come formano in fatti in gran parte il gran Dizionario del Nebrissense, dal Canonico Cristoforo Scobar nel nostro idioma tradotto, già ducento e più anni addietro dato alle stampe, in cui non v’ha carta, anzi nè pur colonello, che di cotali voci antiquate una gran copia a chi n’è vago non somministri. 5. a non aggiugnere definizione, o spiegazione alcuna della parola collocata, nè altra equivalente voce Siciliana; essend’io per altro fisso in quel parere, checchè altri ne stimi, non esser ella punto punto necessaria a un, che fa, quanto me, il suo linguaggio, se non se solo in certe voci alquanto oscure, in cui non s’è lasciato, per agevolarne l’intelligenza, di darne, ma in lingua Italiana, una brevissima dichiarazione. 6. Finalmente ad astenermi dell’intutto dal rintracciare, ed assegnare di qualsivoglia voce, o locuzione, o proverbio le etimologie, e le origini: tanto più che una gran parte di esse sono non sol Latine, o Greche, ma Arabiche ancora, e però così strane, ed astruse, che per molto che uom vi si provi, non mai a mio senno gli verrà fatto di toccarne il fondo, e scoprirne la pretta verità. Si noti, in particolare, la dichiarazione al punto (2.), in cui appare chiara la linea di tendenza costante dell’intera storia della lessicografia siciliana (condivisa, in questo, con quella piemontese), fino al Novecento inoltrato: quella a fare a meno delle particolarità locali per costruire un repertorio dell’intera regione. Per il resto, sono rilevanti l’esclusione del lessico tecnico (si tratta quindi della raccolta del dialetto letterario delle classi borghesi, non di quelle contadine), la dichiarazione di uso sincronico (si fa a meno degli arcaismi, per i quali si rinvia a quello che ormai è percepito come un classico, il dizionario dello Scobar) e la rinuncia all’etimologia, che peraltro ancora non è certo una scienza. Quanto all’esposizione delle voci, non ci sono dubbi sul fatto che ormai alla base della nuova ondata incipiente dei vocabolari dialettali che avrebbero conosciuto la 20 Oggi disponibile in formato digitale a partire nella banca dati di Google Books. Del vocabolario esiste una seconda edizione, in 4 volumi (la prima è in tre), del 1783, giudicata «più corretta alquanto della prima» da M ortillaro 1876: VII. I primi secoli della lessicografia dialettale italiana 29 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 massima espansione nel secolo successivo ci sia la Crusca, di cui era uscita da poco la quarta Impressione. Permangono incertezze e metodi in parte premoderni; prendiamo in esame qui la famiglia di abbacu : Abbachinu, libricciuolo, sul quale s’impara l’arte di numerare. librettino , libellus, quo arithmeticam addiscimus. Abbachista. abbachista . ratiocinator, calculator. Abbacu, p.b. arte di saper far conto. abbaco . arithmetica. [ per numero, o figure d’abbaco. notae. [Abbacu rumanu, o arabbicu numero romano , arabico . romanorum, vel araborum numerorum notae. Abbacu, p.l. quiete quies. [Nun aviri abbacu mai, vale, effer di cõtinuo occupato . Nihil otii superesse. Come si vede, al lemma segue una breve spiegazione e poi un corrispondente sinonimico toscano in corsivo; a questi il corrispondente (o i corrispondenti) in latino. Il vocabolario, considerando lingua oggetto e metalingue, è quindi in tre varietà. Una semplice polisemia, o più propriamente la necessità di includere un modo di dire ( nun aviri abbacu mai ), porta a lemmatizzare due volte la voce principale. Quali che siano le caratteristiche di non piena maturità, l’importanza dell’opera è indubbia. Restiamo in Sicilia. Con Pasqualino, nobile barese e accademico della Crusca (come dichiara egli stesso sulla copertina del vocabolario), siamo già nell’ultima fase, quella della fine del Settecento; «trilingue al pari del Del Bono, appare molto più ambizioso sia per dimensioni (5 volumi), sia perché diretto a un pubblico più vasto e diversificato» (s Groi 1990: 23). Lo studioso riassume così i caratteri del vocabolario: «il Pasqualino è sì un vocabolario pan-siciliano, come il Del Bono, ma di tipo più ‹intensivo›: registra infatti oltre 40.000 voci ‹del più comun parlare non men di questa Capitale [= Palermo], che di molte altre rispettabili Città della maggior parte del Regno› (XVII); non è strettamente sincronico, perché accoglie ‹voci antiche› (ibid.), al fine di ‹ajutare l’intelligenza delle scritture, e de’ libri, in cui sono scritte molte cose di quei tempi› (ibid.). Esso dà poi largo spazio, come del resto esplicitato fin nel titolo, alla interpretazione etimologica (XV), che risulta corretta, secondo moderne valutazioni, per ‹circa il 60% delle parole trattate› (G ulino 1981: 541). Il chiaro intento dell’etimo è quello di nobilitare il dialetto, anzi la ‹lingua siciliana›, risalendo alle sue origini entro una cornice ideologica di stampo sicilianista. Infine, il Pasqualino è un dizionario non ristretto agli usi letterari, ma aperto alle terminologie delle scienze di storia naturale (XXII-XXVII)» (ibid.: 23-24) 21 . 21 Questo è il lungo e articolato giudizio di M ortillaro 1876 sul suo predecessore: «Furono tali i pregi di questo vocabolario che appena uscito in luce fece dimenticare tutti gli altri, e restò sino ad oggi il depositario più accreditato delle voci del nostro dialetto. Ma un pregiudizio regnava a’ suoi tempi, ora appena svanito, quello cioè di credere che un dialetto potesse meritare il nome di lingua, e però anche il Pasqualino volle dare al suo vocabolario quella importanza che sola è do- Marcello Aprile 30 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 Veniamo a qualche dato tecnico. La dipendenza dalla Crusca, come sempre in questi casi e all’interno di un lemmario di carattere abbastanza ipertrofico, è indubbia (un esempio banale: Crusca lanugine ‘Quei peli morbidi, che cominciano ad apparire a’ giovani nelle guance’, Pasqualino lanugini ‘quei peli morbidi, che cominciano ad apparire a’ giovani nelle guance’), ma si apprezza, soprattutto nelle voci di carattere differenziale rispetto al toscano, una buona capacità di definire genere prossimo e differenze specifiche, come nel caso di lancedda : Lancedda, vaso di terra cotta colla bocca larga, con due manichi; e per lo più serve ad empire le botti di mosto, e si usa per misura di vino, e di mosto ancora, brocca , boccale . bacar, urna, lagena. Dal lat. lagena , derivato dal gr. λάγηνος lagenos, mensuræ genus, mutando la g in c , come gitati, citati. Meno apprezzabili sono, e non può essere diversamente, le etimologie, in cui il ricorso continuo al greco antico (con tanto di pronuncia erasmiana, nel caso considerato) serve a conferire prestigio alla varietà siciliana (qui si può anche capire il ricorso a λάγηνος, ma alla colonna precedente persino per lana si risale al greco dorico λᾶνος attraverso il latino). In conclusione, come osserva s Groi 1990: 30-31, «dobbiamo tuttavia avanzare una considerazione che tocca un po’ quasi tutta la produzione lessicografica fin qui menzionata, in misura maggiore o minore secondo i dizionari. L’immagine del dialetto offerta in tali opere è infatti in realtà per più aspetti ‹parziale› e non del tutto fedele, in quanto il dialetto è sempre ‹fotografato› dal punto di vista e in funzione della lingua d’arrivo: il latino e/ o siciliano deve fare i conti e cercare di far a tutti i costi ‹bella figura›. Un modo per non far ‹sfigurare› il siciliano, ovvero di far quadrare i conti, è così sia quello di omettere voci siciliane senza equivalenti in latino o in italiano, sia quello di italianizzare artificialmente il dialetto, sia quello di privilegiare il dialetto cittadino borghese e letterario rispetto a quello della campagna e ‹plebeo›, con l’effetto in tutti i casi di ridurre la distanza interlinguistica fra dialetto e lingua». L’osservazione dello studioso può essere considerata valida anche per le altre aree preunitarie che sviluppano progetti simili, non solo per la Sicilia. vuta ai grandi dizionarii della lingua comune ed illustre di un popolo. Ricercò egli con grave studio le etimologie delle voci, dove mancogli il sussidio del Vinci che egli si diede a seguire per questa parte; ed al contrario non si diè molta cura di aggiungere o di correggere le definizioni delle voci dove mancò il Del Bono, o dove andò questi errato. Potea giovarsi dei travagli dello Spadafora in ciò che riguarda la corrispondenza delle voci proprie italiane e noi fece: e cadde in grossolani ed incredibili errori; supponendo voci e frasi italiane che non esistono, e siciliane che neppur si ravvisano. Pure è da convenire che il vocabolario suo, abbenchè tutta non comprenda la dovizia della siciliana favella, fu nondimeno arricchito di assaissime voci in uso per tutta l’isola, non avvertite dagli altri, soprattutto in fatto di scienze naturali, e precipuamente di botanica. Due belle prefazioni italiana l’una al primo volume scritta da Giuseppe Antonio de Espinosa Alarcon Idalgo, e l’altra latina al secondo volume dettata da Francesco Pasqualino molto pregio all’opera aggiungono, perché ricche delle più interessanti notizie letterarie di quel tempo» (p. VIII). I primi secoli della lessicografia dialettale italiana 31 Vox Romanica 79 (2020): 19-39 DOI 10.2357/ VOX-2020-002 4.2 Napoli L’esordio della lessicografia dialettale a Napoli data alla fine del Settecento e si deve principalmente a un intellettuale del tempo, Ferdinando Galiani, anche se il suo Vocabolario delle parole del dialetto napoletano, che più si scostano dal dialetto toscano, con alcune ricerche etimologiche sulle medesime degli Accademici Filopatridi , un’opera peraltro postuma, esce con questa formula sostanzialmente anonima nel 1789. Questo esordio «è preceduto però non solo da una lunga tradizione letteraria, in qualche caso riflessa e anche mediocre ma in altri casi di eccellenza mondiale, ma anche da una notevole produzione grammaticografica, di cui lo stesso Galiani si era reso protagonista, e che nel secolo successivo porterà a risultati di rilievo (ricordiamo almeno C apozzoli 1889). L’ Avvertimento del vocabolario si apre con una dichiarazione di esplicita presa di distanza dall’Accademia della Crusca, l’ennesimo segno di quanto la distinzione tra vocabolari storici e vocabolari dell’uso sia moderna e solo funzionale, e non vada proiettata all’indietro nel tempo, ma anche di come in Italia il termine di paragone per tutti sia sempre e solo l’Accademia, senza altre possibili filiere» (a prile 2010: 175): Se ai Signori Accademici della Crusca (dopo che ai Toscani riuscì incorporare il loro particolare Dialetto, e farlo divenir un tutto unito alla general lingua d’Italia) conveniva far il Vocabolario di tutte le parole del Dialetto Toscano, ciò a noi sarebbe stato ridicolo, e non esente dalla traccia di presunzione. Noi abbiamo voluto indicar le varietà, ed abbiam taciute le rassomiglianze (p. IX-X). Un’altra caratteristica notevole dell’opera è un deciso taglio di alterati e altri derivati e di significati simili a quelli della lingua italiana (a prile 2010: 175), in contrasto con quello che faranno, con l’evidente tentativo di offrire un lemmario più ampio, molti vocabolari ottocenteschi. «Comincia con questo vocabolario la tradizione della lessicografia napoletana di arricchire i vocabolari con l’inserzione di esempi d’autore seguendo, appunto, l’esempio del Vocabolario della Crusca; qui gli esempi presentano contesti piuttosto brevi» (a prile 2010: 176). Vediamo qualche voce: Sajettone, ramarro grosso, e verdegiallo , che se la fa per sulle siepi de’ campi. Sajo, foggia di vestimento già disusato. Salata, grande quantità di carne di porco messa a curar nel sale, traslatamente grande stragge , Fas. 22 „Via fu corrimmo mo a Gierusalemme „A ffare na salata de Salemme; cioè una fiera stragge di Turchi, e Mori, che colà abitano. … Salera, saliera , e per ironia detto di donna sgraziata, detta pur sia Grazia , o Grazejella . 22 Il riferimento è a La Gierusalemme Libberata di Fasano (1706).