Vox Romanica
0042-899X
2941-0916
Francke Verlag Tübingen
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2016
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Kristol De Stefani7 5 · 2 0 1 6 A . F R A N C K E V E R L A G T Ü B I N G E N A N N A L E S H E L V E T I C I E X P L O R A N D I S L I N G U I S R O M A N I C I S D E S T I N A T I C O N D I T I A B J . J U D E T A . S T E I G E R E D I T I A U S P I C I I S C O L L E G I I R O M A N I C I H E L V E T I O R U M A B E L W Y S D E S T E F A N I E T A N D R E S K R I S T O L V O X R O M A N I C A I S S N 0 0 4 2 - 8 9 9 X V O X R O M A N I C A C o m i t é d e r é d a c t i o n : R i t a F r a n c e s c h i n i , p r é s i d e n t e ; M m e s e t M M . A l a i n C o r b e l l a r i , R o l f E b e r e n z , A l e x a n d r e H u b e r , R i c a r d a L i v e r , G e o r g e s L ü d i , L i d i a N e m b r i n i , H a n s - R u d o l f N ü e s c h , J e a n - Y v e s T i l l i e t t e , C a r l i T o m a s c h e t t , R i c h a r d T r a c h s l e r . R é d a c t e u r s : M . E l w y s D e S t e f a n i ( K U L e u v e n ) , M . A n d r e s K r i s t o l ( U n i v e r s i t é d e N e u c h â t e l ) . S e c r é t a i r e s d e r é d a c t i o n : D o r o t h é e A q u i n o - W e b e r , J o a n n a P a u c h a r d ( N e u c h â t e l ) . A d r e s s e s d e l a r é d a c t i o n : M . E l w y s D e S t e f a n i , K U L e u v e n , M u l t i m o d a l i t y , I n t e r a c t i o n & D i s c o u r s e ( M I D I ) , B l i j d e - I n k o m s t s t r a a t 2 1 - b o x 3 3 0 8 , B - 3 0 0 0 L e u v e n ; c o u r r i e l : e l w y s . d e s t e f a n i @ k u l e u v e n . b e M . A n d r e s K r i s t o l , C e n t r e d e d i a l e c t o l o g i e , F a c u l t é d e s L e t t r e s e t S c i e n c e s H u m a i n e s , U n i v e r s i t é d e N e u c h â t e l , A v e n u e D u P e y r o u 6 , C H - 2 0 0 0 N e u c h â t e l ( m a n u s c r i t s e t l i v r e s p o u r c o m p t e s r e n d u s ) ; c o u r r i e l : a n d r e s . k r i s t o l @ u n i n e . c h A d r e s s e d e l ’ é d i t e u r : A . F r a n c k e V e r l a g , P o s t f a c h 2 5 6 0 , D - 7 2 0 1 5 T ü b i n g e n ( c o r r e s p o n d a n c e r e l a t i v e à l ’ a d m i n i s t r a t i o n ) ; c o u r r i e l : i n f o @ f r a n c k e . d e ; p a g e I n t e r n e t : w w w . f r a n c k e . d e A b o n n e m e n t : € 7 2 . - L e s a r t i c l e s d u p r é s e n t v o l u m e s o n t o f f e r t s i n d i v i d u e l l e m e n t s u r w w w . f r a n c k e . d e . T o u s l e s v o l u m e s d e V o x R o m a n i c a d e 1 9 3 6 à 1 9 9 1 o n t é t é r é t r o d i g i t a l i s é s . I l s s o n t d i s p o n i b l e s g r a t u i t e m e n t s u r l e s i t e h t t p : / / r e t r o . s e a l s . c h ( F e u i l l e t e r p a r c l a s s i f i c a t i o n : L a n g u e s / V o x R o m a n i c a ) V O X R O M A N I C A e s t u n e r e v u e s c i e n t i f i q u e d e l i n g u i s t i q u e e t d e p h i l o l o g i e r o m a n e s , p u b l i é e u n e f o i s p a r a n n é e . E n r a c i n é e d a n s l e s é t u d e s r o m a n e s h e l v é t i q u e s d e p u i s s a f o n d a t i o n e n 1 9 3 6 e t o u v e r t e s u r l a r e c h e r c h e i n t e r n a t i o n a l e , e l l e c o n s a c r e u n e a t t e n t i o n p a r t i c u l i è r e a u x q u e s t i o n s c o n c e r n a n t l e p l u r i l i n g u i s m e e t l e s m i n o r i t é s l i n g u i s t i q u e s . T o u t e n r e s t a n t a t t a c h é e à u n e o p t i q u e h i s t o r i q u e e t p h i l o l o g i q u e , e l l e f a v o r i s e é g a l e m e n t l ’ é t u d e d e s v a r i é t é s r o m a n e s a c t u e l l e s e t d e n o u v e l l e s a p p r o c h e s d e l a r e c h e r c h e l i n g u i s t i q u e . R e n s e i g n e m e n t s p o u r l e s a u t e u r s : L e s m a n u s c r i t s s o n t à e n v o y e r a u x a d r e s s e s d e M M . D e S t e f a n i e t K r i s t o l ( v e r s i o n s é l e c t r o n i q u e s ; u n e v e r s i o n p a p i e r n ’ e s t n é c e s s a i r e q u e s i l e t e x t e u t i l i s e d e s s c h é m a s o u d e s c a r a c t è r e s s p é c i a u x ) . L e s n o r m e s r é d a c t i o n n e l l e s p e u v e n t ê t r e c o n s u l t é e s s u r l e s i t e w w w . u n i n e . c h / d i a l e c t o l o g i e / v o x / v o x . h t m l ( o ù o n t r o u v e r a a u s s i l a l i s t e d e s l i v r e s d i s p o n i b l e s p o u r l e s c o m p t e s r e n d u s ) . L e s a r t i c l e s s o n t é v a l u é s p a r d e s e x p e r t s c h o i s i s a u s e i n d u c o m i t é d e r é d a c t i o n o u à l ’ e x t é r i e u r d e c e l u i c i . L e s c o m p t e s r e n d u s n e s o n t s o u m i s à u n e é v a l u a t i o n q u e d a n s d e s c a s e x c e p t i o n n e l s . L a r é d a c t i o n s e r é s e r v e d ’ é v e n t u e l l e s i n t e r v e n t i o n s s t y l i s t i q u e s s u r l e s t e x t e s . L e s é p r e u v e s s o n t s o u m i s e s a u x a u t e u r s . A u c o u r s d e l a r é d a c t i o n d e c e n u m é r o , 4 7 a r t i c l e s e t c o m p t e s r e n d u s o n t é t é s o u m i s à l a r é d a c t i o n ( d o n t 1 d a n s l ’ a n n é e 2 0 1 5 ) . 7 c o n t r i b u t i o n s o n t é t é j u g é e s n é g a t i v e m e n t , 4 0 ( 1 2 a r t i c l e s e t 2 8 c o m p t e s r e n d u s ) o n t é t é a c c e p t é e s , e n p a r t i e a p r e s u n e r é v i s i o n s u b s t a n t i e l l e d e l a p a r t d e s a u t e u r s . À l ’ h e u r e a c t u e l l e , 1 a r t i c l e e s t e n c o r e e n c o u r s d ’ é v a l u a t i o n . VOX ROMANICA 75 · 2016 VOX ROMANICA ANNALES HELVETICI EXPLORANDIS LINGUIS ROMANICIS DESTINATI CONDITI AB J. JUD ET A. STEIGER EDITI AUSPICIIS COLLEGII ROMANICI HELVETIORUM AB ELWYS DE STEFANI ET ANDRES KRISTOL 75 · 2016 A. FRANCKE VERLAG TÜBINGEN Comité de rédaction: Alain Corbellari (Universités de Lausanne et de Neuchâtel), Rolf Eberenz (Université de Lausanne), Rita Franceschini (Freie Universität Bozen - Libera Università di Bolzano), Alexandre Huber (Glossaire des patois de la Suisse romande, Neuchâtel), Ricarda Liver (Universität Bern), Georges Lüdi (Universität Basel), Lidia Nembrini (Vocabolario dei dialetti della Svizzera italiana), Hans-Rudolf Nüesch (Universität Zürich, Jud-Bibliothek), Jean-Yves Tilliette (Université de Genève), Carli Tomaschett (Dicziunari rumantsch grischun), Richard Trachsler (Universität Zürich). Alle Rechte vorbehalten / All Rights Strictly Reserved A. Francke Verlag Tübingen ISSN 0042-899 X ISBN 978-3-7720-2215-9 Satz, Druck und Bindung: Laupp & Göbel, Gomaringen Printed in Germany Inhalt - Contenu Gerold Hilty (†), El Libro conplido en Cataluña . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 David Porcel Bueno, Comentario final y revisión bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Lorenzo Filipponio, L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo . . . . 14 Lorenzo Tomasin, Sugli esiti di z ĭ ng ĭ ber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Franco Pauletto, Be’ in posizione iniziale dei turni di parola: una risorsa interazionale per l’organizzazione delle azioni, delle sequenze e dei topic . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Elwys De Stefani, «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung - Onymisierungsprozesse unter der Lupe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin, Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» . . . . . . . . . . . . . . 116 Ricarda Liver, Prothetisches a im Bündnerromanischen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Andres Kristol, Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes - Vers une terminologie du polymorphisme adaptée aux données francoprovençales de l’ALAVAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Jean-Pierre Chambon, Les chevreuils dans la grange - Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) recueillie et traduite par Colette Dondaine . . . 185 Peter Wunderli, Okzitanisch «la un ... l’autre» . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Paolo Gresti, La fonetica provenzale di Luigi Onorato Drago . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210 Francisco P. Pla Colomer, Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos del siglo XIV: la Vida de San Ildefonso y los Proverbios morales . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224 Besprechungen - Comptes rendus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239 Nachrichten - Chronique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357 Büchereingänge - Livres reçus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373 Adresses des auteures et auteurs (contributions originales) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 374 Prix Collegium Romanicum pour l’avancement de la relève . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375 Prix de la relève 2016 du Collegium Romanicum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376 Besprechungen - Comptes rendus Philologie et linguistique romane générales - Allgemeine Philologie und romanische Sprachwissenschaft Roland Alexander Issler, Europa Romanica. Stationen literarischer Mythenrezeption (Jean-Claude Mühlethaler) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239 Pierre Flobert, Grammaire comparée et variétés du latin. Articles revus et mis à jour (1964-2012) (Ricarda Liver) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241 Maria Iliescu, Pan- und Raetoromanica. Von Lissabon bis Bukarest, von Disentis bis Udine (Jörg Timmermann) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 Reinhard Kiesler, Sprachsystemtechnik. Einführung in die Satzanalyse für Romanisten (Andreas Schor) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 Inhalt - Contenu VI Dacoromania Carmen Dobrovie-Sorin/ Ion Giurgea (ed.), A reference grammar of Romanian. The noun phrase, vol. 1 (Adrian Chircu) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Christian Discher, Sprachkontakt, Migration und Variation. Die frankophone Integration von Rumänen in Paris nach 1989 (Andreas Schor) . . . . . . . . . . . . . . . . 262 Italoromania Andrea Canova (ed.), Tra filologia e storia della lingua italiana. Per Franca Brambilla Ageno (Maria Antonietta Marogna) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264 Andrea Giannetti (ed.), Libro dei sette savi di Roma. Versione in prosa F (Stefano Coco) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268 Christina Tortora, A comparative grammar of Borgomanerese (Giampaolo Salvi) 272 Raetoromania Paul Videsott/ Rut Bernardi/ Chiara Marcocci, Bibliografia ladina. Bibliografie des ladinischen Schrifttums. Bibliografia degli scritti in ladino (Ricarda Liver) . . . . . . . 280 Sabine Heinemann/ Luca Melchior (ed.), Manuale di linguistica friulana (Giampaolo Salvi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280 Galloromania Giuseppe Di Stefano, Nouveau dictionnaire historique des locutions.Ancien Français - Moyen Français - Renaissance, 2 vol. (A-K, L-Z) (Maria Colombo Timelli) . . . . . . 285 Frédéric Duval, Les mots de l’édition de textes (Maria Colombo Timelli) . . . . . . . . . . 287 Alain Corbellari, Des fabliaux et des hommes. Narration brève et matérialisme au Moyen Âge (Laurent Bozard) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288 Clara Wille, Prophetie und Politik. Die Explanatio in Prophetia Merlini Ambrosii des Alanus Flandrensis. Edition mit Übersetzung und Kommentar, 2 vol. (Peter Wunderli) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290 Le Roman de Merlin en prose (roman publié d’après le ms. BnF français 24394). Édition bilingue établie, traduite, présentée et annotée par Corinne Füg-Pierreville (Peter Wunderli) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294 Le Chansonnier français U, publié d’après le manuscrit Paris, BNF, fr. 20050 par Madeleine Tyssens, tome I (Marie-Claire Gérard-Zai) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302 Les Aventures des Bruns. Compilazione guironiana del secolo XIII attribuibile a Rustichello da Pisa. Edizione critica a cura di Claudio Lagomarsini (Gerardo Larghi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304 Guiron le Courtois. Roman arthurien en prose du XIII e siècle, édité par Venceslas Bubenicek (Yan Greub) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Réplique de l’auteur au compte rendu de M. Greub (Venceslas Bubenicek) . . . . . 322 Dorothea Kullmann/ Shaun Lalonde (ed.), Réécritures. Regards nouveaux sur la reprise et le remaniement de textes, dans la littérature française et au-delà, du Moyen Âge à la Renaissance (Gerardo Larghi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329 Jean Froissart, Chroniques de France et d’Angleterre. Livre quatrième. Édition critique par Alberto Varvaro (Jakob Wüest) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333 Jean Miélot, Vie de sainte Katherine, édition de Maria Colombo-Timelli (Maud Becker) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336 Inhalt - Contenu VII Maria Colombo Timelli/ Barbara Ferrari/ Anne Schoysman/ François Suard (ed.), Nouveau Répertoire de mises en prose (XIV e -XVI e siècles) (Peter Wunderli) . . . . . 339 Cécile Barbet (ed.), Linguistique et stylistique des figures (Bauvarie Mounga) . . . . . 342 Vladislav Rjéoutski/ Gesine Argent/ Derek Offord (ed.), European Francophonie. The social, political and cultural history of an international prestige language (Cristina Brancaglion) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345 Georg Kremnitz, Frankreichs Sprachen (Sabine Ehrhart) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347 Claudine Fréchet (ed.), Dictionnaire des régionalismes de Rhône-Alpes (Mathieu Avanzi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349 Iberoromania Miguel Calderón Campos, El español del reino de Granada en sus documentos (1492-1833). Oralidad y escritura (Antonio Corredor Aveledo) . . . . . . . . . . . . . . . . 353 Mitarbeiter des 75. Bandes (Die Seiten der Originalartikel sind kursiv gedruckt.) Avanzi, M. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349 Becker, M. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336 Bidese, E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Bozard, L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288 Brancaglion, C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345 Bubenicek, V. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322 Casalicchio, J. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Chambon, J.-P. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185 Chircu, A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Coco, S. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268 Colombo Timelli, M. . . . . . . . . . . . 285, 287 Cordin, P. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Corredor Aveledo, A. . . . . . . . . . . . . . . 353 De Stefani, E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Ehrhart, S. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347 Filipponio, L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Gérard-Zai, M.-C. . . . . . . . . . . . . . . . . . 302 Gresti, P. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210 Greub, Y. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Hilty (†), G. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Kristol, A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Larghi, G. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304, 329 Liver, R. . . . . . . . . . . . . . . . . . 143, 241, 280 Marogna, M.A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264 Mounga, B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342 Mühlethaler, J.-C. . . . . . . . . . . . . . . . . . 239 P. Pla Colomer, F. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224 Pauletto, F. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Porcel Bueno, D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Salvi, G. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272, 280 Schor, A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257, 262 Timmermann, J. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 Tomasin, L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Wüest, W. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333 Wunderli, P. . . . . . . . . . . . 201, 290, 294, 339 Vox Romanica 75 (2016): 1-13 El Libro conplido en Cataluña* 1 Résumé: Le succès et la diffusion dont le Libro conplido en los iudizios de las estrellas a joui tout au long du Moyen Âge exigeaient une étude rigoureuse capable de rendre compte de sa présence en Catalogne. Une telle étude avait déjà été mise à l’œuvre pour les cas du Portugal, de la France, de l’Italie ainsi que, bien évidemment, de la Castille. Étant donné que la présence de deux manuscrits de cette œuvre dans la bibliothèque de Pere III est bel et bien confirmée, une comparaison de la traduction latine d’Aegidius de Thebaldis et de Petrus de Regio avec ces documents ainsi que l’étude du manuscrit 981 de la Bibliothèque de Catalogne prouvent que la traduction catalane, perdue aujourd’hui, fut réalisée très précisément par le biais de la version latine, sans se référer au texte castillan du milieu du XIII e siècle. Il est évident que l’étude comparée des diverses versions romanes contribuera à notre meilleure connaissance de ce traité astrologique d’origine arabe. Keywords: Medieval astrology, Libro conplido, Medieval translation, Catalan literature, Alfonso X, Library of Catalonia En 1254 el judío toledano Y ĕ hudá b. Mošé tradujo al castellano, por mandato de Alfonso el Sabio, el Kit ā b al-b ā ri‘ f ī ahk ā m al-nu ğū m, famoso manual árabe de astrología de Ibn ab ī ’r-Ri ğā l (Abenragel). Esta traducción, que lleva el nombre de El Libro conplido en los iudizios de las estrellas, está conservada en el manuscrito 3065 de la Biblioteca Nacional de Madrid 2 . El códice, sin embargo, tiene un defecto. El modelo árabe comprende 8 partes y en el manuscrito de Madrid se conservan solo las partes 1 a 5. Cuando, en 1954, la Real Academia Española publicó mi edición (Hilty 1954), se creía que las partes 6 a 8 se habían perdido. Estaba, sin embargo, fuera de duda que habían existido, y eso por las siguientes razones: en la misma corte de Alfonso el Sabio se realizaron en el siglo XIII dos traducciones latinas del texto castellano (Hilty 2011a) y ambas contienen las ocho partes de la obra. Y hay más: a principios del siglo XV un judío portugués tradujo a esta lengua las * Note de la rédaction: Suite à un malentendu, une première version de cet article posthume de Gerold Hilty a été publiée dans les Miscel·lània d’Estudis Romànics 38 (2016): 347-55, sans le commentaire final de David Porcel Bueno. Selon le désir de celui-ci et avec l’accord de la rédaction d’Estudis Romànics (lettre du 4 avril 2016 adressée à María Teresa Echenique), nous sommes honorés de republier ici cet ultime travail de notre maître et ancien rédacteur de notre revue. 1 Dispuesto para la imprenta con un comentario final y revisión bibliográfica de David Porcel Bueno. Agradezco a la profesora María Teresa Echenique y al profesor Mariano de la Campa la oportunidad que me brindan de poder sacar a la luz uno de los últimos trabajos del profesor Gerold Hilty. 2 En este estudio empleo el nombre de Libro conplido para designar la obra de Abenragel independientemente de la forma lingüística (versiones árabe, castellana, latina, portuguesa y quizá catalana). Gerold Hilty 2 partes 4 a 8 de la obra, en una versión tan literal que a partir de ella casi se podría reconstruir la versión castellana (Hilty 1982). Hoy se sabe por qué al manuscrito de Madrid le faltan las últimas partes: la Inquisición ordenó su eliminación (Fernández Fernández 2013: 124-29). Afortunadamente solo una de las tres partes está efectivamente perdida. En los años sesenta del siglo pasado un historiador francés descubrió las partes 6 y 8 (Beaujouan 1968 y 1969). La parte 6 está conservada en un manuscrito del siglo XIV, que se custodia en la Biblioteca de Santa Cruz de Valladolid y que contiene también la parte 5. La parte 8 se conserva en un manuscrito del siglo XV, en el Archivo Capitular de la Santa Iglesia Catedral de Segovia. En 2005 llegué por fin a realizar la intención de completar mi edición de 1954, publicando las partes 6 y 8. Para colmar la laguna causada por la pérdida de la parte 7, intercalé entre las partes nuevamente descubiertas la transcripción del texto de la traducción judeo-portuguesa (que en el original está escrita en caracteres hebraicos) (Hilty 2005a). La primera de las traducciones latinas mencionadas, hecha por Alvarus, no parece haber tenido gran divulgación. Se conserva íntegra en un solo manuscrito. Un segundo manuscrito contiene el inicio de la Parte Primera. La segunda traducción latina, en cambio, hecha por Aegidius de Thebaldis y Petrus de Regio, dos italianos al servicio de Alfonso el Sabio, tuvo un éxito enorme. Se conservan de ella decenas de manuscritos en bibliotecas por toda Europa, la contienen seis incunables, hechos en Venecia y en Basilea, y existen de ella traducciones (no todas completas) al francés, al inglés, al holandés, al alemán y al hebreo. * Antes de enfocar el problema de la divulgación del Libro conplido en Cataluña, resumo brevemente la situación en España, Portugal e Italia. A juzgar por los manuscritos conservados, en España la difusión del texto castellano no fue muy importante. Claro que hay que tener en cuenta la prohibición de la Inquisición, que por un lado puede ser responsable de la desaparición de manuscritos; por el otro, sin embargo, es prueba de cierto interés por el texto. En Portugal existía necesariamente un ejemplar del texto castellano de las partes 4 a 8 cuando se hizo, en 1411, la traducción judeo-portuguesa. Se puede añadir que en el siglo XV hay en Portugal un gran número de testimonios de la utilización de la astrología judiciaria, para fijar, por ejemplo, el día, o incluso la hora, propicia para la coronación de un rey o para emprender una acción militar (Hilty 1982: 256- 61). Además, en el Livro da Montaria de D. Jo-o I (escrito entre 1415 y 1433) se menciona, entre otros autores astronómico-astrológicos, a «Ali abem Ragel no seu liuro dos juizos» (Hilty 1982: 207). Naturalmente no es imposible que el rey se refiera a la segunda traducción latina, que se conocía en Portugal (Hilty 1982: 242-43). En cuanto a Italia, existen, en dos manuscritos diferentes, unos 40 folios que contienen aproximadamente un quinto de la Parte Octava en la versión castellana. El El Libro conplido en Cataluña 3 contenido de los dos manuscritos es casi idéntico. Proceden de la misma fuente. La forma, sin embargo, es diferente: uno de los textos está escrito en caracteres latinos, el otro en caracteres hebraicos (Hilty 2011b). * Ahora vamos a enfocar la situación en Cataluña. En la segunda mitad del siglo XIV nuestra obra aparece mencionada en varios documentos: El 24 de octubre de 1359 el rey Pere III escribe, desde Cervera, al archivero de su palacio de Barcelona: ... fem vos assaber que nos havem manat al feel de casa nostra en Dalmau çes Planes, que ab los libres nostres d art d estrologia qui son en lo dit archiu, nos faça alcuna obra de la dita art, segons que d aço l avem informat. perque volem e us dehim e us manam que, exceptats .ii. libres qui son appellats Ali-Aben-Ragel, los quals per la dita raho no cal que l li liurets, tots los altres libres de la dita art d astrologia ... liurets a ell per la dita raho (Rubió i Lluch 2000: 190). El 27 de junio de 1373 el infante Joan escribe a su padre desde el Monasterio de Montserrat: ... sapia la vostra magnificencia que he reebuda una letra vostra per la qual me manats que us trameta .i. libre vostre apellat Aliabenraxel, lo qual jo men havia aportat. es ver, senyor, que jo men aporte lo dit libre per tal que d aquell pogues fer traure o transladar alcunes coses les quals haure fetes transladar (Rubió i Lluch 2000: 246). El 16 de abril de 1384 el mismo infante Joan escribe, desde Lérida, al archivero del palacio de Barcelona: Nos havem mester .i. libre qui es en l archiu del senyor rey e es en pergami, ab cubertes verts o vermelles, escrit de letra redona, apellat Ally-aben-Raiel, per que us manam que encontinent nos trametats lo dit libre per lo portador de la present letra; pero guardats que no ns enviasets aquell que ns haviets prestat e us fem tornar, car no l volem ni ho dehim d aquell mas del altre, segons que dessus es specificat (Rubió i Lluch 2000: 320). Dos años más tarde, el 11 de octubre de 1386, el infante Joan escribe, desde Gerona, al gobernador de Mallorca: ... sabut havem que aqui en lo monestir del Carme ha .ii. libres, .i. apellat Orosi, de ormeste mundi, e altre intitolat Aliabenragel, los quals libres nos desijam fort haver. perque us pregam e manam que encontinent nos façats trelladar los dits libres a .ii. bons scrivants, e si son en lati que façats ab algu qui n entena que sien arromançats e ls haiam en pla catala. d aço escrivim a maestre Nicholau ça Costa, elet en ministre provincial de l orde dels frares Menors, pregan lo que us en tenga aprop e ho faça cuytar tan com puxa, e que ls haia a sa ma, e ls nos trameta de present que acabats sien. e axi fets ho metre en obra, car gran plaser e serviy nos en farets (Rubió i Lluch 2000: 144-45). Gerold Hilty 4 3 Para las obras de este autor árabe cf. Hilty 1955: 64. ¿Qué podemos extraer de estos documentos para resolver nuestro problema? Parece seguro que la biblioteca de Pere III contenía dos manuscritos del Libro conplido y se deduce claramente de las cartas del infante Joan que el contenido de estos manuscritos era diferente. Sería tentador suponer que uno de los tomos contuviera la versión castellana y el otro la versión latina. Sin embargo, los mismos documentos citados se oponen a tal hipótesis. Tampoco es posible ver en los dos tomos las dos traducciones latinas diferentes del Libro conplido. Ya dijimos que la traducción de Alvarus estaba muy poco difundida, y veremos en el análisis de un texto de Bartomeu de Tresbéns que en la corte de Pere III se consultaba la traducción de Aegidius de Thebaldis y Petrus de Regio. Por fin, se impone excluir tajantemente la idea de que al lado de la traducción latina del Libro conplido hubiera otra obra de Ibn ab ī ’r-Ri ğā l en la biblioteca de Pere III 3 . Hay que pensar que los dos tomos contenían partes diferentes del Libro conplido. En su libro La cultura hispanoárabe en Oriente y Occidente Juan Vernet se pregunta si la prohibición mencionada en el documento de 1359 no podía explicarse por el hecho de que los dos tomos estaban reservados para Bartomeu de Tresbéns, físico-astrónomo al servicio del rey, que para éste y el infante Joan estaba escribiendo su Tractat d’astrologia (concluido antes de 1373), «que, en rigor, puede considerarse como un resumen de los libros IV y V del Libro conplido» (Vernet 1978: 202). Detrás de Ptolomeo, Ibn ab ī ’r-Ri ğā l es el autor más frecuentemente citado en el Tractat d’astrologia (Vernet/ Romano 1957-58: I, 25). En parte Bartomeu de Tresbéns cita el texto del Libro conplido casi literalmente. ¿Cuál fue la base de sus traducciones? No hay ningún indicio de que fuera el original árabe. Quedan como bases posibles las versiones castellana y latina. Para poder decidirse entre las dos posibilidades, hay que comparar la versión catalana con la versión latina, por un lado, y la castellana por el otro. De los numerosos ejemplos estudiados he escogido un caso sacado del segundo capítulo del Tractat d’astrologia, para el cual el autor menciona explícitamente la obra de «Alí Abenrachel» como fuente. Cito el texto catalán según el manuscrito de Ripoll, que a mi modo de ver reproduce el original más cercanamente que el manuscrito de Paris (Hilty 1960: 393-95), el texto latino en la traducción de Aegidius de Thebaldis y Petrus de Regio está citado según el manuscrito de la Vaticana Barb.Lat. 172, y el texto castellano según mi edición. Quant lo grau de l’assendent e lo Sol, de dies, o la Luna, si és de nits, seran infortunats, no vendrà lo nat a perfecta nutrició, si donchs los senyors de la triplicitat no eren fortunats e en los angles forts, lo Sol estant en l’ascendent en la nativitat de dia; e que sia en signe de aygua, serà la vida del nat temprada, car ell serà de complectió egual e de la complectió de Júpiter. E si en aytal temps lo Sol serà en senyal de foch, serà bo quant és per l’ànima, mas lo cors serà de complectió ardent e magra e de carns consumides, emperò axí com més proceïrà la nativitat en tal dia clar, serà més la complectió sua temprada. E si lo Sol serà en signe de ayre o de terra, El Libro conplido en Cataluña 5 4 He aquí las tres versiones: cast.: «mas assi como mas ira entrando en sos días»; lat.: «tamen sicut magis in diebus procedet»; cat.: «axi com més proceïra la nativitat en tal dia clar». en lo grau de l’assendent o devant ell o detràs per 3 graus, e serà ab lo Sollel o ab lo grau de l’ascendent alcuna de les steles que són betenus e són fixas d’aquellas que són de natura de la fortuna, o serà aquí I de las dues fortunes, o guardarà aquí la Luna de 6 o del 3 aspectus, o los rays d’alcuna planeta fortunada, significa que aquell nat morrà abans que prenga vianda (Vernet/ Romano 1957-58, II, 179-80 [131-50]). Quando ascendentis gradus et luminare temporis dampnati fuerint, significat quod non nutrietur nisi domini triplicitatis salui fuerint et in angulis firmi. Quando natiuitas fuerit diurna et Sol in ascendente in signo aqueo, uita erit bona et temperata, quare natus ille erit equalium complexionum et de complexione Iouis. Tamen si Sol in hoc fuerit in signis igneis, bonum erit pro anima sed corpus erit complexionis ardentis et macrum cum carnis consumpte; tamen sicut magis in diebus procedet, temperatam fiet complexio sua. Et si Sol fuerit in signo aereo uel terreo et in gradu ascendentis uel ante eum uel post per .3. gradus et cum Sole uel in gradu ascendentis aliqua ex .15. stellis bebemis (bebeniis ? ) ex his que fuerint de naturis fortunarum uel aliqua .2. fortunarum aut aspexerit ibi Luna de .3. uel .6. aut radius alicuius fortune uel pars fortune, significat quod natus ille moriretur ante quam cibum recipiat (Ms.Vaticana Barb.Lat. 172, fol. 54v° b, 5-25). Quando el grado del ascendente e el luminar del tiempo fueren dannados, significa que non se criara, si non si fueren los sennores de la triplicidat saluos e firmes en los angulos. Quando la nacencia fuere de dia, e fuere el Sol en el ascendente en signo aqueo, sera la uida buena e temprada, ca aquel nacido sera de eguales complexiones e sera de conplexion de Jupiter. Mas si el Sol fuere en esto en los signos igneos, es bueno pora el alma, mas el cuerpo sera de ardiente conplexion e magro e de consumptas carnes. Mas assi como mas ira entrando en sos dias, ira temprando en su conplexion. Mas si el Sol fuere en signo aereo o terreo e fuere en el grado del ascendente o antes d’el o despues d’el por tres grados, e non ouiere con el Sol o en el grado del ascendent alguna de las .XV. estrellas bebenias, de las que son d’ellas de naturas de las fortunas, o alguna de las dos fortunas, o catare hy la Luna de trino o de sextil o rayo de alguna de las fortunas o la parte fortune, significa que aquel nacido morra antes que reciba comer (Hilty 1954: 162b 29-52). El resultado de la comparación de los tres textos no es nada espectacular. No vale la pena insistir en diferencias insignificantes, como pequeñas adiciones o supresiones, cambios entre singular y plural, etc. Para nuestra perspectiva tampoco sirve un caso, en el cual la versión catalana, algo extraña, se opone a las otras versiones 4 . En la última frase del texto hay, sin embargo, dos casos que prueban claramente que el texto catalán está basado en el texto latino y no en el castellano. He aquí la parte de la frase que contiene los dos indicios en cuestión, en versión castellana y latina: Mas si el Sol fuere en signo aereo o terreo e fuere en el grado del ascendente o antes d’el o despues d’el por tres grados, e non ouiere con el Sol o en el grado del ascendente alguna de las .XV. estrellas bebenias Et si Sol fuerit in signo aereo uel terreo et in gradu ascendentis uel ante eum uel post per .3. gradus et cum Sole uel in gradu ascendentis aliqua ex 15 stellis bebemis (bebeniis). Gerold Hilty 6 5 Diciendo esto rectifico mi opinión expuesta en la reseña de Vernet/ Romano, según la cual Bartomeu de Tresbéns habría manejado las versiones castellana y latina (Hilty 1960). No hay pruebas para la utilización de la versión castellana. Es interesante comparar también el texto de la traducción latina de Alvarus: Si Sol fuerit in signo aereo aut terreo et fuerit in gradu ascendentis aut ante uel post per 3 gradus et non fuerit cum Sole in gradu ascendentis aliqua .15. stellarum bebeniarum (ms. Escorial J-II-17, fol. 77r°, 36-38). Es evidente que la negación en el tercer miembro de la prótasis resulta absolutamente necesaria para la comprensión de la frase. Se trata, pues, de una laguna en el texto latino de Aegidius de Thebaldis y Petrus de Regio y, por consiguiente, en el texto catalán. En cuanto a la palabra bebenia del texto castellano, es la adaptación correcta del árabe b ā b ā n ī ya (Hilty 1960: 396-97; Hilty 2005b: 190). En el texto latino citado la lectura bebemis me parece más probable que la lectura bebeniis, más correcta desde el punto de vista de la base castellana. Sea como fuere, una de las dos formas será la base de la deformación (directa o indirecta) de las formas en los manuscritos de Bartomeu de Tresbéns: betenus (ms. de Ripoll), betemis (ms. de Paris). Los dos ejemplos, que se dejarían multiplicar, muestran claramente, a mi modo de ver, que la base de la traducción de Bartomeu de Tresbéns no fue el texto castellano, sino el texto latino. A pesar de no haber analizado todos los préstamos que Bartomeu de Tresbéns hizo al Libro conplido, creo que esta conclusión se puede generalizar y que la biblioteca de Pere III, al lado de la traducción latina de Aegidius de Thebaldis y Petrus de Regio, no contenía ningún ejemplar de la versión castellana 5 . Mediante esta conclusión se justifica también mejor el deseo del infante Joan de obtener una traducción catalana del Libro conplido. No se sabe si tal traducción se realizó efectivamente. Hay, sin embargo, dos testimonios, citados ya por Lluís Cifuentes i Comamala en su libro titulado La ciència en català a l’Edat Mitjana i el Renaixement, que podrían relacionarse con una traducción catalana, parcial o completa, del Libro conplido (Cifuentes i Comamala 2001: 210 y 212). Helos aquí: En el inventario de la biblioteca real, hecho en 1410 a la muerte del rey Martí l’Humà, se lee «Item vn altre libre appellat Suma de Ali aben Raiell en romans scrit en paper ab posts de fust et cubert de coyro vermell ab dos tancados de fil vert lo qual comença Tholomeu diu et faneix la figura del Cel» (Massó i Torrents 1905: 432 [n o 130]). En el inventario de libros de un alfarero mallorquí llamado Anthonius Prunera (25 de noviembre de 1396) se menciona «quendam librum pergameneum bullatum, scriptum in romancio, cum cohopertis fustis viridis, compositum super planetis et signis, cuius principium literis virmiliis est tale: En Nom de nostre senyor Déu Jesu Crist, aquest libre feu eben.. Prolec [? ] dels Juys de les Steles, lo qual fo enterpretat de abrayich en latí a laor de nostre senyor Déus per Mestre Johan Ispalensi» (Hillgarth II, 1991: 455 [n o 137]). El Libro conplido en Cataluña 7 El primero de estos testimonios podría relacionarse con la petición del infante Joan citado arriba. El segundo testimonio, en cambio, es muy problemático. Que el nombre del autor aparezca en forma incompleta, es lo de menos. Que la base del Libro conplido sea hebrea, es simplemente falso y que Johannes Hispalensis haya hecho una traducción latina del Libro conplido, se deberá a una confusión. No hay ningún testimonio que apoye tal atribución. No excluyo, sin embargo, que detrás de la nota problemática del inventario citado se escondiera un texto que podría interesarnos. Desgraciadamente no lo conocemos. Sea como fuere, una cosa es cierta: a finales del siglo XIV la lengua catalana habría sido perfectamente capaz de dar forma al contenido del Libro conplido. Lo prueban claramente los préstamos que Bartomeu de Tresbéns hizo a la versión latina del Libro conplido, traduciéndolos a la lengua de Cataluña. * En un estudio sobre el Libro conplido en Cataluña hay que hablar finalmente del manuscrito 981 de la Biblioteca de Cataluña, aunque no sea originario de Cataluña. Fue comprado en 1928 por «la entonces biblioteca de la Diputación provincial de Barcelona, hoy Biblioteca de Cataluña», como muestra Laura Fernández, quien intenta elucidar la historia del manuscrito, cuyo origen no se conoce (Fernández Fernández 2013: 131). A juzgar por la letra es de la segunda mitad del siglo XIV. No se sabe dónde se escribió. En otro lugar he probado que el manuscrito de Barcelona es una copia del de Madrid (Hilty 1994: 6-7). Por haberse introducido un error tipográfico en mi argumentación de 1994, la repito aquí: en la lista de los capítulos de la segunda parte del libro primero, los dos manuscritos presentan así el texto de los números 22 y 23 (conservo la disposición original de los renglones del manuscrito de Madrid): Manuscrito de Madrid, fol. 1d 36 s. Manuscrito de Barcelona, fol. 2ª 19 s. El .XXII. o capitulo fabla en la fiuza (E)l xxij o capitulo fabla en la fuyzia El .XXIII. o capitulo fabla ¶ e en el temor (E)l xxiij o capitulo fabla e en el temor en el desfazimieto de las cosas, en el desfazimiento de las cosas, esto esto es del ascendente. es del ascendente. El amanuense del códice de Madrid escribió el final del título del capítulo XXII en la parte derecha de la línea 37, separándolo del resto de la línea por un calderón. El copista del manuscrito de Barcelona no se fijó en el calderón y copió la línea toda seguida, lo que da un texto incomprensible. Parece que el copista se dio cuenta de su error, porque después de la a de fuyzia hay dos trazos verticales y entre ellos dos puntos. Trazos semejantes aparecen en el texto del capítulo XXIII, uno detrás de fabla, otro detrás de temor. Es probable que con estos signos el copista intentara corregir el error. Tal intento, sin embargo, no menoscabaría en nada el valor de la conclusión que se puede sacar del cotejo presentado y comentado: ya que el error - Gerold Hilty 8 corregido o no - está basado en la disposición peculiar del texto en el manuscrito de Madrid, este tiene que ser el modelo del de Barcelona. El manuscrito de Madrid es la única fuente del de Barcelona y este está muy incompleto. La copia se termina en el Libro segundo, en la página 74d 8 de mi edición del texto madrileño. En principio los cuatro amanuenses cuyas manos se pueden distinguir en el manuscrito copian el texto palabra por palabra, lo que no excluye que haya grandes diferencias entre las dos versiones, y eso por las razones siguientes: - Los copistas emplean en general la fonética y la ortografía de su época. Tan solo en el prólogo inicial (que comprende 34 líneas en mi edición) he contado 14 diferencias fonético-ortográficas entre los dos textos (Hilty 1994: 7). - Algunas veces los copistas sustituyen una palabra por otra de la misma raiz: siruientes . seruiciales. - Raras veces los copistas sustituyen una expresión del siglo XIII por otra corriente en su época (finales del siglo XIV): troa . fasta. - En muchos casos la diferencia parece explicarse sencillamente por una lectura equivocada de los copistas. Hay que añadir que el texto de Barcelona contiene muchas lagunas, pequeñas y grandes. De lo que precede se sacará la conclusión de que el manuscrito 981 no desempeña ningún papel importante, ni para la transmisión del texto castellano del Libro conplido, ni para la presencia de esta obra alfonsí en Cataluña. Creo, sin embargo, que vale la pena fijarse todavía en un aspecto que he estudiado recientemente para el manuscrito de Madrid. Se trata de las notas marginales e interlineales contenidas en el códice madrileño (Hilty 2011c). El texto madrileño copiado por los copistas del códice de Barcelona contiene seis notas marginales (los números 1 a 6 de la lista en Hilty 1955: 54) y siete notas interlineales (los números 1 a 7 de la lista en Hilty 1955: 57). ¿Cómo se tratan estas notas? De cuatro notas, dos marginales (1 y 2) y dos interlineales (2 y 3), los copistas hacen caso omiso. Dos notas desaparecen como tales, porque los copistas aceptan la enmienda propuesta en la nota y corrigen el texto (marginal 3, interlineal 5). Las restantes notas se reproducen literalmente, pero no en forma marginal o interlineal, sino integradas en el cuerpo del texto. Esta integración, sin embargo, se logra bien solo en dos casos (marginales 4 y 5). En los demás (marginal 6, interlineales 1, 4, 6, 7) resultan frases difícilmente inteligibles. * ¿El Libro conplido en Cataluña? No es probable que existiera un manuscrito de la versión castellana en Cataluña en el Medioevo. El manuscrito 981 de la Biblioteca El Libro conplido en Cataluña 9 de Cataluña es una adquisición moderna. En cambio, ya en la Edad Media circulaban en Cataluña ejemplares de la traducción latina del texto castellano, hecha por Aegidius de Thebaldis y Petrus de Regio. No habría que excluir que, basada en esta versión, se hiciera una traducción catalana, hoy perdida. Gerold Hilty (†) Bibliografía Beaujouan, G. 1968: «Manuscrits scientifiques médiévaux de la cathédrale de Ségovie», in: Actes du XI e Congrès international d’histoire des sciences, Varsovie-Cracovie, 24-31 août 1965, vol. 3: 15-18, Varsovie Beaujouan, G. l969: «L’astronomie dans la Péninsule Ibérique à la fin du Moyen Âge», Separata da Revista da Universidade de Coimbra 24, Coimbra Cifuentes i Comamala, L. 2001: La ciència en català a l’Edat Mitjana i el Renaixement, Barcelona/ Palma de Mallorca Fernández Fernández, L. 2013: Arte y ciencia en el scriptorium de Alfonso X el Sabio. El Puerto de Santa María Hillgarth, J. N. 1991: Readers and books in Majorca 1229-1550, 2 vol., Paris Hilty, G. 1954: Aly Aben Ragel, El Libro conplido en los iudizios de las estrellas. Traducción hecha en la corte de Alfonso el Sabio. Introducción y edición por G. 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(ed.) 2000: Documents per a la història de la cultura catalana medieval, Barcelona Vernet, J. 1978: La cultura hispanoárabe en Oriente y Occidente, Barcelona Vernet, J./ Romano D. 1957/ 58: Bartomeu de Tresbéns, Tractat d’Astrologia, 2 vol., Text, introducció i glossari de J.V. i D. R, Barcelona * David Porcel Bueno 10 I. Breve historia de esta edición El 11 de marzo de 2014 la profesora María Teresa Echenique escribía un correo electrónico al profesor Gerold Hilty para interesarse por su salud tras su reciente operación de cadera y al tiempo le hacía saber que David Porcel, el joven estudiante al que había conocido en persona en el XV Congreso de la Asociación Hispánica de Literatura Medieval (San Millán de la Cogolla, 8-14 de septiembre de 2013) y al que había aconsejado seguir la senda de la escuela filológica española, se había decidido por realizar una tesis codirigida por el profesor Mariano de la Campa y por ella misma (ya defendida con la máxima nota en estos momentos). Pocos días después contestaba con un «emilio» (como le gustaba decir de broma) a su amiga española sobre su lenta recuperación y añadía: «La cabeza, sin embargo, funciona bien y estoy trabajando en un último (! ) estudio dedicado a mi Libro conplido». Más adelante, mandaba encarecidamente saludos al joven filólogo David Porcel, con el que compartiría inquietudes hispano-semíticas hasta pocas semanas antes de su fallecimiento. Precisamente, uno de esos últimos estudios consagrados a la que fuera su obra más encomiada era el artículo titulado «El Libro conplido en Cataluña». Hilty escribió a su amiga Maite Echenique pidiéndole que revisara y comentara su trabajo, para lo que adjuntaba copia del mismo, anunciando su intención de enviarlo a Estudis Romànics, donde fue aceptado con agrado, si bien aplazando la publicación dado el volumen de originales acumulado. Una vez fallecido, la profesora Echenique recuperó la empresa de publicar el texto, contando para ello con el visto bueno de Isabel Hilty (su hija) y con la opinión favorable de la profesora Itzíar López Guil (su sucesora en la cátedra de Zúrich), así como con la cordial generosidad de Estudis Romànics. II. Comentario final y revisión bibliográfica de David Porcel Bueno De entre los muchos esfuerzos tributados por Gerold Hilty al estudio del Libro conplido y a la importancia que esta obra tuvo en el desarrollo de la prosa literaria de mediados del siglo XIII (se cuentan en la actualidad más de dos docenas de artículos publicados por el autor entre 1954 y 2014), uno de los aspectos más llamativos tenía que ver precisamente con la traducción catalana llevada a cabo por Bartomeu de Tresbéns en el siglo XIV (conservada en el manuscrito 981 de la Biblioteca de Cataluña) la cual sirvió al célebre romanista suizo para abordar la cuestión de sus modelos latinos y/ o castellanos, convirtiéndose así en una suerte de colofón a una carrera académica determinada por este tratado astrológico. Acordar la fecha idónea en la que debía ser concebido un hijo, el momento apropiado en el que podía iniciarse una ofensiva bélica o cerciorarse de la jornada más adecuada para fundar una ciudad, hicieron que la popularidad de estos tratados alcanzase cotas extraordinarias entre los príncipes y monarcas más renombrados del Medievo, deseosos de contar entre sus más cercanos colaboradores con astró- El Libro conplido en Cataluña 11 6 Quiero agradecer a la Prof. Itzíar López Guil, de la Universidad de Zúrich, el haber compartido conmigo el trabajo original inédito que le confió su maestro días antes de su fallecimiento, logos capaces de determinar el futuro de los acontecimientos según el horóscopo (esta tendencia cuenta además con una larga tradición hispánica, pues como se ha puesto de manifiesto en más de una ocasión, fue precisamente una predicción basada en grandes conjunciones astrales la que anunció el final del Califato de Córdoba y la guerra civil consiguiente). Aunque no la única, esta fue quizá una de las razones con más peso para justificar el hecho de que el Libro conplido se nos haya conservado, no solo en la versión castellana de época alfonsí, sino también en una versión catalana, una portuguesa, varias italianas y en multitud de traducciones al francés, al inglés, al holandés, al alemán o al hebreo (por no mencionar el elevado número de versiones latinas). Como en el caso que ahora nos ocupa, Gerold Hilty dio sobrada cuenta de muchas de estas versiones a lo largo de su dilatada carrera académica, deleitando siempre a filólogos e historiadores de la ciencia con su gran capacidad y agudo sentido crítico. Acostumbrados a sus siempre sugestivas y estimulantes aportaciones lingüístico-literarias, el anuncio de esta nueva publicación fue acogido con enorme entusiasmo entre los numerosos discípulos y seguidores que el profesor Hilty tiene repartidos por un amplio espectro de la geografía filológica. Pero su repentina muerte en 2014 hizo que no llegara a ver publicado el resultado final de la que bien podría considerarse como una de sus últimas aportaciones al estudio del Libro conplido, motivo por el cual, y gracias a la generosidad de alguno de sus colegas, tengo el honor de presentarla hoy aquí, mínimamente revestida con las palabras de quien se ha reconocido siempre fiel lector y profundo admirador de su obra. No hemos de olvidar que ya en su primer trabajo del año 1954 (Aly Aben Ragel, El Libro conplido en los iudizios de las estrellas. Traducción hecha en la Corte de Alfonso X el Sabio, Madrid. Real Academia Española) aparece, casi como declaración programática, una concepción de lo filológico que acompañará gran parte de la producción científica de Gerold Hilty: la sabia combinación del estudio lingüístico y literario para la consecución de un conocimiento integral de la lengua y de su manifestación escritural y artística. En este sentido, es preciso recordar algunos capítulos que considero fundamentales para la Historia de la lengua española y que anteceden, como sólido pórtico, a una edición crítica del Libro conplido que es ya inmejorable: «El concepto de lengua literaria», «Del dialecto a la lengua literaria» y «De lengua vulgar a lengua literaria». Al margen de este trabajo definitivo sobre el devenir el Libro conplido en Cataluña, recientemente ha llegado a mis manos otro de sus últimos trabajos, en que el Profesor Hilty daba un repaso a sus principales aportaciones sobre esta obra (el modelo árabe, la traducción castellana de Y ĕ hudá ben Mošé, las notas marginales de la revisión posterior, la traducción latina de Aegidius de Thebaldis y Petrus de Regio, la traducción latina de Alvarus, el manuscrito 3065 y el códice regio, etc.) 6 , David Porcel Bueno 12 «Despedida del Libro conplido», y en el que el autor resumía sus principales aportaciones al estudio de esta obra. Llevado a término de manera magistral por el autor, ese último trabajo invalidaba de algún modo mi intención inicial de publicar este artículo con una contextualización general sobre sus investigaciones más destacadas sobre este tratado astrológico. gracias al cual se ha podido completar la revisión bibliográfica que acompaña a estas notas, carente en su versión inicial de dos títulos que el autor publicó en varias obras de escasa difusión y de las que no teníamos conocimiento. Sirva este modesto comentario para ponderar una vez más las virtudes de un filólogo de altura que supo desentrañar con maestría los entuertos de la prosa científica castellana que floreció bajo el impulso del rey sabio. Y es que pese a la dificultad textual que en sí misma representa alguna de estas obras «el sabio entendudo e sotil e agudo sossaca-la de si por so entendimiento e por su sotileza e por la agudeza de su natura». * Para completar la bibliografía contenida en el artículo «El Libro conplido en Cataluña», se detallan a continuación otros estudios que Gerold Hilty dedicó a la traducción castellana del Kit ā b al-b ā ri‘ f ī ahk ā m al-nu ğū m, así como a otros muchos aspectos relacionados con la obra y con su contexto histórico y cultural: Hilty, G. 1957/ 58: «Zur judenportugiesischen Übersetzung des Libro conplido», VRom. 16: 297- 325 (I), 17: 129-157 (II), 17: 220-259 (III) Hilty, G. 1984a: «Los orígenes de la prosa literaria castellana y el emendador de Alfonso el Sabio (Notas a un artículo de Álvaro Galmés de Fuentes)», VRom. 43: 168-171 Hilty, G. 1984b: «Quieta non movere (Notas a un artículo de Álvaro Galmés de Fuentes)», RFE 64: 299-302 Hilty, G. 1988: «Das achte Buch des Libro conplido. Spanische Grundlage und portugiesische Übersetzung», in: D. Kremer (ed.), Homenagem a Joseph M. Piel por ocasi-o do seu 85 o aniversário, Tübingen: 251-70 Hilty, G. 1994: «España y los españoles. La España de Alfonso X el Sabio: Crisol de tradiciones occidentales y orientales», in: A. R. de las Heras et al. (ed.), Sobre la Realidad de España, Madrid: 209-20 Hilty, G. 1995: «El arabismo alfaquim», in: Estudis de lingüística i filologia oferts a Antoni M. Badia i Margarit, vol. 1, Barcelona/ Abadia de Montserrat: 359-77 Hilty, G. 2000: «La parte Quinta del Libro conplido y la transmisión de obras alfonsíes», in: B. Staib (ed.), Linguistica romanica et indiana. Festschrift für Wolf Dietrich zum 60. Geburtstag, Tübingen: 131-47 Hilty, G. 2002a: «El plurilingüismo en la corte de Alfonso el Sabio», in: M. a T. Echenique Elizondo/ Juan Sánchez Méndez (ed.), Actas del V Congreso Internacional de Historia de la Lengua Española, vol. 1, Madrid: 207-20 Hilty, G. 2002b: «Libro conplido en los iudizios de las estrellas», in: C.Alvar/ J. M. Lucía Megías (ed.), Diccionario filológico de la literatura medieval española.Textos y transmisión, Madrid: 30-33 El Libro conplido en Cataluña 13 Hilty, G. 2003a: «Mehrsprachigkeit und Übersetzungstätigkeit», in: L. Mondada/ S. Pekarek Doehler (ed.), Plurilinguisme, Mehrsprachigkeit, Plurilingualism. Enjeux identitaires, socio-culturels et éducatifs. Festschrift für Georges Lüdi, Tübingen/ Basel: 295-97 Hilty, G. 2003b: «Cinco notas ibero-románicas relacionadas con el Libro conplido», VRom. 62: 182-193 Hilty, G. 2004: «Nuevas notas ibero-románicas», VRom. 63: 190-199 Hilty, G. 2005: «Una nueva edición alfonsí: las partes sexta a octava del Libro conplido», in: R.Alemany et al. (ed.), Actes del X Congrés Internacional de l’Associació Hispànica de Literatura Medieval (Alacant, 16-20 setembre de 2003), Alacant: 895-903 Hilty, G. 2006: «Le judéo-portugais - une langue marginalisée? » (avec la collaboration de Colette Sirat), in: A. Clerici/ M. Mendes (ed.), De márgenes y silencios. Homenaje a Martin Lienhard/ De margens e silêncios. Homenagem a Martin Lienhard, Madrid/ Frankfurt a. M.: 99-116 Hilty, G. 2007: «Vier Versionen des Libro conplido und das Bedürfnis nach Übersetzung», in: M. Emsel/ J. Cuartero Otal (ed.), Brücken. Übersetzen und Interkulturelle Kommunikation. Festschrift für Gerd Wotjak zum 65. Geburtstag, vol. 2, Frankfurt a. M. etc.: 171-81 Hilty, G. 2009: «Une version française du Libro conplido», in: H. R. Nüesch (ed.), Galloromanica et Romanica. Mélanges de linguistique offerts à Jakob Wüest, Tübingen/ Basel: 97-103 Vox Romanica 75 (2016): 14-58 L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 1 Résumé: Toutes les variétés du daco-roman montrent une tendance remarquable d’influences exercées entre sons contigus à l’intérieur du mot. Parmi ces phénomènes, les effets de la vibrante intense sur la voyelle tonique suivante ont donné lieu à des incertitudes de classification dues à la diversité des résultats. D’ailleurs, tous les chercheurs n’ont pas délimité clairement les contextes dans lesquels ce phénomène a lieu. En généralisant, il serait possible de formuler une règle selon laquelle les voyelles antérieures et la diphtongue a perdent leurs traits palataux et se centralisent après une vibrante intense. C’est le cas p.ex. après une vibrante en début de mot, après une géminée interne ou lorsque la vibrante constitue le second élément du groupe consonantique muta cum liquida: V[+ant] → V[-ant]/ #r, -rr-, Cr__. L’analyse détaillée de 81 mots (noms, adjectifs, adverbes et verbes) montre que cette centralisation est systématique dans le cas de #r-, -rr- + i, et probable dans le cas de #r-, -rr- + e, a et, après muta cum liquida, favorisée davantage par (-)trque par les autres groupes. Par ailleurs, la présence d’une voyelle post-tonique antérieure peut bloquer la centralisation de e et a ainsi que de i précédé de Cr, tandis qu’une consonne nasale après voyelle tonique la favorise. L’ensemble des données indique qu’il s’agit d’une tendance phonétique existant depuis longtemps (à partir du roumain commun, jusqu’à la simplification de la vibrante géminée - avant la fin du XVII e siècle); elle se manifeste le plus souvent lorsque le contraste entre l’articulation de la vibrante intense, vélarisée comme dans d’autres langues du Sprachbund balkanique, et l’articulation palatale de la voyelle tonique (ou, en termes acoustiques, entre la gravité et l’acuité) était maximale. Dans ce cas, les formes avec centralisation ont été lexicalisées et ont pénétré dans le standard. Dans tous les autres cas, on observe une variation diatopique qui montre que les régions de la branche banato-transcarpatine (selon la définition de Philippide) attestent un plus grand nombre de formes centralisées que la Munténie. Keywords: Daco-Roman, Variation, Rhotics, Coarticulation, Sound change, Etymology, Verb morphology 1 Ringrazio Vincenzo Faraoni e Alberto Giudici per l’aiuto nel reperimento di alcuni materiali bibliografici e Daniele Baglioni, Martin Maiden, Lori Repetti e Gianfranco Schirru per i loro commenti a una versione preliminare di questo saggio, nonché l’anonimo estensore del giudizio per la Vox Romanica per i suoi preziosi suggerimenti ed emendamenti. Resto ovviamente l’unico responsabile di sviste e imprecisioni. Farò uso, a partire dal §1, delle seguenti abbreviazioni, che si aggiungono a quelle consuete: [(daco)]rum[eno], ar[omuno], megl[enorumeno], istr[orumeno]; m[aschile], f[emminile], neu[tro], sing[olare], pl[urale]; agg[ettivo], avv[erbio] sost[antivo]; ant[ico], dial[ettale], dis[usato], mod[erno], pop[olare], rar[o], reg[ionale], trad[uzione], var[iante]; alb[anese], b[ul]g[aro], cast[igliano], fr[ancese], gr[eco], s[er]b[o], sl[avo]; merid[ionale], occ[identale], or[ientale], sett[entrionale]; le abbreviazioni delle opere di consultazione sono sciolte in bibliografia. Salvo necessità, non ricorrerò a trascrizioni fonetiche: valgono dunque le corrispondenze , ş . = [ ʃ ], , ţ . = [ts], , ă . = [ ǝ ]; per [ ɨ ], cui corrispondono nella grafia odierna , â . in posizione interna e , î . in posizione iniziale di parola, generalizzerò il ricorso a , î . per rimanere aderente alle consuetudini della maggior parte delle fonti cui ho attinto. L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 15 2 Fonti utilizzate per questo paragrafo: Rosetti 1964-66, iv-vi: 37-62; Vasiliu 1968: 36-71; Sala 1976. 3 Alcuni studiosi ricostruiscono anche per la serie posteriore una fase dittongante: tra questi, Petrovici 1957: 100 e anche Lausberg 1971: §197. 4 Cf. Barbato 2013: 322 N7. Introduzione Volendo fare nostra un’immagine nota, resa recentissimamente ancor più vivace dalla descrizione di Metzeltin 2016, si può ben dire che il dacoromanzo, ovvero il gruppo delle varietà orientali formato da (daco)rumeno, aromuno, meglenorumeno e istrorumeno, ha sviluppato il fondo latino in modo spesso peculiare rispetto alle altre lingue romanze, in virtù anche, se non soprattutto, del suo precoce isolamento e del contatto con le altre lingue balcaniche, nonché della sua persistente basilettalità in un regime diglossico in cui si sono avvicendate varie lingue, dallo slavo ecclesiastico in poi. Tali peculiarità riguardano anche il vocalismo tonico, in cui da una parte è possibile riconoscere fenomeni comuni allo spazio linguistico romanzo, mentre dall’altra si individuano tendenze originali (si pensi all’inserimento delle vocali centrali toniche nel sistema fonologico), vieppiù caratterizzanti. In questo saggio cercherò di fare il punto della situazione sulla centralizzazione di vocale tonica anteriore preceduta da vibrante intensa, uno dei tanti fenomeni di interazione tra foni adiacenti tipici del dacoromanzo (e come tali già notati da Mussafia 1868: 123). Per fare ciò, imposterò prima di tutto una cronologia sintetica del vocalismo tonico (§1); passerò poi in rassegna le definizioni proposte dagli studiosi per il fenomeno che qui si intende analizzare (§2); proporrò una riconsiderazione dei dati, corredata di alcune proposte etimologiche (§3) e, infine, cercherò di stilare un bilancio (§4). 1. Minima phonetica dacoromanica 2 Come è noto, il vocalismo tonico dacoromanzo è asimmetrico, secondo lo schema (1) latino ī ĭ ē ĕ a ŏ ō ŭ ū dacoromanzo i e ɛ a o u Tale asimmetria fa sì che solo la serie anteriore presenti le condizioni idonee all’insorgenza della dittongazione romanza (cf. Fischer 1969: 31) 3 , intesa, già a partire da Voretzsch 1900: 631-32 4 e poi da Wartburg 1950: 80-81, Castellani 1962 e altri fino a Loporcaro 2015: 29-30, fenomeno posteriore ai primi sommovimenti meta- Lorenzo Filipponio 16 5 L’ipotesi alternativa, altrettanto nota, è quella di matrice schürriana (cf. Schürr 1970: 5-6) che considera la dittongazione ascendente di ĕ ed ŏ toniche in origine solo un frutto della metafonia da ī e ŭ poi estesosi ad altri contesti. 6 DCECH, rispettivamente s. ayer e piel. 7 T-L, AW 4: 1285; 7: 576. 8 Cf. Filipponio 2016: 78-80. 9 Cf. Rosetti 1964-66, iv-vi: 47. 10 Cf. Densusianu 1914: 66, Iv ă nescu 1980: 403. Avram 2000 ha rivisto questa affermazione, mostrando che in alcuni contesti i documenti del XVI secolo presentano un processo non ancora concluso. 11 La palatalizzazione rimane produttiva solo come marca morfologica di plurale, come mostrano i francesismi e gli italianismi entrati in rumeno a partire dalla fine del XVIII secolo (per esempio bandit, -ţ i). 12 Cf. Lausberg 1971: §231. Su , gn . [ ŋ n] cf. Baglioni 2014. fonetici e da essi svincolato 5 . Come in castigliano e in friulano, e a differenza della lingua d’oïl e del toscano, il fenomeno è insensibile alla struttura sillabica. (2) latino cast. ant. 6 fr. ant. 7 toscano friulano rumeno h ĕ ri yer ier ieri îr , *ieri 8 ieri *p ĕ lle piel pel pelle piel piele Il glide del dittongo lascia in rumeno tracce palatalizzanti anche sulle dentali (d ĕ cem . *dje- . zece; t ĕ xo . *tje- . ţ es), come del resto fa la vocale i (d ī c ĕ re . a zice; *acut ī tus . cu ţ it 9 ), estese anche alle labiali in aromuno (*p ĕ ctu . *pje- . keptu; *f ĕ rru . *fje- . her) e in alcuni dialetti (daco)rumeni della Muntenia (cf. Vasiliu 1968: 160-61). La presenza della nasale postonica n e di m in posizione (da qui in poi, per semplicità: nasale) blocca la dittongazione, come è mostrato dall’assenza di intacco delle dentali pretoniche in *t ĕ mpu . timp e *d ĕ nte . dinte. Le vocali toniche mediobasse davanti a nasale passano infatti subito a medioalte (*t[e]mp, *d[e]nt); in una seconda fase, con ogni probabilità anteriore al XV secolo 10 ma ovviamente posteriore all’esaurimento della spinta palatalizzante di i, come è evidente dagli esempi appena visti 11 , esse si innalzano completamente. L’innalzamento dovuto a nasale postonica interessa anche la vocale centrale bassa a, che passa in una prima fase a centrale ă e successivamente, solo in rumeno e in parte dell’aromuno, a centrale alta î (lana . megl. l ǫ n ă , con ă tonico regolarmente . ǫ ; . istr. l ă r ę , con regolare rotacismo di -ne ă . ę ; rum. e ar. lîn ă ). Non provocano questo effetto n geminata e il nesso mn ( , lat. [ ŋ n] , gn . ) 12 . Diversamente da quanto accade per le altre lingue neolatine, solo dopo l’emergere della dittongazione romanza si assiste a un fenomeno che possiamo definire metafonetico. Una seconda dittongazione, infatti, che qui definisco dacoromanza, interessa tutte le vocali medie, comprese quelle dei dittonghi romanzi, non seguite L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 17 13 La maggior parte degli studiosi (cf. la rassegna in Sánchez Miret 2011: 99-101; cf. anche Sánchez Miret 2013) considera la dittongazione dacoromanza frutto di una metafonia indotta da una vocale postonica non alta (su questa linea anche Lausberg 1971: §197), ribaltando i termini in cui essa è presentata qui, che si rifanno a Meyer-Lübke 1914: 6-7 (cf. Avram 2005: 24) e sono ripresi tra gli altri da Loporcaro 2011: 129. Casi come b ĭ bit . bea, stet, det . stea, dea e anche magiarismi della prima ora (XI secolo) come neam ‘popolo’ ( , nem), dove la dittongazione dacoromanza è incondizionata, lasciano piuttosto supporre che, come nelle altre lingue romanze, i perni della metafonia siano le vocali alte postoniche; con l’unica differenza, a parte la cronologia più tarda, che in questo caso la metafonia non innesca, ma blocca un mutamento. 14 Cf. Vasiliu 1968: 70-71. 15 Secondo Densusianu 1914: 62-63, che si rifà a Tiktin 1884: 83, la persistenza di a ( , ѣ . ) dopo labiale nei testi del XVI secolo sarebbe dovuta solo a consuetudine grafica. La prova sarebbe data dal fatto che il plurale *m ase non ha, al contrario del singolare, subito il monottongamento *m as ă ( , mensa) . mas ă , verificatosi in epoca predocumentale (cf. Rosetti 1964-66, iv-vi: dalle vocali postoniche alte -i e -u (andate poi incontro, specialmente in rumeno, a riduzione e/ o a caduta) 13 . Dobbiamo dunque immaginare che, dopo la dittongazione romanza, si creino due serie di vocali medie il cui timbro varia in funzione della vocale postonica: *tj ę rra vs. *fj ẹ rru; *s ę ra vs. *l ẹ mnu; *fl ǫ re vs. *fl ọ ri. A quel punto, la nuova serie di mediobasse dittonga: j ę . j a, ę . a, ǫ . a. Il trittongo j a viene solitamente risolto in ja (p ĕ tra . piatr ă ), a meno che j non sia divenuta nel frattempo un’appendice palatale della consonante precedente, come nel caso di t ĕ sta . ţ east ă 14 . Soltanto in rumeno a rientra a e quando seguito da e, secondo un processo di riarmonizzazione (*v ę rde . ar. v arde; rum. v arde . verde). All’altezza dei primi monumenti scritti (XVI secolo, cf. sotto §2.2) questo fenomeno è ancora in corso. Oltre agli influssi sulla vocale tonica determinati dalle nasali vi sono, come detto in apertura, molti altri casi di interazione tra foni all’interno della parola. In (daco-) rumeno, una consonante labiale precedente provoca il passaggio di a ad a e di e (anche atono, cf. Pu ş cariu 1931-33: 49-50) ad ă quando non seguite da vocale postonica anteriore. In termini di tratti acustici, il fenomeno può essere spiegato come una sorta di allineamento di gravità, secondo lo schema: (3) C[labiale] a, e [...]V[+anteriore] [+grave] [+acuto] [+acuto] C[labiale] a, ă [...]V[-anteriore], Ø [+grave] [-acuto] [-acuto], Ø Si creano così allomorfie radicali come quella del sostantivo con mozione di genere *f ē tu/ -a/ -i/ -e ‘ragazzo, -a, -i, -e’, che, attraverso gli stadi *fetu, *f ata, *feti, *f ate, approda regolarmente in rumeno al quadriforme f ă t, fat ă , fe ţ i, fete (cf. Mussafia 1868: 150) 15 . La ă così formatasi, quando seguita da nasale, viene intercettata dall’in- Lorenzo Filipponio 18 234). Visto che non si dà la forma **mase, ma solo quella mese, sarebbe dunque legittimo supporre che il rientro m ase . mese si sia compiuto prima del monottongamento di *m as ă , e che quindi sia anch’esso un fenomeno predocumentario. Rosetti loc. cit. risolve la questione sostenendo che il dittongamento in *m as ă è dovuto all’influenza assimilatrice della sillaba seguente. In verità, molto più banalmente, l’alternanza mas ă / mese è dovuta alla regola esposta in (3): il monottongamento al singolare è dovuto all’influsso di labiale pretonica concomitante con vocale postonica non anteriore; al plurale esso è bloccato dalla vocale postonica anteriore. La persistenza nei testi del XVI secolo di forme del tipo m ase, leage ecc. accanto a mese, lege ecc. testimonia dunque soltanto la riarmonizzazione in corso. 16 Esiti standard come *s ĕ pte . ş apte e *s ĕ rpe . ş arpe fanno presumere che l’assorbimento del glide del dittongo a sia anteriore alla sua riarmonizzazione dovuta a -e finale (Rosetti 1964- 66, iv-vi: 234; cf. la nota precedente). 17 L’espressione è esplicitamente usata da Iv ă nescu 1980: 207-08. nalzamento, allineandosi all’esito delle a etimologiche (cf. sopra): v ē na . vîna; *v ĕ ntu . vînt (cf. Rosetti 1964-66, iv-vi: 79). L’assenza del fenomeno nelle varietà suddanubiane lo fa ritenere posteriore alla fase dacoromanza comune (Sala 1969: 192), conclusasi entro il X secolo (Kramer 1986: 120; Dahmen 2003: 735). Anche le sibilanti pretoniche (sia semplici sia secondo elemento di affricata) inducono un abbassamento delle seconde formanti delle vocali (le privano cioè del tratto di acutezza), colpendo, oltre a e e al dittongo a, anche i ( . î, cf. sotto §2.2), senza che qui la vocale postonica influisca sul processo (Maiden 1997: 35). Ma a condizioni più estese risponde una manifestazione del fenomeno molto più sporadica (t ĕ rra . *tj ę rra . *t ar ă . ţ ar ă di contro a s ē ra . s ar ă ) 16 e marcata diatopicamente, con centri di irradiazione in Oltenia, Banato, Moldavia e parte della Transilvania (cf. Rosetti 1964-66, iv-vi: 244-45; Ghe ţ ie/ Mare ş 1974: 169). Ma veniamo ora al fenomeno di interazione oggetto di questo lavoro, e cioè l’effetto determinato da r intensa sulla vocale tonica che la segue. 2. Gli effetti di r intensa pretonica Con r intensa 17 si intendono qui tutte le vibranti eccetto quelle postvocaliche interne di parola: dunque r geminata etimologica (cf. *horr ī re, horresco), r iniziale di parola (cf. *r ĕ u, *r ī vu) e r postconsonantica, tipicamente nel nesso muta cum liquida (cf. praeda, cr ĕ po). Questo fono agisce in due distinte fasi sulle vocali anteriori che la seguono. 2.1 Blocco del dittongo romanzo Abbiamo visto (§1) che la dittongazione romanza è bloccata in dacoromanzo da una nasale postonica. Lo stesso accade quando ĕ si trova dopo vibrante intensa: r ĕ a . rea; *pr ĕ tju . pre ţ (cf. oltre §3.1.1). Il dacoromanzo mostra dunque un fenomeno L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 19 18 Nella traduzione italiana «sulla vocale palatale chiusa , della sillaba . seguente» (? ? ), con , . = da espungere, data la versione dell’originale tedesco (Berlin 1956) «auf folgende geschlossene palatale Vokale». 19 Tranne la caduta di (-b- . ) -v-, cf. *caballu . cal. analogo (cf. Pu ş cariu 1927-28: 765) a quello che caratterizza ab origine il toscano occidentale (Castellani 2000: 287) e tra il XIV e il XVI secolo porta alla riduzione dei dittonghi in questo contesto anche in fiorentino (priego . prego, truovo . trovo; Manni 1979: 120-22). I dati dacoromanzi non ci permettono di sapere se la vibrante ha bloccato ab origine la dittongazione o l’ha riassorbita successivamente (come ipotizzava già Meyer-Lübke 1890: §165). Ad ogni modo, come vedremo (§2.2), questo fenomeno è spiegabile coerentemente con l’altro, cui da qui in poi dedicheremo la nostra attenzione, della centralizzazione della vocale tonica seguente. 2.2 Centralizzazione di vocale tonica: ipotesi di lavoro e status quaestionis Scrive Lausberg 1971: §229 che in rumeno «l’azione di apertura (o rispettivamente di velarizzazione) esercitata dalla Riniziale o dalla -RRinterna sulla vocale palatale chiusa [ , ... . ] 18 seguente è così notevole, che la I diventa una î e la E diventa una ă ... - In caso di nasale seguente, * ă passa a î»; ma omette di segnalare che l’effetto è dato anche da C+r e che è coinvolto nel processo anche il dittongo a, che passa ad a (cf. Sala 1976: 105-06): *r ĕ u . r ă u ‘cattivo’; *r ī vu . rîu ‘fiume’; *horr ī re . a urî ‘odiare’; horr ĕ sco . ur ă sc ‘(io) odio’; praeda . *pr ad ă . prad ă ‘preda, bottino’; cr ĕ po . cr ă p ‘(io) spacco’: motivo per cui è forse meglio, più che di apertura o di velarizzazione, parlare di deanteriorizzazione o centralizzazione, impostando la seguente, generalissima regola, valida per le vocali toniche: (4) ˈ V[+ant] → ˈ V[-ant]/ (#, r, C)r___ Il fenomeno interessa anche la vocale atona e, che passa ad ă (res ī na . r ăş in ă ‘resina’), ma il suo apparire sembra dovuto a una qualsiasi vibrante precedente (cf. i plurali dialettali del tipo picioar ă , picioare ‘gambe, piedi’, Pu ş cariu 1931-33: 46-47), anzi, secondo Pu ş cariu (loc. cit.; cf. anche 1927-28: 768), a una dentale tout court (*cruditate . crud ă tate, ibid.). È dunque opportuno, come del resto ricorda lo stesso Pu ş cariu 1931-33: 49, tenere separati gli esiti di vocale atona da quelli di vocale tonica, come faremo in questa sede concentrandoci, come da titolo del saggio, soltanto sui secondi. Il manifestarsi del fenomeno presuppone la persistenza di una variante geminata della vibrante: in effetti il dacoromanzo, caratterizzato nel panorama neolatino da presenza di degeminazione e assenza di lenizione 19 , attesta all’altezza dei primi documenti varianti forti di tutte le sonoranti esclusa m (Sala 1969: 201) in posizione Lorenzo Filipponio 20 20 Questo tratto sembra avvicinare il dacoromanzo alle varietà romanze occidentali, nell’ottica weinrichiana della fonologizzazione della variante forte in posizione iniziale (Weinrich 1958: 64- 81) che coinvolge anche le sonoranti (cf. Martinet 1955). Si tratta però di una somiglianza parziale: manca, infatti, in dacoromanzo, uno degli elementi scatenanti della variazione, e cioè la lenizione consonantica. L’alternanza forte/ debole è qui determinata solo dalle sacche di resistenza alla degeminazione, con la posizione iniziale di parola comunque fonosintatticamente marcata. Per quanto riguarda la pronuncia intensa di r iniziale, essa abbraccia(va) anche buona parte dell’italoromanzo peninsulare (cf. Rohlfs 1966: §164), territorio in cui la variazione non è stata fonologizzata. 21 Anche altre varietà galloitaliche mostrano casi di degeminazione tardiva delle sonoranti intense (Loporcaro 2011: 152), con la solita eccezione di m che abitualmente invece si allinea sulla variante forte forzando il trattamento della tonica precedente come vocale di sillaba chiusa (cf. bolognese *m ū ru . mûr ≠ *f ū mu . fómm; Filipponio 2012: 41 e 168-69). 22 I primi tre noti anche come testi rotacizzanti, per la caratteristica di attestare l’esito -rdi -n- (come in istrorumeno - cf. sopra -, dato, questo, che forse può dare qualche indizio circa la provenienza dei parlanti di questa varietà suddanubiana). Nello Psaltirea Hurmuzachi si ricorre anche alla grafia , ρρ . ; così anche nelle glosse rumene del XVI secolo edite da Bogdan 1890 (cf. Rosetti 1964-66, iv-vi: 257). 23 Dove è il precipitato fonico di #r, -rr-, Cr e rC (Iv ă nescu 1980: 207-08). 24 Cf. Rohlfs 1966: §164 (cf. la N20) sulla i prostetica del lucchese, ad es. in diventa irosso. 25 Già in greco antico, peraltro, sono frequentissime le prostesi davanti a vibrante (Lejeune 2 1955: §134). 26 Le cui comunità sono situate nell’area di Vlahia Mare, in Epiro meridionale; nei dintorni di Volos, in Tessaglia sudorientale; presso il Monte Vermion, in Macedonia. 27 E, in effetti, la prostesi di ain aromuno viene attribuita da Recasens 2014: 52 proprio a un tratto velare della vibrante («tongue dorsum lowering and backing»). interna e unica opzione in posizione iniziale (Pu ş cariu 1931-33: 1) 20 , analogamente ad altre varietà romanze come il veneziano (cf. Zamboni 1976) e il friulano (Filipponio 2016: 71), in cui la degeminazione delle sonoranti è attardata rispetto a quella delle ostruenti 21 . Nel caso della vibrante geminata, i testi rumeni del XVI secolo di area settentrionale (collocabili tra nord della Transilvania, Maramure ş e Moldavia: Rosetti 1964-66, iv-vi: 154; Vasiliu 1968: 55), il Codicele Vorone ţ ean, lo Psaltirea Scheian ă , lo Psaltirea Hurmuzachi e lo Psaltirea Vorone ţ ean ă 22 , ricorrono al segno , σ . dell’alfabeto glagolitico per distinguerla dalla scempia (Densusianu 1914: 121-22; Rosetti 1964-66, iv-vi: 154, 257; Dimitrescu 1967: 95; Sala 1976: 76). Inoltre, la r intensa è ancora presente nel XX secolo in alcuni dialetti rumeni, nella Ţ ara Oa ş ului (in Cri ş ana) e nel limitrofo Maramure ş (Pu ş cariu 1927-28: 767; Rosetti 1964-66, iv-vi: 258-59; Dimitrescu 1967: 95; Sala 1976: 97) 23 . In aromuno la regolare prostesi di a- (*r ĕ u . ar ă u; *r ī vu . arîu) è indizio dell’intensità di r iniziale di parola (cf. Sala 1976: 44) 24 , conservatasi in alcuni parlari aromuni d’Albania (Iv ă nescu 1980: 590), in solido coi limitrofi albanese e greco (Lejeune 2 1955: §101) 25 . Nell’aromuno farseriotico 26 all’opposizione rr ~ r è subentrata quella [r] ~ r (Sala 1976: 95; Iv ă nescu 1980: 590): ciò permette di ipotizzare che il tratto dell’uvularità o velarità di r intensa 27 , qui divenuto distintivo, fosse presente almeno in una parte dello spazio linguistico dacoromanzo; e non sarà da escludere a priori l’effetto del prolungato contatto col greco, in cui la vibrante iniziale in fase antica aveva pro- L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 21 28 Forse anche più delle spiegazioni articolatorie fornite rispettivamente da Pu ş cariu 1931-33: 12, che si basa sulla difficile compatibilità tra le dinamiche linguocoronali di una vibrante intensa e di una vocale anteriore seguente, e da Rosetti 1964-66, iv-vi: 79, che individua nel mantenimento della posizione innalzata del dorso della lingua durante la vibrante la causa della centralizzazione. Sul rapporto tra vibrante intensa e vocali circostanti, si ricordi l’esempio addotto da Martinet 1955: 278, menzionato anche da Sala 1976: 80, dei parigini barrage [ ˈbɑʀaːʒ ] e parage [ ˈpaʀaːʒ ], in cui la a pretonica velarizzata del primo è l’unica traccia della precedente intensità della vibrante (lì) seguente. 29 Vasiliu 1968: 146 individua nella situazione dei testi rotacizzanti (cf. sopra la N22) un punto di partenza che ancora una volta accomuna i dialetti rumeni settentrionali e l’istrorumeno (dove i dopo r intensa è passata a ă , cf. oltre §3.1.1 e 3.2.1). 30 In ambo le sedi viene istituito il collegamento con l’istrorumeno * rĕu . rev (cf. Pu ş cariu 1926: §20c e §3.1.1.C), ma la situazione in questo caso è più articolata (cf. oltre §3.1.1 e 3.2.1) rispetto a quella della varietà indagata da Ș andru. Pu ş cariu 1927-28: 774 spiega l’esito istrorumeno o per rifacimento sul femminile r ę (cf. §3.1.1.B) o per il passaggio ă . ę tipico di questa varietà. nuncia sorda (Lejeune 2 1955: §127). Ciò motiverebbe in termini articolatori (ripresi anche da Sala 1976: 80) e acustici l’effetto deanteriorizzante sulla vocale tonica seguente 28 , e anche l’effetto diserbante sullo jod del dittongo romanzo. Verificati i presupposti fonetici, bisognerebbe determinare la cronologia del fenomeno. In termini relativi, alla luce di quanto visto finora, se il terminus post quem è certamente la dittongazione dacoromanza, quello ante quem è la definitiva degeminazione delle sonoranti, che può essere collocata in un periodo anteriore all’inizio del dominio fanariotico sulla Moldavia e sulla Valacchia (dal 1711), dal momento che i turcismi, entrati in massa in quest’epoca, non attestano, al contrario degli slavismi (cf. §3.1.3) e dei magiarismi della prima ora (Sala 1976: 90, cf. §3.1.3), i segni della centralizzazione delle vocali toniche anteriori, indice di intensità della vibrante precedente (Sala 1976: 95-96; cf. turco rengy . rum. renghi ‘farsa’, DER 7147). D’altra parte, sappiamo che proprio i succitati testi che usano ancora un segno grafico distinto per la r intensa attestano anche, se non prevalentemente, forme non centralizzate (reu, riu, ecc., cf. Densusianu 1914: 55, 70) 29 ; al contempo, però, il fenomeno è presente anche nelle varietà suddanubiane, e in virtù di ciò viene fatto risalire da Pu ş cariu 1910: 31-32 al dacoromanzo comune, con qualche scetticismo, data la situazione, sulla sua unitarietà. Ma proprio per lo stesso motivo, corroborato dal fatto che l’inchiesta condotta a L ă pugiu de Sus da Ș andru 1935: 123 aveva mostrato che nei dialetti del distretto di Hunedoara, in Transilvania sudoccidentale, si è conservato il vocalismo originario (*r ĕ u . rew, rey), Vasiliu 1968: 55 e Sala 1969: 192; 1976: 190 30 escludono che la centralizzazione dopo r intensa possa essere così antica, confortati anche dalla recenziorità della degeminazione di questo fono (cf. Sala 1976: 233). Quella cronologico-areale è una delle difficoltà: l’altra è quella di circoscrivere l’ambito d’azione del fenomeno, riflessa nelle trattazioni dedicategli da romanisti e dacoromanisti. Uno dei primi a occuparsi del problema fu Mussafia 1868: 144-50, che distingue tra effetti della vibrante precedente - di cui non vengono specificate Lorenzo Filipponio 22 31 Il segno di lunga sulla vibrante sparisce proditoriamente nella ristampa del 1938 (p. 78). 32 Lo spunto del saggio in questione (o, meglio, della parte di esso che tratta di r intensa) è la confutazione di un’ipotesi di Giuglea 1924-26, che faceva risalire la centralizzazione di e ed a dopo (qualsiasi) vibrante alla palatalizzazione subita dalla stessa vibrante in seguito al dittongamento di ĕ (cf. sopra §1 e 2.1). le caratteristiche - incondizionati su i e condizionati dalla vocale postonica su e ed en (cf. qui le condizioni tratteggiate in (3)), che passano rispettivamente ad ă e în solo in assenza di vocale postonica anteriore (praedo, -as . *pr ẹ du, -i . pr ă d ma prezi, cf. §3.2.1.C; frenu . frî(n)u, ma anche - analogicamente - il plurale frî- (n)e, cf. §3.1.1.C), e su a, che passa ad a solo in presenza di ă postonico (praedat . *pr ę da . *pr ad ă . prad ă , cf. §3.2.1.C). Anche Meyer-Lübke 1890: §41 non specifica quali caratteristiche deve avere la vibrante, limitandosi a indicare che la i passa in rumeno a î dopo r e che e ed a possono venire gutturalizzate allo stesso modo, anche se il processo è molto meno sistematico che nel caso di i (1890: §165). Allo stesso modo, Philippide 1894: §21.f e 22.b non dà indicazioni sulla tipologia di vibrante e considera il fenomeno alla stessa stregua per vocali toniche e atone, e in nessun caso dipendente dal timbro delle vocali seguenti, salvo rilevare numerose eccezioni di difficile spiegazione (1894: §21.f). Da un punto di vista cronologicoareale, lo studioso considera la deanteriorizzazione comune a tutte le varietà (1927: §238.29 e 238.43) ma sviluppatasi parallelamente in ciascuna di esse dopo le prime separazioni tra i gruppi dacoromanzi (§268.3; cf. §4), da lui peraltro fatte risalire già agli inizi del VII secolo d.C. (1927: §274.2). I summentovati dubbi di Pu ş cariu circa l’omogeneità del dacoromanzo comune erano stati suscitati da quelli che egli definiva gli esiti di e, i (1910: 32) 31 , non meglio precisamente classificati; qualche lustro dopo, lo studioso torna sull’argomento (1927-28: 763-77), sostenendo che nella fase comune la centralizzazione di e, a, i dopo era avvenuta senza condizionamenti dovuti a vocale postonica e che solo dopo il distacco degli aromuni e dei meglenorumeni, ma prima di quello degli istrorumeni (quindi all’incirca tra X e XV secolo, cf. Dahmen 2003: 736), gli esiti ă e a (rispettivamente di e ed a) sono stati riportati a e da una e postonica, insieme ad alcune a etimologiche: quindi r ĕ cens . *reace . ar. ra ţ e, megl. ra ţ i (ma anche istr. rå ţ e! ), rum. *race . rece e così anche *rap ĭ du . *rapede . repede (cf. §3.1.2 e Pu ş cariu 1931-33: 50). Gli esiti di vocale tonica dopo Cr vengono classificati assieme a quelli dopo r scempia (1927- 28: 768) 32 . Anche Densusianu e Rosetti non considerano Cr assieme a -rre #r. Il primo (Densusianu 1914: 18-24) sostiene addirittura che r ă u sia analogico su r ă utate (contestato da Pu ş cariu 1927-28: 773-74) e che l’appena visto rece dimostri il mancato passaggio di a ad a dopo #r-, riconosciuto invece dopo -rr-; i due contesti sono invece accomunati nell’innescare il passaggio da i a î. Rosetti 1964-66, iv-vi: 38) considera tardi sviluppi come cr ĕ po . cr ă p (cf. sotto §3.2.1.C) e rubrica la centralizzazione di i ed e dopo vibrante, riportata senza ulteriori specificazioni, tra le innovazioni parallele posteriori al dacoromanzo comune (entro il XIII secolo, 1964-66, iv-vi: 79-80). Dimitrescu 1967: 59 riconosce anche a Cr la facoltà di cen- L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 23 tralizzare la e seguente (ma non distingue tra tonica e atona) e inserisce (p. 66) -rre #r tra i responsabili del passaggio di i a î, senza tematizzare ulteriormente il fenomeno. Vasiliu 1968: 55, 125 torna a più riprese sulla centralizzazione di e ed i determinata da -rre #r precedenti, senza chiamare in causa il dittongo a da una parte, né Cr dall’altra. La prevalenza di forme non centralizzate nei testi settentrionali del XVI secolo (cf. sopra) lo porta a supporre (p. 130) che il fenomeno si sia manifestato prima nei dialetti munteni e in un secondo momento in quelli moldavi (ma cf. sotto il §4). Iv ă nescu 1980: 331, che non distingue chiaramente tra effetto sotto e fuori accento, ricorre a una formulazione assai generica, secondo cui e (che comprende anche a) e i preceduti da r (anche Cr) e rr sono passati a ă (a) e î «în unele cuvinte». Il fenomeno viene considerato caratteristico dell’aromuno, del meglenorumeno, dei dialetti rumeni della Muntenia e di parte della Transilvania. Malgrado la prevalenza nei dialetti del Maramure ş di forme non centralizzate, Iv ă nescu 1980: 314 lo colloca avanti la separazione definitiva tra le parlate di quest’area e l’aromuno (quindi prima del X secolo, cf. sopra). Si giunge infine a Sala, cui abbiamo fatto più volte riferimento nel corso di questo paragrafo. Sala 1969: 206 scrive che dopo -rre #rle vocali anteriori passano alla serie posteriore, ma se r è il secondo elemento di muta cum liquida tale passaggio avviene solo in assenza di vocale postonica anteriore, e anche in questo caso non è sistematico (N6). La stessa cosa, sfumata in termini sia strutturali sia areali, viene ripetuta pochi anni dopo (1976: 81), nel volume in cui, come si è visto (cf. sopra la premessa a (4)), sia i ed e che a vengono finalmente (dopo Pu ş cariu, cf. sopra) considerati allo stesso modo come bersagli dell’effetto velarizzante (o centralizzante) di r intensa. Come si può vedere, la definizione del fenomeno, anche in quest’ultimo caso, non riesce mai ad essere netta: ciò, ovviamente, è dovuto alla difficoltà di razionalizzare dei dati molto articolati. Dati ai quali ora ci rivolgiamo, per provare a (ri)fare il punto della situazione. 3. Riconsiderazione dei dati Dato il livello di solidarietà intere intraparadigmatica delle forme della coniugazione verbale, vieppiù amplificato in varietà, come quelle dacoromanze, che fanno dell’allomorfia radicale un elemento fondante dei paradigmi (cf. Avram 1995, Maiden 1997), ho ritenuto opportuno creare due serie di tabelle, dividendo l’analisi dei verbi da quella delle altre classi di parole, con cui inizio. 3.1 Nomi, aggettivi, avverbi Per avere un quadro sufficientemente esplicativo della situazione, sono stati messi assieme 59 casi con vibrante intensa pretonica utilizzando gli indici degli etimi di origine latina e slava antica del DER e del DDA ed escludendo ovviamente tutte Lorenzo Filipponio 24 33 Cf. crem ă ‘crema’ (DER 2555), crep ‘crêpe’ (DER 2560), ecc. È stato escluso anche rege ‘re’, latinismo entrato soltanto nel XIX secolo accanto a rig ă , di officina neogreca (DER 7141). 34 Cf. *granu . grâu ‘frumento’ (REW 3846, DER 3888, Pu ş cariu 740; griu nel nord del Banato, cf. Pu ş cariu 1910: 32, che rimanda alle inchieste dialettali di Gustav Weigand); *prandju . prânz ‘pranzo’ (REW 6730, Pu ş cariu 1389, DER 6845); *ranc ĭ du . rînced ‘rancido’ (REW 7040, Pu ş cariu 1464, DER 7191), con la variante arcaica r ă nced (DLR); *brandju . brîu ‘fusciacca, catena montuosa, cornice’ (DER 1110, etimologia sconosciuta in DLR) e forse *brandja . brânz ă ‘formaggio’ (DER 1106, se REW 1296 «Brienz» è fuori strada); *grand ĭ ne normalmente dà grindin ă ‘grandine’ (REW 3843, Pu ş cariu 738), ma il DER 3883 riporta anche la variante grîndin ă , presente anche in aromuno, in cui si ha anche strîmbu ‘storto’ da στραβός , strambus (DDA: 1124-25). Pu ş cariu 1927-28: 765 riporta anche un caso di vocale tonica deanteriorizzata che non sembra innescato da r intensa, il dialettale cer ăş , cera şă , *cer ĕ sju, cer ĕ sja. Ma la base di partenza per questo esito transilvano è cerasea (REW 1823.1), non cer ĕ sea (REW 1823.2), da cui invece cirea şă (per a tonica anziché ĕ in questa base, cf. albanese cerasu . qersí (Landi 1989: 158), da rapportare col gr. κεράσιον , mod. κεράσι ). Bisogna però ammettere, con Pu ş cariu 1927- 28: 768, che la variante del nome dell’albero cer ăş non si spiega partendo da *cerasju: tenendo conto delle solidarietà allomorfiche del dacoromanzo cui si è accennato sopra (§3), l’ipotesi di un’estensione dell’alternanza a/ ă della vocale radicale non mi sembra del tutto peregrina. le parole di ingresso recente, come per esempio i francesismi importati a partire dalla fine del XVIII secolo 33 , cioè dall’inizio della fase di riromanizzazione del lessico rumeno propugnata dalla Scoal ă Ardelean ă (cf. Dahmen 2003: 740-42). Dato questo orizzonte, è possibile tabulare i casi analizzati raggruppandoli a seconda che: (1) non vi siano attestazioni di centralizzazione (gruppo A); (2) vi siano attestazioni di centralizzazione marcate diatopicamente, diastraticamente o diacronicamente in rumeno e/ o marcate o no nelle varietà suddanubiane (gruppo B); (3) l’esito standard in rumeno e nelle varietà suddanubiane sia quello centralizzato (gruppo C). Le tabelle mostrano nella colonna di sinistra l’etimo, con riferimento ai dizionari, e a destra, disposti su due righe, gli esiti rumeni con le eventuali varianti attestate nelle fonti utilizzate e quelli suddanubiani con eventuali varianti. La virgola divide due forme di una stessa variante (di norma, singolare e plurale); le varianti sono separate da punti e virgola. Dizionari e altre fonti sono indicati tra parentesi quadre. Gli esiti centralizzati sono evidenziati in grassetto. 3.1.1 Parole di origine latina In questo paragrafo sono raggruppate le parole di diretta trasmissione latina con vocale anteriore etimologica preceduta da r intensa. Sono ovviamente escluse le parole con r intensa pretonica in cui l’odierna î tonica è esito di a per influsso della nasale seguente (cf. sopra §1) 34 . Va escluso dalla tabulazione anche l’aggettivo drept, dreapt ă ‘dritto, -a’ ( , *der ĕ ctu, REW 2648, Pu ş cariu 550, DER 3058), di cui sono attestate forme non sincopate del tipo ˹ derept ˺ ancora all’altezza dei primi testi (cf. gli spogli di Densusianu 1914). L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 25 35 Il DLR s.v. considera l’etimo sconosciuto. 36 In alternativa si ipotizza una derivazione dacoromanza con suffisso -ea ţă aggiunto a *negru. 37 Secondo Graur 1937: 23 da *grilliolus. 3.1.1.A pr ī vus? [DER 6870] rum. priu ‘maculato di bianco’ - pr ĕ ssula? [DER 6802] 35 rum. presur ă ‘passero’ - pr ĕ tium [REW 6746, Pu ş cariu 1377, DER 6803] rum. pre ţ , pre ţ uri ‘prezzo, -i’ - *crebru , c ĕ r ĕ brum [REW 1827, DER 2552, DLR] rum. creier ‘cervello’; var. créiri; críiri; creri; criili; cr(i)ei; cleeri; clei; clii (Maramure ş ); créiere; crier (Banato); críel; crel; gréier; créier [DLR] ar. críer; megl. críel (c(e)rebellum) [DDA: 386] secr ē tum [REW 7765, Pu ş cariu 1575, DER 7660] rum. secret ‘desolato, solitario’ (dis., pop.); var. sicret; s ă cret [DLR, s. secret 3 ] - graecus [REW 3832, Pu ş cariu 733, DER 3874] rum. grec, greac ă ‘greco, -a’ - *nigr ĭ tia? [DLR] 36 rum. negrea ţă ‘macchia nera’ - nutr ĭ cium [REW 6004, Pu ş cariu 1210, DER 5739] rum. nutre ţ ‘biada, mangime’; var. n ă tre ţ ; notre ţ ; nutre ţă ; nitre ţ ; notrie ţ ; notri ţ ; motrie ţ [DLR] - cr ĭ sta [REW 2330, Pu ş cariu 410, DER 2549] rum. creast ă , creste ‘cresta, -e’ ar. creast ă , -e; var. cri ̯ ast ă ‘cresta di monte’ [Pu ş cariu, Codex Dimonic 103b / 1 ] gryllus [REW 3900, Pu ş cariu 744, DER 3875] 37 rum. greier ‘grillo’; var. gréir; gréiere; gr í er(e); gréore; gr í ore; grel [DLR] - fr ī gus [REW 3515, Pu ş cariu 649, DER 3485] rum. frig ‘freddo’ ar. frig *tr ī stus [REW 8918.2, Pu ş cariu 1764, DER 8919] rum. trist, trist ă , tri ş ti, triste ‘triste, cupo, infausto, -a, -i, -e’ Lorenzo Filipponio 26 38 Cf. l ĕ vis. 39 Cf. Pu ş cariu 1926: §28 a ; 1927-28: 768. 40 Che lemmatizza int ĕ ger. 41 Cf. *contr ĕ mulare (DER 2744) . cutremur. 42 Cf. cutream(b)ur, cutrem(b)ur, cutrem , contr ĕ m ŭ lus ((*)-are) (DDA: 425). 43 Che però considera l’etimo sconosciuto. 44 DDA (p. 785; etimi diversi ivi citati: *tarmitea , tarmes; *matar (gr. μαδαρός ) + itia); cf. Pu ş cariu 1927-28: 768. 3.1.1.B *ad-r ĕ ctu [REW 8308.2, DER 8265] rum. aret (dis.), în aretul ‘di fronte a, incontro a, intorno a’; var. ar ă t [Barcianu 1900: s.v.; DLR] - fr ĕ m ĭ tus [REW 3493, Pu ş cariu 645, DER 3479] rum. fream ă t, -e ‘fremito, -i’; var. hrémet (bacino del Jiu, Oltenia); rémet (distretto di Mehedin ţ i, Oltenia-Banato); rám ă t (Muntenia) [DLR] ar. freamit, -e? *gr ĕ vis 38 [REW 3855.2, Pu ş cariu 735, DER 3878] rum. greu, grea, grei, grele ‘difficile, pesante, arduo, -a, -i, -e’; var. †gr ă i (Codicele Vorone ţ ean) [DLR] ar. gre ŭ , greáu ă , grei, greále; var. greao (f.sing.); istr. grev, gr ę l ę ; gr ă u, gr ă l ę [Pu ş cariu] 39 *int grum [REW 4479 40 , Pu ş cariu 892, DER 4450] rum. întreg, întreag ă ‘intero, -a’; var. întrag ă ( Ţ ara Oa ş ului, Cri ş ana) [Pu ş cariu 1927-28: 769] ar. ntreg; megl. antreg; istr. ă ntre γ [Pu ş cariu] *tr ĕ m ŭ lus [DDA: 1193] , (a) tremura [DER 8888] 41 rum. tremur ‘sussulto, brivido’; var. tr ắ mur (rar.) [DLR] ar. treambur, - 42 tr ĕ p ĭ dus [REW 8882] , (a) trep ă da [Pu ş cariu 1755, DER 8890, Graur 1937: 38] rum. treap ă d ‘trotto, andirivieni’; var. tr(e)ap ă t [DER]; trap ă t (reg.); tráp ă d; trép ă d (ant., reg.) [DLR] - trai ĕ cta [DER 8881] , traicere [REW 8842] , *tr ĕ cta , tra[j]ecta [Pu ş cariu 1756] rum. treapt ă , trepte ‘gradino, -i’; var. (f. salvo quando indicato) trépte, -te/ ţ i (m.); trep ţ , -i (m.); treapte, -te; trépten, -e (neu.); trápt ă , trepte (Banato, conf. Oltenia, cf. trápt ă , tr p ćĕ [ALR 2 c272 p2]; Hodac, Mure ş , Transilvania); tráft ă , trefte (Fundata, Bra ş ov, Transilvania); treápc ă ; treáps ă , -e/ trepse; treáp ţă , -e; streáp ţă , strep ţ e/ -i; dreápt ă ; preápt ă ; prápt ă , -e (Ro ş ia, Cri ş ana, cf. prápt ă , prapt k’ i [ALR II c272 p310]) [DLR]; pr apt ă [ALR 2 c272, passim] - *matr ĭ cia? [DLR] 43 rum. m ă trea ţă ‘forfora’; var. metrea ţă (rar., dis.); metrice (reg., dis.) [DLR] ar. m ă tra ţă 44 L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 27 45 Cf. anche Pu ş cariu 1926: §28, che specifica la regolare derivazione da *r ace (la riarmonizzazione a . e si verifica, come abbiamo visto al §1, solo in (daco)rumeno, in una fase - il XVI secolo - in cui il distacco dell’istrorumeno era già avvenuto, cf. §2.2) con deanteriorizzazione e seguente passaggio di a tonica ad å (cf. sopra §2.2). 46 Non a caso, il DLR indica questa variante come «foarte r ă spândit ă » (s.v.). 47 Cf. *stimularia . str ă murare (REW 8261, DER 8237); l’inserzione di r è probabilmente seguente al regolare rotacismo di -l- (*stemuru . *stremuru). str ī ga [REW 8308.2, Pu ş cariu 1657, DER 8265] rum. strig ă ‘strega’; var. str ă g ă (reg.) [DLR]; strîg ă (Moldavia, Banato) [Sala 1976: 111] ar. strig ă alb. repëtë , rap ĭ dus [REW 7054] *rap ĭ dis [Pu ş cariu 1455] *rap ĭ dus + *r ī p ĭ dus [DER 7149] rap ĭ dus [Graur 1937: 34, Pu ş cariu 1927-28: 763-77] rum. repede, repezi ‘rapido, lesto, scosceso/ a, -i/ e’; var. r ắ pede (avv.; ant.); r ắ pide (agg./ avv.; ant.) [DLR]; r ă pede (Moldavia); rap ă d (Transilvania occ.) [DER] istr. r ă pede [Pu ş cariu, DER] r ĕ c ĕ ns [REW 7109, Pu ş cariu 1454, DER 7128] rum. rece, reci ‘freddo/ a, -i/ e’; var. rrece (sost. neu. ‘vergogna’, Psaltirea Hurmuzachi) [DLR, Densusianu 1914: 121]; reace (‘id.’, Coresi); r ă ce (ant.) [DLR]; r ă ce (Moldavia) [DER] ar. ara ţ e, ar ăţ i [cf. ALiA c222]; megl. ratsi; istr. rå ţ e [Pu ş cariu 45 , DER]. corr ĭ gia [REW 2253, DER 2704] *cor ĕ lla , corium [Pu ş cariu 459] rum. cureà, curele ‘fascia, cintura, -e’; var. cur ắ , cur ă le/ -i (Oltenia, Cri ş ana, Maramure ş centro-or., Transilvania, Moldavia) [ALR 2 SN IV c1172] 46 ar. curau ă , cur ă i; var. curao (sett.) [DDA, Pu ş cariu]; megl. curau ă [Pu ş cariu] r ĕ us [REW 7274, Pu ş cariu 1452, DER 7116] rum. r ă u, rea, rei, rele ‘cattivo, -a, -i, -e’; var. reu (ant.) [DLR, Densusianu 1914: 55]; rew, rey (distretto di Hunedoara, Transilvania) [ Ș andru 1935: 123] ar. ar ă u, arau ă , ar ă i, arale; var. arao (f.sing.) [DDA, Pu ş cariu]; megl. r ǫ u, rau ă ; istr. rewu [Pu ş cariu]; rev [Pu ş cariu 1926: 77]; rev (r ę v), r ę [Pu ş cariu 1927-28: 774] 3.1.1.C *in-de-retro [REW 2582, Pu ş cariu 828, DER 4389, DLR] rum. înd ă r ă t ‘indietro’; var. înder ă t (Coresi, Palia de la Or ăş tie); înderret; înderretu (Psaltirea Hurmuzachi) [Densusianu 1914: 81 e 124] - *st ĭ m ŭ lus [DER 8237] rum. str ă mur 47 ‘frustino’ [Pu ş cariu 1927-28: 769] - Lorenzo Filipponio 28 48 Il DER 8535 rimanda al serbo carina e classifica il lemma ţarină senza centralizzazione della vocale tonica. La forma ţ îrn ă è considerabile deanteriorizzata solo se si ammette una metatesi. 49 Secondo Graur 1937: 34 impossibile. 50 Si tratta di un testo dove di norma prevale in quel contesto î. praeda [REW 6714, Pu ş cariu 1367, DER 6741] rum. prad ă , pr ă zi ‘bottino, preda, -e’; var. prade (plur., ant.) [DLR] ar. prad ă , pr ă dz fr ē num [REW 3496, Pu ş cariu 655, DER 3492] rum. frîu, frîuri/ frîne ‘morso, briglia, -e’ ar. frîn, frîne; var. af ắ r; f ă rnu; fîrnu [DDA]; fr ă nu; f ă rnu; megl. fr ǫ n [Pu ş cariu, DER] *str ĭ (n)ctus [REW 8305, Pu ş cariu 1659, DER 8270] rum. strîmt, ă ‘stretto, angusto, -a’; var. strimt (dis., pop.); strîmpt (dis.); strint (reg.); str ă mt; str ă mpt; strimpt [DLR] ar. strintu, astimtu, stimtu [DDA]; ar., megl., istr. strimt [DER] terr ī na [Pu ş cariu 1714, DLR] terr ē nus [REW 8672] 48 rum. ţă rîn ă ‘terra, terreno’; var. ţ errina, ţ erîn ă (Psaltirea Hurmuzachi) [Densusianu 1914: 124 e 70]; ţă rin ă (dis., reg); ţ erin ă ; ţ arn ă ; ţ ern ă (reg.); ţ arn ă ; ţ earn ă (rar.); ţ îrn ă (reg.) [DLR] - r ē n [REW 7206, Pu ş cariu 1462, DER 7187] 49 rum. rîn ă ‘fianco’; var. rîl ă ; rîmn ă ; rîg ă ; rîzn ă ; run ă [DLR] ar. nire , *rine [DDA: 896] , (a) rîma , r ī mare [REW 7320, Pu ş cariu 1461, DER 7185] rum. rîma, rîme ‘lombrico, -chi’; var. rim ă (Psaltirea Coresi 50 ) [Densusianu 1914: 70]; rum ă ; arim ă [DLR] - r ī pa [REW 7328, Pu ş cariu 1467, DER 7206] rum. rîpa, rîpe e rîpi ‘burrone, -i’; var. rip ă [DLR], (Transilvania merid.) [DER] ar. arîpa, arîki (arîpi); rîp ă [DDA]; megl. r ǫ p ă ; istr. ă rp ă [Pu ş cariu]; istr. ă rp ę [DER] r ī sus [REW 7336, Pu ş cariu 1468, DER 7208] rum. rîs, rîsuri (rîsete) ‘riso, -i’; var. ris (ant., reg.) [DLR] ar. arîs, arîsute r ī us [REW 7341.2, Pu ş cariu 1469, DER 7217] rum. rîu, rîuri ‘fiume, -i’; var. rriu (Psaltirea Hurmuzachi); riu (Psaltirea Scheian ă ) [Densusianu 1914: 70], (ant. reg.); , reu . ; r ă ur ă (f.sing. su plur.) [DLR] ar. arîu, arîuri; megl. r ǫ u [Pu ş cariu]; rou [DER] 3.1.2 Osservazioni e proposte etimologiche Pur trattandosi di numeri complessivamente ridotti, non sarà inutile ordinare i dati in una tabella riassuntiva che tenga conto della tipologia di vibrante intensa (in colonna), del timbro della vocale tonica (in riga) e del gruppo di appartenenza (segnalato nella cella) della parola analizzata, indicato secondo i parametri esposti in precedenza (§3.1.1) e qui usato come criterio per disporre le celle: L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 29 51 Nel caso del munteno rám ă t (rumeno fream ă t) si potrebbe anche ipotizzare una centralizzazione di a posteriore a fr- . hr- . r-. 52 Fatto spiegato da Sala 1976: 165 ipotizzando un iniziale dittongamento i di ī che sarebbe responsabile anche degli intacchi consonantici del tipo d ī c ĕ re . a zice (cf. sopra §1), assai estesi in alcuni dialetti rumeni. Una volta però che si accetti la facoltà palatalizzante di una semplice i, questa ricostruzione, invero assai brillante, non sembra essere indispensabile. #r- -rr- (-)tr- (-)fr- (-)pr- (-)gr- (-)crdacorom. i C C C C C° C sC°sB- A- C°- A- A- Adacorom. e B* B B C B sC- B- B- -A- A- A- B- A- A- -Adacorom. a B B- -B- -B- B- 51 C- -A- A- La tabulazione mostra in maniera ancora più chiara un dato già evidente dai raggruppamenti. La centralizzazione è sistematica solo nei casi di i preceduta da #r-; in generale, #re -rrsi mostrano come i contesti di innesco più forti; man mano che si procede verso Cr i casi di deanteriorizzazione sono via via più sporadici: ciò sembra rendere giustizia alle incertezze degli studiosi viste al §2.2 quando si è trattato di individuare gli ambiti di manifestazione del fenomeno. Sono necessarie però alcune precisazioni. r ē n è stato qui tabulato sub «dacorom. i» (notato con C°) ammettendo che il passaggio e . i davanti a nasale possa aver preceduto la deanteriorizzazione (dunque *ren ă . *rin ă . rîn ă anziché *ren ă . *r ă n ă con deanteriorizzazione e poi innalzamento da centrale a centrale alta davanti a nasale), ipotesi che sembra corroborata dall’esito metatetico dell’aromuno, che parte da *rine. Questa ipotesi, tra l’altro, indurrebbe a ipotizzare che la ricostruzione vista al §1 per vîn ă e vînt possa essere rivista: le sequenze v ē na . *vin ă . vîn ă e *v ĕ ntu . *vint . vînt non erano infatti state prese in considerazione perché di norma una consonante labiale non agisce su i 52 . Ma se, nella prospettiva proposta in (3), si considerasse la presenza di una nasale in postonia un ulteriore elemento (insieme alla labiale pretonica e all’assenza di vocali postoniche anteriori) centralizzante, si potrebbe allora immaginare che questa concomitanza di fattori intercetti, oltre a e ed a, anche le i secondarie antenasali. Con questa spiegazione saremmo in grado di inquadrare meglio da una parte il caso di *str ĭ (n)ctus . strîmt, rispetto a str ī ga . strig ă , con (s)trpretonico che comunque innesca fuori dallo standard casi di centralizzazione (su (-)trcf. oltre in questo paragrafo), dall’altra, soprattutto, quello di fr ē num . frîu, con sistematica centralizzazione della vocale tonica, rispetto a fr ī gus . frig, che condivide col precedente il nesso frpretonico e sulla carta vanterebbe una i etimologica. Se l’ipotesi proposta fosse valida, potremmo allora considerare l’effetto centralizzante di r intensa pretonica ancora attivo all’epoca del definitivo innalzamento delle vocali medie antenasali (ad ogni modo, anche strîmt e frîu sono stati tabulati sub «dacorom. i» e notati con C°). Lorenzo Filipponio 30 53 Cf. sopra la N30. 54 Assolutamente ad hoc e quindi da scartare la ricostruzione di Iv ă nescu 1980: 208, che ipotizza un intacco di r limitato a questa parola che avrebbe innescato il dittongamento a e la successiva riarmonizzazione per e postonica (*rapide . * ŕ apide . *reapede . repede). Per quanto riguarda rece, Iv ă nescu 1980: 471 propende per una forma muntena ( , *reace) affermatasi nella lingua letteraria a scapito di r ă ce. 55 La spiegazione alternativa sarebbe che nella maggior parte dei dialetti rumeni (e nello standard) non sia successo nulla, fermo restando il potere inibitorio che una vocale postonica anteriore esercita sulla centralizzazione della tonica postvibrante. r ĕ us è stato inserito nel gruppo B anziché C (notato nella tabella con B*) a causa delle forme del femminile e del plurale rumeni. Pu ş cariu 1927-28: 774 considera le forme del plurale regolari in virtù dell’influsso della vocale postonica anteriore e quella del femminile singolare rea analogica sul plurale rele 53 . Come abbiamo visto (§2.2), lo studioso utilizza il dispositivo del timbro della vocale postonica per ricostruire un rientro dalla centralizzazione nel rumeno *race . rece che avrebbe intercettato anche *rapede . repede 54 . Se l’esito istrorumeno rå ţ e ( , *race, cf. sopra §3.1.1.B) sembra, assieme agli esiti delle altre varietà suddanubiane, corroborare questa ricostruzione 55 , quello r ă pede lascia aperta la possibilità che la base di partenza sia ab origine con e tonica, escludendo quindi una derivazione da rap ĭ dus. Dato il significato di ‘rapido, scosceso’ dell’aggettivo, una volta scartata la commistione tra rap ĭ dus e *r ī p ĭ dus proposta dal DER in virtù dell’officina totalmente italiana del secondo elemento (per commistione tra rapido e ripa, cf. DELI s.v.), se ne potrebbe allora proporre una tra rap ĭ dus e r ĭ g ĭ dus, che non porrebbe problemi di ordine fonetico ( ĭ . e) e semantico, visto che il significato primario di r ĭ g ĭ dus è proprio ‘scosceso’, conservato per esempio nel succedaneo francese raide (FEW 10, 402a). L’esito, caduto in disuso, ar ă t da *ad-r ĕ ctum è stato tabulato sub -rrpartendo da *arr- (cf. oltre il verbo (a) ar ă ta, §3.2.1.C); cionondimeno, è legittimo ipotizzare la circolazione di un *r ă t da r ĕ ctum senza prefisso con regolare deanteriorizzazione da #r-, mancando oltretutto l’eventuale elemento di disturbo dato da una vocale postonica anteriore. Le stesse considerazioni possono valere per *retro nella sequenza *in-de-retro alla base di înd ă r ă t (così Pu ş cariu 1927-28: 766); in questo caso, però, la tabulazione sub -rrè garantita dalle attestazioni înderret(u) presenti nello Psaltirea Hurmuzachi (cf. Tabella). Oltre al già visto frîu, l’altro caso classificato nel gruppo C in presenza di nesso Cr è quello di prad ă , una delle pochissime centralizzazioni di a a non mostrare eccezioni sul territorio (cf. Maiden 1997: 36), dato ancora più significativo se si considera la distanza fonica dal contesto privilegiato di innesco #r+i. Non sarà qui da escludere l’influsso del verbo corrispondente (a) pr ă da, di cui tratteremo al §3.2.1.C. Al di là dunque dei due casi, per certi versi eccezionali, di frîu e prad ă , l’unico nesso di muta cum liquida a mostrare una certa capacità centralizzante, in partico- L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 31 56 Si tratta, tra l’altro, dell’unico nesso capace di innescare un caso di deanteriorizzazione pur non essendo in posizione iniziale di parola, se l’etimo qui ricostruito per ar. matra ţă è corretto. 57 Un altro indizio romanzo della peculiarità fonetica di (-)tr- (e (-)dr-) rispetto agli altri nessi di muta cum liquida potrebbe essere il fatto che in francese esso è l’unico che in posizione interna, dopo dittongo ascendente e in pretonia (cf. Scheer 2014), viene risolto con un’assimilazione regressiva, passando a -rr- (p ĕ tra . pierre, *latr ō ne . larron, ecc.; cf. Bourciez/ Bourciez 1967: §144.2 di contro a §132 e 168). 58 Il verbo a cure ha aggiunto una g alla sua radice (cf. il gerundio curgând) in virtù dell’influenza reciproca con a merge ‘andare’ e uscendo così dalla collisione di paradigmi con a cura (‘colare, pulire’, cf. oltre §3.2.2) causata proprio dagli effetti di -rr- (così Lombard 1954-55: 1044-49). lare a livello regionale, è (-)tr- 56 . Una possibile spiegazione di ciò è che la sostanziale omorganicità del nesso dia maggiore intensità allo stesso, che per questo gradiente andrebbe a collocarsi tra -rre gli altri gruppi Cr, esattamente come accade, alla luce dei dati, nella tabella 57 . Infine, due notazioni etimologiche a margine che fanno tesoro delle conoscenze qui acquisite circa gli effetti di r intensa pretonica. La proposta del DER 2707 per l’avverbio curînd ‘presto’, che viene fatto risalire a un *currando, è superflua, perché l’esito centrale alto sarà dovuto a deanteriorizzazione di e dopo -rre innalzamento davanti a nasale o viceversa, secondo quanto detto poco sopra riguardo a rîn ă : basta dunque ipotizzare una normale derivazione da currendo (come fa, tra gli altri, Lausberg 1971: §229) 58 . Sulla falsariga di ar. curau ă (§3.1.2.B), si potrebbero ricondurre per via fonetica i due sostantivi aromuni arau ă ‘ricciolo, basetta’ (DDA: 185) e rau ă ‘scriminatura’ (DDA: 1038), per i quali non si danno proposte etimologiche, a una base *r ĕ gcontinuatrice del significato originario latino di ‘linea dritta’ (cf. r ĕ go, ĕ re; r ĕ gio). 3.1.3 Slavismi antichi Il quadro offerto dagli slavismi non muta in maniera significativa la situazione delineatasi attraverso l’analisi delle parole di origine latina. Si tenga conto dei seguenti mutamenti fonetici nel passaggio dallo slavo al dacoromanzo (cf. Rosetti 1964-66, III: 88-105): - sl. a e o atone finali . dacorom. ă ; - sl. ĕ . dacorom. a (in presenza di ŭ , che equivale a Ø, cf. sotto), e (in presenza di vocale palatale finale); - sl. y (* ū ), che può essere breve [ ʏ ], lungo [y ː ] o dittongato, passa a i o î in base a criteri non sempre spiegabili secondo Rosetti 1964-6, III: 91 per via interna dacoromanza. In presenza di r pretonica (come sempre non ulteriormente specificata, cf. sopra §2.2), ovviamente sì; - sl. ŭ , ĭ sono vocali ultrabrevi. In posizione intensa vengono vocalizzate rispettivamente in o ed e, altrimenti spariscono; Lorenzo Filipponio 32 59 Gli esiti aromuni in en si spiegherebbero attraverso la mediazione bulgaro-macedone. Si osserverà, per inciso, che la presenza di vocali postoniche palatali, fattore determinante per la centralizzazione o meno di a e a toniche dopo consonante labiale (cf. (3) al §1) e forse implicato nella mancata deanteriorizzazione di e in rece e repede (§3.1.1.B e 3.1.2), dirime anche il passaggio di sl. ĕ . dacorom. e e di sl. ẽ . dacorom. in (cf. Densusianu 1901: 270-71). 60 Che lo mette in relazione con il neogr. ἀράδα ‘riga, fila, ordine, turno’, presente anche in aromuno (ma DDA: 182-83 non propone collegamenti con lo slavo). La parola greca deriva dal veneziano arada ‘solco dell’aratro’ (Andriotis 1951 s.v.) e dal greco deve essere passata all’aromuno, dove ha preso anche il significato di ‘mestruazioni’: in questo quadro, i collegamenti con lo slavo appaiono piuttosto labili. 61 Di cui è attestata anche una variante meridionale r ă nz ă . L’etimo è discusso e va messo in relazione con bg. r ĕ sa e sb. resa, così come con l’albanese rrëndës. Il DER chiama in causa anche l’aromuno arîs ă (var. arînz ă ) ‘tipo di fungo col cappello sfrangiato’. 62 Ma Rosetti 1964-66, III: 100 riporta numerose eccezioni a questa regola, che coinvolgono in protonia l, ţ e anche gr- (grind ă , da sl. gr ẽ da), di contro ai regolari pamânt ‘terra, mondo’ (sl. pam ẽ t ĭ , se con Rosetti si rifiuta pavimentum, REW 6312), sfând ‘santo’ (sl. sv ẽ t ŭ ) e il già visto rînd (che si oppone a grind ă , non centralizzato, con nesso Cr), dove sono all’opera in pretonia delle labiali e una #rche potrebbero aver favorito il processo (cf. (3) al §1 e §2.2). 63 Cf. d rŭg ati . drîglu ‘attizzatoio’ (DER 3063), dr ŭ mbla . drîmb ă ‘scacciapensieri’ (DER 3065), ecc. Vanno dunque esclusi dalla tabulazione anche i succedanei di sl. kr ĭ st ŭ (‘croce’ DER 2582, DLR s. crâsnic) . rum. crâsnic ‘diacono’ (var. cr ă snic; cr ă znic (Moldavia); crâ ş nic; c ă rsnic; cârstnic; c ă rstnic [DLR]). 64 Secondo DER 7216 e Sala 1976: 90 magiarismo da rét, che però dovrebbe dare re- (Rosetti 1964-66, IV: 111) o tutt’al più r ă -, con centralizzazione. 65 Con le var. rîmn ă (dis., reg.); r ă hn ă (dis.); rîvne (reg.); r ă vn ă (reg.); r ă pn ă (reg.); rîhn ă ; rîgn ă ; ramn ă ; rahn ă ; rehn ă . Da questo sostantivo deriva il verbo a rîvni; il DLR s.v. propone, al contrario, l’origine deverbale di rîvn ă . - sl. õ, ẽ entrano in dacoromanzo con elemento nasale: ẽ . in se seguita da vocale palatale, altrimenti . în 59 . Casi dunque come sl. r ẽ du . rum. rînd ‘fila, riga, ordine’ (DER 7193) 60 e r ẽ sa? . rum. rînz ă ‘stomaco (pop.)’ (se ha ragione DER 7203) 61 non dovrebbero essere considerati come deanteriorizzazioni dovute a #r, e in effetti non sono state inserite nelle tabelle sottostanti 62 ; - sl. C + r ŭ , l ŭ , r ĭ , l ĭ , infine, vengono trattati in virtù dell’evanescenza di ĭ e ŭ (cf. sopra) come C+sonante e si riflettono in rumeno con C+r+î, con la vocale centrale alta che andrà considerata risoluzione di sonante sillabica e non dovuta al nesso precedente 63 . Dato questo quadro, si potrebbero interpretare allo stesso modo casi di #r ŭ -, #r ĭ iniziali come sl. r ŭ t ŭ . rum. rît ‘grugno, muso’ 64 e sl. r ĭ v ĭ nije, r ĭ v ĭ n ĭ . rum. rîvn ă ‘impegno, ardore’ (DER 7218) 65 , nei quali, data la base di partenza, pare più verosimile ipotizzare una risoluzione di sonante che una deanteriorizzazione con esito î, poco probabile partendo da una ĭ (tutt’al più . e . ă ), impossibile partendo da una ŭ . I criteri di raggruppamento sono analoghi a quelli usati per le parole di origine latina. Data l’assenza in aromuno di molti di questi slavismi (cf. Dahmen 2003: 735), la cella di destra dei singoli lemmi non è stata divisa in due righe: gli eventuali esiti aromuni (o generalmente suddanubiani) si trovano quindi immediatamente dopo quelli rumeni. L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 33 66 Secondo Rosetti 1964-66, III: 68 dallo sl. kremen ĭ . 67 Secondo il DLR s.v. proveniente dal ruteno. 68 Che DER 6858 ricollega a uno sl. prisno. 69 Secondo il DLR s.v. attraverso il bulgaro. 3.1.3.A sl. tr ĕ zv ŭ [DER 8882] rum. treaz ‘desto, vigile’; var. treazv sl. tr ĕ m ŭ [DDA] ar. tream ‘tettoia’ sl. prea [DLR] rum. prea ‘molto, troppo’ sl. drevo [DER 3054] rum. dreav ă ‘bastone per battere la lana, sbarra’ sl. tretii [DER 8895] rum. treti ‘terzo’ (dis.) [DLR] sl. gres ĭ , kres ĭ [DER 3877] alb. gëresë [DLR] rum. gresie ‘arenaria’ sl. kremy [DER 2556] bg. kremenj [DDA] 66 rum. cremene ‘selce’; var. cremine; cremen ă ; cremin ă ; cremen; creme [DLR]; ar. crémine sl. kri ž m ă [DER 2571] 67 rum. crijm ă ‘panno battesimale’ sl. krilo [DER 2572] rum. cril ă ‘parte centrale della rete da pesca’ sl. krinica , krina [DER 2577] bg. krina [DDA] rum. crint ă ‘recipiente di legno per il caglio’; ar. crin ă bg. krivec , sl. kriv ŭ [DER 2590] rum. criv ăţ ‘vento freddo di nord-est’ bg. gri ž a , sl. gri ž a [DER 3880] rum. grij ă ‘premura, cura’ bg. griv , sl. griva [DER 3889] rum. griv ‘pezzato (di cani, uccelli)’ 3.1.3.B sl. pris ĭ n ŭ [DER 6859] rum. prisne ‘completamente’ (reg., dis.), ‘pulito, vero’ (Moldavia, Bucovina e Transilvania nord-occ.); var. prisn ă (avv. e sost.) 68 ; prízne (avv. e agg.inv.); pr ă sni (avv.) [DLR] sl. br ĕ z ŭ [DER 1087] 69 rum. breaz; var. braz ‘con una macchia bianca sulla fronte (di animali), acuto, ingegnoso’ (Câmpur ĭ , distretto di Putna, Moldavia) [DLR, cf. Weigand 1902: 207 e 224]; megl. breaz [DER] sl. mr ĕž a [DER 5458, DLR] rum. mreaj ă ‘rete (da pesca), trappola’; var. mrej ă (dis., reg.); mrej (neu.; dis.); e inoltre (tutti reg.) mregie; mraj ă ; merej ă ; mirej ă ; îmbreaj ă ; îmbrej ă ; umbrej ă [DLR] sl. str ĕš ina [DLR] rum. strea ş in ă ‘grondaia’; var. stra ş in ă ; stre ş in ă ; e inoltre (tutti reg., dis.) strea şă n ă ; strea ş n ă ; streajn ă ; stre şă n ă ; stre ş în ă ; stre ş n ă ; stre ş tin ă ; stra ş în ă ; stra ş n ă ; str ăş in ă ; str ăş în ă ; sta ş in ă ; stea ş în ă ; ster ş in ă ; ş tre ş in ă [DLR] Lorenzo Filipponio 34 70 Che riporta anche le var. stra ş in ă e mraj ă (cf. sopra). 71 Il DDA dà come etimo la forma ris ŭ (s.v. arîs ă ). sl. tr ĕ ba [DER 8878] rum. treab ă ‘affare, faccenda’; var. trab ă (dis., reg.) [DER] (area di Ha ţ eg, distretto di Hunedoara, Transilvania) [Pu ş cariu 1927-28: 769] 70 ; tr ă b ă (Petrila, distretto di Hunedoara, Transilvania) [DLR] sl. r ĕ dy [DER 7135] rum. rediu ‘boschetto’; var. r ă diu; redie [DLR, DER]; red; radiu; read (neu.); reade (f.) [DLR]; redi ş ; r ă diac [DER] 3.1.3.C sl. stri žĭ nik ŭ [DER 8267, Philippide 1894: §22.b] rum. strîjnic, ă ‘cavallo/ -a (non addestrato/ -a) di età tra uno e i tre anni’; var. strijnic (dis., reg.); str ắ jnic (f. stréjnic ă ); str ắ jiác (dis.); str ắ jnec; strîjiác; strîjîi á c (reg.); str jni ţă (f.); strîjnec; strînjic (Timi ş oara); strîsnic; strî ş nic (Cluj, Transilvania; Bac ă u, Ia ş i, Moldavia); strájnic; strá ş nic ă (f.); str ă jîi á c (Maramure ş ); str ă juiác (Maramure ş ); str ắş nic; strijnec; strujîiác (Maramure ş ); stru ş nic; tr ú jnic ă (f., Bra ş ov, Transilvania) [DLR] sl. riza [DER 7220] rum. rîz ă ‘straccio’ sl. rys ĭ [DER 7209] 71 rum. rîs ‘lince’; var. ris (dis.) [DLR]; ar. arîs sl. ryžd ĭ [DER 7213] rum. rî ş cov ‘sanguinaccio (lactarius deliciosus)’; var. rî ş cog; rî ş cuv; r ăş cov; ri ş cov; ro ş cov; hri ş cov; rîscugi [DLR] 3.1.4 Osservazioni Anche a fronte di una messe piuttosto ridotta di dati presi in esame, è qui ancora più nettamente definita la situazione vista nella tabella al §3.1.2, i cui criteri sono ripresi in quella sottostante. #r- (-)tr- (-)br- (-)mr- (-)pr- (-)dr- (-)gr- (-)crdacorom. i C- C- CsC- B- A- A- A- A- A- Adacorom. e B- A- A- Adacorom. a sB- B- A- A- B- B- A- A- Tutte e quattro le parole inizianti per #rinnescano deanteriorizzazione: a livello regionale nell’unico caso qui preso in esame in cui la vocale tonica è e (da sl. ĕ con vocale postonica palatale); affermatasi nello standard negli altri tre casi, in cui la vocale tonica è i (sl. i e y). L’unico altro caso di deanteriorizzazione entrato nello standard interessa il nesso (-)tr-, ancora seguito da i. #r-+i si conferma dun- L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 35 que come il contesto più favorevole all’innesco su larga scala del fenomeno, che su scala regionale coinvolge anche quattro casi con nesso di muta cum liquida iniziale (due dei quali con (-)tr-) e uno con il nesso di officina patentemente slava mr-, a fronte di quattordici in cui non pare accadere nulla. Cinque dei sei casi del gruppo B riguardano parole con a ( , sl. ĕ ) tonico: in quest’ottica, la forma streaj ă per straj ă ‘guardia’ (Pu ş cariu 1927-28: 769; DLR s.v.) da sl. stra ž a potrebbe essere considerata un ipercorrettismo. Da osservare, infine, che proprio dal distretto transilvano di Hunedoara, di cui si era parlato in relazione alla presenza di numerose forme prive di deanteriorizzazione (cf. sopra i §2.2 e 3.1.1.B), provengono qui due varianti di treab ă che attestano il fenomeno. Forti di questi dati, veniamo ora ai verbi. 3.2 Morfologia verbale Per la scelta delle forme si è fatto ricorso agli indici del DER e del DDA e alla poderosa monografia dedicata al verbo rumeno da Lombard 1954-55; sono stati esaminati soltanto verbi di provenienza diretta dal latino, oltre a un magiarismo. La modalità di presentazione dei dati è ovviamente differente rispetto a quella adottata per le altre classi di parole: si prende qui in esame un gruppo di celle del paradigma della coniugazione rilevante in considerazione delle potenzialità allomorfiche della radice verbale dacoromanza. La griglia di partenza è quella rappresentata qui sotto: ‘verbo’ forme numerazione forme (Lombard 1954-55) V = V bersaglio _[. . .] V = V postonica R_ = esito di ˈ V atteso var. [fonti] ar., megl., istr. [fonti] etimo [fonti] infinito 0 (1) indicativo presente 1 1 (2) 2 2 (3) 3 3 (4) 6 1 o 3 (8) congiuntivo presente 1 1 (-) 2 2 (-) 3 4 (5) 6 4 (5) imperativo 2 3 o 2 (9) Da sinistra verso destra, sono elencati: l’etimo del verbo; le forme rizotoniche della coniugazione verbale più l’infinito; il timbro della vocale radicale avanti la cen- Lorenzo Filipponio 36 72 Si osservi, per inciso, che, come rileva Ernst 1989: 336, il dittongamento a atteso nei verbi con vocale radicale e in assenza di blocco metafonetico (cf. sopra §1) innescato dalla desinenza (*-u di prima persona indicativo presente - e sesta nelle coniugazioni II, III, IV -, *-i di seconda persona indicativo presente) caratterizza soltanto i verbi di antica immissione nel sistema, primi fra tutti quelli di diretta derivazione latina. I verbi entrati in epoca moderna non attestano questa allomorfia radicale: cf. a pleca ‘partire’ ( , pl ĭ care, REW 6601.1): prima persona presente indicativo plec, terza pleac ă ; a spera ‘sperare’ ( , it. sperare): prima persona sper, terza sper ă . 73 In aromuno ndreádzire, ndridzeáre (DDA: 868). tralizzazione (V) 72 ; il timbro della vocale postonica (_[. . .]V, di norma il morfema flessionale della coniugazione); il timbro atteso della vocale radicale centralizzata (R_); le forme effettive del rumeno; eventuali varianti marcate diatopicamente o diastraticamente del rumeno; le forme suddanubiane. In queste ultime tre colonne, secondo la convenzione grafica adottata ai §3.1.1 e 3.1.3, le forme effettivamente centralizzate (e quindi conformi alle aspettative tabulate nella colonna R_) sono rilevate in grassetto; per le varianti del rumeno e per gli esiti suddanubiani si indicano le fonti, con Lombard 1954-55 abbreviato in LVR. Come si può vedere, la numerazione delle celle tiene conto delle uguaglianze tra forme del paradigma: la sesta persona dell’indicativo presente, per esempio, è uguale alla terza (I coniugazione) o alla prima (II, III, IV); le prime due persone del congiuntivo presente sono uguali a quelle dell’indicativo; ecc. Questa modalità di etichettatura era già stata utilizzata da Lombard con una numerazione (qui tra parentesi) che era stata concepita per essere valida per tutte le forme lì prese in esame; qui saranno sufficienti l’infinito (0), le tre persone singolari dell’indicativo presente (1, 2, 3) e la terza/ sesta del congiuntivo presente (4), cui da qui in poi si farà riferimento usando il numero corrispondente, mentre le altre forme rizotoniche, indicate in grigio, non verranno più prese in considerazione. 3.2.1 Analisi e raggruppamenti I verbi (a) îndrepta ‘indirizzare, raddrizzare’ (DER 4398) e (a) drege ‘sistemare, rattoppare’ (DER 3055, Pu ş cariu 548) 73 non sono stati tabulati perché esito di sincope ( , in+directare, dirigere), peraltro assente nelle varianti arcaiche e regionali înderepta, îndirepta (cf. DLR, s.v., cf. derept al §3.1.1). Gli altri verbi sono stati suddivisi in quattro gruppi: (1) verbi che non attestano, nelle fonti consultate, alcun caso di centralizzazione della vocale tonica (gruppo A); (2) verbi che attestano casi di centralizzazione marcati diatopicamente, diastraticamente o diacronicamente in rumeno e/ o marcati o no nelle varietà suddanubiane (gruppo B); (3) verbi che attestano alcune forme centralizzate come esito regolare in rumeno (gruppo C); (4) verbi le cui forme prese in esame sono in rumeno tutte centralizzate (gruppo D). Data la maggiore complessità della tabulazione, si troveranno commenti puntuali in calce alle singole tabelle o ai singoli gruppi, mentre le osservazioni generali saranno raccolte al §3.2.2. L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 37 74 Nella Ţ ara Oa ş ului (cf. Pu ş cariu 1927-28: 769), dove, come si è visto (§2.2), persiste ancora una variante intensa della vibrante, è attestata la forma della terza/ sesta persona del congiuntivo presente del verbo a acri ‘rendere aspro’ (IV coniugazione con ampliamento, cf. sotto a urî e a hot ă rî, §3.2.1.D) acrasc ă anziché acreasc ă . 3.2.1.A ‘credere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar. cr ē d ĕ re [REW 2307] [Pu ş cariu 411] [DER 2550] [DDA: 385] 0 e *-e ǝ (a) crede (credea) [LVR] creadire/ crideare [DDA] 1 e *-u ǝ cred cri’ (c ă ...) (Crivobara, Banato) [DLR] 2 e *-i ǝ crezi 3 a ( . e) *-e ǝ crede cr[e]eade (ant.) [Densusianu 1914: 63] 4 a *-a a cr ad ă cr az ă (ant.) [Densusianu 1914: 211] ‘crescere’ forme V _[. . .]V R_ rum. ar. cr ē scere [REW 2317] [Pu ş cariu 414] [DER 2562] [DDA: 386] 0 e *-e ǝ (a) cre ş te crea ş tire/ cri ş teare [DDA]; crea ş tire [DER] 1 e *-u ǝ cresc 2 e *-i ǝ cre ş ti 3 a ( . e) *-e ǝ cre ş te 4 a *-a a cr asc ă 74 I verbi (a) crede e (a) cre ş te, appartenenti alla terza coniugazione e quindi a infinito rizotonico con vocale postonica anteriore, sono accomunati dal fatto che il nesso Cr precedente e/ a toniche non innesca alcuna centralizzazione. Le forme dell’infinito aromune crideare e cri ş teare attestano il regolare passaggio di e protonico a i (presente anche in meglenorumeno) quando preceduta da dentale (Pu ş cariu 1931-33: 47), che rivedremo anche in seguito. Lorenzo Filipponio 38 75 Forma caratteristica della Muntenia, ancora accettata da alcune grammatiche (LVR: 1019). ‘prendere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. prehend ĕ re [REW 6736] [Pu ş cariu 1328] [DER 6842] 0 i *-e ɨ (a) prinde prindea (reg.); prende (dis.) [DLR]; prinzare (dis.) [LVR] 1 i *-u ɨ prind prinz (dis., reg.) [LVR, DLR]; pring [DLR], (distretto di N ă s ă ud, Transilvania) [LVR] 2 i *-i ɨ prinzi 3 i *-e ɨ prinde 4 i *-a ɨ prind ă ; prinz ă 75 prind; prinz (dis., reg.) [DLR] In (a) prinde (e nei composti aprinde, cuprinde, deprinde, LVR: 999) la vocale radicale e è regolarmente salita a i davanti a nasale (§1). Anche in questo caso troviamo una situazione con nesso pretonico Cr e infinito rizotonico con vocale postonica anteriore, e anche questa volta non vi sono tracce di centralizzazione. ‘scrivere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar., megl. scr ī b ĕ re [REW 7745] [Pu ş cariu 1564] [DER 7610] 0 i *-e ɨ (a) scrie scri (pop.) [DLR, LVR]; scria (dis., reg.) [DLR, LVR, Densusianu 1914: 198] scriare [DDA], scriari 1 i *-u ɨ scriu scriez (dis., reg.) [DLR] 2 i *-i ɨ scrii 3 i *-e ɨ scrie 4 i *-a ɨ scrie ‘friggere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. fr ī g ĕ re [REW 3510] [Pu ş cariu 648] [DER 3487] [DDA: 562] 0 i *-e ɨ (a) frige (frigea) [LVR] 1 i *-u ɨ frig 2 i *-i ɨ frigi 3 i *-e ɨ frige 4 i *-a ɨ frig ă Anche i verbi (a) scrie e (a) frige, che si differenziano dal precedente solo perché la vocale radicale i è etimologica, non mostrano segni di deanteriorizzazione. L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 39 ‘strofinare’ forme V _[. . .]V R_ rum. ar., megl. fr ĭ care [REW 3501] [Pu ş cariu 647] [DER 3480] [DDA: 561] 0 e - ǝ (a) freca ar. fricare [DDA, DER]; megl. fricari [DER] 1 e *-u ǝ frec 2 e *-i ǝ freci 3 a *-a a fr ac ă 4 a ( . e) *-e ǝ frece Con (a) freca si passa a un verbo della prima coniugazione, quindi con infinito rizoatono. Il nesso Cr non causa alcun mutamento della vocale radicale, salvo il già visto passaggio e atono . i degli infiniti aromuno e meglenorumeno, su cui non mi soffermerò oltre. ‘chiedere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar., megl. interrogare [REW 4496] [DER 4449] [DDA: 909] *interguare [Pu ş cariu 891] *intreguare [LVR] 0 e - ǝ (a) întreba într ă ba (dial.) [DLR]; întriba (ant., Moldavia) [Densusianu 1914: 84] ar. ntribare [DER, DDA]; megl. antribare [DER] 1 e *-u ǝ întreb 2 e *-i ǝ întrebi 3 a *-a a întreab ă 4 a ( . e) *-e ǝ întrebe Il verbo (a) întreba viene preso in considerazione perché si suppone che la metatesi di r sia avvenuta in tempo utile per rendere la vocale radicale disponibile alla centralizzazione; entra poi in questo gruppo perché l’unica forma centralizzata che ho trovato nelle fonti interessa la vocale radicale atona dell’infinito: si tratta di un esempio del passaggio e atono . ă dopo dentale tipico del rumeno, qui visto al §2.2. La differenza rispetto ad (a) freca potrebbe essere dovuta alla maggiore intensità del nesso (-)trrispetto a quello (-)fr-, su cui abbiamo raccolto qualche indizio al §3.1.2 e di cui avremo qualche conferma nel prossimo paragrafo. Si sarà peraltro notato che al gruppo A appartengono solo verbi in cui r intensa si manifesta come secondo elemento del nesso muta cum liquida. Lorenzo Filipponio 40 3.2.1.B ‘passare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar. traicere [REW 8842] [Pu ş cariu 1757] [DER 8883] [DDA: 1193] 0 a ( . e) *-e ǝ (a) trece trea ţ ire/ tri ţ eare [DDA], trea ţ ire [DER] 1 e *-u ǝ trec 2 e *-i ǝ treci 3 a ( . e) *-e ǝ trece treace (ant.) [Densusianu 1914: 62] trea ţ e [DDA] 4 a *-a a tr ac ă trac ă (distretto di Vâlcea, Oltenia) [Pu ş cariu 1927-28: 769] (A) trece, verbo della terza coniugazione con nesso Cr e infinito rizotonico con vocale postonica anteriore, esattamente come i visti sopra (a) crede e (a) cre ş te, entra in questo gruppo in virtù di una variante oltena della forma 4. Per quanto piccolo, si tratta di un ulteriore indizio della maggiore intensità di (-)trrispetto agli altri nessi di muta cum liquida. ‘scassare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. *str ī care [DER 8261] [DDA: 1122] 0 i - ɨ (a) strica strîca [LVR] 1 i *-u ɨ stric strîc (Moldavia, Banato) [Sala 1976: 111; Meyer-Lübke 1890: §41]; strac (reg.) [Pu ş cariu 1927-28: 769] 2 i *-i ɨ strici 3 i *-a ɨ stric ă stric (dis.) [DLR] 4 i *-e ɨ strice ‘gridare, chiamare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar., megl. str ī x [REW 8319] *strigare [Pu ş cariu 1657] [DER 8266] *stridulare [DDA: 1122] 0 i - ɨ (a) striga strigarea (ant.) [Densusianu 1914: 236]; strîga [LVR] ar. strigare [DDA] 1 i *-u ɨ strig strîng (reg.) [Pu ş cariu 1927-28: 769] 2 i *-i ɨ strigi 3 i *-a ɨ strig ă strîg (dis.) [DLR] 4 i *-e ɨ strige L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 41 76 Cf. sopra la N55. 77 Riportato anche da Mussafia 1868: 147, con la notazione che si tratta di una variante meno frequente di tremur. I verbi della prima coniugazione (a) strica e (a) striga condividono il nesso pretonico stre la vocale radicale i e mostrano un quadro di forme centralizzate non dissimile, la cui diffusione territoriale può essere dedotta dalle carte dell’ALR 2 SN riportanti i participi passati strîcat (I c149, V c1341) e strîgat (VI c1727), evidentemente costruiti a partire dalle forme d’infinito deanteriorizzate riportate da Lombard, che risultano presenti su tutto il territorio rumeno a esclusione della Muntenia (e della Dobrugia). A parità di vocale tonica, la situazione appare quindi piuttosto diversa rispetto a quella dei verbi (a) scrie e (a) frige, visti nel gruppo A: il differente nesso pretonico (cf. i §3.1.2 e 3.1.4) e la rizotonia dell’infinito, con la postonica anteriore (cf. il §2.2) 76 caratteristica della terza coniugazione, possono avere in quel caso funto da inibitori della deanteriorizzazione. ‘agitarsi’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. tr ĕ p ĭ dare [REW 8881] [Pu ş cariu 1755] [DER 8890] 0 e - ǝ (a) trep ă da trepeda (rar.); tr ă peda (ant., reg.); tr ă p ă da (reg.); trep ă ta; tr ă b ă da [DLR]; tr ă p ă da (Transilvania) [DER] 1 a -e- . ă a trep ă d tr ap ă d [DLR, Pu ş cariu 1927-28: 766]; trap ă d [LVR] 2 a ( . e) -eǝ trepezi trapezi [LVR] 3 a -e- . ă a tr ap ă d ă trap ă d ă [LVR] 4 a ( . e) -eǝ trepede trapede [LVR] ‘tremare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar. tr ĕ m ŭ lare [REW 8879] [Pu ş cariu 1760] [DER 8888] [DDA: 1193] 0 e - ǝ (a) tremura tr ă mura (ant.); trembura; tr ă mbura; trîm(b)ura; trim(b)ura (reg.) [DLR, ALRM I,i c139]; tr ă murá (Banato, Transilvania) [DER, LVR] trimburare [DDA] 1 e -uǝ tremur tr ă mur [LVR] 77 (Banato, Transilvania, Maramure ş ); trîmur (Banato) [ALR SN VII c1899] treambur [DDA, Pu ş cariu, DER] 2 e -uǝ tremuri tr ă muri [LVR] (Banato, Transilvania, Maramure ş ); trîmur (Banato) [ALR SN VII c1899] Lorenzo Filipponio 42 78 Lombard 1954-55: 86 non elenca tutte le forme ma, riportando la variante dell’infinito a tr ă mura, segnala che essa si ripercuote sull’intera flessione. 3 e -uǝ tremur ă tr ă mur ă [LVR] 4 e -uǝ tremure tr ă mure [LVR] 78 I verbi (a) trep ă da e (a) tremura presentano, in virtù della loro struttura sillabica, una vocale postonica interna, dirimente per lo svolgersi della dittongazione dacoromanza (cf. sopra §1). Nel caso di (a) tremura la postonica alta blocca tutto, regolarmente; in quello di (a) trep ă da la forma 1 normativa è senza dittongo, ma quella dittongata è attestata come variante. Entrambi i verbi mostrano in rumeno una ricca messe di varianti: degne di nota in (a) trep ă da le forme non standard 2 e 4, la cui a tonica, foneticamente immotivata (e per questo non in grassetto), è probabilmente analogica sulle forme non standard 1 e 3, con deanteriorizzazione di a, e 0, in cui la vocale centrale atona risultante dal già visto effetto di dentale su e confluisce con l’esito regolare di a atona, mettendo il parlante di fronte all’indecidibilità del corrispettivo tonico (come già osservò Mussafia 1868: 151) e esponendolo dunque alla possibilità di una ricostruzione anetimologica, fatto salvo l’appoggio del sostantivo corrispondente treap ă d (visto, come tremur, al §3.1.1.B). ‘volere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. *v ŏ l ē re [REW 9180.2] 0 a - a (a) vrea vra (Moldavia) [LVR] 1 e *-u ǝ vreau vreu; vrau (Moldavia) [LVR, Pu ş cariu 1927-28: 769] 2 e *-i ǝ vrei vrai (Moldavia); vreai (Banato) [LVR] 3 a *-e a vrea vra (Moldavia) [LVR, Pu ş cariu 1927-28: 769] 4 a *-a a vrea vreie (Moldavia) [LVR] Il verbo (a) vrea è l’unico del gruppo B a non essere caratterizzato dal nesso (-)trprima di vocale radicale: le forme centralizzate, tipiche del moldavo moderno (LVR: 960), muovono da quelle dittongate, analogiche e no, e ancora non circolavano all’altezza del XVI secolo, come confermano gli spogli di Densusianu 1914. L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 43 79 Che riporta (p. 121) anche rrebda dallo Psaltirea Hurmuzachi. 80 Rifiuta *re-obdurare, r ĭ g ĭ dare, r ĕ g ĕ re, *rab-/ rubidare, rep ĕ dare. 3.2.1.C ‘resistere, sopportare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar. - [REW] [Pu ş cariu] ? [DLR] *re-e(n)mendare (*remda . *r ă mbda) [DER 7000] 80 *rabidare? [DDA: 185] *r ĭ g ĭ dare [Herzog 1927-28] 0 e? - ǝ (a) r ă bda rebda (ant., reg.) [DLR] [ALR 2 SN VII c1865, c2039], (ant.) [Densusianu 1914: 82] 79 , (Transilvania) [DER, LVR, cf. Ș andru 1935: 123] aravdare [DDA] 1 e? *-u ǝ rabd r ă bd (pop.) [DLR], (Moldavia, Banato) [LVR], (ant.) [Densusianu 1914: 205], (Oltenia, Banato, Cri ş ana, Maramure ş , Transilvania sett., Moldavia) [ALR 2 SN VII c1865]; rebd (Transilvania) [LVR] aravdu [DER, DDA] 2 e? *-i ǝ rabzi r ă bzi (Moldavia); r ă bdzi (Banato) [LVR], (Oltenia, Banato merid., Transilvania sett., Moldavia) [ALR 2 SN VII c1865]; rebzi (Transilvania) [LVR], (Cri ş ana, Maramure ş , Transilvania centr.) [ALR 2 SN VII c1865] 3 a? *-a a rabd ă reabd ă (Transilvania) [LVR] 4 a ( . e) *-e ǝ rabde r ă bde (Moldavia) [LVR], (Oltenia, Banato merid., Transilvania sett., Moldavia sett.) [ALR 2 SN VII c2039]; rebde (Transilvania) [LVR], (Cri ş ana, Maramure ş ) [ALR 2 SN VII c2039], (ant.) [Densusianu 1914: 210] Quanto detto al §3.2.1.B riguardo a (a) trep ă da vale a maggior ragione nel caso di (a) r ă bda, dove l’allineamento su a della vocale radicale delle forme rizotoniche, di officina muntena e transilvana meridionale stando all’ALR 2 SN (VII c1865, Lorenzo Filipponio 44 c2039), complica ulteriormente la già difficoltosa ricostruzione etimologica. Esso, infatti, sarebbe foneticamente motivato solo partendo da ra-, passato a r ă nelle forme rizoatone; in aromuno anche queste ultime si presentano con a, fatto che si ripercuote sulla proposta etimologica del DDA. Ammesso che si tratti della stessa base, le forme transilvane rimandano però chiaramente a un etimo con re-; le numerose attestazioni di rebda nei testi del XVI secolo portano Densusianu (cf. tabella) alla stessa conclusione. Dato questo quadro, Banato e Moldavia sono quindi le aree in cui le celle rizotoniche mostrano gli effetti della centralizzazione senza interferenze di tipo morfologico. La ă radicale dell’infinito va invece ascritta al solito effetto su e atona di dentale precedente. Questa forma, insieme alla 3 (cioè la terza/ sesta persona dell’indicativo presente della prima coniugazione), rappresenta evidentemente il perno sul quale il parlante tende ad articolare l’allomorfia radicale, finendo talvolta per prescindere dagli esiti foneticamente regolari, specialmente in casi, come questo, in cui manca l’appoggio di un sostantivo corrispondente. ‘depredare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. praedare [REW 6715] [Pu ş cariu 1366] [DDA: 1007] , prad ă [DER 6741] 0 e - ǝ (a) pr ă da 1 e *-u ǝ prad pr ă d [Pu ş cariu, DLR, LVR, Mussafia 1868: 147], (Banato, Transilvania, Moldavia) [ALR 2 SN VII c1864] 2 e *-i ǝ prazi pr ă zi [LVR]; prezi [LVR, Mussafia, loc. cit.] 3 a *-a a prad ă 4 a ( . e) *-e ǝ prade pr ă de [DLR, LVR], (Moldavia) [Philippide 1894: §21.f]; préde (reg.) [DLR, LVR, Mussafia, loc. cit.] Quanto detto per (a) r ă bda vale sostanzialmente anche per (a) pr ă da, con una differenza fondamentale, e cioè che la variazione diatopica sembra essere molto meno forte. Accanto alle forme non standard con regolare centralizzazione, l’affermazione delle forme con a ha beneficiato, oltre che dei perni interni alla coniugazione, dell’interazione con il sostantivo (visto al §3.1.1.C), da cui il DER fa addirittura derivare il verbo. Mussafia (cf. tabella) dà, oltre a pr ă d, le forme prezi, prede come regolari, coerentemente con la sua idea che una vocale postonica anteriore blocchi sempre la deanteriorizzazione di e (cf. sopra §2.2), e ritiene (1868: 147 N55) prad, prazi spiegabili solo attraverso l’analogia con prad ă , non considerando l’importanza dell’allomorfia radicale anetimologica tra ă atono e a tonico innescata da e . ă nell’infinito. L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 45 81 L’etimo *arr ē ctare è da considerarsi regolare, perché -ct- . -ptprima si riduce in protonia, poi si estende alle forme rizotoniche [DLR]. 82 Rifiuta *adrectare, ad-reputare, *ar-ratare ( , ratus) e considera plausibile elatare anche se semanticamente problematico. 83 Rifiuta *ad reiterare . arretrare (semanticamente problematico), *arr ē ctare (foneticamente inaccettabile - ma cf. sopra la N81), *elatare (REW 2837, poi espunto nella terza edizione, cui faccio riferimento), *ad reputare (ritenuto impossibile), *erettare ( , erectus) (considerato privo di senso). ‘mostrare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar., megl., istr. arr ē ctus 81 [REW 677] *elatare [Pu ş cariu] 82 (*)r ă t ā re ‘determinare’ . *arratare [DER 369] 83 *(ad-)retare? *ad-reiterare? [DDA: 185] 0 e - ǝ (a) ar ă ta arata (Moldavia) [DLR]; areta (Transilvania merid.) [DER, cf. Ș andru 1935: 123]; arreta; arr ă ta (ant.) [Densusianu 1914: 83] 1 e *-u ǝ ar ă t arat [DLR, LVR]; aret (ant.) [LVR]; arît (Banato sett., Cri ş ana) [ALR 2 SN VII c1859] ar. arat [DDA]; r ă t [Pu ş cariu, DER]; istr. ar ǫ tu [Pu ş cariu, DER] 2 e *-i ǝ ar ăţ i ara ţ i [DLR]; are ţ i [DLR], (Transilvania, Maramure ş ); arî ţ (Banato sett., Cri ş ana) [ALR 2 SN VII c1859] 3 a *-a a arat ă areat ă (ant.) [LVR]; arît ă (Cri ş ana) [ALR 2 SN VII c1860] istr. (a)råt ę [Pu ş cariu 1926: §33d] 4 a ( . e) *-e ǝ arate ar ă te [DLR], (Muntenia nordor., Oltenia) [ALR 2 SN VII c2037]; arr ă te (ant.) [Densusianu 1914: 210]; arete [DLR], (ant.) [Densusianu 1914: 59 e 210], (Transilvania, Maramure ş ); arîte (Banato sett., Cri ş ana) [ALR 2 SN VII c2037] Lorenzo Filipponio 46 84 Secondo Turcule ţ 2002: 148 queste forme transilvane con il mantenimento della vocale tonica e vanno interpretate come forme conservative lessicalizzate. Nel caso di (a) ar ă ta, invece, hanno prevalso nello standard le forme centralizzate, quindi né rifatte partendo dall’infinito, né riallineate sulla forma 3, a fronte comunque di una variazione molto marcata; l’unica forma rizotonica standard foneticamente non motivata è la 4, con vocale radicale a (accanto alle forme alternative con e e ă ). Mussafia 1868: 147 N57 usa la forma ar ăţ i per rifiutare l’etimo ad-recto proposto già da Diez 1836-44, I: 337 perché come al solito presuppone che la presenza di una vocale postonica anteriore avrebbe bloccato la deanteriorizzazione di e (dando quindi solo are ţ i), invocando così il fattore che Sala considera dirimente solo in caso di nesso Cr (cf. sopra §2.2) pretonico. Pu ş cariu 1931-33: 50 considera invece are ţ i (qui variante di 2) analogica sulla regolare allomorfia radicale ap ă s ape ş i di (a) ap ă sa ( , *appensare, DER 324); considera inoltre ar ă t (1) rifatto sul sostantivo ar ă tare (1927-28: 772) e ar ă te (variante di 4) a sua volta su ar ă t (1927-28: 775-116 N2). Queste acrobazie si rendono necessarie se non si accetta l’etimo *arr ē ctare e con esso la variazione innescata dalla pressione della vibrante intensa pretonica. Che questo etimo sia corretto pare confermato anche dalle numerose forme antiche con notazione di vibrante intensa (in particolare nello Psaltirea Hurmuzachi), che rimandano, come sottolinea Densusianu (cf. tabella), a una base *arr-. ‘crepare, spaccare’ forme V _[. . .] V R_ rum. varianti ar., megl., istr. cr ĕ pare [REW 2313] [Pu ş cariu 408] [DER 2538] [DDA 385] 0 e - ǝ (a) cr ă pa crepa [DLR, LVR] ar. cripare [DDA] 1 e *-u ǝ cr ă p crap [DLR, LVR]; crep [DLR, LVR] (Banato, Cri ş ana, Transilvania) [ALR 2 SN VII c1855] ar. crep [DDA, Pu ş cariu, DER] megl. crep [Pu ş cariu, DER] istr. crepu [Pu ş cariu, DER] 2 e *-i ǝ cr ă pi crapi [DLR, LVR]; ˹ crepi ˺ [DLR, LVR] (Banato, Cri ş ana, Transilvania) 84 [ALR 2 SN VII c1855] ar. crek ĭ [DDA] 3 a *-a a crap ă creap ă [DLR, LVR], (Banato, Cri ş ana, Transilvania) [ALR 2 SN VII c1856] ar. creap ă [DDA] 4 a ( . e) *-e ǝ crape cr ă pe [DLR, LVR], (Moldavia) [Philippide 1894: §21.f]; crepe [DLR, LVR]; creape [LVR] L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 47 85 Sulla base della quale sono state rifatte analogicamente anche le varianti di 1 e 2 crap crapi, come osserva Lombard 1954-55: 86 e 825. 86 Ma Pu ş cariu (1927-28: 775-76 N2) preferisce vedere in cr ă pe (variante di 4) un allineamento su cr ă p cr ă pi (1 e 2). Inoltre, crep (considerato regolare perché lo studioso non considera la centralizzazione dopo Cr, cf. sopra §2.2) avrebbe influito su a crepa (variante di 0) e sul sostantivo crepatur ă , mentre cr ă p (considerato irregolare per lo stesso motivo) sarebbe orientato su a cr ă pa (1927-28: 773). Il quadro mostrato da (a) cr ă pa è pressoché analogo a quello visto con (a) ar ă ta. Insieme i due verbi fanno parte del ristrettissimo lotto di forme che presentano regolare centralizzazione di e ed a passate nello standard (cf. Maiden 1997: 36). Quello che accomuna (a) cr ă pa e (a) ar ă ta ai precedenti (a) pr ă da e (a) r ă bda è la forma standard 4, con vocale radicale tonica a. Nel caso di questi ultimi due verbi, essa si inserisce in un quadro di allineamento delle celle rizotoniche su cui hanno influito da una parte la forma 3, della cui «puissance» è ben consapevole anche Lombard 1954-55: 1045, dall’altra l’infinito rizoatono per i motivi sopraesposti; nel caso di (a) cr ă pa e (a) ar ă ta, invece, si può ipotizzare che la forma 4, cioè il congiuntivo presente di terza/ sesta persona, sia stata rifatta semplicemente sulla base della corrispondente terza/ sesta persona dell’indicativo presente 85 . L’altra spiegazione possibile è che l’effetto centralizzante della vibrante pretonica intensa si sia manifestato prima del riassorbimento del dittongo a, che, come abbiamo visto, era in corso all’altezza dei primi testi (§1). L’altissimo grado di variazione attestato dalle forme 4 dei verbi del gruppo C induce però a cercare una spiegazione basata su una concomitanza di fattori: l’influsso della forma 3 (e dell’infinito) sulla forma 4 è fuor di dubbio, così come lo è anche il fatto che la pressione centralizzante della vibrante intensa pretonica si sia manifestata prima della riarmonizzazione a . e in presenza di e postonica del rumeno. A questi elementi andrà allora aggiunto proprio il timbro della vocale postonica, che nel caso delle forme 4 della prima coniugazione è la desinenza e, che può aver prima bloccato la centralizzazione (cf. sopra quanto detto su (a) ar ă ta) e successivamente riarmonizzato il dittongo: al di là dunque di fatti analogici, il quartetto di esiti tra standard e varianti attestati per la forma 4 di (a) cr ă pa può essere spiegato in linea teorica in termini tutti fonetici: crape come centralizzazione di a non ancora rientrato a e; cr ă pe come centralizzazione di e rientrato da a; crepe come e rientrato da a senza centralizzazione; creape come a non rientrato e non centralizzato. La coscienza della possibilità di queste combinazioni, sommata a quella della solidarietà morfologica intraparadigmatica imperniata sulle forme 0 e 3 86 , aiuta così a districarsi, anche nella ricostruzione etimologica, nella selva di varianti mostrata dai quattro verbi del gruppo C (per una visione d’insieme, cf. Lombard 1954-55: 81-87). Lorenzo Filipponio 48 87 LVR (cf. p. 1017, 1060, 1069, 1075, 1076) considera stringe una forma equipollente a strînge. 88 Considerata una «form ă nordic ă rar ă » (DDA: 1125). 89 Forma ricostruita secondo LVR (p. 128). 3.2.1.D ‘stringere, raccogliere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar., megl. str ĭ ngere [REW 8315] [Pu ş cariu 1661] [DER 8271] 0 i *-e ɨ (a) strînge stringe (dis.) [DLR], (ant.) [Densusianu 1914: 69] 87 ; strenge (dis., rar.) [DLR] ar. stríndzire, strindzeare [DDA] 1 i *-u ɨ strîng ar. stringu [DDA, Pu ş cariu 1927-28: 769]; strîngu [DDA] 88 ; megl. string(u) [Pu ş cariu, ibid.] 2 i *-i ɨ strîngi 3 i *-e ɨ strînge 4 i *-a ɨ strîng ă La coniugazione standard del verbo (a) strînge prevede, come l’aggettivo originato dalla forma arcaica (oggi strîns) del suo participio strîmt (visto al §3.1.1.C), tutte forme con la vocale radicale i (per innalzamento davanti a nasale) centralizzata. Se il nesso pretonico è lo stesso di (a) strica e (a) striga (visti al §3.2.1.B), a determinare la differenza di trattamento di i è con ogni probabilità, più della rizotonia dell’infinito, la compresenza di una nasale seguente, secondo il principio per cui la concomitanza di fattori, vista all’opera proprio nel caso di strîmt e in quello di frîu (cf. §3.1.2), innesca il processo centralizzante anche a fronte di un nesso pretonico Cr - anche se (s)tr-, tra i nessi di muta cum liquida, si è rivelato essere quello più intenso, e, forse non a caso, il discorso appena fatto non funziona per (a) prinde (§3.2.1.A). ‘rivoltare la terra (detto dei maiali)’ forme V _[. . .]V R_ rum. ar. r ī mare [REW 7320] 89 0 i - ɨ (a) rîma arîmare [DDA] 1 i *-u ɨ rîm arîm [DDA] 3 i *-a ɨ rîm ă 4 i *-e ɨ rîme L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 49 90 Da r ă du ( , rîdu, cf. Iv ă nescu 1980: 471). 91 Cf. r ă s ă ri , resal ī re o muri , *mor ī re. 92 Come a urî si comporta a borî ( , *abhorrire, REW 23, DER 1030), per cui il DLR riporta anche una variante caduta in disuso a bori. ‘ridere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar., megl., istr. r ī d ē re [REW 7302] [Pu ş cariu 1459] [DER 7176] 0 i *-e ɨ (a) rîde ride (dis., reg.) [DLR], (ant.) [Densusianu 1914: 70]; rîdea (reg.); rede (dis.) [DLR], (ant.); rride (ant.) [Densusianu 1914: 70] 1 i *-u ɨ rîd rîz (reg.); rid (dis.) [DLR] ar. arîd; megl. r ǫ d; istr. ă rdu 90 [DER]; megl. r ǫ d ę [Iv ă nescu 1980: 471] Osservando le forme dei verbi (a) rîma e (a) rîde appare evidente che la rizotonia o meno dell’infinito non abbia qui nessuna influenza: come nel caso delle altre classi di parole (§3.1.1.C e 3.1.3.C), il nesso #r+i è il terreno ideale per il dispiegarsi degli effetti centralizzanti di r intensa pretonica. ‘odiare’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar. horr ē sco [REW 4185] [Pu ş cariu 1823] . *horrire [DER 9085] [DDA: 241] 0 i - ɨ (a) urî uri (ant.) [LVR, Densusianu 1914: 70]; urri (ant.) [Densusianu 1914: 124] 1 e *-u ǝ ur ă sc uresc (ant.) [LVR], (distretto di Hunedoara, Transilvania) [ Ș andru 1935: 123]; urescu (ant.) [Densusianu 1914: 58] ur ă sc [Iv ă nescu 1980: 471] 2 e *-i ǝ ur ăş ti 3 a ( . e) *-e ǝ ur ăş te ura ş te (Muntenia) [Iv ă nescu 1980: 471]; urea ş te (ant.) [LVR, Densusianu 1914: 61] ur ăş te [Iv ă nescu 1980: 471] 4 a *-a a urasc ă ureasc ă (ant.) [Densusianu 1914: 59] Nel verbo della quarta coniugazione con ampliamento (a) urî il nesso -rrpretonico interno 91 agisce sistematicamente su tutta la coniugazione 92 . Le molte forme anti- Lorenzo Filipponio 50 93 Come osserva Lombard 1954-55: 490, -rragisce sistematicamente sui verbi della IV coniugazione con ampliamento a vocale tonica i/ e ma non intacca le e/ a dei verbi della I coniugazione con ampliamento -id o (il tipo lucrez lucrezi lucreaz ă ecc. da a lucra ‘lavorare’) come încura (*incurr-), înfiera (da fier , *f ĕ rru, cf. §1), ecc. Si tratta, a mio modo di vedere, di un fatto puramente morfologico, che per questo motivo non ho tematizzato in questa sede. 94 I verbi con i radicale secondaria dovuta a nasale postonica a strînge e a prinde sono stati inseriti sub i e notati rispettivamente con sD°e A°analogamente a quanto fatto al §3.1.2 per rîn ă , frîu e strîmt. che senza centralizzazione lasciano presumere una convergenza nello standard tra fattori fonetici e analogici, sicuramente aiutata dal fatto che in questa coniugazione confluiscono anche verbi di origine slava e magiara la cui radice termina con una r che è stata trattata come intensa 93 , come mostra qui, a titolo di esempio, il magiarismo (a) hotarî, denominale da hotar ‘confine, frontiera’. In questo caso, l’intensità della vibrante è dimostrata, oltre che dalla sistematica centralizzazione della vocale tonica seguente, dalla trascrizione hotarr caratteristica dei testi del XVI secolo (Densusianu 1914: 121 e 162). ‘decidere’ forme V _[. . .]V R_ rum. var. ar. , hotar, -re (ung. hotár) [DER 4174] 0 i - ɨ (a) hot ă rî hot ă ri (ant.) [LVR] 1 e *-u ǝ hot ă r ă sc hot ă resc (ant.) [LVR] hot ă r ă sc [Iv ă nescu 1980: 471] 2 e *-i ǝ hot ă r ăş ti hotare ş ti (ant.) [LVR] 3 a a ( . e) *-e ǝ hot ă r ăş te hot ă ra ş te (Muntenia) [Iv ă nescu 1980: 471], (ant.) [LVR]; hot ă rea ş te; hot ă re ş te (ant.) [LVR] hot ă r ăş te [Iv ă nescu 1980: 471] 4 a a *-a a hot ă rasc ă Anche in questo caso le forme antiche mostrano che la centralizzazione è ancora un processo in fieri all’altezza del XVI secolo. 3.2.2 Osservazioni e proposte etimologiche Se proviamo a tabulare gli esiti secondo i criteri adottati al §3.1.2, opportunamente modificati tenendo conto della rizotonia o meno dell’infinito (ovvero della coniugazione d’appartenenza), otteniamo quanto segue 94 : L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 51 95 Cf. le forme (1 2 3 4) attese dal DLR per a ar ă ta: ar ă t aré ţ i arát ă aréte (cf. §3.2.1.C), come se vigessero le stesse condizioni. coniugazione #r- -rr- (-)tr- (-)vr- (-)pr- (-)cr- (-)frdacorom. i/ e IV D D dacorom. i III D sD°- A°sA- A- I D sBsBdacorom. e III B- A- A- I C C B- B- -A- C- C- Adacorom. a II B- La situazione è forse meno nitida rispetto a quella vista in precedenza: ma questo era prevedibile, in virtù delle interferenze morfologiche che caratterizzano i paradigmi verbali, qui molto attive specialmente nel gruppo C, i cui membri vanno infatti a disporsi ortogonalmente rispetto alla ratio della tabella, che vorrebbe gli esiti centralizzati convergere (in alto) a sinistra. Cionondimeno, come nei §3.1.2 e 3.1.4 #r+i si mostra essere il terreno privilegiato della centralizzazione, e il nesso (-)trconferma la sua buona predisposizione a innescare il fenomeno. Alla luce di quanto visto, vale la pena di vedere, prima di concludere, ancora due paradigmi. Il primo è quello di (a) înv ăţ a, che mostra, regolarissimi, gli esiti fonetici della vocale radicale preceduta da una consonante labiale, oscillanti in base alla vocale postonica seguente (come mostrato in (3) al §1) 95 . ‘imparare, insegnare’ forme V _[. . .]V C[lab]_ rum. var. ar., megl., istr. *in-v ĭ tiare [REW 4536.2] [Pu ş cariu 898] [DER 4456] [DDA: 919] 0 e - ǝ (a) înv ăţ a înva ţ a (ant.) [Densusianu 1914: 104] ar. nvi ţ are [DDA] 1 e *-u ǝ înv ăţ înve ţ u [Densusianu 1914: 58] ar. nve ţ u [DDA, Pu ş cariu]; (a) nve ţ [DER]; megl. anve ţ [Pu ş cariu, DER]; istr. (an)me ţ u [Pu ş cariu, DER] 2 e *-i e înve ţ i ar. nve ţ [DDA] 3 a *-a a învat ă ar. nvea ţă [DDA] 4 a ( . e) *-e e înve ţ e Con l’unica eccezione della forma 3, l’allomorfia radicale ricalca quella del verbo (a) cur ăţ a, il cui paradigma è mostrato qui sotto: si tratta però, in questo secondo Lorenzo Filipponio 52 96 Altro da REW 2412 curare . a cura ‘dissodare’. caso, di esiti totalmente inattesi, dato che si dovrebbe partire da un verbo della prima coniugazione latina suffissato, con la a tematica che viene integrata nella radice; ulteriore aggravante, il paradigma mostra forme rizotoniche insolitamente proparossitone. Tutto ciò ne fa, come osserva Lombard 1954-55: 163 un verbo «seul en son genre». ‘pulire, espellere, purificare’ forme V _[. . .]V C_ rum. var. I var. II var. III , curat , colare [Pu ş cariu 454] [REW 2035a] 96 , (a) cura , curare [DER 2694] *curat ĭ are [LVR: 338] 0 a *-u ǝ (a) cur ăţ a/ (a) cur ăţ i 1 a *-u ǝ cúr ăţ cur ăţ eaz ă (ant.) [Densusianu 1914: 202] cur ăţ esc [DLR]; cur ăţ escu (ant.) [Densusianu 1914: 203] 2 a *-i ǝ cúre ţ i cúr ăţ i [LVR] cur ăţ e ş ti [DLR] 3 a *-a ǝ cúr ăţă cur ăţ este [DLR]; cure ţ este (ant.) [Densusianu 1914: 104] 4 a *-e ǝ cúre ţ e cúr ăţ e [LVR] cur ăţ eze (ant.) [Densusianu 1914: 208] cur ăţ easc ă [DLR] Una spiegazione possibile è che, partendo dalla regolare ă dell’infinito, la vocale postonica interna resti tale o passi a e a seconda del timbro della vocale della desinenza, secondo un processo qui visto in molte altre occasioni. Una seconda spiegazione, che chiama in causa l’etimologia, è che dietro (a) cur ăţ a si celi una confusione tra un tipo ˹ (a) cura ˺ e una base *correctda corr ĭ go ‘mettere sulla giusta direzione’, compatibile con il significato di ‘purificare’ del verbo, che, alla luce del negativo (a) necur ăţ i ‘vivere nel peccato’, potrebbe non essere secondario: questa ipotesi sarebbe foneticamente plausibile indipendentemente dalla posizione originaria dell’accento nella coniugazione. Più in generale, l’angolo visuale dell’analisi dell’effetto di r pretonica intensa nei verbi permette di spiegare in modo unitario e piuttosto economico una serie di fenomeni altrimenti difficilmente razionalizzabili. Tra questi, emerge la rilevanza della forma dell’infinito per la gestione delle allomorfie radicali, in un’ottica di L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 53 autonomia morfologica nella strutturazione dei paradigmi già lumeggiata da Lombard e sviluppata a partire da Maiden 1992 e Aronoff 1994; fatto non stupefacente, data la prominenza del nome del verbo all’interno del paradigma, come, altrove nel panorama romanzo, dimostra il confronto tra le forme del presente indicativo da infiniti rispettivamente rizoatoni e rizotonici del bolognese: se, infatti, in a mûd (‘cambio’), a sûd (‘sudo’), dagli infiniti rizoatoni mudèr ( , m ū tare), sudèr ( , s ū dare), si ha regolare vocale tonica lunga in sillaba aperta di parossitono etimologico, in a rédd (‘rido’), a cradd (‘credo’) la vocale tonica breve anziché l’attesa lunga (r ī do . **rîd, cr ē do . **crai ̯ d) è spiegabile solo partendo dalla radice degli infiniti rizotonici rédder, cradder ( , r ī d ĕ re, cr ē d ĕ re), in cui la brevità di essa è l’esito regolarissimo della riduzione in proparossitonia etimologica (cf. Filipponio 2012: 57-67), proiettatosi poi sulla coniugazione. 4. Conclusioni Dopo questa lunga carrellata, è evidente che la regola proposta in (4) al §1 è troppo generale: bisogna dunque dare atto agli studiosi che le difficoltà definitorie sono dovute a un quadro empirico estremamente articolato. Cionondimeno, si tratta di un quadro razionalizzabile, come mostra la tabella sottostante, in cui confluiscono quelle presentate ai §3.1.2, 3.1.4 e 3.2.2 e che adotta i seguenti accorgimenti: il numero di quadrati per cella corrisponde al numero dei casi effettivamente registrati; i casi confluiti nei gruppi A (§3.1.1.A, 3.1.3.A, 3.2.1.A) sono in bianco; quelli confluiti nei gruppi B (§3.1.1.B, 3.1.3.B, 3.2.1.B) sono in grigio chiaro; quelli confluiti nel gruppo C dei verbi (§3.2.1.C) sono in grigio intermedio; quelli confluiti nel gruppo D dei verbi e nei gruppi C delle altre classi di parole (§3.1.1.C, 3.1.3.C, 3.2.1.D) sono in grigio scuro; i casi con vocale postonica anteriore (per i verbi fa fede l’eventuale infinito rizotonico) sono contrassegnati con un +; quelli con nasale postonica con un °; i due verbi della IV coniugazione con ampliamento considerati al §3.2.1.D, che alternanto dopo vibrante i (forma 0) ed e (forme 1 2 3 4), sono stati inseriti nella riga di i tonica in virtù della prominenza accordata all’infinito. t #r- -rr- (-)tr- (-)pr- (-)fr- (-)br- (-)vr- (-)mr- (-)cr- (-)gri + ° ° °+ ° °+ ° + + ° e + + + + + + + + a Lorenzo Filipponio 54 Di fronte a questa evidenza grafica, gli 81 casi complessivamente analizzati mostrano che: - la centralizzazione è sistematica e senza condizionamenti di sorta solo in presenza di #r e -rrseguite da i; - non si danno casi di #r e -rrpretoniche che non inneschino, almeno a livello substandard, un processo di centralizzazione; - una vocale postonica anteriore tende a inibire la centralizzazione di i tonica quando è preceduta da un nesso Cr e quella di e ed a a prescindere dalla tipologia di r intensa; - la presenza di una nasale dopo la vocale tonica favorisce la centralizzazione dopo Cr; - con riferimento a quanto appena detto, i casi di (a) strînge e (a) prinde, in cui convivono un elemento favorevole e uno sfavorevole alla centralizzazione, sono regolati dalla tipologia del nesso Cr: in generale, tr, per i motivi esposti al §3.1.2, è il più disponibile alla centralizzazione, mentre i nessi con velare sono quelli meno favorevoli; - nelle coniugazioni verbali bisogna ovviamente tenere conto dei fattori morfologici, e in particolare del perno costituito dalle forme dell’infinito e della terza persona dell’indicativo singolare per l’eventuale allineamento delle celle rizotoniche del paradigma (cf. Lombard 1954-55: 109). Si può quindi concludere che la centralizzazione di vocale tonica è sistematica con #r, -rr- + i e probabile con #r, -rr- + e, a e in generale con (-)tr-: in questi due casi una vocale postonica anteriore può inibire il processo, ma sovraordinata a essa è la presenza di una nasale seguente, che lo favorisce. La centralizzazione, inoltre, può verificarsi con C[labiale]r, inibita da una vocale postonica anteriore anche in presenza di nasale; infine, è sporadica con C[velare]r. Anche se queste osservazioni si fondano su una base di dati talvolta assai scarna, non sfuggirà la progressività del quadro d’insieme. Per quanto concerne la distribuzione areale del fenomeno, la prima, fondamentale, osservazione è che esso è presente, come si è visto, in tutte le varietà dacoromanze. Attraverso le cursorie informazioni raccolte nelle tabulazioni qui presentate, è possibile per il (daco)rumeno individuare nella Moldavia e nel Banato le aree in cui la centralizzazione si è manifestata con maggiore intensità: questo quadro sembra trovare qualche corrispondenza con quello prospettato da Philippide 1927: §274, che, alla luce di una comparazione generalizzata dei fenomeni fonetici dacoromanzi, aveva individuato un troncone migratorio banato-transcarpatino, che, procedendo da ovest verso est, sarebbe andato a coprire, partendo dal Banato, la Cri ş ana, il Maramure ş , la Transilvania settentrionale, la Bucovina e la Moldavia, con l’Oltenia che avrebbe occupato una posizione intermedia tra questo e l’altro troncone transilvano meridionale e munteno, da cui invece provengono molte delle forme non deanteriorizzate passate nello L’influsso della vibrante intensa pretonica in dacoromanzo 55 97 A conclusioni non dissimili arriva anche Vasiliu 1968: 140-41, che individua all’interno del (daco)rumeno un gruppo munteno e uno nordoccidentale, definito moldavo. Per inciso, l’area di espansione della deanteriorizzazione innescata dalla vibrante intensa corrisponde grosso modo a quella in cui lo stesso effetto è indotto dalle sibilanti (cf. sopra §1). standard 97 . Ad ogni modo, la ricostruzione qui proposta dei fattori articolatori e acustici che hanno innescato il processo (§2.2) proietta r intensa in un contesto pienamente balcanico. La possibilità che il fenomeno abbia intercettato le i secondarie antenasali, ma soprattutto la situazione che ci è mostrata dai testi del XVI secolo, in cui la deanteriorizzazione non si è ancora pienamente affermata, indicano che l’effetto della vibrante intensa sulla vocale tonica seguente è un fenomeno fonetico che si è protratto per secoli senza mai essere stabilmente fonologizzato. Come mostra l’ultima tabella, soltanto nei contesti di massima distanza tra vibrante (cioè massimo di intensità, e contestualmente di velarità) e vocale (massimo di palatalità e dunque di acutezza), vale a dire #r-, -rr- + i, la deanteriorizzazione è sistematicamente entrata nel lessico, perdurante per il resto un regime di notevolissima variazione per il quale spero di aver fornito in queste pagine una chiave di lettura efficace. Zurigo Lorenzo Filipponio Bibliografia T-L, AW = Tobler, A./ Lommatzsch, E., 1925-2002: Altfranzösisches Wörterbuch, Berlin ALiA = Dahmen, W./ Kramer, J. 1985-94: Aromunischer Sprachatlas - Atlasul Linguistic Aromân, vol. 1, Hamburg; vol. 2, Veitshöchheim bei Würzburg ALR 2 = Petrovici, E. 1940: Atlasul linguistic român. Partea 2, vol. 1, Sibiu/ Leipzig ALR 2 SN = Petrovici, E. (ed) 1956-72: Atlasul linguistic român. Partea 2, serie nou ă , 7 vol., Bucure ş ti ALRM 1 = Pop, S. 1938-42: Micul atlas linguistic român. 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En particulier, la forme italienne moderne zenzero n’est pas un mot toscan: pour des raisons aussi bien phonétiques qu’historiques-documentaires il doit être considéré comme un vénetianisme de l’italien. Enfin, l’article propose la reconstruction historique de la formation de certains mots et locutions dérivés (gingebras, pain de gingembre, etc.). Keywords: Ginger, Gingembre, Zenzero, Etymology, Lexical history 1. Il problema etimologico Scopo di questo lavoro è mettere a punto l’etimologia e la storia lessicale dei termini romanzi che indicano lo zenzero, nonché di quelli non romanzi che sono stati attinti a lingue romanze e di alcune voci derivate. In particolare, per quanto riguarda la voce oggi accolta nell’italiano, si intende mostrare che essa non è da considerarsi un cultismo, né una voce di diretta provenienza esotica, ma un venezianismo della lingua nazionale - ciò che la lessicografia etimologica non ha ancora indicato. Lo zenzero arriva in Europa da lontano e il suo nome rappresenta un caso notevole di esotismo d’antico radicamento mediterraneo. I termini che lo designano in tutte le lingue europee sono riconducibili, quanto all’etimologia remota, a una voce indiana, per cui si suole richiamare (ad es. Mancini 1992: 99) il sanscrito ś r ̥ ṅ gaverae il p ā li si ṅ givera-, «antecedente diretto della forma araba» (zanjab ī l) che secondo lo stesso Mancini sarebbe la base della voce italiana, «non trasmessasi per via del latino volgare, in quanto spezia pregiata e di scarsa diffusione riacquistata dall’Oriente in epoca islamica» 2 . In realtà, nessuna delle voci romanze sembra richiedere una mediazione araba, come peraltro già supposto da Nocentini-Parenti 2010, s.v., e come verrà ulteriormente documentato in queste pagine. Dal greco antico ( ζιγγίβερις , con la variante ζιγγίβερι , cf. Liddle-Scott 1940, s.v.) si fanno normalmente discendere le forme latine della voce. Quella posta a lemma dai lessici (da quelli latini, e conseguentemente anche dagli etimologici romanzi, 1 Ringrazio Alvise Andreose, Daniele Baglioni, Luca D’Onghia e Michele Loporcaro per i preziosi suggerimenti di lettura. 2 Già Cardona 1975: 756 riteneva che il termine arabo fosse «alla base delle forme occidentali». Lorenzo Tomasin 60 3 Forma attestata in un ms. medioquattrocentesco del perugino Angelo Galli ed. da Wiese 1925. a partire dal REW) è il neutro z ĭ ng ĭ ber, ma ancora in Plinio (Nat. Hist. XII, 28) si legge la forma più compiutamente grecizzante con -i: «Non est huius arboris radix, ut aliqui existimavere, quod vocant zingiberi, alii vero zinpiberi, quamquam sapore simile» (così l’ed. Loeb). La forma alternativa zinpiberi citata da Plinio non manifesta solo una precoce oscillazione nomenclatoria, ma anche l’evidente tendenza del termine a interferire con altre voci semanticamente vicine - nella fattispecie, evidentemente p ĭ per. z ĭ ng ĭ beri, neutro, come l’identica forma greca è necessariamente accentata sulla seconda sillaba, a differenza del nominativo/ accusativo z ĭ ng ĭ ber, accentato ovviamente sulla prima sillaba. Un’ulteriore forma latina, accolta nelle edizioni moderne del rifacimento tardoimperiale del De re coquinaria di Apicio, è g ĭ ng ĭ ber (cf. in particolare Milham 1969, da cui le concordanze di Striegan-Keuntje 1992), ricorrente anche in numerose glosse medievali. Se l’oscillazione fonetica delle forme latine non lascia tracce significative nelle forme romanze, visto che nelle parole di tradizione diretta -zha lo stesso esito di -dj- (quindi in generale di -g e,i sia nell’Italoromània sia nella Galloromània), più interessante è quella morfologica, e per conseguenza accentuale, che ha interessanti ripercussioni sugli esiti romanzi. La loro struttura prosodica fa infatti intravvedere due distinte filiere: una procedente da una base quadrisillaba, pseudoaccusativale (non diversamente da quanto accade per gli esiti di p ĭ per del tipo pévere) accentata sulla seconda sillaba (*z ĭ ng ĭ berem se non proprio z ĭ ng ĭ beri), e una procedente dalla base neutra nominativale/ accusativale trisillaba (-ber) accentata sulla prima sillaba, che come vedremo è presupposta dall’esito toscano. Se dunque la voce in questione, accolta dal greco in latino, segue un destino simile a quello di altri grecismi, tipo cappar (o appunto p ĭ per, per cui la mediazione del greco non è però altrettanto sicura), essa «a été fléchie sur le modèle des thèmes consonantiques neutres du type cadauer, -eris, papauer, -eris» (come osserva Biville 1995: 248), le quali voci erano parossitone al nominativo-accusativo, laddove z ĭ ng ĭ ber è un proparossitono, ossia un particolare tipo di imparisillabo ad accento mobile. 2. Forme galloromanze e iberoromanze Come osserva Walther von Wartburg, «gingiber lebt weiter in ait. gengeri Z 45, 576 3 , gengevo, zenzovero, it. zenzero, piem. zenser, apiem. zanzevra KrJber 7, 157, alomb. çençauro AGI 12, 440, agen. zenzavro AGI 10, 147, akat. gingibre, gingebre, kat. agengibre, sowie im gallorom.» (FEW 14: 664). Accanto a forme antiche come gingivre, gengevere, nonché all’antico provenzale gingebre, gingibre, gengibre, si hanno dunque in mediofrancese forme con due z Sugli esiti di z ĭ ng ĭ ber 61 4 Non mi sembra in effetti persuasiva la pur ingegnosa ipotesi di Nigra 1898: 282, che spiega il termine francese, e le molte forme affini galloromanze, come «riflessi di un composto assai notevole per l’antichità del suo accento, e cioè *gel í vitrum, ‘gelo-vetro’ o ‘vetro-ghiaccio’». (tipo zinzembre), spiegate da von Wartburg col fatto che «im 15. und 16. jh. hat man sich der ältern lt. form zinziber wieder erinnert, und hat darnach fr. gingembre umgestaltet, zum teil nur im anlaut, zum teil auch in zweiten vokal». Né il FEW, né il DEAF nel suo ricchissimo articolo dedicato a gingembre (a firma di Albert Gier) distinguono però tra voci discendenti dalla forma con accento sulla prima e forme con accento sulla seconda sillaba, per la buona ragione che tutti gli esiti galloromanzi ricadono in quest’ultima fattispecie, sia che si parta da z ĭ ng ĭ beri/ -bere, sia che si presupponga già una forma sincopata zingibr-, per l’usuale trattamento della sequenza di muta cum liquida. La voce è assimilata, dal punto di vista dell’inquadramento morfologico, ai neutri del tipo marmor. Gli esiti galloromanzi presentano tuttavia varie anomalie, a partire dall’oscillazione (tra e ed i) delle vocali delle prime due sillabe: se per l’atona iniziale si tratta di una perturbazione poco significativa, per la vocale tonica siamo dinanzi a uno dei fenomeni che inducono il DEAF a commentare: «gingembre, nom d’une épice recherchée, a pu subir des altérations profondes dans la bouche des marchands et des clients». Il che è certamente vero, ma non può esimere dal tentativo di dare una spiegazione a ciascuna delle alterazioni stesse: tanto più che, come il DEAF stesso ricorda, citando Heyd 1923: 619, «au Moyen Âge, le gingembre était une des épices les plus connues: son emploi était presque aussi général que celui du poivre». Il passaggio da e a i della vocale tonica in questa voce sembra registrarsi con particolare frequenza nelle varietà occitaniche, dalle quali come vedremo irradiano probabilmente le forme iberoromanze. Esso non ha ancora ricevuto una conveniente spiegazione. Si potrebbe pensare a un innalzamento favorito dalla consonante palatale precedente, o in alternativa all’influsso - favorito dall’inusuale struttura del termine in questione, e dalla sua opacità etimologica - di altre voci, quali il nome del ginepro (che in numerose varietà francesi meridionali e occitaniche presenta forme con i, tipo genibre, accanto a quelle con e , ĭ , tipo ginebre: l’interferenza tra i nomi galloromanzi del ginepro e quello dello zenzero è del resto spesso richiamata dai dizionari, a partire dal Levy, Suppl., poi FEW e DEAF), o ancora le forme antiche corrispondenti al francese moderno givre ‘brina’, che nelle varietà galloromanze meridionali e nel catalano oscilla parimenti tra forme con e (gebre) e forme con i (il tipo gibre) 4 . Quanto al suono nasale nella seconda sillaba di gingembre, esso ha invero ricevuto puntuale attenzione. A descriverlo come un inserto nasale anetimologico affine a quello che si osserva in varie altre voci galloromanze, fu già Michaëlis 1876: 246, richiamando in parallelo le forme francesi cambuse e lambruche. Successivamente, Balcke 1912: 37 raccoglieva documentazione ancora più ampia nel quadro di uno studio sulle nasali anorganiche nel francese antico, e classificava la voce in questione tra i casi di «Nachklang eines Nasals von Silbe zu Silbe»: una sorta di Lorenzo Tomasin 62 assimilazione progressiva, insomma, provocata dalla nasale della prima sillaba e analoga a quella che si osserva in forme francesi antiche come ainsin, ainsinc, ensin, ensinc equivalenti ad ainsi, o in altre voci più rare come venrendi ‘venerdì’, per cui Balcke rinviava a varie attestazioni del Godefroy. Ancor più pertinenti, forse, degli esempi appena richiamati mi paiono due fitonimi foneticamente simili a quello di cui discorriamo, cioè il riflesso di c ŭ c ŭ mis nel fr. concombre , cocombre (di provenienza occitana, cf. FEW 2: 1457-58), e alcuni esiti galloromanzi semidotti del grecismo biblico zizania, per cui è documentato un tipo con reduplicazione della nasale molto diffuso anche in Italia settentrionale (zenzania/ zinzania): di nuovo dal DEAF (Rheinfelder) traggo il francoprovenzale (vodese) s suná, la forma zeinzena attestata per Aigle, mentre per Nizza e per il linguadociano rispondono i mediofrancesi zinzagno e zinzanío. La somiglianza col tipo gingembre fa pensare a un analogo processo di formazione (progressivo anziché regressivo, ma in contesto fonetico molto simile), che dà ancor maggiore sostanza alle ipotesi di Balcke. Ad ulteriore rincalzo aggiungeremo che una forma come gegimbre, attestata in un manoscritto lorenese della fine del Trecento edito da Meyer 1886: 183 mostra una tendenza alla metatesi della nasale (dalla prima alla seconda sillaba) che sembra ben conciliarsi con l’ipotesi di una sua reduplicazione, ossia dell’eco di cui parla Balcke. Sono comunque le forme galloromanze prive di inserto nasale, e segnatamente quelle occitaniche, a costituire il presupposto di quelle iberoromanze. Secondo il DCECH s. jengibre, «la forma castellana parece haberse tomado de otro romance, probablemente de oc. ant. gingibre», anche se «también podría venir del catalán, donde gingibre se halla en el s. XV, junto a gingebre. En todo caso no es de creer que sea forma castiza en castellano, pues tendríamos *enzebre, como resultado de gingiber». Assieme alla derivazione diretta dal latino, occorrerà escludere per le forme iberoromanze (compreso il portoghese gengibre) l’ipotesi dell’arabismo. Già Eguilaz y Yanguas 1886: 68 si pronuncia persuasivamente contro l’origine araba del termine castigliano; e se ancora Machado 1956 e Corriente 2003: 334 rigettano tale possibilità per ragioni legate all’accento (che s’attenderebbe sull’ultima sillaba in caso di provenienza dalla voce araba), occorrerà aggiungere che anche il trattamento delle consonanti nelle voci iberoromanze non sembra compatibile con il termine arabo, in particolare per quanto riguarda la consonante iniziale di quest’ultimo (fricativa predorsodentale sonora) che negli arabismi spagnoli è normalmente resa da affricate dentali (modernamente evolute nell’interdentale ciceante), non dalla fricativa cui rinviano tanto le scrizioni antiche, quanto le moderne pronunce. Le due forme assestatesi modernamente nello spagnolo e portoghese (jengibre, gengibre) e nel catalano (gingebre) ripropongono la caratteristica oscillazione dei timbri vocalici che, come mostrano le attestazioni antiche offerte dal DCECH e da Machado 1956 (s.v.), riflettono quelle presenti nei modelli galloromanzi. Questi ultimi, dunque, si confermano come la plausibile fonte delle voci in uso nella penisola iberica, nella quale significativamente non emergono voci sdrucciole simili a quelle che caratterizzano, con varie soluzioni, il dominio italoromanzo. Sugli esiti di z ĭ ng ĭ ber 63 5 TLIO (sito verificato il 10 febbraio 2016) lemmatizza distintamente géngiovo e zenzévero, e include sotto quest’ultima voce le forme settentrionali del tipo çençavro (entrambe le voci si devono a Francesca Faleri). Occorrerà aggiungere che alla voce zenzévero del TLIO è impropriamente ascritta la voce veneta çenevraro (dal Serapiom), che è evidentemente un ‘ginepro’. 6 Merlo 1948: 28: «Lo nz di zènzero, e degli antichi zenzàvero, -overo, -evero zingiber (gr. ziggíberis) RetW., 9619 si spiegherà da assimilazione regressiva (v. l’assimilazione contraria in gengiovo, gengevo)». Similmente, Bocchi 1991: 163 su gengebro: «forma con assimilazione da zingiber». 7 In compenso, proprio da una fonte toscana quale l’archivio dei Gallerani proviene la forma gençovo, con palatale nella prima sillaba e dentale nella seconda, che ricavo dal TLIO. 8 Mi sembra dunque irricevibile, a fortiori data la spiegazione che si darà oltre della forma italiana comune, l’ipotesi formulata da Flechia 1874: 197 che le voci appena citate fossero originariamente piane (gengévo, gengióvo: e come si spiegherebbe la vocale di quest’ultima forma? ) essendo «apocopate», mentre géngero, zénzaro e zénzero (pur riconosciuta come forma «ven.») risulterebbero voci «sincopate». 3. Forme italoromanze La distribuzione delle forme che ci interessano nei testi italoromanzi antichi interrogabili grazie alla base dati dell’OVI e al vocabolario del TLIO (che pure adotta un criterio di raggruppamento non del tutto idoneo a rappresentare tale distribuzione 5 ) consente di distinguere con chiarezza gli esiti in tre famiglie ben caratterizzate: quella meridionale, quella toscana e quella settentrionale. Le forme attestate nei testi meridionali antichi sono (a parte un’unica eccezione: la forma gengerva che figura nella Mascalcia del Rusio, e vari latinismi crudi) quadrisillabe accentate evidentemente sulla seconda (come le forme galloromanze sopra esaminate), con affricata dentale nella prima e nella seconda sillaba e con vario trattamento della consonante occlusiva labiale della penultima: si tratta evidentemente di cultismi, come il tipo napoletano çinçìbaro (attestato ad es. dal Regimen Sanitatis edito da Mussafia 1854 e nei volgarizzamenti del Moamin studiati da Glessgen 1996) e quello siciliano rappresentato ad es. dallo czinzìparu del volgarizzamento del Thesaurus pauperum edito da Rapisarda 2001. In Toscana domina invece il tipo trisillabo fiorentino géngiovo (usato anche da Boccaccio), con le varianti pisane zénzavo e zénzamo. Géngiovo appare il legittimo esito popolare toscano di una voce accentata sulla prima sillaba, cioè il neutro g ĭ ng ĭ ber. Per quanto riguarda le due consonanti affricate, non mi sembra necessario spiegare, come fa Merlo 1948: 28, le forme con due g a partire dalla base z ĭ ng ĭ ber per assimilazione regressiva avvenuta in àmbito romanzo 6 : forme preservate da tale ipotetica tardiva assimilazione (cioè con affricata dentale nella prima sillaba e affricata palatale nella seconda) non risultano in effetti attestate in Toscana, per cui si potrà partire anche qui, come suggeriva von Wartburg, direttamente da una base con g- 7 . Per quanto riguarda la vocale finale delle voci toscane, nella variante gengiove (attestata ad esempio nel Milione toscano e nel ricettario fiorentino trecentesco edito da Morpurgo 1890), si osserva forse la forma che meglio corrisponde a questo etimo, con -e regolarmente da -ER 8 . La più comune variante con -o finale, mostra Lorenzo Tomasin 64 9 Come per altri nomi neutri di vegetali e materiali commestibili, non mancano peraltro nei testi toscani antichi allotropi che fanno pensare a un’oscillazione nel genere, come il giengiova occasionalmente impiegato dal mercante senese Andrea de’ Tolomei (fine del secolo XIII) e il gengova che occorre nel Mattasalà pure senese (da confrontarsi con l’antico piemontese zanzevra segnalato da Salvioni 1902-03: 157 e con la citata gengerva della Mascalcia di Rusio, ed. Aurigemma 1998: 188). 10 Gengevo occorre nella redazione toscana dell’Itinerarium di Odorico da Pordenone (Andreose 2000: 140, 153, 161), giengievo nelle fiorentine ricette di Ruberto di Guido Bernardi (occorrenza ricavata dal corpus TLIO, che si basa sull’ed. Giannini 1898: 39). 11 Si tratta dei testi ed. da Bacci 1910: I, 157 e del Palladio volgare ed. da Zanotti 1810: 181. un trattamento rilevabile anche in vari altri imparisillabi della terza declinazione, come orafo da aurifex tràmite un *aurifus (lucchese antico orifo, Paradisi 1989: 53), oppure cespo , caespes 9 . Per quanto riguarda la vocale postonica, pur essendo documentate anche forme con e (gengevo e giengievo) 10 , il più frequente tipo con o si spiegherà per una tendenza all’assunzione del timbro velare medio in quella posizione dei proparossitoni. Il fenomeno è particolarmente frequente in Toscana davanti a / l/ (tipo debole, fievole, nespolo, agnolo, utole, nobole, Rohlfs 1966, §139), ma per lo stesso passaggio davanti a / v/ soccorre ad es. la voce anche fiorentina cànova alternante con càneva (l’etimo proposto dal LEI è canaba), nella quale in posttonia si produce una velarizzazione analoga a quella normale, in Toscana, nella sede protonica iniziale (e andrà osservato che le forme sdrucciole con -vnella sillaba finale preceduta da vocale palatale sono invero assai rare). Quanto al pisano zénzamo (registrato anche nel dialetto odierno da Pieri 1890- 92: 160), il suo trattamento consonantico potrebbe riflettere un plausibile influsso settentrionale, e quanto alla sequenza finale di zenzamo (o con nasale dentale, gengiano o gengiono, altre forme sporadicamente attestate in testi toscani - non fiorentini - trecenteschi 11 ), lo «scambio di suffisso» ipotizzato già da Pieri andrà meglio dettagliato: a una ragione meramente fonetica qual è l’oscillazione consonantica che si osserva, in Toscana, anche in altre voci sdrucciole come garofalo/ -fano, Cristoforo/ -fano, potrebbe prudentemente accostarsi anche l’influsso lessicale di altri termini simili, cioè i nomi di altre merci come il sìsamo (forma toscana antica per sesamo) e il cénnamo, con i quali lo zenzamo pisano sembra far serie. Per completezza, osserveremo che forme quadrisillabe occorrono occasionalmente anche in testi toscani: si tratta di zezibere, zinzibere e zinzibero, che figurano nel Milione toscano e sono con tutta evidenza adattamenti diretti del latino zinziber. Se dunque mettiamo da parte le occorrenze isolate e almeno apparentemente meno sincere, tra le forme toscane citate quelle pisane appaiono le più simili all’italiana moderna zénzero, che tuttavia non risulta attestata anticamente a Pisa (dove zénzamo, come detto, resiste anche nel vernacolo odierno), e che certo non può discendere in alcun modo dalla forma fiorentina géngiovo. A ulteriore conferma della non autoctonia toscana della voce zénzero sta un elemento d’altra natura, Sugli esiti di z ĭ ng ĭ ber 65 12 Cf. Caracausi 1983: 105. 13 Non mancano peraltro, anche nei testi antichi del Nord, forme quadrisillabe con sicura accentazione sulla seconda, come ad esempio zenzevero e zinzevro attestate nella Tarifa edita da Orlandini/ Cessi 1925 (la datazione post 1345 attribuitagli nel corpus OVI è fuorviante, trattandosi con tutta probabilità di un testo pienamente quattrocentesco, come m’induce un esame autoptico dell’originale conservato all’Archivio di Stato di Venezia, Procuratori di San Marco de ultra, b. 180, commissaria Filippo Marcello, fascicolo 22), nonché in testi quattrocenteschi di provenienza sia settentrionale, sia meridionale (Benporat 1996: 99, 101, 106, 112-15, 118, ecc.). Si tratta evidentemente di forme semidotte modellate sul lat. zinziberi, se non addirittura di adattamenti delle forme galloromanze accentate sulla seconda sillaba. 14 Per i Commemoriali, cf. Tomasin 2013: 28-30 (dove si ha anche çençevre, pur di lettura incerta); per lo Zibaldone da Canal, Stussi 1967: 141 (in cui si ha pure çençebro); per il Serapiom, Ineichen 1966: 232, e per gli Statuti veronesi, Bertoletti 2005: 517, che nel glossario accenta çénçevro sulla prima sillaba, anche se nel commento linguistico (p. 109) annette sorprendentemente la forma ai casi di sincope della sequenza -ver-, non chiarendo l’eventuale derivazione della forma trisillaba da quella quadrisillaba, che ovviamente non avrebbe potuto essere bisdrucciola. 15 I riferimenti sono all’edizione di Morozzo della Rocca 1957, che si è verificata sugli originali, conservati all’Archivio di Stato di Venezia, Sant’Anna di Castello, b. 48. cioè il fatto che ancora oggi essa non indica in Toscana il tubero di cui diciamo, ma il peperoncino rosso: slittamento di significato che evidentemente rinvia a una discontinuità dell’uso, cioè a un’importazione seriore della forma, verosimilmente da Nord, come ora vedremo 12 . Veniamo dunque alle voci settentrionali antiche, tra le quali appaiono particolarmente significative quelle trisillabiche, con una struttura che potrebbe essere interpretata in vario modo 13 . La forma çençevro è la più anticamente e copiosamente documentata nei testi veneziani medievali: essa è attestata fin dal secolo XIII, nella deposizione di Vitale Badoero del 1299 (Stussi 1965: 26), poi nei testi primotrecenteschi riportati nei Commemoriali e nello Zibaldone da Canal. Sempre in area veneta, e alla fine del Trecento, la forma çençevro compare nel padovano Libro agregà del Serapiom, e zenzevro (e çenz-) è negli Statuti veronesi del 1366 14 . Notevole è la situazione testimoniata dalla raccolta veneto-toscana delle Lettere di mercanti a Pignol Zucchello, della prima metà del Trecento, in cui il veneziano-candiotto Moretto Grego indica come çencevro (p. 115), çençevro (p. 116) quello che il fiorentino Vannino Fecini designa di norma come gengiovo (p. 87, 88, 108, 109, 111), giengiovo (p. 104), e una volta, con forma ibrida che quasi certamente risente dell’ambiente del fondaco veneziano di Alessandria d’Egitto (donde Vannino scrive), zeniovo (p. 110); parimenti isolate appaiono anche le forme zinzio, usata dal veneziano Iacomello Trevisan, e zenzovo (p. 123), che occorre nello stesso carteggio due volte in un listino di merci di mano ignota 15 . Considerandola una voce piana, çençevro si potrebbe interpretare come un semplice discendente sincopato della base quadrisillaba, come nel caso degli esiti galloromanzi. Ma a tale interpretazione osta, oltre all’altrimenti inspiegabile accentazione di zénzero, di cui diremo tra poco, anche la presenza di Nebenformen con a Lorenzo Tomasin 66 nella penultima sillaba, cioè çençavro (nel volgarizzamento del Libro de conservar sanitate di Gregorio medicofisico, Tomasin 2010: 27, ma anche, fuori Venezia, nella Parafrasi lombarda del Neminem laedi), difficilmente giustificabili se appunto la voce fosse parossitona (sembra piuttosto trattarsi di uno dei molti casi di passaggio della vocale postonica a una vocale neutra -ache Lausberg 1971, §289 rileva nelle aree della Romània nelle quali non si presentano sincopi sistematiche dei proparossitoni). Si aggiunga che il verso dell’Anonimo genovese «peiver, zenzavro e moscao» (Contini 1960: I, 756) non è dirimente, ma ha tutta l’aria di essere un ottonario con accento di terza (come il seguente e rimante «chi g’è tanto manezao»). Ancora, l’ipotesi che il veneziano antico zénzevro sia sdrucciolo si accorda con le condizioni di uno sviluppo fonetico da -ber, analogo a quello che s’incontra in voci avverbiali come semper, nel numerale quattuor e segnatamente in area veneta in sostantivi maschili come i nominativali in -tor . -(d)ro (tipo via(d)ro , viator, avoga(d)ro , advocator, salvar e salvaro , salvator, cf. Pellegrini 1991: 269, Zamboni 2000: 109), nonché ancor più pertinentemente negli esiti del neutro robur, rovre e rovro, da accostare al milanese edro , iter (in Bonvesin, Contini 1941: 285 e 292). Uno sdrucciolo çénçavre/ çénçevro costituisce l’unico credibile antecedente diretto della forma çénçero (questa certamente sdrucciola già in antico, come suggerisce l’alternanza con çençaro), con riduzione -vr- . -ranaloga a quella appena vista per i tipi in -tor. Le più antiche attestazioni della forma ora italiana comune vengono, direttamente o indirettamente, da Venezia, e sono più alte rispetto alla datazione «av. 1517» per cui DELI s.v. rimanda all’Itinerario di Ludovico de Varthema (ancor più bassa la datazione del DEI, XVII sec.). Con zenzer, zenzero e zenzeri sono persuasivamente sciolte da Melis 1972 (e si veda in particolare la nota paleografica di Elena Cecchi, a p. 574) le abbreviazioni zz, zz o e zz i con tratto obliquo che taglia le due z nelle numerose lettere redatte da mercanti veneziani: se ne trovano esempi (con riproduzione fotografica che consente la verifica) nella lettera di Niccolò Bernardo a Lorenzo Dolfin da Alessandria del 16 marzo 1424 (p. 190), nel listino veneziano datato 1424 conservato nella Commissaria Dolfin all’Archivio di Stato di Venezia (edito ibid.: 318), nella lettera di Michele Morosini a Lorenzo Dolfin da Londra, del 10 dicembre 1441 (p. 188), nella lettera di Antonio Negro a Marco Bembo da Damasco del 21 agosto 1484 (p. 186). Si tratta di forme in ogni caso non dirimenti a causa della peculiare grafia abbreviata. Più interessante, per cronologia e collocazione, è l’occorrenza della forma a piene lettere zenzero (con traduzione tedesca: ymber) nel codice Pal. Germ. 657 della Biblioteca Universitaria di Heidelberg (c. 23r), assegnato nel catalogo della biblioteca ad «Augsburg (? ), um 1420»: si tratta di uno dei glossari veneto-tedeschi studiati da Rossebastiano Bart 1983; che in questo caso le voci italoromanze siano veneziane o al più venete centrali appare suggerito dai numerosi tratti che, presenti (o assenti) in questo codice, oscillano tra Venezia e le varietà della Terraferma Sugli esiti di z ĭ ng ĭ ber 67 16 Regolari sono ad esempio la conservazione di iati secondarî nelle forme tipiche del veneziano quattrocentesco (tipo sabao 4v°, Tomao 6r°, figao 8r°, etc.); la lenizione consonantica nei limiti del veneziano, cioè senza i dilegui tipici del Veneto centrale, ad es. in manzadura, seradura 16r°. Si osservano peraltro anche: la generale assenza di metafonesi, ma con rari controesempi come chupi 14v°; l’esito di -arjoscillante tra -ere -arad es. erbera 9r, boter, bariler 17v°, ma chanevaro 15r°, ongestara 17v°. Quanto alla morfologia, veneziani sono i numerali do, tre 18r°. Vari elementi lessicali rinviano poi inequivocabilmente a Venezia, come ad esempio la serie portego 15r°, chamini, chorte, fundamenta 15v°, ecc. (traggo tutti questi esempi da un’ispezione dell’originale, che è stato digitalizzato ed è consultabile in linea nel sito della Biblioteca Universitaria di Heidelberg, http: / / digi.ub.uni-heidelberg.de). 17 L’edizione del testo, latore della redazione siglata VA del Milione, si legge ora anche nel sito dell’edizione digitale di G. B. Ramusio, Simion/ Burgio 2015. 18 La forma in questione si trova rispettivamente nelle iscrizioni numerate 348 e 549 dell’edizione Falchetta in c.s. Ho verificato entrambe le occorrenze su una riproduzione digitale dell’originale (ringrazio Piero Falchetta per avermela fornita). 19 Si veda ad es. il Dialogo di duoi villani padoani edito da ultimo da Milani 1997: 442: «bocca de zenzero e pimento». 20 Ne rintraccio esempi nel Libro de la natura di cavalli di Ruffo edito da Sessa nel 1502 (p. 29), nel volgarizzamento di Guglielmo da Saliceto (Guielmo vulgar) (p. [171r]) uscito il 23 aprile 1504 a Venezia, s.n.t., nel Collectorio de la cirogia composto per el clarissimo doctore maistro Guidone de Gauliaco, volgarizzamento di Guy de Chauliac stampato da Donnino Pinzi nel 1505 (p. xcviv°), ad essa più prossime 16 . Il codice è comunque materialmente redatto da una mano tedesca, che tutto lascia credere immune dalla conoscenza d’altre varietà italiane rispetto a quelle d’area veneta. Ancor più puntualmente localizzabili sono le attestazioni di çençero nel Milione veneto trasmesso dal codice CM 211 della Biblioteca civica di Padova, databile al 1435 e descritto dagli editori Barbieri/ Andreose 1999: 71 come «un limpido esempio di veneziano quattrocentesco» 17 ; di poco successiva, e ancor più nettamente veneziana è la duplice occorrenza della forma çençero (una volta con abbreviazione della nasale, e una a piene lettere) nel Mappamondo di fra’ Mauro, databile attorno al 1450 e conservato alla Biblioteca Marciana di Venezia, testo sicuramente veneziano (sebbene sia ignoto il luogo di nascita dell’autore, che visse e operò nel monastero di S. Michele di Murano) 18 . Anche il Dizionario veneziano cinquecentesco di Cortelazzo 2007 dà esempi di zénzari (al plurale) già dal secolo XV (dai Diarî di Priuli e da quelli del Sanudo), senza tuttavia render conto dell’esatta grafia. Nel secolo XVI, zenzero è forma consueta a Venezia, e propriamente locale, come mi sembra suggerire la sua duplice apparizione - questa volta in grafia non abbreviata - nelle edizioni a stampa delle Lettere di Andrea Calmo, cioè nel capolavoro della prosa veneziana cinquecentesca (lettera XXXIV del libro I, 1547, e lettera XXXIII del libro II, 1552). Nel corso dello stesso secolo, la medesima forma compare non solo in varie altre opere della letteratura dialettale veneta 19 , ma anche in vari trattati medici e ricettari a stampa, scritti in italiano e stampati a Venezia 20 : per questa via è verosimile che essa si sia definitivamente insediata anche nella lingua comune. Lorenzo Tomasin 68 nel volgarizzamento del De honesta voluptate et valetudine del Platina edito sempre a Venezia, s.n.t. nel 1508 (p.lxvr°); nell’isolario di Benedetto Bordone (Libro ... nel qual si ragiona de tutte l’isole del mondo) uscito dallo Zoppino nel 1528 (p. xiiv°). 21 Ancora secondo Wilhelm 2013: 232 «Ungeklärt bleibt hierbei die Genese des vokalischen Anlautes im Deutschen». Osserva Ross 1952: 21 che «a similar loss is found in other words, and the phenomenon has not been entirely explained: cf. MnHG. Enzian (Swiss. dial. also jentsjan , Lat. gentiana ‘gentian’)». A ulteriore conferma della sua non toscanità originaria, nella prima impressione del Vocabolario degli Accademici della Crusca (1612) la forma zenzero è assente sia nel lemmario, sia nelle spiegazioni delle voci. Vi si trova, ovviamente, l’entrata gengiovo, chiosata «aromato di sapore simile al pepe». Zenzero entrerà come voce autonoma (accompagnata dalle varianti zenzevero e zenzovero) nella terza impressione (1691), chiosato - com’è facile attendersi - «gengiovo». Con un décalage cronologico usuale nella tradizione lessicografica cruscante, il Vocabolario recepiva in tal modo l’ingresso di una forma non toscana (cioè veneziana) nella lingua letteraria, pur non chiarendone l’origine geografica, rimasta poi generalmente ignota alla lessicografia italiana, con poche eccezioni che non sembrano aver ricevuto eco adeguata: tale è ad esempio il caso della Prosodia italiana, ovvero l’arte con l’uso degli accenti del palermitano Placido Spatafora (edita per la prima volta a Palermo nel 1682, poi più volte ristampata fino al sec. XIX), che classificava la voce zenzero come sdrucciola («p.b.», cioè «penultima breve»), e la indicava come settentrionale («voc. Lombar.»: ho consultato la terza edizione, Venezia 1692). 4. Da esotismo orientale a anglicismo camuffato Dopo aver ripercorso una minima parte dei problemi fonetici e morfologici posti da un così avventurato Wanderwort, converrà soffermarsi su alcune vicende della circolazione extra-romanza di un termine che anche alle lingue germaniche (ad esempio al tedesco: Ingwer 21 ) giunge più o meno direttamente attraverso il latino, e che ad alcune lingue romanze arriva, curiosamente, per tramite di lingue d’altra famiglia. Tale è, a quanto pare, il caso del romeno ghìmber, che si suppone mediato dall’ungherese, mentre la forma imber proviene allo stesso romeno dall’ucraino imbir (Leschber 2011: 33). Ma è anche il caso del neogreco τζίντζερ , evidentemente rifoggiato sull’inglese ginger: un cavallo di ritorno che solo in epoca recente ha soppiantato la voce popolare πιπερόριζα . La voce inglese ginger è in effetti oggigiorno la più produttiva tra quelle delle quali qui ci occupiamo: essa deriva da quella francese (priva d’inserto nasale), e l’accento sulla prima sillaba è dovuto a ragioni interne alla lingua d’arrivo (non si tratta, insomma, di un nuovo riflesso del tipo trisillabo latino). La grande fortuna del prodotto nella cucina e nella tradizione erboristica britanniche ha favorito l’arricchimento semantico per via d’uso traslato del termine: Sugli esiti di z ĭ ng ĭ ber 69 il verbo to ginger nel senso di ‘ravvivare’, ‘stimolare’ esprime una metafora che riecheggia più sporadicamente anche in varie lingue romanze (in francese si ha ad es. gingembre nel senso di ‘persona aggressiva’: TLFi, con un esempio da Huysmans; e per l’italiano il GDLI riporta zenzero nel senso di ‘modo particolarmente vivace e brioso di comportarsi’, con un esempio da Zena). Sebbene l’interno del tubero in questione sia, in natura, di un colore giallo simile a quello della patata, e sebbene i prodotti che se ne ottengono svarino dal colore bruno del gingerbread (di cui diremo tra poco) a quello biondo dorato dell’analcolica ginger beer, la colorazione arancione assunta - per un processo d’ossidazione - in alcune bevande e composti ha favorito l’uso del termine come appellativo per persona dai capelli rossi e dall’incarnato lattiginoso: un impiego che l’OED considera ancora gergale e spregiativo, ma che che mostra di essersi già ben acclimato in espressioni che riguardano oggetti o animali (ginger fur, ginger cat). Quanto al gingerbread, tale denominazione è uno pseudo-composto, derivando per falsa ricostruzione dal francese gingembras (FEW XIV: 663), fattispecie di un tipo attestato in tutte le lingue romanze occidentali (antico occitano gingibrat, catalano gingebrat): l’italiano zenzeverata (attestata a partire dal secolo XIII) presenta forme con affricate dentali e con t scempia anche nei testi antichi toscani ed è un gallicismo (Cella 2010: 84-85), probabilmente rimodellato sulle voci settentrionali, non troppo diversamente da quanto accade con il tipo peverada, frequentissimo al nord e diffuso in veste fonetica settentrionale (in questo caso con suffisso -ata) anche nei testi toscani. Zenzoverata è in effetti termine registrato (con o protonica velarizzata di tipo propriamente toscano) già dalla prima Crusca nel significato generico di ‘composto di più ingredienti medicinali’ (con esempi dal Crescenzi e da Maestro Aldobrandino toscano), cui nella quarta impressione del Vocabolario si aggiunge un significato ancor più estensivo: «E figuratam. per Mescuglio di cose imbrogliate, e confuse indicato dalla rozzezza del nome» (con spiegazione che si direbbe fonosimbolica), per cui si dà un esempio dal quattrocentista Bernardo Bellincioni. Prima di essere paretimologicamente equivocato nella forma inglese gingerbread (o in contemporanea con quello slittamento), il termine zenzoverata conosceva dunque anche nell’Europa continentale uno spostamento di significato che riflette, evidentemente, l’ampio uso popolare. Anziché trattarsi di parola rara come supponeva Mancini 1992: 99, il termine di cui discorriamo sembra dunque aver conosciuto un’ininterrotta e popolarissima vitalità nelle lingue europee, come mostrano sia le sue vicissitudini fonomorfologiche, sia quelle semantiche. Se il latino (e forse il greco, nell’Italia meridionale) è stato il suo principale vettore d’ingresso nelle lingue dell’Europa medievale, prima che provenzale e francese ne favorissero la diffusione rispettivamente in Spagna e in Inghilterra (senz’alcuna documentabile interferenza dell’arabo), giusto l’inglese ne ha rilanciato, per un curioso percorso geolinguistico, la pur limitata produttività lessicale nella fase più recente delle lingue europee. Così, il composto pan(e) di zenzero (fr. pain de gingembre - più raro di pain d’épices - sp. pan de jengibre, etc.) sembra avere atte- Lorenzo Tomasin 70 stazioni solo piuttosto recenti nelle lingue romanze, e chiara derivazione inglese. Se i dizionari storici non aiutano, la prudente e certo non risolutiva consultazione di Google Books offre come prima occorrenza francese del nesso «pain de gingembre» un passo dell’Histoire générale des voyages (1746-59) dell’abbé Prévost, traduzione-rifacimento della New general collection of voyages and travels di John Green; e il più antico esempio italiano rintracciabile nello stesso modo per «pane di zenzero» viene da una traduzione del Dizionario universale di Efraim Chambers, pubblicata a Venezia nel 1749, in cui si legge (s. zenzero): «Pane di Zenzero, Gingerbread presso gli Inglesi, una sorta di pane ricco e regalato, il di cui sapore, e fragranza, è esaltato e migliorato col mezzo di spezie, e particolarmente di zenzero; onde il suo nome» (p. 248). Per lo spagnolo, «pan de gengibre» è semplicemente la traduzione di Gingerbread nel Diccionario nuevo de las dos lenguas española e inglesa di Thomas Connelly, uscito a Madrid (Imprenta Real) nel 1798 (s.v.). Si tratterebbe insomma di un caso insolito di calco lessicale basato su un termine che a sua volta discende, per falsa ricostruzione, da un lemma già presente nella lingua d’arrivo: dal fr. genge(m)brat all’ingl. gingerbread, rientrato appunto come pain de gingembre. Il termine italiano gingerino, nome commerciale d’un aperitivo analcolico rosso-arancione prodotto da una ditta di Recoaro, nel Vicentino, ma già assunto in letteratura grazie all’uso straniato e anacronistico che (con iniziale minuscola, come per un nome comune) ne fa Alberto Arbasino in Super-Eliogabalo (1978), è forse l’ultimo episodio d’una derivazione suffissale che ormai non parte più né da basi esotiche, né da etimi latini, ma direttamente da una lingua, l’inglese, in cui il termine giunge dopo una catena ormai lunga di prestiti e di adattamenti. Lausanne Lorenzo Tomasin Bibliografia Andreose, A. 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El análisis llevado a cabo nos permite caracterizar el marcador discursivo be’ como un recurso utilizado por el hablante tanto para la gestión de las acciones, como de las secuencias y de los tópicos conversacionales. Keywords: Discourse markers, Turn-taking, (Non) responsive turns, Projection, Evaluations, Conversation analysis 1. Introduzione Questo studio 1 si propone di documentare la ricorrenza di be’ 2 nella conversazione spontanea. L’articolo è incentrato in particolare sull’uso di be’ come prima componente del turno di parola e mira a integrare gli studi di impostazione discorsiva e pragmatica sin qui compiuti su questo segnale discorsivo (Bazzanella 1994). Adottando una prospettiva interazionale, radicata nell’analisi della conversazione e nella linguistica interazionale, questo contributo permetterà di riconoscere nell’elemento be’ una risorsa che i parlanti utilizzano nell’organizzazione dell’interazione sociale. Unanimemente descritto come interiezione dai dizionari e dalle principali grammatiche della lingua italiana (Serianni 1989, Prandi/ De Santis 2011, Dardano/ Trifone 1985, Trifone/ Palermo 2014, Patota 2006, Renzi/ Salvi/ Cardinaletti 1995), be’ assumerebbe «valori» che vanno dal concessivo, al conclusivo, all’avversativo e all’interrogativo 3 . In questo studio, be’ viene tuttavia ascritto a quella 1 Vorrei esprimere tutta la mia gratitudine a Elwys De Stefani per i preziosi commenti e l’incoraggiamento costante. Ringrazio anche gli anonimi revisori che, con le proprie osservazioni, mi hanno consentito di migliorare il manoscritto in alcuni aspetti cruciali. Errori e inesattezze sono da addebitare unicamente a me. 2 La grafia scelta in questa sede è be’, ma esistono anche altre attestazioni: tra queste beh, bhè, bè e bèh. Nella citazione di esempi tratti da altri studi, sarà tuttavia utilizzata la grafia originale. 3 Nello Zingarelli 2015: 258 be’ è così descritto: bèh / b ɛ : / o (fam.) be’ [da be(ne); av. 1400] inter. (colloq.) con valore discorsivo, in breve, insomma: ‘Che ne pensi? ’ ‘Beh, è un po’ presto per Franco Pauletto 74 dare un giudizio’ | con valore conclusivo o interr., ebbene, e così, e allora, dunque: beh! fate voi; beh! hai ragione tu! ; beh, andiamocene! ; beh, cosa vuoi? ; beh, cosa vogliamo fare? ; beh, che ve ne sembra? | con valore avversativo, però: beh (anche ripetuto: beh, beh), piano con certi discorsi! Anche nella loc. e beh: e beh, non mi pare una novità ... 4 Le convenzioni di trascrizione sono riportate in appendice a questo articolo. 5 Sono numerosi, poi, gli studi che analizzano i fenomeni di grammaticalizzazione dei segnali discorsivi, che si manifestano, tra l’altro, nella loro riduzione fonologica (evidente nel caso di be’ rispetto a bene); cf. Bazzanella 2010 e De Stefani 2016. categoria di parole ed espressioni che nel corso degli ultimi decenni sono state variamente denominate, in ambito italiano, come segnali discorsivi (Bazzanella 1994, Khachaturyan 2011), demarcativi (Berretta 1994), marcatori discorsivi (Contento 1994), marcatori della conversazione (Stame 1999) o particelle discorsive (Andorno 2003). Bazzanella 1994: 150 ha efficacemente descritto i segnali discorsivi come «quegli elementi che, svuotandosi in parte del loro significato originario, assumono dei valori aggiuntivi che servono a sottolineare la strutturazione del discorso, a connettere elementi frasali, interfrasali, extrafrasali e a esplicitare la collocazione dell’enunciato in una dimensione interpersonale, sottolineando la struttura interattiva della conversazione». A titolo di esempio, un frammento tratto dai dati sottoposti ad esame: (1) (InterIta, Paolo & Natale) 4 01 PA: .hhh e secondo te quali sono le, (.) 02 differenze principali fra questi due paesi. 03 (1.7) 04 NA: be’, (0.5) sono tante. (0.2) sono vera↑mente 05 tante. Questo estratto - che verrà discusso in dettaglio al §5 - illustra un’occorrenza di be’ nel turno di Natale (NA). In chiave pragmatico-funzionale, e seguendo il modello di Bazzanella 1994, 1995, il be’ della r. 04 potrebbe essere descritto come «segnale di presa di turno», poiché è l’elemento con cui il locutore avvia il proprio turno, ma anche come «demarcativo», ovvero come un elemento che permette al parlante di strutturare il proprio discorso. Tale «polifunzionalità» dei segnali discorsivi è, in effetti, uno dei perni della teoria avanzata da Bazzanella 1995. Benché non ci sia nessun accordo tra i linguisti sulla natura di questi elementi linguistici, alcune caratteristiche comuni ai segnali discorsivi sembrano emergere dalla letteratura: tra queste, l’assenza di un contenuto proposizionale autonomo, il fatto che talora si tratta di elementi non appartenenti a una categoria grammaticale tradizionale, l’integrazione sintattica debole rispetto all’enunciato che li ospita, una ricorrenza in posizione iniziale, mediana o finale del turno di parola (Bazzanella 1995), e la loro frequente realizzazione in unità prosodiche autonome (Heritage 2013, Bazzanella 2001, Bolden 2015) 5 . L’obiettivo di questo articolo è di andare oltre la prospettiva funzionale, predominante negli studi precedenti, e di analizzare be’ tenendo conto Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 75 delle contingenze interazionali e sequenziali in cui emerge. A questo scopo, ci si avvale degli strumenti metodologici offerti dall’analisi della conversazione e dalla linguistica interazionale. Ciò implica un allargamento del focus analitico dal singolo elemento morfologico alle azioni che i partecipanti all’interazione compiono servendosi della risorsa be’. Ampliamo pertanto lo sguardo al contesto sequenziale in cui queste azioni sono osservabili, per cercare di rispondere a una domanda che funge da cardine nella ricerca di stampo etnometodologico: why that now? (Schegloff/ Sacks 1973: 299, Fele 2007: 26). In altre parole, e in rapporto al fenomeno che ci interessa maggiormente in questo articolo, perché una persona dice be’ in un momento specifico? Il presente studio non si propone tanto di offrire una panoramica esaustiva degli usi in interazione di questa risorsa discorsiva, quanto di rispecificare e contestualizzare i risultati degli studi anteriori, aggiungendo nel contempo un nuovo tassello con la descrizione del marcatore in un contesto sequenziale e discorsivo in precedenza trascurato (cf. in particolare §6). Prima di procedere all’analisi, sarà utile riassumere alcuni risultati emersi dalla ricerca precedente su be’. 2. Studi precedenti su be’ Considerando l’alta frequenza di be’ nel parlato spontaneo, colpisce la scarsità di studi che i linguisti hanno dedicato a questo segnale discorsivo. Poggi 1981, 1995 annovera be’ (o beh, secondo l’autrice) tra le interiezioni, proponendone un’analisi in chiave pragmatica. L’autrice osserva che be’ può assumere due differenti funzioni - espositiva ed esercitiva - che in comune hanno l’espressione di perplessità del parlante di fronte a un problema pratico. Tuttavia, mentre con il be’ espositivo un parlante segnala indecisione, il be’ esercitivo è interrogativo e viene utilizzato in «situazioni di incomprensione o di disappunto» (Poggi 1995: 421). Vediamo alcuni esempi: (2) be’ espositivo (Poggi 1995: 421, es. 39) [A, indeciso davanti a un vassoio di paste: ] Beh ... prendo questa. (3) be’ esercitivo (Poggi 1995: 421, es. 43) [A, vedendo che B sta portando via tutte le sedie di una stanza (azione per A molto strana) chiede: ] Beh? Mentre nell’es. 3 l’incomprensione deriverebbe da un’aspettativa insoddisfatta, nel caso seguente il parlante risponde con un be’ a un’aspettativa violata, veicolando in tal modo stupore: (4) be’ esercitivo (Poggi 1995: 422, es. 46) [A è ansioso di vedere la partita, ma il televisore non si accende. Sgomento, A esclama: ] Beh? Come mai non s’accende? Franco Pauletto 76 6 Abbiamo adattato l’esempio sostituendo le convenzioni di trascrizione di Bazzanella 1994 con quelle usate per la trascrizione dei nostri dati (così anche per l’es. 7). Di primo acchito si può notare che, da un lato, la categorizzazione avanzata dall’autrice si basa sull’individuazione di possibili implicature soggiacenti (cf. Grice 1975); dall’altro, che la quantità di informazioni contestuali - non verbali - che si rivelano necessarie per l’interpretazione degli usi specifici è davvero considerevole. Inoltre, nei casi appena visti l’inquadramento sequenziale dei turni di parola riportati è del tutto assente. Il lavoro di Poggi 1981 è certamente pionieristico perché affronta in modo sistematico le interiezioni, elementi tradizionalmente ignorati nell’ambito della ricerca linguistica italiana (ma cf. già Spitzer 2007 [1922]). Le analisi sviluppate dall’autrice non permettono tuttavia di osservare il modo in cui i parlanti usano be’ nelle conversazioni spontanee, non solo perché in molti casi si basano su turni di parola isolati dal loro habitat conversazionale, ma anche perché non sempre viene attestata empiricamente la provenienza dei dati analizzati. Focalizzandosi sulle funzioni che be’ può assumere nell’interazione, Bazzanella 1994, 1995 lo descrive come una risorsa con cui i parlanti avviano un turno di parola. L’autrice osserva tale uso in particolare nei turni di parola con cui il parlante risponde a una domanda precedente. Avviando il turno con be’, il locutore rende riconoscibile la propria risposta come inadeguata o in qualche modo poco pertinente, come nel caso seguente, tratto dal noto romanzo di Giorgio Bassani: (5) (Bazzanella 1995: 234, es. 44) «Li hai disegnati tu i mobili? » «Beh no: li ho copiati un po’ da Domus e da Casabella e un po’ da Studio, sai, quella rivista inglese ...» (G. Bassani, Il giardino dei Finzi-Contini, Torino 1962: 105) Bazzanella 1994, 1995 ascrive un’ulteriore funzione a be’, ovvero quella di meccanismo di interruzione, che sottolinea nel contempo la parzialità dell’accordo con l’interlocutore (1994: 170). L’autrice illustra tale funzionamento con il frammento che segue, tratto da una trasmissione radiofonica. A e B sono i presentatori, mentre C è un ascoltatore che partecipa a un gioco il cui scopo è indovinare una frase misteriosa: (6) (Bazzanella 1994: 170, es. 67) 6 01 A: ti butti subito? 02 C: sì (.) [sì ] 03 B: [be’] in teoria non avresti diritto alle domande però, Sebbene l’autrice non fornisca un’analisi dettagliata dell’estratto, si può osservare come B avvii il proprio turno di parola in sovrapposizione con il turno dell’ascoltatore al telefono, esprimendo disaccordo (v. il «però» alla fine del turno) con il fatto che A ha appena fatto una domanda a C (a cui non avrebbe diritto «in teoria»). Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 77 In prospettiva comparativa, Magazzino 2007 ha poi confrontato l’uso dell’italiano be’ con lo spagnolo bueno, mettendone in luce differenze e punti in comune. In particolare, l’autore descrive be’ come un’interiezione dal valore finale, e riporta il seguente esempio: (7) (Magazzino 2007: 212, es. 24a) 01 AMB: eh certo che a Parigi (.) dev’essere tutt’un’altra cosa. 02 DED: a Parigi ho visto una mostra di Cézanne (..) beh (.) guardate 03 (.) per me (.) è stato un momento decisivo. Nel caso specifico, be’ affiorerebbe in un momento conversazionale in cui gli interattanti si stanno orientando verso la chiusura dell’argomento in corso o della conversazione intera. Anche in questo caso, tuttavia, il frammento riportato non permette di documentare con certezza questa funzione. Come emerge dalla breve carrellata attraverso la letteratura esistente, be’ è una risorsa frequente nel parlato spontaneo. Sebbene gli autori concordino nell’osservare che be’ svolge funzioni importanti nell’interazione, le analisi avanzate si limitano spesso a osservazioni basate più sulla competenza «da madrelingua» dell’analista che non sull’esame dettagliato dei dati riportati. Nel loro recente articolo, Pauletto/ Bardel 2016 percorrono una strada diversa: anziché tentare di offrire un quadro generale delle «funzioni» di be’, gli autori si limitano ad analizzare l’uso di be’ in turni di risposta. Gli autori mostrano che le risposte avviate con be’ tendono a mettere in questione le presupposizioni sui cui si basa la domanda, rendendo visibile, nel contempo, un problema di «domandabilità» (askability, cf. Stivers 2011). Si tratta, insomma, di azioni dispreferite (Schegloff 2007: 58-96, Pomerantz 1984) in quanto resistono alle aspettative che la domanda proietta sul turno successivo. 3. Fenomeno e metodo L’analisi della conversazione ha messo in evidenza i meccanismi di base delle interazioni spontanee, che procedono per «sequenze» (Sacks et al. 1974). Ciò significa che un turno di parola di un parlante A proietta sul turno successivo di B una serie di aspettative. Ad esempio, una domanda di A rende rilevante una risposta di B, un «grazie» proietta un «prego» ecc. Si tratta, in questi casi, di sequenze minime, o coppie adiacenti (Schegloff/ Sacks 1973), composte di un primo turno che rende condizionalmente rilevante un secondo turno. Nel contempo, formulando il secondo turno come una risposta, come un «prego», ecc., l’interlocutore dimostra di trattare il turno precedente rispettivamente come una domanda, come un ringraziamento, ecc. I turni di parola possono occupare, insomma, diverse posizioni sequenziali ed è proprio su questa osservazione che si fonda l’organizzazione della parte analitica di questo articolo. Analizzeremo, dapprima, i turni di parola in cui be’ compare all’inizio di un turno responsivo, ovvero di seconda posizione (§5). Ci focalizzeremo Franco Pauletto 78 7 A tale proposito, è interessante notare come già Spitzer avesse identificato in questa funzione prospettiva il carattere saliente delle interiezioni: «Agli squilli di tromba rassomigliano più da vicino le INTERIEZIONI: esse, prive di testo (parlato), sono come musica assoluta, come canti senza parole, riflesso melodico dei moti interiori, con cui si fanno presagire le sfumature del discorso e si prepara l’ascoltatore all’atmosfera di quanto sarà detto [...] prima ancora della formulazione del messaggio in quanto tale» (Spitzer 2007 (1922): 66-67). quindi sui turni non-responsivi nel senso che non sono proiettati da una domanda che precede (§6). Invero, ogni turno di parola esibisce un orientamento retrospettivo, in quanto «replica» a ciò che precede, e prospettivo, poiché prefigura azioni possibili nel turno successivo: la scelta operata ha dunque come unico scopo quello di differenziare i due fenomeni. Oltre alla posizione sequenziale del turno di parola, abbiamo usato un secondo criterio per costituire la collezione di frammenti su cui basare l’analisi: abbiamo, infatti, considerato unicamente i turni di parola in cui be’ occupa la posizione iniziale. Secondo Schegloff 1987: 71 la parte iniziale del turno si configura come una sorta di intersezione tra le dimensioni retrospettiva e prospettiva 7 , in quanto è qui che il parlante proietta la forma e il tipo di turno che sta per produrre. Gli oggetti linguistici (che l’autore etichetta non a caso come sequential markers; cf. Schegloff 1987: 72) che solitamente occupano questa posizione - parole come be’, eh, ah, sì, ma, a proposito ecc. - si trovano dunque a fare da cerniera tra ciò che precede e il tipo di azione che il turno in fieri sta per incarnare (Heritage 2002: 197). L’inizio del turno è tuttavia essenziale non solo per la proiezione della forma e del tipo di turno che sta per essere prodotto, ma anche perché dà indicazioni sull’atteggiamento del parlante nei confronti del turno precedente. In particolare, come fa notare Heritage 2013: 333, esso può proiettare una relazione di adiacenza non marcata (unmarked nextness) tra turni, in forza della quale il parlante in corso si allinea con la proiezione del turno precedente (ad es. A: «Vieni da noi stasera? », B: «Sì volentieri»). L’inizio del turno può però anche rendere visibile un allontanamento da tali aspettative (ad es. A: «Non uscirai mica senza giacca, no? », B: «Be’, veramente sì.»). La responsività al parlato precedente caratterizza dunque l’inizio del turno di parola e sembra essere una preoccupazione di primaria importanza per i partecipanti all’interazione (Deppermann 2013). La posizione iniziale di un turno rappresenta, insomma, un momento sensibile di un’interazione-in-corso in quanto offre al parlante l’opportunità di posizionarsi nei confronti di ciò che precede e di orientare il seguito della conversazione. Nei nostri dati, be’ è quanto mai frequente proprio in questa posizione. Le ricerche sulle risorse linguistiche di inizio turno che sono state condotte negli ultimi anni nell’ambito della linguistica interazionale hanno riguardato non solo l’inglese, ma anche lingue come l’olandese, il tedesco, il coreano, il giapponese, il finlandese e l’estone (per una rassegna cf. Kim/ Kuroshima 2013). Questi studi dimostrano l’importanza della posizione di inizio turno in lingue tipologicamente anche molto lontane. Di rilievo per la presente ricerca sono in particolare alcuni studi sulla particella inglese well (Heritage 2015, Schegloff/ Lerner Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 79 8 Per una descrizione del corpus InterIta, cf. Bardel et al. 2012. 2009) e su quella francese ben (Bruxelles/ Traverso 2003), che con be’ condividono aspetti posizionali (tendendo ad apparire ad inizio turno e in contesti sequenziali simili). Se nello studio di Schegloff/ Lerner 2009 well come prefazione a una risposta serve ad allertare il destinatario che la risposta che segue sarà in qualche modo indiretta (non-straightforward), l’analisi di well realizzata da Heritage 2015 mette in risalto come il denominatore comune osservabile nei diversi usi di questa particella sia l’atteggiamento in qualche modo autonomo e divergente che il turno del parlante in corso incarna, rispetto al turno precedente. Ritroviamo tratti simili anche nella descrizione di be’, come emergerà dalla parte analitica di questo articolo. Bruxelles/ Traverso 2001 mettono invece in evidenza la centralità dello «sganciamento» tematico, argomentativo ed enunciativo operato dal parlante con i turni avviati da ben: la funzione centrale della particella, che fa spesso da premessa agli apporti successivi di interlocutori diversi sullo stesso tema (2001: 44) è, secondo Bruxelles/ Traverso 2001, quella di contribuire alla costruzione interattiva del flusso discorsivo. Alcuni degli usi di ben descritti dalle autrici (ad esempio quello a prefazione di risposte reattive e, dunque, in qualche misura dispreferite) sono sovrapponibili a quelli di be’. Nelle analisi che seguono ci focalizzeremo, in particolare, sul modo in cui be’ viene utilizzato nell’organizzazione sequenziale e topicale della conversazione (per una discussione dei concetti di topic e sequenza cf. Schegloff 1990). Vedremo anche che la risorsa consistente nell’avvio di un turno di parola con be’ permette ai parlanti di compiere una serie di azioni interazionalmente rilevanti, come la manifestazione di un’opinione o di una valutazione in contrasto, l’organizzazione di un turno esteso, ecc. In questa analisi ci concentriamo solo su be’, mentre escludiamo i casi in cui esso è preceduto da altri segnali di risposta (Gardner 2001), come ad esempio sì, ah, oh, e occhei. Collocazioni ricorrenti - come va be’, e be’, ecc. - sono pure escluse, proprio perché i parlanti sembrano usarle nel compimento di azioni diverse: Bazzanella 1994: 196 N21 accenna ad esempio alle differenze d’uso tra va be’ e be’ (cf. anche Dardano 2012). 4. I dati I dati su cui questo studio si fonda provengono essenzialmente da due fonti: da un lato un corpus di 154 telefonate di durata compresa tra 30 secondi e 73 minuti tra parlanti che vivono maggioritariamente in provincia di Treviso; dall’altro lato, sei conversazioni diadiche della durata di circa trenta minuti l’una, registrate all’università di Stoccolma (corpus InterIta). Addizionalmente, sono state analizzate anche trenta interviste a studenti italiani Erasmus realizzate all’università di Stoccolma, tutte facenti parte del corpus InterIta 8 e aventi una durata media di ven- Franco Pauletto 80 9 La modalità prescelta dal ricercatore rispecchiava fedelmente le caratteristiche delle attività di produzione orale a coppie proposte all’interno del corso di argomentazione orale seguito dagli studenti quel semestre. ticinque minuti l’una. La prima raccolta comprende sia telefonate informali, sia chiamate di lavoro e di servizio (a ristoranti, a negozi, a servizi per l’impiego ecc.) che hanno luogo sia in italiano, sia in diverse varietà di dialetto trevigiano. Nel caso delle sei conversazioni diadiche, si tratta di dati ottenuti all’interno di un esperimento ecologico (ecological experiment, cf. Mondada 2013: 987) facente parte di un progetto di ricerca di ambito acquisizionale. I partecipanti, tutti compagni di corso presso l’università di Stoccolma, sono stati suddivisi in coppie composte da un parlante italiano nativo e da un apprendente svedese molto avanzato di italiano L2: a loro è stato poi chiesto di discutere una serie di argomenti proposti dal ricercatore, nell’ordine, nel modo e nel tempo desiderati 9 . Per l’analisi di be’, solo il parlato prodotto dai partecipanti nativi è stato preso in considerazione in questa sede. Infine, avendo constatato che il tipo di contesto sequenziale nel quale be’ appare è lo stesso sia per i dati in trevigiano, sia per quelli in italiano, si è deciso di presentare anche alcuni estratti in trevigiano. 5. Be’ nei turni responsivi Domande e risposte costituiscono ciò che conosciamo come coppie adiacenti (Schegloff/ Sacks 1973) o complementari (Fasulo/ Pontecorvo 1999). Una domanda proietta la rilevanza di una risposta come prossima azione, ma orienta il seguito della conversazione anche sotto altri profili: non solo il tema su cui verte la domanda, ma anche le presupposizioni che essa incarna devono infatti essere presi in considerazione nell’analisi (svolta dai partecipanti, ma anche dagli analisti). Chiedere «Quante volte vai al cinema? » presuppone ad esempio che il ricevente vada al cinema, mentre quando si domanda a qualcuno «Cosa pensi della politica italiana? » si presuppone che la persona a cui la domanda viene posta abbia un parere sull’argomento (cf. già Grice 1975). Inoltre, le domande possono proiettare un certo tipo di risposta come preferito (Pomerantz 1984, Sacks 1987): il concetto di preferenza (Pomerantz/ Heritage 2013), in questo caso, non va inteso in termini psicologici e individuali, bensì in termini sequenziali e dunque strutturali. In questo senso, una domanda come «Hai fame, vero? » proietta in modo preferito una risposta positiva; è orientata, cioè, verso l’ottenimento di una risposta positiva, che a sua volta - essendo allineata con il corso d’azione promosso da chi pone la domanda - favorisce la progressività dell’interazione. Le domande di tipo totale, quelle cioè che proiettano come risposta preferita un sì o un no, sono ancora più coercitive di quelle parziali (che spesso iniziano con chi, come, quando ecc.), in quanto presentano un’ipotesi che il destinatario è chiamato a confermare o smentire, scegliendo Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 81 tra un’opzione binaria che fa dell’accettazione o del rifiuto le sole risposte preferite (Raymond 2003). Una domanda indessicalizza inoltre il differente grado di accesso al sapere dei partecipanti. Secondo Heritage/ Raymond 2012 chi fa una domanda assume un posizionamento epistemico di tipo k- (knowledge-), ovvero esibisce di «non sapere», mentre si posiziona come k+ colui che dimostra di possedere un determinato sapere. Di riflesso, una risposta può essere in linea con quanto proiettato da una domanda, ma può anche esibire dispreferenza. Pauletto/ Bardel 2016 hanno documentato, per l’appunto, che i turni di risposta avviati da be’ di regola esibiscono un distacco da quanto proiettato dalla domanda precedente, oppure prefigurano un turno di parola esteso. Vediamo un esempio di un tale distacco nel seguente frammento, tratto da una conversazione telefonica: Barbara (BA) ha appena descritto a sua madre, Assunta (AS), una giacca che la sarta le ha confezionato. Siamo a primavera, e la giacca è piuttosto pesante. (8) Corpus Te.Pa, Barbara e Assunta (maglioncino) 01 BA: adesso è già [caldo.]^adesso è già caldo 02 [(per quello).] 03 AS: [eh ben ] no creno: : ↑: : : ↓: : : ,(avm: : : ) 04 no ti va via sensa giaca no? 05 (0.2) 06 BA: °be’ sì ormai: : : abbastanza° vquella 07 [lì è tro]ppo di la: na, 08 AS: [mhm. ] Prima dell’inizio di questo estratto, Assunta suggerisce a Barbara di mettere un maglione sotto la giacca, in modo da ovviare a un difetto del capo che quest’ultima ha messo in luce (delle maniche troppo corte). All’obiezione mossa da Barbara (r. 01-02) la madre esprime un marcato disaccordo (r. 03) e poi produce una domanda dalla polarità negativa (r. 04), che proietta un «no» come risposta preferita. Barbara risponde in maniera non conforme (ovvero in disaccordo con la polarità della domanda), smentendo le attese che il turno di Assunta proietta (r. 06): in questo caso il turno è avviato da be’, cui seguono la risposta dispreferita («sì») e un altro account, ovvero una spiegazione a sostegno di quest’ultima. Nelle tre sezioni che seguono, descriviamo alcune caratteristiche delle risposte con cui i parlanti esibiscono un distacco da quanto proiettato e che sono accomunate dalla presenza di be’ in apertura di turno. 5.1 Risposte dispreferite Il prossimo frammento è tratto da una telefonata informale tra due amici (in una variante settentrionale del dialetto trevigiano). Gianpaolo (GP) chiama Vanni (VA) per invitarlo a cena, ma apprende che quest’ultimo si trova - in maniera inattesa - in Spagna. Alle r. 01-03 Vanni finisce la sua narrazione sulle motivazioni Franco Pauletto 82 che lo hanno spinto a partire per l’estero. Data la sua momentanea indisponibilità, Gianpaolo gli propone di richiamarlo al suo ritorno (r. 05-06). (9) Corpus Te.Pa., Vanni & Gianpaolo (pasqua) 01 VA: in un paio de giorni ho: : prenotà ho trovà el 02 volo son partì e: : : così: torne prima de 03 pasqua: . 04 GP: ah bon hahaha .hhhh^h.^.hhhhh me racomando, 05 hhhh.^elóra: : : ^scolta dai co tu torna gh’en 06 parlón ah¿^te ciame: : : : : : , no so; quando te 07 cia(h)m(h)e? hhh. .hhhh 08 (0.5) 09 VA: (heheh^.hhhh) be’ a sto punto: : : : , vara: : (cioè) 10 apena dopo pasqua se sentón ah¿ 11 GP: eh^eh^eh dai va ben. Il turno di Gianpaolo si chiude con la domanda «quando te cia(h)m(h)e? », ‘quando ti chiamo? ’ (r. 06-07). Si noterà che la domanda è il risultato di un’auto-riparazione (sul concetto di repair cf. Schegloff et al. 1977): Gianpaolo avvia l’unità costitutiva di turno (TCU, turn-constructional unit; cf. Sacks et al. 1974) con «te ciame: : : : : : », ‘ti chiamo’ (r. 06) che proietta, a livello sintattico, una struttura dichiarativa; segue «no so», ‘non so’ - descritto come prefatory epistemic disclaimer da Schegloff 1996: 61-62 - che inizia l’auto-riparazione che permette a Gianpaolo di trasformare una struttura annunciata come dichiarativa in una struttura interrogativa. In questo modo, Gianpaolo esibisce la propria difficoltà nello stabilire con precisione quando Vanni sarà di ritorno, data la vaghezza dell’indicazione temporale offerta («prima de pasqua», r. 02-03). Nel contempo, demanda alla controparte il compito di definire con maggior precisione tale momento. Il silenzio che segue dopo la domanda di Gianpaolo (r. 08) rende visibile l’emergenza di una risposta dispreferita in quanto non contigua rispetto alla domanda (cf. Sacks 1987). In effetti, Vanni avvia la risposta ridendo: alla risata iniziale segue un be’ così come una serie di riformulazioni («a sto punto: : : : vara: : (cioè)»; r. 09). In questo modo, Vanni dilaziona la risposta effettiva («apena dopo pasqua se senton ah¿», ‘appena dopo pasqua ci sentiamo eh¿’, r. 10), contribuendo a esibire il carattere dispreferito della risposta. Si noterà, inoltre, che Vanni e Gianpaolo esibiscono orientamenti diversi: mentre Gianpaolo è orientato verso l’ottenimento di un appuntamento telefonico, Vanni offre, nella sua risposta, un’indicazione temporale vaga, mitigando in tal modo la propria disponibilità a impegnarsi per un appuntamento. Questa divergenza è visibile anche nelle scelte lessicali che i partecipanti operano: mentre Gianpaolo usa «te ciame», ‘ti chiamo’ (r. 06-07) - assumendo quindi agentività nella chiamata prospettata - Vanni dice «se sentón», ‘ci sentiamo’ (r. 11), una formulazione che non identifica nessun agente. Nel nostro corpus le risposte dispreferite si caratterizzano molto spesso per la presenza di più unità costitutive di turno, come i prossimi tre estratti metteranno in evidenza. Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 83 5.2 Risposte dispreferite costituite da più TCU Anche se non sempre la risposta dispreferita proiettata da be’ esibisce una resistenza del parlante nei confronti delle attese che la domanda precedente ha reso rilevanti, la sua composizione è spesso articolata e complessa. Nel frammento seguente, tratto dal corpus delle interviste Erasmus, i due partecipanti si sono appena presentati: Paolo (PA) ha chiesto alcune informazioni biografiche a Natale (NA) e ora procede con la prima domanda: (10) differenze (InterIta, Paolo & Natale) 01 PA: ecco l’Italia e la Svezia, visto che^hhhh. non è 02 la prima volta che^h. (0.5) vieni: vieni in 03 Svezia,^vieni a Stoccolma. 04 NA: mhm. 05 PA: .hhh e secondo te quali sono le, (.) 06 differenze principali fra questi due paesi. 07 (1.7) 08 NA: be’, (0.5) sono tante. (0.2) sono vera↑mente 09 tante. (0.5).hhhhhhhhhhh (0.3) 10 e: : : : : : : : h^m: : : ^hhhhhhhhhhh. (0.3) 11 probabilmente la Sveziahhsecondo molti 12 punti di vista, .hhhh (0.6) è l’esempio di come 13 l’Italia possa funzionare molto meglio^hhhhh. 14 tlk .hhh (0.2) ti faccio un esempio, (0.2) 15 banale che, (1.1) m: : : : : : : ho avuto modo di 16 parlarne anche con^eh .hhh con degli amici che 17 so stati proprio a Stoccolma, .hhhhhh i mezzi di 18 trasporto. (0.2) ((continua)) Il lungo turno di risposta di Natale (r. 08-18), qui riportato solo parzialmente per ragioni di spazio, presenta di nuovo alcune caratteristiche tipiche della dispreferenza. In particolare, la lunga pausa (r. 07) che intercorre tra la domanda e la risposta, la prefazione costituita da be’ (r. 08), nonché tutti gli elementi di esitazione (r. 09-10): se è infatti responsabilità di chi pone la domanda inquadrare quest’ultima in maniera tale che chi risponde possa fornire l’informazione richiesta in modo allineato e compatto, secondo la massima della quantità di Grice 1975, la prefazione costituita da be’ può essere vista come il segnale che la risposta sarà espansa oppure non allineata con quanto proiettato dalla domanda stessa. In questo caso la risposta è costituita da diverse TCU: Natale risponde in primo luogo a una domanda che non gli è stata formalmente posta, quantificando le differenze (r. 08-09), per poi fare una considerazione che può essere vista come una sorta di valutazione sommativa (r. 10-13) delle differenze tra Italia e Svezia. Natale esemplifica quindi menzionando un episodio dal valore paradigmatico (r. 14-18 e oltre), dopodiché esprime una valutazione positiva sui trasporti pubblici in Svezia, che contrappone al pessimo funzionamento degli stessi in Italia (non riprodotto). Nel caso specifico, Franco Pauletto 84 Natale avvia con be’ un turno di parola complesso: in altre parole, benché le TCU successive «sono tante.» (r. 08), «sono vera↑mente tante.» (r. 08-09) possano apparire come risposte proiettate, e quindi in linea con la domanda che precede, esse vengono esibite da Natale come non complete. Si noterà, d’inciso, che anche Paolo si orienta verso la non compiutezza della domanda - non prendendo la parola nelle lunghe pause che affiorano nel turno di Natale (r. 08, 09, 10, 12, 15). Nei due esempi che seguono, il carattere dispreferito della risposta è visibile anche attraverso la messa in discussione della domandabilità del quesito posto. L’estratto 11 proviene da una telefonata di lavoro: Nora e Barbara sono le responsabili dello sviluppo di un portale web dedicato agli ex-studenti di un grande ateneo italiano. Nora (NO), la coordinatrice del progetto, chiede a Barbara (BA) un’informazione relativa all’attivazione di un servizio aggiuntivo dedicato ai neolaureati: (11) Corpus Te.Pa, Barbara e Nora (Neolaureati) 01 NO: però: scusami un attimo, (questa) cosa dei 02 neolaureati quand’è che dovrebbe: : m: 03 subentrare¿ 04 (.) 05 BA: be’ la li[nea- ] 06 NO: [funzio]nare. 07 (0.4) 08 BA: ilquella dei neolaurea: : ti, (0.8) va soltanto 09 a confermare un lavoro che loro devono fare sul 10 back-end^ ə : : : : : : : : h comunque; cioè io venerdì 11 gli ho detto cheche a me serve un’area .hhh 12 del già iscritti, .hhh a prescindere dai 13 neolaureati. quello dei [(neolaureati] l’ho) 14 NO: [certo. ] 15 BA: detto stamattina, .hhh gli- [gliel-ho detto,] 16 NO: [ma scusami ] 17 ma è una cosa così: : : : : difficile 18 (tirare cofuori) sti neoiscritti¿ Mentre la domanda di Nora renderebbe rilevante la menzione di una data o di una formulazione temporale (cf. l’interrogativo «quando»; r. 02), Barbara non si allinea con questa proiezione: dopo un breve silenzio (r. 04) la locutrice nel proprio turno di risposta non dà nessuna indicazione temporale, parlando invece del valore accessorio di questo servizio rispetto al lavoro che altri («loro»; r. 09) devono compiere. Di seguito, Barbara evoca un’altra categoria di utenti, i «già iscritti» (r. 12), mentre la domanda di Nora verteva sui «neolaureati» (r. 01). Barbara «prescinde» (r. 12) dai «neolaureati», esibendo in tal modo il proprio distacco dalla domanda inizialmente posta. Alle r. 13-15 rende quindi riconoscibile di non conoscere la risposta alla domanda che Nora ha appena posto e di aver parlato con i responsabili «stamattina» (r. 15). Insomma, benché la coppia adiacente avviata dalla domanda di Nora (r. 01-06) venga completata, la sequenza si chiude, senza che Nora abbia ottenuto l’informazione da lei richiesta. Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 85 Negli estratti analizzati sino ad ora abbiamo visto come il turno avviato da be’ si discosti in qualche modo dalle aspettative che il turno precedente rende rilevanti: se nell’es. 10, come già fatto rilevare in precedenza, viene violata la massima di quantità, nell’es. 11 è la rilevanza (Grice 1975) a venire in qualche modo meno. Un turno di risposta composito incarna tuttavia molto spesso una vera e propria messa in discussione dei presupposti su cui la domanda stessa si fonda, come evidenzia il prossimo estratto: il frammento - tratto da una delle interviste - si apre con una domanda polare che Paolo (PA) pone a Franco (FR) e che proietta come risposte possibili «all’italiana» o «alla svedese»: (12) InterIta, Paolo & Franco (figli) 01 PA: e i tuoi figli come li vorrai educare. 02 all’italiana tra virgolette oppure alla 03 svede[se.] 04 FR: [gha]hah^.hhhhh £be’ ovviamente non penso 05 che ci sia un all’italiana alla . svedé , non lo 06 so im: : , (.) .hhhhhhhhhhh^hhhhhh. (0.6) 07 banalmente potrei dire prendendo cose di qui e 08 di lì: ,^hh. (gna ə : i: ) m: : cercando di mettere 09 insieme le cose positive ma, (0.3) non solo tra 10 italiana e svedese nel senso, .hhhhhhhhhhhh 11 cercare di spendere, (0.5) tanto tempo con: ^m: , 12 (0.5) con loro¿=penso, ((continua)) Franco palesa il proprio posizionamento nei confronti della domanda rivoltagli sin dall’inizio del proprio turno di risposta: la sua risata, avviata in sovrapposizione con la fine del turno di Paolo (r. 04), evidenzia come egli tratti il turno precedente come risibile (laughable, Sacks 1995). Segue un be’, dopodiché Franco esprime il proprio disaccordo nei confronti delle presupposizioni sulle quali la domanda di Paolo si fonda: non esiste «ovviamente» un modo «all’italiana» o un modo «alla svedese» di allevare i figli (r. 04-06). Franco dà quindi una risposta articolata, costituita da più di una TCU, in cui si orienta su altre dimensioni che reputa rilevanti nell’educazione dei figli. In questa sezione abbiamo visto come nel turno aperto da be’ il parlante spinga più in là nel tempo la risposta vera e propria alla domanda che gli viene rivolta: avviando con be’, il parlante può esibire il proprio impegno nella formulazione di una risposta complessa (es. 10), oppure orientarsi verso un problema di domandabilità (es. 11); mentre in alcuni casi la risposta pertinente può non essere fornita (es. 11), in altri essa mette in questione la legittimità stessa della domanda (es. 12). 5.3 Risposte con cui i parlanti compiono più di una azione Schegloff 2007: 76 osserva che talora un parlante può compiere più di una azione con un unico turno di parola, descrivendo tali turni come double-barreled (in sé, ‘a doppia canna’). Possiamo analizzare in questo senso anche l’estratto appena Franco Pauletto 86 discusso. Infatti, la risposta di Franco (r. 04-12) è composita: comprende in primo luogo l’esibizione di disaffiliazione, e in secondo luogo la risposta vera e propria, in termini che si discostano dalla scelta binaria suggerita all’interlocutore dalla domanda così formattata. Anche nel frammento che segue, la parlante che avvia una risposta con be’ compie diverse azioni: Viola (VI) e Regina (RE) stanno discutendo di corruzione in Italia e in Svezia. Alle r. 01-02 Viola chiede conferma a Regina a proposito di una considerazione emersa poco prima: (13) InterIta, Viole & Regina (corruzione) 01 VI: quindi: ↓: : : : secondo te tu- (0.3) siamo tutti, 02 (0.2) corrotti^co[rrutti]bili? 03 RE: [sì. ] 04 (0.2) 05 RE: sì. 06 VI: [mhm,] 07 RE: [.hhh] pe↓rò in Italia è una cosa: : : : : : , .hhhh 08 e: : : h risaputa no? 09 (0.3) 10 VI: .hhh be’; [è una cosa: : : : : , ] 11 RE: [che (d-) che se ne p]arl[a.] 12 VI: [ e]vidente. 13 RE: sì [evidente. ] 14 VI: [ma perché: : ]: : (0.3) m: : : (0.2) m↑: : : h (0.4) 15 probabilmente m: olto di^pi↑ù di: : : : alcuni 16 s[ettori] eh sono corrotti. (.) °cioè° la 17 RE: [s: ì. ] 18 società, .hhhhh (0.6) quasi è: (h): : 19 c(h)ompletamente corrotta. 20 (0.3) 21 RE: m-hm. In questo caso, alla richiesta di conferma di Viola (r. 01-02), Regina risponde affermativamente (r. 03, 05). A seguire, la parlante presenta l’argomento di cui stanno parlando, ovvero la corruzione, come una «cosa risaputa» in Italia (r. 07-08). Regina chiude il proprio turno con una tag question con la quale sollecita una conferma. La risposta di Viola presenta ancora una volta caratteristiche della dispreferenza, non solo nel silenzio di 0.3 secondi che la separa dal turno precedente (r. 09), ma anche nel fatto che la prima componente del turno di risposta è un be’. Viola opera quindi una riparazione, sostituendo le parole «cosa risaputa» (r. 07-08) con «cosa evidente» (r. 10-12). Successivamente, Regina ratifica l’elemento riparato alla r. 13 («sì evidente.»). Si noterà come, analogamente a quanto osservato nell’estratto (12), anche in questo caso la parlante compia con il turno aperto da be’ due azioni rilevanti: riparare la scelta lessicale dell’interlocutrice, e nel contempo, fornire la conferma sollecitata. Il fatto che Viola si allinea all’idea secondo la quale la corruzione è «risaputa» (r. 08) o «evidente» (r. 12) in Italia diventa visibile alle r. 14-19, dove Viola conclude che «la società è quasi completamente corrotta». In questo caso, insomma, Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 87 10 Tuttavia, come si è detto più in alto (§3), con ogni turno di parola i parlanti rendono riconoscibile il modo in cui interpretano il turno precedente dell’interlocutore. be’ occupa la posizione che avrebbe potuto accogliere un elemento di conferma, e apre un turno in cui Viola compie un’azione non proiettata, ovvero una riparazione. Abbiamo analizzato sino a qui turni aperti da be’ in cui il parlante offre una risposta che dà seguito in vario modo ai vincoli proiettati dalla domanda: chi risponde può resistere all’azione incarnata dal turno precedente (es. 9), può compiere un’azione dispreferita, che si allontana cioè in varia misura da quanto proiettato (es. 10-12), oppure può compiere diverse azioni in un unico turno di risposta (es. 13). L’elemento be’ in posizione iniziale contribuisce, appunto, al compimento di queste azioni. 6. Be’ in turni non responsivi Abbiamo visto sin qui l’uso di be’ in turni responsivi, che occupano per definizione la seconda posizione all’interno di una sequenza. Nella seconda parte analitica di questo contributo analizziamo turni che, sia pure aperti da be’, non sono interpretabili come risposte a una domanda precedente 10 . Oltre alla posizione iniziale di be’ nei turni sottoposti ad esame e al loro carattere non responsivo, ciò che accomuna i frammenti raggruppati in questa sezione è il fatto che i parlanti esprimono il proprio punto di vista o un accesso indipendente al topic della conversazione - compiendo quindi un’azione ben diversa da quanto abbiamo osservato nel §5. 6.1 Posizionamento rispetto a una valutazione precedente Avviamo l’analisi con un estratto in cui Viola (VI) e Regina (RE), entrambe abitanti in Svezia, stanno parlando della vita in Italia. Viola chiede alla sua interlocutrice se le «manca vivere in Italia» (r. 01). Regina dice che le manca «il sole» (r. 06) e quindi osserva che in Svezia «fa ancora freddo» (r. 13) a giugno, ovvero nel momento in cui avviene la conversazione: (14) InterIta, Regina & Viola (Il tempo) 01 VI: e ti manca vivere: cioè in I↓talia per: certi 02 aspetti? 03 (0.6) 04 VI: sì. non psì certo. non [per ↑il la↓voro.] 05 RE: [ma a par]te il 06 ↓so: le: , [cioè, o=] 07 VI: [heheh. ] 08 RE: =e quello. (0.3) perché ho vissut- (pe-)=cioè Franco Pauletto 88 09 questo è il mio primo estate da- (1.1.) tz la 10 prima estate da- .hhh (1.0) arrotondando dieci 11 [anni non] non esattamente però ºsuppergiùº= 12 VI: [s: ì. ] 13 RE: =.hhh e io sento adesso che fa ancora freddo e 14 siamo [a ↑giu]gno= 15 VI: [sì. ] 16 RE: =è un po’: : : sm: - . cioè , un po’ 17 (di[scon↓tenta), ] 18 VI: [be’ a me piace] abbastan[za: =] 19 RE: [( )] 20 VI: il tempo a↓desso (.) perché: , 21 RE: (e: .) 22 VI: soa Firenze (0.6) si sta molto peggio. 23 [(0.2)] La risposta di Regina si conclude con una valutazione negativa delle condizioni meteorologiche svedesi (r. 13-14) e con una manifestazione di scontentezza (r. 16-17). Come osserva Pomerantz 1984, i turni di valutazione (o assessments) di un locutore danno luogo, di regola, a una seconda valutazione dell’interlocutore. È quanto accade nel caso specifico: alla r. 18 Viola formula una valutazione avviando il proprio turno in sovrapposizione con Regina. Tuttavia, Viola esprime un disaccordo con la valutazione negativa di Regina poiché afferma che a lei «piace abbastanza il tempo adesso» (r. 18-20). Stando a Pomerantz 1984, il disaccordo è un’azione dispreferita e in quanto tale viene spesso ritardato (con esitazioni, silenzi, e altro materiale linguistico e non che tende a differire la risposta «vera») o addirittura sospeso: anche in questo caso la natura dispreferita del turno in fieri sembra preannunciata da be’ (r. 18). Analogamente a quanto accade nell’estratto (14), anche nel prossimo frammento è presente una valutazione (r. 26-28), cui segue il turno del secondo parlante, anche in questo caso introdotto da be’ (r. 30). Sandra (SA) e Lone (LO) stanno discutendo le modalità attraverso le quali gli studenti universitari svedesi possono accedere al prestito statale. Lone informa Sandra che gli studenti svedesi che hanno accesso al prestito possono, in aggiunta, guadagnare un massimo di centomila corone all’anno (r. 02-03): in sostanza, entrate annuali superiori a questo tetto provocherebbero la revoca del prestito. Sandra, la studentessa italiana, sollecita un’indicazione alternativa (r. 04) e Lone risponde menzionando la somma corrispondente in euro («diecimila euro»; r. 06): (15) InterIta, Sandra & Lone (centomila corone) 01 LO: [tu puoi: ]: : : : , .hhhhh una persona può 02 guada↓gnare: : : credo or↓mai sia↓no eh centomila 03 corone all’ann[o.] 04 SA: [ c]entomila corone sono: : ¿ 05 (0.7) 06 LO: diecimila euro. (0.2).hhh all’anno; Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 89 ((ventidue secondi omessi)) 26 LO: ormai hanno almeno aumentato que[sta so]mma che= 27 SI: [mhm.] 28 LO: =è molto: : , 29 (.) 30 SA: be’ [(°diecimila,°).] 31 LO: [maggiore ri]spetto a ↑prima. 32 (0.2) 33 SA: sì be: : ’, 34 LO: però secondo [↓me visto che- ] 35 SA: [per uno studen]te 36 dieci[mila è,] 37 LO: [s: : ì: : : ] però= 38 SA: [°buono.°] 39 LO: =[visto ] che durante l’estate non mi danno= Alla r. 26 Lone osserva che è recentemente aumentata la «somma» elargita agli studenti, dopodiché avvia una TCU che potrebbe dare luogo a una valutazione («che è molto: : ,», r. 26-28). A questo punto, il turno è sintatticamente e prosodicamente incompleto. La breve pausa che segue (r. 29) potrebbe identificare un punto di massimo controllo grammaticale (maximum grammatical control, Schegloff 1996: 93) che interdirebbe una possibile presa di turno da parte dell’interlocutrice, oppure potrebbe essere percepita dalla stessa interlocutrice - insieme all’allungamento sillabico in «molto: : ,» (r. 28) - come manifestazione di un problema lessicale e quindi di una ricerca di parola. Nel caso specifico, Sandra non si orienta verso nessuna di queste possibilità: alla r. 30 si autoseleziona con be’, prendendo la parola al di fuori di uno spazio di rilevanza transizionale (TRP, transition-relevance place; Sacks et al. 1974). Come si evince dalla continuazione del turno («(°diecimila,°)»; r. 30), anche Sandra è orientata verso una valutazione della somma messa a disposizione degli studenti. In sovrapposizione, Lone completa il proprio turno (r. 31) pronunciando l’elemento «maggiore» (r. 31). Va notato che Lone non conclude il proprio turno con una valutazione, bensì con un’osservazione fattuale e comparativa. Sandra, invece, esprimerà una valutazione positiva di lì a poco («per uno studente diecimila è buono.»; r. 35-38). Lone esibisce piuttosto l’orientamento verso un apprezzamento negativo, o quanto meno un disaccordo con la valutazione di Sandra, come si evince dagli elementi «però» (r. 34) e «s: : ì: : : però» (r. 37) - anche se Lone non pronuncerà nessun segmento valutativo (Goodwin/ Goodwin 1987: 6-10) nel seguito dell’episodio. In questo caso, il turno avviato con be’ compare in un contesto in cui una valutazione è attesa e rilevante. Inoltre, le partecipanti esibiscono orientamenti opposti sulla valutazione della somma che lo stato svedese offre agli studenti. Il turno che Sandra avvia con be’ - in un momento che non prevede la presa di turno - prefigura e nel contempo esibisce l’emergere di valutazioni opposte. Abbiamo visto sino ad ora come il turno aperto da be’ abbia un chiaro ruolo di «cerniera» tra il turno precedente e il turno in via di produzione. Negli esempi ana- Franco Pauletto 90 lizzati sin qui, abbiamo osservato come l’azione che il parlante produce attraverso il turno introdotto da be’ tenda ad essere in qualche misura disaffiliativa sotto il profilo del posizionamento (o stance) e resistente rispetto alle preferenze che l’azione precedente proietta. Nei prossimi frammenti, la nostra attenzione si sposterà sul modo in cui i partecipanti all’interazione gestiscono il topic e le sequenze d’azione attraverso i turni aperti da be’. 6.2 Organizzazione sequenziale e topicale Il prossimo frammento illustra un caso in cui il turno avviato con be’ esprime un accordo con la valutazione precedente. Barbara (BA) sta descrivendo a Assunta (AS) un capo di abbigliamento che la sua sarta le ha confezionato. Le partecipanti operano diverse scelte lessicali nel riferirsi all’oggetto delle loro valutazioni, come «giachetta» (r. 19), «giachettina» (r. 22) e «gilè» (r. 24): (16) Corpus Te.Pa, Barbara e Assunta (La manichetta) 01 AS: [aha, ] 02 BA: la manichetta è venuta [abbastan]za bene la 03 manichetta. 04 (0.5) 05 BA: è: : : venuta [bene.] 06 AS: [ ben]e.^a: : : h bella [ ve]ro? 07 BA: [sì. ] (.) 08 sì=sì. sì be[lla. ] 09 AS: [ bra]va.^brava a xe parché 10 mi: [no: no: no savarìa ( °ciapar°)] 11 BA: [ma pesa un botto il]: : : : : : 12 il: vla lana.^sai che lei già ha la mano 13 bella: : : : : : .hhh rigide[tta.] 14 AS: [ sì: ]^sì^s[ì. ] 15 BA: [pe]r cui 16 ha: : [: : ]: usato: cioè: proprio= 17 AS: [eh.] 18 BA: =m: : : una covertina, (0.2) fatta aca 19 giacchetta. .hhhh nel senso bella 20 [ proprio: : : : : : .] 21 AS: [be’ ti gà na bea g]iachetti gà na 22 giachettina diremo [così ecco.] 23 BA: [ sì. sì^sì ] è che un più 24 un gilè che una giacchettina,=avendo la 25 manichetta molto corta,^per cui non è che 26 [( )] 27 AS: [a: : : h] va ben ma ti soto ti pol 28 me[ter dopo: a]punto un= 29 BA: [un maglioncino.] 30 AS: =maglioncino qual°cossa.° Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 91 Barbara è impegnata sin dall’inizio dell’estratto nella valutazione del capo di abbigliamento. In rapporto alla «manichetta» (r. 03) dice che è «venuta bene» (r. 05) e ottiene un accordo da parte di Assunta che la qualifica come «bella» (r. 06), valutazione che Barbara ratifica a sua volta (r. 08). Segue una valutazione del materiale, che secondo Barbara «pesa un botto» (r. 11). Barbara attribuisce quindi la qualità «pesante» della lana alla «mano rigidetta» (r. 12-13) della sarta, verosimilmente da intendere come una descrizione del modo specifico di lavorazione della sarta. Assunta produce una serie di accordi (r. 14, 17), dopodiché Barbara esprime una valutazione della «giachetta» che descrive come «bella proprio: : : : : : ,» (r. 19-20). In sovrapposizione con la parte finale del turno di Barbara, Assunta avvia un turno in cui esprime a sua volta una valutazione positiva (r. 21). Si noterà che il turno di Assunta non è un semplice accordo (che pure avrebbe potuto produrre, dicendo ad esempio «sì»), bensì una valutazione in cui riutilizza il medesimo segmento valutativo usato da Barbara («bella»; r. 19), in trevigiano «bea» (r. 21). Assunta trasforma invece il referente lessicale, come si evince dall’auto-riparazione che le permette di passare da «giachet-» (r. 21) a «giachettina» (r. 22). Il problema di categorizzazione del capo continua di seguito, con Barbara che si riferisce al capo con «gilè» (r. 24). Con il suo turno - che inizia appunto con be’ - Assunta esibisce inoltre un orientamento verso la chiusura dell’attività valutativa (cf. Drew/ Holt 1998, Jefferson 1984), visibile anche nell’«ecco.» (r. 22) che chiude il turno. In effetti, la conversazione prosegue senza altre valutazioni; le partecipanti discutono invece dei modi in cui Barbara può portare il capo che costituisce il topic di questo episodio. Anche nel prossimo frammento il turno avviato con be’ esibisce un orientamento verso la chiusura di un’attività, in questo caso un episodio narrativo. Regina (RE) sta parlando delle esperienze di lavoro che ha fatto in Italia. Ha appena raccontato a Viola (VI) che era stata assunta in un bar, ma che poi era stata licenziata insieme a una sua collega senza preavviso e senza che le venissero liquidate le ultime spettanze. Nel frammento riprodotto, Regina narra di essersi rivolta ai sindacati insieme alla collega per ottenere un risarcimento: (17) InterIta, Regina & Viola (Brave) 01 .hhh e lei anche lei veniva licenziata. e lei 02 aveva il .hhh eh lo ↑zio al sindacato, 03 VI: mh[m? ] 04 RE: [cis ]l, 05 (0.2) 06 RE: e siamo an[date dri]tte dritte lì, 07 VI: [ah sì? ] 08 VI: nhehe[h,] 09 RE: [e ] anche lì, e: : : era un po’: : : .hh 10 diciamo, .hhh pe: : : r (0.4) per avere il ehm: , 11 (1.1) tlk una sorta di risarcimento no? 12 .hhh e: ↑: : : v^cioè le pratiche erano lu: nghe 13 comunque dneanche lì funzionava bene, cioè il 14 tempo di pratica era lunghissimo. .hhhh Franco Pauletto 92 15 poi- (.) e: : °: : ,° (0.6) po: : [: i: : : , ] 16 VI: [be’ siete st]ate 17 anche abbastanza: cornon coraggiose ma 18 insomma, 19 (0.2) 20 RE: ma: : [: oramai- ] 21 VI: [non tutti lo fa]nno, 22 [non tutti lo fanno, ( )] 23 RE: [no. ma pochissimi. ma infatti e]ra molto: : 24 diciamo anquasi sco(h)sso il: 25 [e: : h proprieta ]rio. 26 VI: [sì? ^eheheheh,] Regina giunge a un possibile completamento della propria narrazione alla r. 14, dove si osserva uno spazio di rilevanza transizionale riconoscibile attraverso la compiutezza sintattica, pragmatica e prosodica di «cioè il tempo di pratica era lunghissimo.» (r. 13-14). Tuttavia, Regina conserva il turno come si evince dalla successiva inspirazione (r. 14), e dall’avvio di una nuova TCU alla r. 15 («poi- (.) e: : °: : ,° (0.6) po: : : i: : : , »). Nella nuova TCU Regina esibisce evidenti difficoltà nella prosecuzione. A questo punto, Viola si autoseleziona, avviando il proprio turno in parziale sovrapposizione con Regina (r. 16). Anche in questo caso be’ è usato come turn-entry device (Sacks et al. 1974: 719) o segnale di presa di turno (Bazzanella 1994) al di fuori dello spazio di rilevanza transizionale. Contrariamente ai casi analizzati in precedenza, Viola pronuncia una prima valutazione sul comportamento di Regina e della sua collega, che descrive come «non coraggiose ma insomma,» (r. 17-18). Si noterà che la valutazione ricorre alla fine della narrazione, esibendo in tal modo un orientamento verso la chiusura della stessa (Goodwin/ Goodwin 1987: 21). L’analisi dei due estratti precedenti ha rivelato come un locutore possa esibire il proprio orientamento verso la chiusura di un’attività valutativa (es. 16) o di un episodio narrativo (es. 17) avviando un turno di parola con be’. In questo senso, be’ in posizione iniziale di turno può essere descritto come una risorsa a disposizione degli interlocutori per l’organizzazione sequenziale e topicale della conversazione. In modo interessante, la medesima risorsa viene usata anche per rilanciare la conversazione su un topic potenzialmente concluso. Lo si osserva nel seguente estratto, in cui Regina (RE) e Viola (VI) stanno comparando la vita a Roma e a Firenze. Il frammento si apre con Regina che definisce Roma «caotica» (r. 01), ma anche «bella=bella.» (r. 05): (18) InterIta, Regina & Viola (Roma) 01 RE: sì Roma è ca[otica ]= 02 VI: [mhm.] 03 RE: =però .hh per me magari: : (0.6) è: : unafino 04 a↑desso almeno una delle città più belle del 05 mondo ºperché è proprio bella^bella.º 06 (0.4) Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 93 07 RE: però: a: : ↑viver[ci, ] 08 VI: [però poi] ti sei stan↑cata se 09 [sei andata via.] 10 RE: [sì. ce]rto. ↓eh. 11 (0.4) 12 VI: eh hehe. 13 RE: mhm. hehe [.hhh.] [e: : h sì. ] 14 VI: [be’. ] ci sarà stato [qualche altro] 15 motivo fo[rse. ] 16 RE: [.hhh] no=no=no. (e: m: : -) no. era e: : 17 vdera anche: : e: : v- (0.4) per via via 18 delle eh vmtz dello ↓stress, 19 VI: ºmhm.º 20 (0.6) Dopo aver completato la valutazione di Roma (r. 01-05), Regina relativizza l’esaltazione per la capitale espandendo la TCU con le parole «però: a: : ↑viverci,» (r. 07), con cui esprime una valutazione negativa sulla vita nella stessa città. In parziale sovrapposizione con questa TCU, Viola si autoseleziona e produce a sua volta un turno che avvia con «però» (r. 08-09). Si noterà che in questo turno Viola assume una posizione epistemica di tipo k+ (cf. Heritage/ Raymond 2012), attribuendo la decisione di Regina di lasciare Roma al suo essersi «stancata» della città. Alla r. 10 Regina ratifica questa spiegazione. A questo punto, la discussione intorno alla vita nella capitale potrebbe concludersi: si osserva, in effetti, una pausa alla r. 11 e ulteriori manifestazioni di accordo, accompagnate da risa, da parte di entrambe le partecipanti alle r. 12 e 13. Viola rilancia quindi il topic con un turno di parola che avvia con un be’, formulando una supposizione (si veda l’uso del futuro anteriore con valore epistemico: cf. Bertinetto 1986) che rende rilevante una conferma o una smentita da parte di Regina (r. 14-15). Viola ipotizza, insomma, l’esistenza di un altro motivo dietro la decisione di Regina: il suo turno, aperto da be’ (r. 14), può essere visto come uno strumento di scandaglio (fishing device; Pomerantz 1980), orientato verso il proseguimento del topic. Formulando un turno di parola che rende rilevante una conferma o una smentita da parte dell’interlocutrice, Viola rilancia, insomma, il topic che poteva apparire concluso alla r. 13. Come si vede alle r. 16-19, Regina prima smentisce l’ipotesi formulata da Viola («no=no=no.»; r. 16), e quindi menzione lo «↓stress,» (r. 18) come un ulteriore motivo della sua decisione di lasciare la capitale. In questo caso, il be’ usato all’inizio di un turno di parole appare come una risorsa efficace per proiettare il rilancio di un topic conversazionale in un momento in cui esso rischia di estinguersi. Sino a qui abbiamo visto come i parlanti utilizzino be’ a premessa di turni che si inscrivono in contesti di tipo argomentativo o narrativo. Il turno aperto da be’ si caratterizza per l’autonomia del punto di vista espresso dal parlante sul tema in corso (sia che lo corrobori, sia che esprima disaccordo) e a volte per la proposta di nuove tematizzazioni del topic di discussione. Franco Pauletto 94 6.3 Co-costruzione di un episodio scherzoso Chiudiamo la parte analitica con l’analisi di un frammento in cui i partecipanti ricorrono ripetutamente alla risorsa esaminata in questa sede in un quadro argomentativo caratterizzato da forte tensione tra orientamenti diversi e dal fatto che le compartecipanti sono ferme su posizioni conflittuali, anche se in tono scherzoso. Nora (NO) e Barbara (BA) si stanno orientando verso la chiusura della loro telefonata di lavoro. Alla r. 01 Nora afferma di non avere più altro da discutere con Barbara, dopodiché quest’ultima (che sta per partire per le vacanze) osserva che «fra due ore» (r. 06) non sarà più raggiungibile: (19) Corpus Te.Pa, Barbara e Nora (ferie) 01 NO: va ben. ochei. basta. direi che non ho alt[ro 02 BA: [vabè, 03 se c’è [ qual]cosa il cellulalcioè: = 04 NO: [va ben? ] 05 BA: =il cellulare sì risponde però vado in Croazia 06 per cui fra due ore söh .hhh varco il confine 07 e: : : : : : : : : : dopo non so se e quando avrò 08 internet per cui: : : , (0.7) non 09 [(so che )] 10 NO: [be’ ma a me pia]ce romperti i maroni fin che 11 sei in Croazia e farti spendere soldi 12 anche [(e infatti dopo) ]= 13 BA: [be’ sti cazzi non ti lascio-] 14 NO: =passerò la giornata, 15 (0.3) 16 BA: sì [(non ti la-)] 17 NO: [£passerò ] la giornata a chiamarti£. 18 (0.3) 19 BA: £be’^h. tu chiama ma non è detto che io 20 ti rispo[nda grazie a dio£. ] 21 NO: [£solo per r: omperti] i coglioni£. 21 BA: £grazie a dio (il) telefono posso anche non 22 , rispondere . £. Barbara ha appena spiegato che «in Croazia», dove trascorrerà le vacanze, non avrà Internet (r. 05-09), quando Nora si autoseleziona al di fuori dello spazio di rilevanza transizionale (r. 10). Chiaramente, Nora tratta il turno di Barbara come una manifestazione di indisponibilità. Con le parole «be’ ma a me piace romperti i maroni fin che sei in Croazia» (r. 10-11), Nora formula un commento che invalida la spiegazione di Barbara: in altre parole, il fatto di recarsi in Croazia non la renderebbe per nulla irraggiungibile. Questo commento è chiaramente presentato come ironico e scherzoso, come diventa chiaro poco dopo anche grazie all’esagerazione della minaccia che Nora formulerà con tono ilare («£passerò la giornata a chiamarti£.», r. 17). Si noterà che Barbara utilizza la medesima risorsa in due riprese, per controbattere alle intimidazioni di Nora: alla r. 13 avvia un turno con le parole «be’ sti cazzi non Be’ in posizione iniziale dei turni di parola 95 ti lascio-», interpretabile appunto come un rifiuto della minaccia appena espressa da Nora (r. 10-12). Il turno di Barbara rimane a questo punto incompleto, ma la partecipante lo riformulerà nuovamente più avanti, in uno spazio di rilevanza transizionale, come «£be’^h. tu chiama ma non è detto che io ti risponda grazie a dio£.» (r. 19-20), anch’esso pronunciato con tono ilare, a sottolineare il carattere non serio dello scambio. In modo interessante, in questi casi le interattanti usano la risorsa be’ in posizione iniziale del turno per invalidare - o rendere non rilevanti - le azioni, i comportamenti descritti nel turno immediatamente precedente. È proprio l’accumulo di questa risorsa in pochi turni di parola che si susseguono che contribuisce ad attribuire a questo episodio un carattere scherzoso e ironico, ancorché conflittuale. 7. Conclusioni Abbiamo analizzato i turni avviati con be’ in base alla posizione sequenziale che occupano. Siamo partiti dai turni responsivi (§5) per poi focalizzarci sui turni non responsivi (§6). Nel loro complesso, gli esempi qui discussi rappresentano solo una piccola frazione dei casi (196) attestati nel nostro corpus e descrivono solo alcune delle azioni compiute dai parlanti nei turni premessi da questo marcatore. L’analisi ha rivelato che l’avvio di un turno con be’ permette ai parlanti di compiere una serie di pratiche interazionalmente rilevanti. In seconda posizione sequenziale, be’ precede risposte contrarie alle aspettative proiettate dalla domanda, quindi dispreferite, ma anche risposte costituite da più TCU, nonché risposte con cui il parlante compie più attività al tempo stesso. Rispetto alle ricerche precedenti (cf. Pauletto/ Bardel 2016), questo studio ha messo in luce come il turno di risposta preceduto da be’ non metta sempre in questione i presupposti su cui la domanda si fonda (si veda ad esempio l’estratto 10). Tuttavia, il carattere generalmente dispreferito di questi turni, in quanto tendenti a spingere più in là la risposta vera, quando non addirittura ad evitarla, viene confermato. In turni non responsivi, il turno con be’ in premessa permette al parlante di posizionarsi nei confronti di una valutazione precedente (gli permette cioè di «dire la propria» e di contribuire allo sviluppo del topic) ma anche di gestire l’organizzazione sequenziale e/ o topicale della conversazione. Un denominatore comune a tutte queste azioni è individuabile nella posizione agentiva assunta dal parlante che produce il turno aperto da be’ rispetto a ciò che precede, sia che si tratti di un turno, sia che si tratti di una sequenza o di un corso d’azione. La conclusione a cui si può giungere sin qui, è che i turni aperti da be’ proiettano azioni che implicano un allontanamento più o meno marcato dai vincoli imposti dal turno precedente. Allo stesso tempo, questo tipo di turni è maggiormente incentrato sulle esperienze, le conoscenze e gli interessi del parlante in corso, e solo in maniera subordinata su quelli del compartecipante. Con questo contributo abbiamo ampliato l’analisi di un elemento quanto mai frequente nell’italiano spontaneo, che è stato analizzato sin qui soltanto in chiave lessicologica e pragmatico-funzionale. Le nostre analisi hanno dimostrato che be’ è una Franco Pauletto 96 risorsa fondamentale che i parlanti italiano hanno a disposizione per organizzare pratiche socialmente rilevanti - come valutazioni, prese di posizione, ecc. Inoltre, le nostre analisi ci hanno messo in guardia contro una descrizione «generalizzante» di be’, quale quella che, per necessità pratiche, suole apparire nei dizionari. Nell’analisi è imprescindibile prendere in considerazione il posizionamento sequenziale dei turni in cui compare be’, ma anche la posizione che l’elemento occupa all’interno del turno di parola. L’argomento è lungi dall’essere esaurito e studi futuri potranno focalizzarsi, ad esempio, su be’ in posizione post-iniziale oppure su collocazioni frequenti come va be’, eh be’ ecc., nonché sulla comparazione tra questo e altri segnali discorsivi appartenenti a lingue tipologicamente più o meno lontane dall’italiano. Anche qui, l’apporto degli approcci interazionali darà risultati stimolanti e inattesi. Stockholm Franco Pauletto Bibliografia Andorno, C. 2003: Linguistica testuale. Un’introduzione, Roma Bardel, C./ Gudmundson, A./ Lindqvist, C. 2012: «Aspects of lexical sophistication in advanced learner’s oral production: vocabulary acquisition and use in L2 French and Italian», Studies in Second Language Acquisition 34: 269-90 Bazzanella, C. 1994: Le facce del parlare. 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Lazzarini, Bologna Appendice Convenzioni di trascrizione del parlato (adattato da De Stefani 2016) (.) pausa breve (0.2) pausa cronometrata [ ] inizio e fine di sovrapposizione . intonazione finale , intonazione continuativa ; intonazione continuativa con leggera discesa ? intonazione interrogativa ¿ intonazione intermedia tra la continuativa e l’interrogativa ↑ ↓ marcato ↑ innalzamento o ↓ abbassamento del tono di voce be: ne allungamento (0,1 secc. per «: ») ^ pronuncia allacciata .h inspirazione (0,1 secc. per «h») h. espirazione (0,1 secc. per «h») °certo° volume basso anCOra volume alto certo enfasi ce(h)rt(h)o pronunciato ridendo £certo£ tono ilare . , pronuncia veloce , . pronuncia lenta ( ) segmento incomprensibile = continuazione del turno oltre la fine della riga + allacciamento rapido di due turni consecutivi Vox Romanica 75 (2016): 99-115 «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung Onymisierungsprozesse unter der Lupe Abstract: Partendo dall’osservazione che i processi di onimizzazione avvengono nell’uso effettivo della lingua, in questo articolo si riflette alla rilevanza dell’oralità nell’analisi onomastica dei nomi di persona. In base a dati archivistici di area friulana, si descrive dapprima il passaggio di costruzioni come lu Pieri dall’uso appellativo all’uso propriale, consolidatosi nell’attuale nome di famiglia Lupieri. L’articolo si concentra quindi sui processi di onimizzazione osservabili in dati conversazionali, soffermandosi in particolare sui soprannomi di famiglia tuttora frequenti nelle aree prealpine del Friuli. L’analisi del materiale empirico - scritto e orale - utilizza concetti e metodi radicati nella teoria della grammaticalizzazione e nell’onomastica interazionale. L’articolo si chiude con una discussione teorica del concetto di onimizzazione. Keywords: Onomastics, Personal names, Grammaticalization, Onymization, Interaction, Friulian 1. Einführung Namenkundliche Forscher weisen der gesprochenen Sprache im Allgemeinen eine zentrale Bedeutung zu. Es besteht in der Tat Konsens darüber, dass historisch geprägte Namen in der Regel aus appellativischen Beschreibungen hervorgegangen sind und dass dieser Onymisierungsprozess in der Oralität stattgefunden hat. Die daraus hervorgegangenen Eigennamen werden oft metaphorisch als versteinerte Spracheinheiten betrachtet: Meist werden Eigennamen als sprachliche Fossilien beschrieben, die, vom allgemeinen Sprachwandel abgekoppelt, am Wegesrand liegen geblieben sind. Das größte Interesse der Onomastik gilt der Erschließung des einst appellativischen Kerns, d. h. der Etymologie. Dass Eigennamen sich von der Appellativik, der sie ja fast durchweg entstammen, differenzieren müssen, liegt auf der Hand, doch gibt es auch andere Verfahren, als (passiv) zu stranden (Nübling 2010: 130). Dieses Zitat verdeutlicht in der historischen Namenkunde weit verbreitete methodologische Ausgangspunkte. Dem philologischen Ursprung der Onomastik entsprechend, besteht das hauptsächliche Ziel der Forschung in der etymologischen Klärung der ursprünglichen Motivation und Bedeutung der Namen. Darüber hinaus offenbart das Zitat eine Auffassung, die von einer gleichsam systeminhärenten Unterscheidung zwischen Appellativen und Proprien ausgeht: Eigennamen «differenzieren sich» von Appellativen - diese Unterscheidung scheint in der Natur der Spracheinheiten begründet zu sein; die Sprachverwender (Sprecher, Schreiber, etc.) werden somit lediglich als Benützer verstanden, die sich einer bestehenden, funktionalen Differenzierung zwischen Appellativ und Eigenname bedienen. Elwys De Stefani 100 Im vorliegenden Aufsatz soll versucht werden, diese Grundannahmen neu zu beleuchten und eine Auseinandersetzung mit der methodologischen Vorgehensweise der Namenkunde zu initiieren. Im ersten Abschnitt werde ich das Augenmerk insbesondere auf die Konzeptualisierung von Mündlichkeit innerhalb der onomastischen Forschung richten (§2). Die unterschiedlichen Auffassungen von Mündlichkeit werden in den darauf folgenden Abschnitten auf der Grundlage schriftlichen (§3) und - mithilfe der Methoden der Interaktionalen Onomastik (§4) - sprechsprachlichen (§5) Datenmaterials illustriert. Der Aufsatz mündet schließlich im Entwurf einer Theorie der Onymisierung (§6), die von der Handlungskompetenz der Sprecher ausgeht und die sich mit aktuellen Forschungstendenzen innerhalb der Linguistik verknüpfen lässt. 2. Konzeptualisierungen von «gesprochener Sprache» in der Namenkunde Mündlichkeit wird in der namenkundlichen Forschung im Wesentlichen als kommunikative Umgebung wahrgenommen, innerhalb derer appellativischen Bezeichnungen nach und nach onymische Eigenschaften übertragen worden sind. So gesehen ist Mündlichkeit vor allem zu Beginn des Onymisierungsprozesses von großer Relevanz für diachron ausgerichtete Untersuchungen. Diese Anfangsphase der Onymisierung kann aber nur über schriftliche Aufzeichnungen (teilweise) rekonstruiert werden. In Urkunden werden beispielsweise manchen Orts- und Personennamen die lateinischen Elemente «dictum», «vocatur», etc. vorangestellt, die damit auf die sprechsprachliche Verwendung der Namen verweisen. Solche Formulierungen deuten meist auf eine bereits fortgeschrittene Sedimentierung der sprechsprachlichen Benennung. Weiterhin wird gesprochene Sprache nicht selten als Modus verstanden, der mit bestimmten kommunikativen Genres und Praktiken einhergeht: So untersucht z. B. Poccetti 2010 die Verwendung von Personennamen im Theater der römischen Antike und fokussiert sich insbesondere auf Begrüßungssequenzen. Obwohl es sich hierbei um eine stilisierte Oralität handelt, kann die Analyse aufschlussreiche Einblicke in die «Pragmatik der Eigennamen» (Werner 1995) geben. Mündlichkeit ist außerdem eine zentrale Dimension der synchronen Namenkunde, wobei sich hier sehr unterschiedliche Konzeptualisierungen von Oralität in den methodischen Ansätzen widerspiegeln. Die sprachphilosophisch und pragmatisch ausgerichtete Forschung bedient sich oft introspektiv erdachter Sprachbeispiele, die mögliche Gesprächssituationen erkennen lassen (cf. z. B. Searle 1958, Van Langendonck 2007). Soziolinguistisch und diskursanalytisch geprägte Ansätze behelfen sich hingegen meist empirisch dokumentierten Datenmaterials, wenn auch erhebliche Unterschiede in der Datensammlung und -auswertung bestehen: Getreu der (traditionellen) soziolinguistischen und dialektologischen Forschung, werden in der Sozio-Onomastik Daten durch Interviews erhoben und die Namen anschließend isoliert von ihrem diskursiven Kontext untersucht (cf. z. B. Pablé 2009). Anders verfährt die Interaktionale Onomastik, die, den Prinzipien «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung 101 1 Die Erforschung der Eigennamen erfolgt seit jeher in unterschiedlichen Disziplinen (Anthropologie, Geographie, Soziologie, Sprachwissenschaft, Diskursanalyse), die sich nur spärlich aufeinander beziehen. Eine Übersicht über die verschiedenen Forschungsansätze und -schwerpunkte bietet De Stefani 2016. 2 Es ist bezeichnend, dass philologisch-etymologisch interessierte Namenforscher in der Analyse von Aufzeichnungen gesprochener Sprache oft keinen Nutzen erkennen. Zur Verwendung von Audioaufzeichnungen in der mikrotoponomastischen Forschung schreibt Waser 2004: 355: «Der Einsatz eines Tonbandgerätes kann zu Beginn für nachträgliche Kontrollen dienlich sein. Mit zunehmender Übung verschafft das Gerät nach meiner Erfahrung keinen großen Vorteil mehr, es sei denn, die Gespräche sollen als Tondokumente archiviert werden». 3 Obschon der Autor nicht explizit zwischen Onymisierung als Resultat und Onymisierung als Prozess unterscheidet, findet sich auch letztere Auffassung in Górnowicz 1981: 465: «Die Onymisierung ist ein ständiger Prozess in jeder Sprache, in jedem Dialekt». der konversationsanalytischen Forschung folgend, nicht-experimentelle Gespräche aufzeichnet und onymische Einheiten im interaktionalen Umfeld ihrer Verwendung untersucht 1 . Angesichts der Tatsache, dass sich die Namenforscher über die Relevanz der Oralität für ihre Forschung einig sind, mag es verblüffen, dass die sprechsprachliche Phase der Namenwerdung bisher nur am Rande untersucht worden ist 2 . Dies erstaunt umso mehr, als den Eigennamen auch aus einer soziologischen oder soziolinguistischen Warte Wichtigkeit zukommt. Manche Autoren vertreten gar den Standpunkt, dass «die Eigennamen enger und unmittelbarer als die Appellative in die gesellschaftlich-kommunikativen Beziehungen einbezogen sind» (Blanár 2001: 14). 3. Namendeutung und Onymisierung Der Begriff der «Onymisierung» zählt mittlerweile zum terminologischen Grundstock der Namenkunde. Er tritt in der deutschsprachigen Literatur erstmals in Górnowicz’ 1981 Aufsatz prominent in Erscheinung und wird bereits im ersten Satz des Artikels als «Versteinerung» von Eigennamen beschrieben, die «aus dem appellativischen Sprachsystem verdrängt wurde[n]» (Górnowicz 1981: 465). Die dichotomische Gegenüberstellung von Eigennamen und Appellativen wird hier bereits auf der Systemebene vollzogen. Onymisierung erscheint gleichsam als Resultat eines sprachlichen Entwicklungsprozesses, als ein starrer Ist-Zustand. Onymisierung kann aber auch als ein dynamischer Prozess verstanden werden, als eine allmähliche Sedimentierung von lexikalen und morphosyntaktischen Verbindungen, die in der tatsächlichen Sprachverwendung geschieht 3 . Wenngleich der Begriff der Onymisierung darauf hindeutet, dass Spracheinheiten als Namen erkennbar sind, wenn sie von den Sprachverwendern anders als Appellative gebraucht werden, so scheinen die sprachlichen Ressourcen, die den Sprechern zur Verfügung stehen, um Einheiten als Namen erkenntlich zu machen, Elwys De Stefani 102 4 Für die Quellenangaben der in diesem Abschnitt besprochenen Belege sei auf De Stefani 2003 verwiesen. 5 Der bestimmte männliche Artikel lu wird heute nur noch in Randgebieten des friaulischen (karnischen) Sprachraums verwendet, z. B. in der nördlichsten Gemeinde des Friauls, Forni Avoltri. einer detaillierten Untersuchung zu bedürfen. Im Folgenden werde ich näher auf solche Sprachelemente und -konstruktionen eingehen, die man mit Nübling 2005 auch «Eigennamenmarker» nennen könnte. Ich werde mich vorerst auf morphosyntaktische Elemente und auf die Analyse urkundlicher Daten beschränken. Als häufige Eigennamenmarker in notariellen Texten treten die bereits genannten «dictum» und «vocatur» in Erscheinung. Diese haben sich in seltenen Fällen auch als Bestandteile von Namen sedimentiert (wie z. B. im westschweizerischen Familiennamen Mélanjoie-dit-Savoie). Häufiger ist zu beobachten, dass bestimmte morphosyntaktische Gefüge als Ressourcen der Onymisierung eingesetzt wurden (cf. auch Nübling 2010). Ich erläutere diesen Sachverhalt anhand des italienischen Familiennamens Lupieri 4 , der im Friaul verwurzelt ist. Der Name ist in dieser Schreibweise seit dem 17. Jahrhundert in italienischen Texten aus einem Dorf der karnischen Voralpen (Preone) dokumentiert, z. B. als «D(omin)o Gio: Batta Lupieri» (1657). Die schriftliche Sedimentierung des Namens erscheint zu diesem Zeitpunkt als weit fortgeschritten, wenngleich auch Formen wie Luperij, Lupierij, oder mit reanalysierter Endung (z. B. Lupiero, Lupiera) vorkommen. In Urkunden aus dem 16. Jahrhundert erscheint der Name mehrheitlich in getrennter Schreibung, als lu pieri, z. B. in «Nicolao q(uondam) gioanne lu pierj simon q(uondam) Andrea lu pierj et gioanne q(uondam) Sebastiano lu pierj» (1571). In diesen Belegen erkennt man den Personennamen Pieri, der auf lat. Petrus zurückgeht und in dieser Form heute noch im friaulischen Sprachraum gebräuchlich ist. Diese Interpretation geht auch aus einem lateinischen Beleg hervor, der eine Person aus dem gleichen Dorf bezeichnet und in dem «petri» als Genitiv interpretiert werden kann: «Franc(isc)o petri (de) preono» (1487). Die Beleglage lässt keinen Zweifel zu: Lupieri muss als Patronym verstanden werden. Wenden wir uns der morphosyntaktischen Zusammensetzung des Namens zu, so erkennen wir im Element lu einen (archaischen) 5 männlichen Artikel, der offensichtlich dazu verwendet wurde, ein Filiationsverhältnis anzuzeigen, indem er dem Namen des (direkten) Vorfahren vorangestellt wurde. In der Entstehungsphase dieses Familiennamens war die Konstruktion lu + Personenname somit eine Ressource, die den Sprechern zum Herstellen von Patronymen zur Verfügung stand. Dass der Zweck der Filiationsangabe im Vordergrund lag - und lu nicht mehr (nur) als maskuliner Artikel wahrgenommen wurde - beweist die Tatsache, dass zahlreiche Belege die Verwendung von lu + Personenname auch für Metronyme attestieren: Im von Preone wenige Kilometer entfernten Ort Dilignidis ist z. B. ein «Nicolao lu menia di illignidis» (1574) belegt, wobei Menia aus dem lat. Dominica hervorgeht. Weiterhin sind für die gleiche Gegend (Ortschaft Lungis) belegt: «L(eonar)do lu Maura» (1575), «Nicolaj lu «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung 103 vidda» (1575). Handelt es sich bei den letztgenannten Namen um zeitlich isolierte Belege, so liegt der (später in einem Wort geschriebene) Name Lumenia bis 1695 in schriftlichen Aufzeichnungen vor. Die aktuelle Beleglage ermöglicht es, zwei Entwicklungspfade (clines, cf. Hopper/ Traugott 2003, 6-7) zu entwerfen, nach denen die Onymisierung des Familiennamens Lupieri verlaufen sein kann: Primäres Patro-/ Tradiertes Patro-/ Sedimentierter Metronym Metronym Familienname (nicht belegt) a) (de) lu XXX ⇒ lu XXX ⇒ LuXXX b) lu (de) XXX ⇒ lu XXX ⇒ LuXXX Die (ausschließlich) mündliche, und damit nicht belegbare Phase kann in zweifacher Richtung rekonstruiert werden. Im Falle von Pfad a) wird von der in den romanischen Patronymen verbreiteten Konstruktion lat. (de) lu ‘von dem’ ausgegangen (z. B. «der Franz von dem Peter»). Pfad b) zeigt eine alternative Möglichkeit auf und postuliert das Modell lu (de) ‘der von’ als Ausgangspunkt (z. B. «Franz, der von Peter»). Dieses zweite cline würde erklären, weshalb das Element lu auch zur Konstruktion von Metronymen verwendet werden konnte: lu tritt hier nicht als männlicher Artikel hervor, sondern hätte eine demonstrative Verwendung (und wäre somit näher beim lat. illum), die sich auf den Vorfahren bezieht. In der Tat sind sämtliche oben genannten metronymischen Belege auf männliche Personen bezogen: «L(eonar)do lu menia» wäre demnach als ‘Leonardo, der (= lu) von der Menia’ zu verstehen. In der sedimentierten Version des Familiennamens fällt der patro-/ metronymische Bezug völlig außer Acht. Stattdessen wird heute Lupieri auch von den Trägern dieses Familiennamens oft mit lat. lupus ‘Wolf’ in Verbindung gebracht. Die Untersuchung von Dokumenten aus dem 17. und 18. Jahrhundert zeigt, dass das Element lu in der onymischen Konstruktion damals noch durchaus produktiv war: Im Totenbuch von Preone wird das Ableben von «Antonius filius q(uondam) Angeli Luperij di parvulis» (1668) registriert, und im Jahre 1702 findet man folgenden Eintrag: «Antonia filia olim Thomae Luperij Lupicoli de Preono». Spätere Belege aus der gleichen Gemeinde berichten z. B. von «Florean Lupiccolo» (1737), von «Dom(eni)co q(uondam) Osvaldo Lupieri Picolli» (1756) und schließlich von «Gio-Felice Picoli», der 1786 im Geburtenbuch von Preone eingetragen wird. Die Verwendung von lu in diesem weiteren Verlauf besitzt große Ähnlichkeit mit dessen ursprünglichen Gebrauch: lu picoli ist als ‘der von den Kleinen’ zu verstehen, wie auch aus der latinisierten Form di parvulis ersichtlich wird. Es scheint hier eine Analogiebildung vorzuliegen, die aber gleichwohl eine Reanalyse der ursprünglichen Ressource erkennen lässt: Tatsächlich dient lu nicht mehr der Konstruktion eines Patronyms, sondern ist als Marker von (generalisierter) Zugehö- Elwys De Stefani 104 rigkeit neuinterpretiert worden. Lupicoli tritt hier als Familienübername auf, der wohl einer bestimmten Gruppe von Lupieri zugeschrieben worden ist. Es ist überdies auffallend, dass in meinem Korpus (über 700 friaulische Familiennamen) diese Form der Übernamenbildung ausschließlich mit dem Namen Lupieri dokumentiert ist. Reanalyse von lu: Ressource der Patro-/ Ressource zur Markierung Metronymisierung von Zugehörigkeit lu ⇒ reanalyse ⇒ lu Erst diese Reanalyse eröffnet die Möglichkeit, mithilfe von lu nicht nur einen neuen patronymischen Familiennamen, sondern einen Namen einer anderen Kategorie, nämlich eines Familienübernamens, zu bilden: Doch der Übername (Lu) picoli tritt innerhalb von wenigen Jahrzehnten als eigenständiger Familienname in Erscheinung. Diese Rekategorisierung geht einher mit einer morphosyntaktischen Reduktion, wobei sowohl der ursprüngliche Familienname (Lupieri) als auch die lu-Markierung wegfallen. Vom Familienübernamen zum Familiennamen: Familienübername Familienname (morphol. Reduktion) luXXX luYYY ⇒ Ø YYY Lupieri Lupic(c)oli Pic(c)oli Die bisher beschriebenen Phänomene verdeutlichen, dass die Onymisierung von Appellativen nicht zufällig verläuft. Anhand einer präzisen Dokumentation lassen sich auch auf der Grundlage schriftlicher Belege Entwicklungspfade beschreiben, welche primär in der gesprochenen Sprache beschritten worden sind. Geht man von der Annahme aus, dass die Face-to-face-Interaktion das «phylogenetische und ontogenetische Habitat der natürlichen Sprache» (Ford et al. 2002: 4, meine Übersetzung) darstellt, so liegt die Vermutung nahe, dass die Untersuchung interaktionalen Datenmaterials unser Verständnis solcher Onymisierungsprozesse verbessern kann. Bevor ich jedoch zur Analyse eines Gesprächsausschnitts übergehe (§5), schildere ich im nun folgenden Abschnitt meine analytische Vorgehensweise. 4. Die Methoden der Interaktionalen Onomastik Die Namenverwendung in natürlichen Gesprächen ist der primäre Untersuchungsgegenstand der Interaktionalen Onomastik (De Stefani/ Pépin 2006, De Stefani 2009a, 2016). Dieser Terminus definiert eine qualitative, empirisch fundierte «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung 105 Methode, die es ermöglicht, Namen in der natürlichen Umgebung ihrer Verwendung zu untersuchen. Auf introspektive oder elizitative (z. B. durch Interviews) Methoden der Datenerhebung - wie sie beispielsweise in der Namenpragmatik und der Sozio-Onomastik angewandt werden - verzichtet der hier vorgestellte Ansatz. Methodisch stützt sich die Interaktionale Onomastik auf gesprächsanalytische Verfahren, wie sie in der Konversationsanalyse (Sacks 1992) und der Interaktionalen Linguistik (Selting/ Couper-Kuhlen 2001) entwickelt worden sind. Es lassen sich diesbezüglich vier methodische Schwerpunkte erkennen: 1) Sprache wird als eine Ressource angesehen, die primär dem sozialen Interagieren dient. Durch Sprache übermitteln Gesprächsteilnehmer nicht nur Inhalte, sondern sie konstituieren auch ihre jeweils relevanten sozialen Identitäten; 2) Der Gesprächsverlauf ist jeweils geordnet: Sprecher wechseln sich beispielsweise ab und machen somit die sequenzielle Organisation des Gesprächs sichtbar; 3) Jedes Gespräch ist situiert, d. h. es findet in einer (veränderlichen) Umgebung statt und es ist zeitlich (durch die Teilnehmer) strukturiert. Veränderungen dieser dynamischen Umgebung sind jederzeit möglich - beispielsweise über Mutationen der Teilnehmerkonstellation durch das Hinzukommen/ Weggehen von Gesprächsteilnehmern; 4) Ziel der Datenanalyse ist es, die Sicht der Teilnehmer wiederzugeben, d. h. diejenigen Phänomene ihres Interagierens, die sie selber als relevant darstellen (emische Perspektive). Hingegen soll vermieden werden, externe (etische) Kategorien auf das Datenmaterial zu projizieren: Tatsächlich sind die analytischen Kategorien des Forschers oder der Forscherin (wie z. B. Toponyme, Anthroponyme, Mikrotoponyme etc.) für die Gesprächsteilnehmer oft irrelevant. So verwenden die Sprecher des untersuchten Gebietes Familienübernamen sowohl anthroponymisch, um die Mitglieder einer Sippschaft zu bezeichnen, als auch toponymisch, wenn sie beispielsweise auf ein Wohnhaus oder einen Dorfabschnitt verweisen (cf. §5). Die Grundsätze der interaktionalen Forschung lassen sich am einfachsten mithilfe eines Beispiels erklären: Der folgende Gesprächsausschnitt wird in der ersten lecture on conversation besprochen, die Harvey Sacks 1964 gehalten hat. Darin analysiert er die Eröffnung eines Telefongesprächs zwischen einem Hilfesuchenden und einem Betreuer des Los Angeles Suicide Prevention Centers. Bereits anhand dieses Ausschnitts kann man die soziale Dimension der Namenverwendung - oder, wie im spezifischen Falle, der Namenvermeidung - erkennen: 1) Sacks 1992: 3 A: This is Mr Smith may I help you B: I can’t hear you. A: This is Mr Smith. B: Smith. Elwys De Stefani 106 6 Für konversationsanalytische und interaktional inspirierte Untersuchungen zu Personennamen (allerdings in unterschiedlichen Interaktionssettings) verweise ich auf Schwitalla 1995, 2010, Downing 1996, Schegloff 2007, Enfield/ Stivers 2007, Lerner/ Kitzinger 2007, Clayman 2010. Für Ortsnamen konsultiere man Mondada 2000, Myers 2006. Sacks beobachtete wiederholt ein Problem im zweiten Redebeitrag der aufgezeichneten Telefongespräche (hier: I can’t hear you.), d. h. im Gesprächszug des Anrufers, der der Selbstidentifikation des Angerufenen folgt. Eine hastige Erklärung könnte von einem möglichen technischen oder akustischen Problem ausgehen. Sacks zeigte hingegen, dass es eine Erklärung gibt, die in der sequenziellen Strukturierung des Gesprächs begründet ist. Tatsächlich wäre nach der Selbstidentifikation des Angerufenen (hier: This is Mr Smith may I help you) zu erwarten, dass sich auch der Anrufer identifiziert, z. B. indem er seinen Namen nennt. Das Formulieren eines alternativen Redebeitrags - wie I can’t hear you. - verzögert somit die Selbstidentifikation des Anrufers. Der Angerufene interpretiert diese Äußerung sichtlich als Darstellung eines Kommunikationsproblems, das er durch die erneute Nennung seines Namens zu lösen versucht (This is Mr Smith.). Im darauf folgenden Gesprächszug wiederholt und ratifiziert der Anrufer den Namen seines Gesprächspartners (Smith.). Es handelt sich hierbei um einen kurzen Redebeitrag, der auf semantischer, prosodischer und pragmatischer Ebene vollendet ist. Damit steht der nächste Gesprächszug wieder dem angerufenen Teilnehmer zu. Aus diesem Vorgehen resultiert somit eine Eröffnungssequenz, die bewältigt wird, ohne dass der Anrufer sich identifizieren muss. Sacks beschreibt aus diesem Grund die Worte I can’t hear you als eine Ressource, die zahlreiche Anrufer des Suicide Prevention Centers verwenden, um die Selbstidentifikation zu vermeiden und somit anonym bleiben zu können. Dieses kurze Beispiel zeigt, wie Namen in der konversationsanalytischen Literatur untersucht werden: Sie werden nicht als Spracheinheiten mit spezifischen Charakteristika wahrgenommen, sondern vielmehr als Ressourcen die innerhalb von bestimmten interaktionalen Handlungen (z. B. in Eröffnungssequenzen von Telefongesprächen) systematisch vorkommen. Tatsächlich haben konversationsanalytisch orientierte Forscher sich mit Themen auseinandergesetzt, die auch in der (theoretischen) Namenkunde behandelt werden: Namen - und andere sprachliche und multimodale Mittel - werden z. B. als Ressourcen beschrieben, mit denen Sprecher Referenz herstellen: So liegen mit Sacks/ Schegloff 1979 und Schegloff 1996 Untersuchungen zur Personenreferenz in der spontanen Interaktion vor, während Schegloff 1972 sich mit dem Referieren auf Orte vertieft auseinandergesetzt hat 6 . «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung 107 5. Eine exemplarische Untersuchung Der folgende Ausschnitt stellt eine Verbindung zu den unter §3 besprochenen schriftlichen Aufzeichnungen her: Er stammt aus einem Gespräch, in dem die Teilnehmer über Familienübernamen diskutieren, die in Preone (dem friaulischen Herkunftsort der oben untersuchten Dokumente) heute noch gebräuchlich sind. Unter dem Begriff Familienübernamen verstehe ich (onymische) Bezeichnungen, die die Zugehörigkeit einer Person zu einer Sippschaft verdeutlichen. Dieser Usus ist vorwiegend in ländlichen und alpinen Gemeinschaften verbreitet und ermöglicht ihren Mitgliedern, sowohl die Einwohnerschaft als auch die örtliche Geographie nach sozialen Kriterien zu gliedern. Damit erfüllen Familienübernamen eine nach Lévi-Strauss 1962 zentrale Aufgabe von Anthroponymen: Familienübernamen stellen tatsächlich eine Ressource dar, die der sozialen Kategorisierung der Gemeinschaftsmitglieder dient. Anders als (offizielle) Familiennamen, werden solche Übernamen nicht ausschließlich mit der biologischen Erbfolge weitergegeben. Familienübernamen sind oft auch an Abschnitte oder Häuser eines Dorfes gebunden, weshalb sie nicht selten sowohl als Anthroponyme als auch als Toponyme verwendet werden (De Stefani/ Pépin 2006, De Stefani 2009b). Das Familienübernamensystem hat in ländlichen Gebieten also eine praktische Relevanz (Favre 2005), wie aus der alltäglichen Kommunikation hervorgeht. Die amtlichen Familiennamen der Gemeinschaftsmitglieder finden im Alltagsgespräch hingegen weitaus weniger Verwendung. Wie in §2 erläutert, können Familienübernamen eine Rekategorisierung durchlaufen und treten dann als eigentliche Familiennamen in Erscheinung. Familienübernamen wurden in der Vergangenheit nicht selten in Urkunden festgehalten (De Stefani 2005), kommen aber vor allem in der gesprochenen Sprache häufig vor. Im untersuchten Korpus setzen die Sprecher bei der Nennung eines Familienübernamens verschiedene sprachliche Ressourcen ein: Der Typus chei da/ di XXX (friaulisch ‘die(jenigen) von XXX’) wird mehrheitlich dazu verwendet, um auf Personen zu verweisen (cf. Ausschnitt 2: chei di pirel). Der Typus lì da/ di XXX, lajù da/ di XXX, etc. (frl. ‘da (unten) bei XXX’) findet hingegen Verwendung, wenn auf ein Wohnhaus oder einen Dorfabschnitt verwiesen wird. Diese Formen können außerdem kombiniert werden: So belegt De Stefani 2009b beispielsweise neben Familienübernamen wie chei dal cont (wörtlich ‘die vom Fürsten’), auch Verwendungen wie lajù di bona (‘da unten bei Bona’) und chei lajù di bona (‘die da unten bei Bona’). Die sprachliche Ressource, die bei der Formulierung von Familienübernamen zur Anwendung kommt, wird dort folgendermaßen beschrieben: Deiktikum da/ di Onymische Einheit (personal: chei/ lokal: lì/ là...) (z. B. pirel, cont, bona...) Im folgenden Gesprächsausschnitt, der aus einer auf Familienübernamen fokussierten Diskussion entnommen ist, kommt eben diese Konstruktion mehrmals vor. Elwys De Stefani 108 7 Die Untersuchung philologischer Fragestellungen mit konversationsanalytischen Methoden wirft interessante methodologische Probleme auf. Die exakte Reproduktion des Datenmaterials, insbesondere der Eigennamen, ist ein Grundpfeiler der historischen Namenkunde. Auch die Konversationsanalyse stützt sich auf eine detaillierte Transkription der Daten. Um Rückschlüsse auf die Gesprächsteilnehmer zu verunmöglichen, werden jedoch Eigennamen gemeinhin anonymisiert. Da diese in der interaktionalen Forschung übliche Verfahrensweise mit dem hier vorgestellten Forschungsobjekt unvereinbar ist, werden im Transkript die originalen Eigennamen wiedergegeben. Eine Übersicht über die Transkriptionskonventionen ist im Anhang zu finden. 2) fam51231A (29: 47-30: 07) 7 1 PIE dopo al è: : ə : silvio: c’al è di chei di pirel: . dann gibt es silvio der ist von denen von pirel 2 (1.2) 3 RUG cui? wer 4 (0.2) 5 PIE silvio. 6 (1.5) 7 PIE ( ) 8 (1.6) 9 SAN ((lacht)) 10 RUG ma chei di di c[oso. aber die von von dings 11 PIE [CHEI di [giosuè. die von giosuè 12 CAR [(senti che roba) = hör dir das an 13 PIE = i [fîs di giosuè. die söhne von giosuè 14 RUG [ˇeh ja 15 RUG a son di chei di pirel °chei lì°? sind die von denen von pirel die da 16 PIE eh sì. ah ja/ na klar 17 (0.8) 18 RUG giosuè. 19 (0.2) 20 PIE ma no sai cui ca è di [pirel aber ich weiß nicht wer von pirel ist 21 RUG [onorino [eh: onorino eh 22 PIE [forse era la su vielleicht war seine 23 [femina di pirel. frau von pirel 24 RUG [°ah-° 25 (0.3) 26 RUG no. nein «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung 109 Der Ausschnitt illustriert eine Gesprächsphase, die vorwiegend von Piera (PIE) und Ruggero (RUG) bestritten wird. Am Anfang des Ausschnittes (Zeile 1) führt Piera den Namen eines Dorfbewohners ein (silvio) und kategorisiert diesen als ein Mitglied von chei di pirel: . Die folgende Verzögerung des Gesprächsverlaufs (Pause in Zeile 2) lässt das Aufkommen eines potenziellen Problems erkennen: Tatsächlich initiiert Ruggero in Zeile 3 eine Reparatur (cui? ‘wer’), die auf ein referenzielles Problem schließen lässt. Piera wiederholt folglich die Problemquelle, nämlich den Namen der vorher genannten Person (Zeile 5), was allerdings nicht zur Lösung des Problems führt: In Zeile 6 hätte Ruggero die Gelegenheit gehabt, eine allfällige Lösung des Problems (d. h. die erfolgte Identifikation des mit silvio bezeichneten Referenten) zu manifestieren. Stattdessen entsteht eine lange Pause, die verdeutlicht, dass weiterhin ein Problem besteht. Nach einem nicht verständlichen Beitrag Pieras (Zeile 7), entsteht erneut eine lange Pause (Zeile 8), wonach ein weiterer Teilnehmer (Sandro, SAN) zu lachen beginnt (Zeile 9). Im weiteren Verlauf verschiebt sich das Gespräch von der Identifikation einer einzelnen Person (silvio; Zeilen 1-9) auf die Identifikation der Mitglieder, die zu der mit chei di pirel bezeichneten Sippschaft gehören (Zeilen 10-25). In dieser weiteren Gesprächsphase lässt sich die Produktivität der Konstruktion chei di + XXX beobachten. In Zeile 10 verwendet Ruggero die Konstruktion mit einem vagen Platzhalter (coso ‘Dings’), den Piera in Zeile 11 durch einen Personennamen ersetzt: CHEI di giosuè. Pieras Gesprächsbeitrag ist jedoch potenziell zweideutig: Zum einen könnte Pieras Formulierung als Familienübername verstanden werden (ähnlich wie chei di pirel), zum andern als eine referenzielle Beschreibung, die sich auf eine Person Namens Giosuè bezieht. Interessanterweise ist es Piera selber, die die mögliche Zweideutigkeit der Formulierung erkennen lässt: In Zeile 13 fügt sie nämlich (unaufgefordert) eine alternative Beschreibung hinzu, die die Referenten spezifiziert: i fîs di giosuè. ‘die Söhne von Giosuè’. Die Konstruktion chei di + XXX erscheint hier (Z. 11) somit in ihrer appellativischen Verwendung. Der propriale Gebrauch der Konstruktion wird in Zeile 15 sichtbar, in der Ruggero eine Paarsequenz vom Typ Frage/ Antwort eröffnet. Sein Redebeitrag a son di chei di pirel °chei lì°? (wörtlich: ‘sind die von denen von Pirel die da’) führt chei di pirel als eine referenzielle Einheit ein, wie auch der vorangestellte Partitiv di belegt. Der Ausdruck beschreibt somit eine Gruppe, die aus einer unbestimmten Anzahl von Mitgliedern besteht; gerade diese Verwendungsweise lässt dessen propriale Dimension erkennen. Das daran anschließende und leiser gesprochene °chei lì° ‘die da’ bezieht sich hingegen wieder auf die vorher genannten Referenten, nämlich die ‘Söhne von Giosuè’, deren Zugehörigkeit zu chei di pirel Ruggero bezweifelt - auch nachdem Piera die Paarsequenz mit eh sì. ‘ah ja/ na klar’ (Zeile 16) beschließt, wie Ruggeros Wiederholung des Namens giosuè. in Zeile 18 zeigt. In den folgenden Zeilen gehen die Teilnehmer dazu über, eine Erklärung zu suchen für den Gebrauch des Familienübernamens chei di pirel. In Zeile 20 erläutert Piera, dass sie nicht weiß, wer innerhalb der so bezeichneten Gruppe di pirel ist (ma no sai cui ca è di pirel ‘aber ich weiß nicht wer von Pirel ist’). Nach dem Elwys De Stefani 110 Einschub eines weiteren Personenamens durch Ruggero (onorino eh: , Zeile 21) erklärt Piera, dass vielleicht die Ehefrau (von giosuè) di pirel war, womit sich der Familienübername auch für deren Nachkommenschaft eingebürgert hätte (forse era la su femina di pirel. ‘vielleicht war seine Frau von Pirel’, Zeilen 23-24). Dieser Erklärungsversuch wird von Ruggero aber abgelehnt (no. ‘nein’, Zeile 26). Anhand dieser wenigen Zeilen kann im Bezug zum Onymisierungsprozess folgendes festgehalten werden: Zum einen lässt sich erkennen, dass die Gesellschaftsmitglieder oft divergierende Auffassungen über den Verwendungsursprung eines Familienübernamens haben - der durch Filiation, Anheirat, aber auch durch andere Gegebenheiten (z. B. Wohnhaus) und Ereignisse Eingang in den gemeinschaftlichen Gebrauch finden kann. Zum andern erkennt man, auf der formalen Ebene, die (notwendige) Möglichkeit der Segmentierung von Familienübernamen: di pirel erscheint in Zeile 20 als ein Namenetikett, das auf unterschiedliche Personen verweisen kann (‘ich weiß nicht wer von Pirel ist’). In Zeile 22 wird dieselbe onymische Einheit verwendet, um eine bestimmte Person zu bezeichnen, nämlich die Ehefrau (femina) von Giosuè. Diese kurze Einzelfallanalyse lässt uns einen Einblick in den Onymiserungsprozess von Familienübernamen gewinnen, der dem tatsächlichen Gebrauch durch die Mitglieder der Gemeinschaft entspringt. Davon ausgehend kann die Entstehung von Familienübernamen im untersuchten friaulischen Gebiet als dreistufiger Prozess beschrieben werden: 1. Deskriptive Formulierung einer Zugehörigkeit nach dem frequenten Modell XXX 1 + di/ da(l) + XXX 2 , wobei in beiden Positionen (appellativische oder propriale) referenzielle Ausdrücke zu stehen kommen: z. B. i fîs di giosuè (Z. 13), aber auch la cjasa di bortul ‘das Haus des Bortul’, lì dal poç ‘dort beim (Zieh)brunnen’, etc. 2. Konsolidierung von XXX 2 als Bezugspunkt für die Beschreibung von Personen, z. B. silvio di pirel (abgeleitet aus Z. 1), chei di pirel (Z. 1, 15), aber auch von Orten (lì di pirel ‘dort bei Pirel, beim Haus der Pirel u. ä.’). Hier lassen sich ebenso Formulierungen anführen, in denen XXX 2 ursprünglich auf einen Ort verweist, wie z. B. chei dal poç. 3. Konsolidierung dieser Bezeichnungen für einzelne Gemeinschaftsmitglieder und Sedimentierung von chei di XXX 2 als Referenzbezeichnung für eine Gruppe von Individuen. Auch auf formaler Ebene treten solche Beschreibungen nun als Einheiten in Erscheinung: Man beachte al è di chei di pirel (Z. 1) anstelle eines ebenfalls möglichen al è di pirel; ebenso a son di chei di pirel (Z. 15) und nicht a son di pirel. «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung 111 8 Zur Rolle der Schriftlichkeit bei der Interpretation sprechsprachlicher Daten cf. Linell 1982. 6. Zur Theorie der Onymisierung Es drängt sich die Frage auf, auf welchen sprachlichen Ebenen die in §3 und §5 besprochenen Onymisierungsprozesse bei der Entstehung von Familien(über)namen stattfinden. Die folgenden Bereiche erscheinen diesbezüglich als besonders relevant: 1. Referenz: Zu Beginn des Onymisierungsprozesses stehen referenzielle Praktiken. Die Entwicklung hin zu einer proprialen Verwendung deskriptiver Formulierungen kann als Spezialisierung der referenziellen Dimension verstanden werden - auf Kosten der semantischen Transparenz (Familiennamen wie Lupieri, aber auch viele Familienübernamen, wie z. B. die in der gleichen Gemeinschaft belegten Baltinìa oder Cofuç werden, im Hinblick auf ihre ursprüngliche Semantik, von den heutigen Gemeinschaftsmitgliedern als nicht transparent empfunden). 2. Morphosyntax: Auf der formalen Ebene sind zwei Phänomene zu beobachten: a) die Konsolidierung konstruktioneller Schemata, wie z. B. lu + XXX (§3) oder XXX 1 + di/ da + XXX 2 (§5), die auch als «Eigennamenmarker» in einem der Auffassung von Nübling 2005 nahestehenden Sinne beschrieben werden können; b) morphosyntaktische Veränderungen, namentlich die Reanalyse von Spracheinheiten (lu Pieri . Lupieri), aber auch die Reduktion (Lupiccoli . Piccoli). Diese Phänomene sind insbesondere im Falle von (schriftlich) dokumentierten Familiennamen gut zu beobachten 8 . Aber auch in den sprechsprachlich tradierten Familienübernamen sind etwa Prozesse der Reduktion zu erkennen. Im erhobenen Audiokorpus ist beispielsweise der Familienübername chei di brighessa belegt: Wird eine Einzelperson dieser Sippschaft erwähnt, so entfällt nicht selten die Präposition, z. B. bepo brighessa. 3. Frequenz: Die Häufigkeit mit der bestimmte rekurrente Konstruktionen verwendet werden, trägt entscheidend zu ihrer Sedimentierung bei. Nur bei einer ausreichend hohen Dichte - d. h. bei einer hohen Frequenz innerhalb einer kurzen Zeit - kann eine ursprünglich appellativische Beschreibung als propriale Bezeichnung wahrgenommen werden. Onymisierungsprozesse werden im Allgemeinen als Phänomene des Sprachwandels beschrieben. Dabei wird nicht selten außer Acht gelassen, dass Sprache sich nicht von selbst ändert: Sprachliche Innovationen und Veränderungen erfolgen vielmehr in der tatsächlichen, alltäglichen Sprachverwendung. Diese Überlegung trifft auf Onymisierungsphänomene ebenso zu wie auf Prozesse der Lexikalisierung und Elwys De Stefani 112 9 Einen Überblick über die in dieser Forschungsrichtung gängigen Termini findet man in Hopper/ Traugott 2003. der Grammatikalisierung. Im Rahmen der hier vorgelegten Untersuchung habe ich aus diesem Grunde Konzepte verwendet, die aus der Grammatikalisierungstheorie stammen 9 . Als grundlegende Mechanismen des Sprachwandels werden in diesem Forschungsansatz gemeinhin die Reanalyse und die Analogie genannt. Mit Reanalyse wird die Neuinterpretation einer sprachlichen Einheit oder einer frequenten morphosyntaktischen Fügung beschrieben. Der in §3 dokumentierte Übergang von der Getrenntschreibung von lu Pieri zur Zusammenschreibung als Lupieri stellt nur ein Beispiel einer reanalysierten Wortkombination dar. Reanalysen dieser Art sind gerade für die Familiennamenbildung charakteristisch, wie auch die Untersuchungen von Nübling 2005, 2010 und Nübling/ Schmuck 2010 beweisen. Im Laufe der Onymisierung können reanalysierte Wortverbindungen außerdem eine Rekategorisierung erfahren. Der Übergang von Schreibungen wie Lupieri Lupicoli zur einfachen Form Pic(c)oli zeigt, dass der ursprüngliche Familienübername Lupicoli als alleinstehender Familienname rekategorisiert worden ist. Wenngleich der Analogie-Begriff in der Sprachwissenschaft bereits sehr früh Beachtung findet (z. B. wenn die Junggrammatiker analogische Ereignisse bemühen, um die Gültigkeit der postulierten «Ausnahmslosigkeit der Lautgesetze» zu verteidigen), wird die Analogie erst durch Meillet 1912 als zentrales Moment der Grammatikalisierung beschrieben. Analogiebildungen werden in Onymisierungsprozessen als Generalisierungsphänomene sichtbar, beispielsweise wenn die in §5 untersuchten Familienübernamen regelmäßig als chei da/ di XXX gebildet werden. Die hier untersuchten Prozesse lassen retrospektiv Entwicklungspfade (clines) erkennen, die mit einer mehr oder minder großen Systematik beschritten werden. Die in diesem Beitrag vorgestellten Einzelfälle erlauben es mir nicht, Aussagen über die Frequenz der beobachteten Entwicklungen zu formulieren. Im Hinblick auf eine empirisch fundierte Onymisierungstheorie lassen die hier formulierten Überlegungen jedoch verschiedene Forschungsdesiderata erkennen: 1. Die Untersuchung von Einzelfällen und die daraus hervorgehende Beschreibung möglicher clines ermöglicht es, frequente Entwicklungstendenzen aufzuzeigen; 2. der sprechsprachliche Ursprung onymischer Spracheinheiten ist auch aus einer diachronen Warte systematisch zu berücksichtigen; 3. die sprachhistorische Untersuchung der Eigennamen kann durch die Analyse interaktionalen Sprachverhaltens bereichert werden. Während die Namenkunde den letztgenannten Fragen bisher kaum Beachtung geschenkt hat, ist das erste Forschungsdesideratum verschiedentlich diskutiert worden: So untersucht Nübling 2010 beispielsweise die Entstehung und Generalisierung des anthroponymischen Suffixes -ert (in Familiennamen wie Schubert, Schreinert, etc.). Dabei gilt das theoretische Interesse der Autorin der Frage, inwieweit «Gesprochene Sprache» in der namenkundlichen Forschung 113 10 In ihrem Aufsatz beruft sich Nübling 2010 ebenso auf Prozesse der Degrammatikalisierung und der Delexikalisierung, die hier nur der Vollständigkeit halber erwähnt werden. 11 Siehe beispielsweise Levinson 2003: 69: «The study of placenames or onomastics is one of the older branches of linguistic enquiry ... But despite the long tradition of study, little of theoretical interest has emerged». 12 Bromberger 1982: 104 schreibt diesbezüglich: «Or, paradoxalement, la plupart des études anthroponymiques se sont situées aux antipodes d’un tel programme [mit einem anthropologischen Erkenntnisinteresse, Anmerkung des Verfassers]: plutôt qu’à analyser comment les sociétés classent les individus à travers les noms qu’elles leur assignent, on s’est attaché à classer les noms, selon des critères (formels ou sémantiques) extérieurs aux cultures considérées». Prozesse der Lexikalisierung bzw. der Grammatikalisierung zur Bildung dieses onymischen Morphems beitragen 10 . Es drängt sich diesbezüglich die Frage auf, ob es nicht sinnvoll sei, die Entstehung und Sedimentierung von Eigennamen - und onymischer Wortkomponenten - im Rahmen einer allgemeinen Onymisierungstheorie zu beschreiben. Zum einen würde damit dem der Namenkunde regelmäßig vorgeworfenen Makel der Theorielosigkeit 11 und des unstillbaren Dranges nach Taxonomien 12 entgegengewirkt, zum anderen könnte die traditionelle Onomastik, die vorwiegend mit einem philologisch-etymologischen Instrumentarium operiert, durch jüngere Forschungstendenzen der historischen Sprachwissenschaft bereichert werden. Gerade in den (bisher) wichtigsten Bereichen namenkundlicher Forschung, der Anthroponymie und der Toponymie, ist eine verstärkte Berücksichtigung des sprechsprachlichen Ursprungs onymischer Elemente und der damit einhergehenden pragmatischen Dimension wünschenswert. In Anlehnung an Hopper/ Traugott 2003: 133, welche Grammatikalisierung als «a theory with dual prongs: diachronic and synchronic» bezeichnen, kann festgehalten werden, dass die Entstehung und Entwicklung onmyischer Einheiten nicht nur in historischer Perspektive dokumentierbar ist, sondern auch im gesprochenen, interaktionalen Sprachgebrauch. Verstehen wir Onymisierung als Prozess (und nicht als Resultat), so ist es naheliegend, diesen Prozess auch in spontanen, nicht-elizitierten Alltagsgesprächen sichtbar zu machen. Die Interaktionale Onomastik bietet sich in diesem Zusammenhang als systematische Forschungsmethode an. Leuven Elwys De Stefani Elwys De Stefani 114 Transkriptionskonventionen ? fragender Tonfall . fallender Tonfall (0.8) Pause in Sekunden [ ] Beginn und Ende einer Überlappung : Längung - Unterbrechung ( ) unsichere Transkription xxx unverständliches Segment = pausenloser Turnübergang vero Akzentuierung CAsa laute Aussprache °ga°tto leise Aussprache ˇ Glottisschlag Bibliographie Blanár, V. 2001: «Theorie des Eigennamens. Status, Organisation und Funktionieren der Eigennamen in der gesellschaftlichen Kommunikation», Germanistische Linguistik 164-65: 1-207 Bromberger, C. 1982: «Pour une analyse anthropologique des noms des personnes», Langages 66: 103-24 Clayman, S. E. 2010: «Address terms in the service of other actions. The case of news interview talk», Discourse & Communication 4/ 2: 161-83 De Stefani, E. 2003: Cognomi della Carnia, Udine De Stefani, E. 2005: «Chei di Baraca a son lì di Fonso. Soprannomi di famiglia e contesto sociale», in: G. 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In particular, we deal with two word order phenomena, which might be attributed to contact with the more prestigious or widespread varieties spoken in the area: (i) in some Fassan phrasal verbs we find the order «Verb - XP - Locative element», which resembles the German order; (ii) in Cimbrian various syntactic positions are possible; one of them corresponding to the one used in Trentino dialects and Regional Italian. Despite these resemblances, we show that the «unexpected» word orders found in the two varieties are not syntactic «borrowings» from the close German (for Fassan) and Romance (for Cimbrian) varieties; rather, they are the results of internal changes, which may have been reinforced by contact with other languages. Keywords: Language contact, Phrasal verbs, Trentino varieties, Rhaeto-Romance, Cimbrian 1. Introduzione In questo lavoro intendiamo mettere a confronto la costruzione «verbo + locativo» in alcune varietà linguistiche, di origine romanza e di origine germanica, che coesistono nell’area trentina. «V(erbo) + loc(ativo)» è l’espressione descrittiva che usiamo in questo lavoro per riferirci alla costruzione oggetto della ricerca: si tratta di un’unità polirematica, in cui il verbo, sia intransitivo che transitivo, è un verbo di movimento (come nella maggior parte dei casi; in italiano: andare, venire, saltare, correre; mettere, gettare, portare, lanciare), oppure un verbo stativo (in italiano: essere, stare, restare), oppure un verbo di azione (in italiano: grattare, fare); con il termine «locativo» 1 indichiamo in particolare avverbi come accanto, addosso, avanti, contro, dentro, dietro, fuori, giù, intorno, sopra, sotto, su, via, cioè avverbi con significato spaziale non deittico, caratterizzati formalmente dall’uguaglianza con preposizioni o con parti di locuzioni preposizionali. Il loro significato cambia secondo il verbo con cui si combinano: lo stesso avverbio può indicare uno stato in luogo (sono rimasto * Questo lavoro fa parte di una ricerca finanziata dal Settimo Programma Quadro dell’Unione Europea (grant agreement n° 613465 - AThEME). L’articolo intero è stato discusso dai tre autori; per la versione scritta i §1-3 sono stati redatti da Patrizia Cordin, i §4-6 da Jan Casalicchio, il §7 da Ermenegildo Bidese. Con riferimento al §6 ringraziamo i nostri informatori ladini, e in merito al §7 ringraziamo Alessandra Tomaselli e Andrea Padovan per la puntuale revisione del testo e la discussione di alcuni passaggi. Eventuali errori e imprecisioni sono da attribuire agli autori. 1 Solo nel §7, in accordo con la tradizione degli studi germanici, manteniamo il termine «particella» e descriviamo la costruzione come «V + particella». Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 117 2 Come vedremo nei prossimi paragrafi, in alcune varietà romanze e in tutte le varietà germaniche l’avverbio locativo/ la particella nelle costruzioni in esame può avere significato aspettuale. 3 Nelle diverse varietà dialettali trentine la costruzione in esame non presenta differenze di rilievo. 4 Nella trascrizione degli esempi ci adeguiamo alle norme ortografiche utilizzate per le singole varietà: quelle della scrittura semplificata del Dizionario Toponomastico Trentino per i dialetti trentini (http: / / www.trentinocultura.net/ territorio/ toponomastica/ toponomastica_manuali_tec nici_h.asp), quelle del DILF per il fassano, quelle stabilite dalla Grammatica Cimbra di Panieri et al. 2006 per il cimbro. I differenti criteri adottati per le tre norme possono portare a trascrizioni diverse per la stessa parola in due varietà, come succede per l’avverbio su, scritto senza accento in trentino («su») e con accento in ladino («sù»). fuori), la direzione del percorso (vado fuori), la direzione di un movimento parziale in un evento che coinvolge un oggetto (metter fuori il dolce, grattare via lo sporco) 2 . Nel presente contributo prenderemo in considerazione i dialetti trentini 3 , il ladino fassano e infine il cimbro di Luserna. Poiché queste varietà sono parlate in un’area che è stata caratterizzata per secoli da strette relazioni di tipo culturale, economico e politico tra popolazioni germaniche e romanze, intendiamo in particolare considerare il ruolo che il contatto linguistico tra varietà romanze e germaniche ha esercitato sulla costruzione in esame, ponendoci due principali domande. In primo luogo, ci chiediamo se il contatto con le varietà germaniche, dove le costruzioni con verbi prefissati che hanno una particella di tipo locativo sono frequenti, possa aver avuto un influsso sull’uso e sulla forma delle costruzioni «V + loc» che troviamo nei dialetti trentini e nel ladino. In secondo luogo, rovesciando la prospettiva, ci chiediamo se il cimbro, lingua di origine germanica, possa aver subito l’influsso del contatto con le vicine lingue romanze nella realizzazione sintattica di tale costruzione. Per rispondere alle due domande, dopo aver presentato una breve descrizione delle principali caratteristiche che la costruzione presenta nelle lingue germaniche e nelle lingue romanze (§2), passiamo a descrivere le diverse forme della costruzione nelle tre varietà, con particolare attenzione all’ordine degli elementi in gioco (il verbo, la particella locativa, il SN retto dal verbo, il SP retto dal verbo). La costruzione nei dialetti trentini, dove l’ordine degli elementi segue lo schema «V - loc - SN/ SP» (meto zo na zesta 4 ‘abbasso un cesto’, vago su sul treno ‘salgo sul treno’) è presentata in §3, mentre in §4 è descritta la costruzione nel ladino, dove troviamo lo stesso ordine dei dialetti trentini (l ven sù da Trent ‘sale da Trento’, fae sù el mur ‘rifaccio il muro’), ma dove è anche attestato un ordine diverso, «V - SP - loc», simile a quello che si trova nella costruzione del tedesco, con il locativo non adiacente al verbo (l ven da Trent sù ‘sale da Trento’, i era da chesta sù ‘si trovavano lassù su questo lato’). Questo tipo di costruzioni ladine è confrontato in §5 con un tipo analogo che si trova nell’italiano antico (voidà lo pes fora en barcha (e) lasà nar lo viger (Lio Mazor 23-62,3) ‘vuotò il pesce in barca e lasciò andare il cesto’), dove è attestata una maggiore libertà nell’ordine degli elementi rispetto a quella che troviamo nell’italiano odierno. Alla luce dei dati antichi, in §6 si motivano i due diversi ordini attestati nel ladino. Infine, in §7 è descritta la costruzione in cimbro, la varietà Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 118 5 Benincà 1983 e più recentemente per il cimbro Bidese/ Padovan/ Tomaselli 2013 e 2014. 6 Stiebels/ Wunderlich 1983; Carroll/ von Stuttenheim 1993; Stiebels 1996; Dehé et al. 2002; Booij/ van Kemenade 2003; Dehé 2015. 7 Sull’uso delle costruzioni «V + loc» in italiano si veda Jezek 2002; Cini 2008; Schwarze 2008; Jezek/ Strik-Lievers 2010. germanica considerata in questo lavoro. Anche in cimbro convivono più ordini in variazione: un ordine che è paragonabile linearmente all’ordine romanzo, in cui la particella segue immediatamente il V lessicale (di arbatar håm gemacht au di maur ‘gli operai hanno costruito (lett. fatto su) il muro’) e un ordine che non trova alcuna attestazione nelle costruzioni romanze analizzate, in cui la particella precede il V (di arbatar håm augemacht di maur ‘gli operai hanno «su fatto» il muro’). Nella conclusione del lavoro si suggerisce che nelle varietà considerate la diffusione e la forma della costruzione non siano dovute direttamente al contatto linguistico con le lingue vicine, ma siano piuttosto manifestazioni di regole strutturali proprie di fasi più o meno recenti nella grammatica delle varietà stesse, che dal contatto possono solo essere rinforzate, ma non acquisite per dare origine a strutture nuove 5 . 2. Le costruzioni «verbo + locativo» nelle lingue romanze e nelle lingue germaniche Le costruzioni «V + loc» sono frequenti nelle lingue germaniche, nelle quali sono state ampiamente studiate 6 : in inglese sono chiamate phrasal verbs (cf. esempi [1a-b]), in ted. trennbare Verben oppure Partikelverben, espressione che si riferisce ai verbi complessi con prefissi separabili (cf. esempi [2a-b]): (1) a He pushes the chair away lui spinge la poltrona via ‘(Lui) allontana la poltrona.’ b He eats up his lunch lui mangia su suo pranzo ‘(Lui) finisce il pranzo.’ (2) a Er räumt das Zimmer auf lui sgombra la camera su ‘(Lui) riordina la camera.’ b Ich werfe den Müll weg io butto la spazzatura via ‘(Io) butto via la spazzatura.’ In tutte le lingue standard dell’area romanza la sequenza «V + loc» ha un impiego ridotto. In italiano, ad esempio, i verbi che possono essere seguiti da un avverbio locativo sono prevalentemente verbi di stato [3a] o di movimento (intransitivi e transitivi; cf. [3b-c]), usati in registri piuttosto informali, anche con significato figurato 7 . Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 119 8 Oltre alle lingue romanze, tra le lingue verb-framed sono elencate le lingue semitiche, il giapponese, il tamil, il polinesiano, il bantu, il maya. 9 Sono considerate lingue satellite-framed le lingue indoeuropee - con l’eccezione delle lingue romanze - le lingue ugrofinniche, il cinese. (3) a Vedi di star su! b La temperatura è andata giù. c Ho buttato via i tuoi quaderni. Nel contesto degli studi sulla lessicalizzazione degli eventi di moto, Talmy 1985, 1991, 2000 introduce una distinzione tra due tipi linguistici basata sul modo diverso di codificare il movimento: esisterebbero infatti lingue cosiddette verb-framed (come le lingue romanze 8 ) e lingue cosiddette satellite-framed (come le lingue germaniche 9 ). Secondo Talmy, le lingue satellite-framed esprimerebbero il movimento fuori dalla radice verbale, mediante «particelle», mentre nelle lingue verb-framed il movimento sarebbe espresso dalla radice del verbo. Se prendiamo come esempio il verbo «uscire», il percorso lessicalizzato come satellite è rappresentato nella serie germanica dal ted. aus-gehen, dall’oland. uit-gaan, dall’afrikaans uit-gaan, dall’ingl. to go out, dal danese gå ud, dallo svedese gå ut, dal norvegese å gå ut, dall’islandese fara ùt, dal gotico us-gaggan, ū t-gaggan. Il percorso lessicalizzato dal verbo è invece ben illustrato nella serie romanza rappresentata dal portoghese sair, dallo spagnolo salir, dal catalano sortir, dal francese sortir, dal sardo bessire, dall’italiano uscire, dal rumeno a ie ş i. Il concetto di «satellite» si riferisce a una macro-classe di parole diverse (in particolare prefissi e avverbi verbali). In molti casi, tuttavia, l’opacità del prefisso impedisce che questo sia riconosciuto come satellite, come avviene nel caso del verbo arriver/ arrivare in francese e in italiano. Entrambe le lingue codificano il movimento nel prefisso ae la mèta nel morfo riv-. In seguito all’evoluzione diacronica, tuttavia, il significato del verbo non è più composizionale e non coincide con l’originale ‘raggiungere la riva’, ma più genericamente indica il raggiungimento di una qualsiasi mèta. Si può sostenere, perciò, che le due lingue in questione lessicalizzino il percorso nella radice verbale e non nel satellite. Lo stesso avviene in francese e in italiano (e in altre lingue romanze) nella maggior parte dei verbi di moto prefissati, che sono semanticamente opachi (descendre, discendere, scendere, sortir, uscire, ecc.). La diffusione delle costruzioni «V + loc» in area romanza in molte varietà non standard introduce un elemento di rilievo nella discussione sul tema. Infatti, la strategia di lessicalizzazione del movimento proposta da Talmy per le lingue romanze non è in grado di spiegare i numerosi casi in cui il percorso (o almeno una sotto-componente dello stesso) nell’evento di moto è codificato da un elemento indipendente dalla radice verbale. I dati romanzi che discuteremo nei §3 e 4 sono relativi ai dialetti trentini e al ladino: gli esempi riportati sono basati su attestazioni di dizionari (per il trentino Grassi 2009 e ALTR 2005, per il ladino DILF), di testi scritti (per il trentino Raffelli 1985, per il ladino l’ALD-II e il corpus in rete di Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 120 10 A questo proposito Schwarze 2008: 219 osserva come la restrizione morfologica che impedisce la derivazione di nomi dalla combinazione «V + loc» sia del tutto prevedibile, poiché la presenza di un avverbio blocca la nominalizzazione, dal momento che il nome non ammette un ampliamento avverbiale. 11 Si tratta di avverbi temporali come sempre, già, più, mai, ancora. testi CorpusLad, http: / / corpuslad.ladintal.it) e sono confermati dalla produzione e dai giudizi dei parlanti delle varietà considerate. Nel confronto della struttura in questione nelle lingue germaniche e nelle lingue romanze si mettono in evidenza tre principali differenze concernenti: (a) la derivazione nominale; (b) l’ordine degli elementi interno alla costruzione; (c) il significato della costruzione. Per quanto riguarda la prima differenza (a), osserviamo che il tedesco ammette la derivazione nominale dai verbi con particella separabile (der Anfänger ‘il principiante’, die Abscheidung ‘la deposizione’). Nelle varietà romanze invece la derivazione è possibile solo da verbi semplici o prefissati, ma nessun nome può derivare dalla sequenza «V + loc»: si confronti la derivazione di un sintagma nominale come la sottomissione dei ragazzi (derivato da sottomettere) con l’impossibilità di derivare un sintagma nominale come *la missione/ messa sotto dei ragazzi (derivato da metter sotto 10 ). Per quanto concerne la seconda differenza (b), notiamo che nelle lingue romanze moderne il locativo ha una posizione fissa, e appare immediatamente alla destra del verbo (cf. [3] a-c; [4] a-b). Nel caso siano presenti pronomi enclitici o avverbi leggeri 11 , il locativo li segue immediatamente (cf. [5] a-b): (4) a Metti via il giornale b *Metti il giornale via (5) a Non mandarlo fuori b Tira sempre/ ancora/ già fuori la lingua Nelle lingue germaniche, invece, il verbo flesso e il locativo non devono necessariamente essere adiacenti. L’inglese presenta una situazione mista: si hanno, infatti, casi in cui il locativo è adiacente al verbo alla sua destra ([1a], [6a] e [7a]) e altri casi in cui il locativo è separato dal verbo da uno o più sintagmi ([1b], [6b] e [7b]). (6) a Put away the newspaper metti via il giornale b Put the newspaper away metti il giornale via (7) a He sticks out his tongue lui tira fuori sua lingua b He sticks his tongue out lui tira sua lingua fuori ‘(Lui) tira fuori la lingua.’ Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 121 12 Brinton 1988; Dehé et al. 2002. 13 In Iacobini/ Masini 2007 s’ipotizza, tuttavia, che alcune costruzioni «V + loc» possano esprimere tratti aspettuali anche nella lingua italiana, in particolare quando un verbo di azione si combina con via. Tale avverbio, infatti, secondo gli autori, funzionerebbe come marca di telicità e servirebbe ad enfatizzare il raggiungimento del risultato dell’azione in espressioni come: grattar via, raschiar via, lavar via, cacciar via, scansar via, strappar via, spostar via, cancellar via. 14 In particolare, le costruzioni «V + loc» sono frequenti in alcune varietà dell’italiano settentrionale, come il friulano, il veneto, il piemontese, il lombardo, il trentino, il ladino; cf. Rohlfs 1969; AIS 1928-40. In altre lingue germaniche come il tedesco (cf. [2a-b], [8]) e l’olandese (cf. [9]) nelle frasi principali il verbo flesso si sposta dall’ultima posizione della frase alla seconda posizione per la nota regola del Verbo Secondo, lasciando la particella in fondo alla frase. Di conseguenza, i due elementi, verbo e particella, sono di solito separati da uno o più sintagmi: (8) Peter trinkt sein Bier aus Peter beve sua birra fuori ‘Peter beve tutta la sua birra.’ (9) Hans belde zijn moeder op Hans chiamava sua madre su ‘Hans telefonò a sua madre.’ La terza differenza (c) riguarda il significato che può assumere il locativo nella costruzione delle diverse lingue. Infatti, mentre nelle lingue germaniche la particella locativa può esprimere sia la direzione (cf. [1a], [2b], [6] e [7]), sia l’aspetto verbale (cf. [1b], [2a], [8] e [9]) 12 , nelle lingue romanze standard il locativo esprime solo la direzione, spesso in senso proprio, in alcuni casi in senso figurato 13 . 3. Le costruzioni verbo + locativo nel dialetto trentino Come abbiamo già accennato nel paragrafo precedente, le costruzioni romanze con il verbo seguito dal locativo sono molto più frequenti nelle varietà non standard che in quelle standard 14 . Alcune varietà diatopiche dell’Italia settentrionale in particolare, e fra queste i dialetti trentini e il ladino, ne fanno un uso molto ampio. Diversamente da quanto osservato per le lingue romanze standard, il trentino usa tali costruzioni non solo con verbi di stato e di movimento, ma anche in combinazione con verbi inaccusativi e transitivi che indicano un’azione compiuta su un oggetto. Il locativo in tali combinazioni esprime - come nel tedesco - l’aspetto verbale, spesso indicando il completamento dell’azione, come in serar su ‘chiudere bene’, taiàr su ‘tagliuzzare’, far su ‘rifare’, spacàr su ‘rompere’, o il raggiungimento di un certo grado nell’azione, anche basso o appena iniziale, come in fasàr su ‘fasciare in qualche modo’, scomenziàr via ‘iniziare’. Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 122 15 Jaberg 1939; Rohlfs 1969; Heller 1979; Plangg 1980; Gsell 1982; Mair 1984; Kramer 1987. 16 Cf. Cordin 2011. La somiglianza semantica delle costruzioni dialettali con i verbi separabili del tedesco, insieme alla loro ampia diffusione in aree prossime ai territori germanofoni, ha dato origine a un’ipotesi condivisa da molti autori, che considera la combinazione «V + loc» nei dialetti romanzi un esito del contatto con il tedesco 15 . Sebbene si possano riconoscere nel vasto repertorio delle costruzioni dialettali trentine alcune combinazioni che presentano gli stessi elementi del tedesco, sia per il verbo che per il locativo (aus-verkaufen / vender fora ‘svendere’; aus-sehen / vardar fora ‘avere un certo aspetto’), tuttavia nelle combinazioni dialettali sono attestati verbi uguali con locativi diversi rispetto al tedesco (spazar su ‘ab-fegen’ ‘spazzare’, montar su ‘ein-steigen’ ‘salire’) e qualche combinazione del tutto originale (come eser drìo a ... ‘essere intenti a ...’). Ciò testimonia a favore dell’autonomia del dialetto nello sviluppo semantico del locativo da elemento puramente spaziale a elemento con valore aspettuale 16 . A livello morfologico e sintattico confermano l’autonomia della struttura anche l’impossibilità di derivazione nominale dalla sequenza «V + loc» e l’ordine delle parole nella costruzione, che nei dialetti segue sempre l’ordine romanzo: V - loc - (SN) - (SP). La tabella seguente, dove si mettono a confronto dieci costruzioni «V + loc» nel trentino e nel tedesco e si aggiunge l’equivalente in italiano, evidenzia che: a) nel trentino la posizione del locativo - con significato sia direzionale che aspettuale - nelle forme verbali flesse e non flesse è sempre immediatamente alla destra del verbo; b) nell’italiano il locativo si trova solo nelle costruzioni con verbi di movimento e in registri non formali e la sua posizione è sempre alla destra del verbo; negli altri casi la direzione e l’aspetto sono resi da un prefisso semanticamente non trasparente oppure non appaiono; c) nel tedesco il locativo, che esprime sia il significato spaziale sia quello aspettuale, è dato come prefisso verbale trasparente nelle forme non flesse e nelle frasi subordinate, mentre nelle forme verbali flesse si realizza come particella, alla destra del verbo flesso, separata da questo da eventuali sintagmi presenti nella frase. Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 123 17 Le fonti delle costruzioni trentine sono Altr 2005 e Grassi 2009. 18 In questo caso il locativo può anche non essere realizzato («ich steige in/ auf den Zug»), come osservato da un revisore anonimo. Tabella 1. Confronto tra costruzioni «V + loc» in trentino, italiano e tedesco Trentino 17 Italiano Tedesco nar fora; vago fora uscire/ andar fuori; hinausgehen; ich gehe hinaus esco/ vado fuori meter zo; meto zo abbassare/ metter giù; herunterlassen/ herablassen/ absetzen; na zesta abbasso il cesto/ metto ich lasse einen Korb herunter/ herab/ giù il cesto ich setze einen Korb ab tirarse su; me tiro su raddrizzarsi/ tirarsi su; aufrichten; ich richte mich auf mi raddrizzo/ mi tiro su nar su; vago su sul salire/ andar su; einsteigen; ich steige in den Zug ein 18 treno salgo/ vado sul treno far su; fago su la casa rifare; rifaccio la casa umbauen; ich baue mein Haus um vender fora; vendo fora svendere; svendo tutto ausverkaufen; ich verkaufe alles aus tut enviar via; envio via la avviare/ iniziare; anfangen; ich fange die Vorlesung an lezion avvio/ inizio la lezione taiar zo; taio zo i rami recidere/ tagliare; abschneiden; ich schneide die Äste ab recido/ taglio i rami vardar fora; vardo fora avere un certo aspetto; aussehen; ich sehe gut aus ben ho una bella cera dir su; digo su la corona recitare; recito il rosario aufsagen; ich sage den Rosenkranz auf 4. La costruzione «verbo + locativo» in ladino Nel complesso, la situazione del ladino assomiglia a quella dei dialetti trentini: anche in ladino non è possibile derivare dei nomi dalla costruzione «V + loc» (cf. [10] con gli esempi tedeschi in [11]): (10) *la tacheda via, *l tachedor via ( , tachèr via, ‘iniziare’) (11) der Anfang, der Anfänger ( , an-fangen, ‘iniziare’) l’inizio, il principiante (lett. ‘l’iniziante’) Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 124 Inoltre, come nel trentino e nel tedesco, ma diversamente dall’italiano, in ladino la costruzione in esame può avere non solo valore locativo, ma anche aspettuale o figurato: Tabella 2. Confronto di costruzioni «V + loc» in ladino, italiano e tedesco Ladino Italiano Tedesco Valore jir fora uscire ausgehen locativo meter jù; abbassare/ metter giù herunterlassen jir sù salire hinaufgehen Valore taèr jù tagliare, affettare abschneiden aspettuale envièr via iniziare, avviare anfangen vener fora svendere, vendere tutto ausverkaufen Valore meter sot mettere sotto; travolgere unterwerfen, überfahren metaforico vardèr fora avere un certo aspetto aussehen cognoscer fora raccapezzarsi sich auskennen La tabella 2 contiene tre esempi di costruzione «V + loc» con valore locativo, tre con valore aspettuale e infine tre con valore metaforico. Mentre i costrutti con i primi due valori hanno spesso dei corrispondenti comuni nelle varietà italoromanze vicine, quelli con valore metaforico - e talvolta anche quelli con valore aspettuale - sono spesso presenti solo in ladino; si tratta in vari casi di calchi dal tedesco (Heller 1976, Gsell 1982), benché non manchino anche qui formazioni originali. Il ladino si distanzia invece parzialmente dal trentino nell’ordine delle parole. Infatti il ladino ammette sia l’ordine delle parole tipicamente romanzo (V - Loc - SN/ SP), sia quello del tedesco (V - SN/ SP - Loc), cf. §2. I due ordini non alternano però in tutti i casi, perché il locativo può essere separato dal verbo solo da un SP, ma non da elementi nominali. Inoltre, l’ordine «alla tedesca» è ammesso solo quando la costruzione ha un significato locativo, come dimostra la tabella 3. Tabella 3. La posizione del verbo, del locativo e di altri sintagmi in tedesco, dialetto trentino e ladino Varietà V - loc - SX V - SX - loc ted. *Er kommt herauf von Trient Er kommt von Trient herauf trentino El ven su da Trent *El ven da Trent su lad. L ven sù da Trent L ven da Trent sù ted. *Ich baue auf die Mauer Ich baue die Mauer auf trentino Fago su el muret *Fago el muret su lad. Fae sù el mur *Fae el mur sù ted. *Er sieht aus schlecht auf dem Photo Er sieht auf dem Photo schlecht aus trentino El varda fora mal en sta foto chi *El varda en sta foto chi fora mal lad. L varda fora mal te chesta foto *L varda te chesta foto fora mal Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 125 19 Si noti che nel secondo esempio l’elemento interposto è un SN. Il risultato non cambia però se si usa un SP. Nel primo caso riportato nella tabella 3, che esemplifica una costruzione con valore locativo, il ladino ammette entrambi gli ordini, quello superficialmente uguale al tedesco e quello corrispondente all’italiano. Negli ultimi due casi, invece, il ladino ammette solo l’ordine romanzo: nel primo caso la costruzione ha un significato aspettuale 19 , nel secondo metaforico. La possibilità di avere due ordini diversi in ladino, seppur con qualche restrizione, potrebbe far pensare alla coesistenza di due grammatiche nei parlanti ladini: i parlanti possederebbero due sistemi di regole diverse che formano entrambi parte della loro competenza linguistica. In questo caso, una grammatica sarebbe di tipo «romanzo» e una di tipo «germanico», per effetto dell’influsso che il tedesco ha avuto per secoli sul ladino (sull’influsso del tedesco sul ladino cf. Kuen 1978; per la teoria delle due grammatiche cf. per es. Kroch 1989). Quest’ipotesi è corroborata dal fatto che il ladino possiede un numero maggiore di calchi dal tedesco rispetto al trentino. Tuttavia, se è facile che singole costruzioni con il locativo passino da una lingua all’altra, così come singoli lessemi, il prestito sintattico di un ordine di parole («V - SP - loc») appare più problematico, e si scontra con due importanti differenze tipologiche tra tedesco e ladino: in primo luogo, l’ordine di base delle parole è SOV in tedesco e SVO in ladino. Inoltre, il tedesco richiede che il verbo finito si muova in seconda posizione nelle frasi dichiarative principali. In ladino, una regola del V2 simile a quella del tedesco esiste nelle varietà settentrionali (gardenese e badiotto, cf. tra gli altri Benincà 1994, Salvi 2001, Casalicchio/ Cognola accettato), ma non in fassano, la varietà su cui è basata la nostra analisi. Come già osservato in §2, l’ordine «V - SN/ SP - loc» è motivato in tedesco dal fatto che il verbo deve muoversi in seconda posizione, scavalcando tutti i costituenti tranne il primo; l’elemento locativo invece rimane nella sua posizione di base. In ladino, invece, l’elemento locativo è inserito direttamente in una posizione che precede gli argomenti del verbo (eccetto il soggetto). Se l’ordine «V - SP - loc» del ladino fosse un prestito sintattico, bisognerebbe postulare per il ladino un meccanismo ad hoc per questa costruzione. Torneremo sui rapporti tra la costruzione con il locativo in tedesco e quella in ladino nella sezione 6. Prima, però, esamineremo la situazione dei volgari italiani settentrionali, perché il confronto tra questi e il ladino ci può aiutare a chiarire l’origine di queste espressioni in ladino. Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 126 20 Gli esempi in [12]-[13] sono tratti da Vincent 1999: 1118 s., l’esempio [14] da Mair 1984. 5. Dati dalle varietà romanze antiche Questo paragrafo è dedicato all’analisi del comportamento sintattico della costruzione con locativo nelle varietà romanze antiche. L’uso di questo tipo di costruzioni è attestato già nel latino arcaico e preclassico, dove conviveva con la prefissazione, che era di gran lunga più produttiva e che si imporrà nel latino classico 20 : (12) Sub vos placo ( . vos supplico) ob vos sacro ( . vos obsecro) (Latino; Festo) sotto voi placo davanti voi consacro ‘Vi supplico.’ ‘Vi imploro.’ (13) Si calvitur pedemve struit, manum endo iacito (XII tab., I, 2) se indugia piede-oppure prepara, mano sopra getta ‘Se il convenuto indugia o cerca di fuggire, gli ponga le mani addosso.’ (14) Ab-ii foras (Plauto) via-andai fuori ‘Uscii fuori.’ La costruzione «V + loc» riemerge poi nel latino volgare (15), e nel periodo medievale è attestata soprattutto nelle varietà italiane e francesi: (15) ire via(m), ire su(r)su(m) andare via, andare su (16) Il topo ne saltò fuori e la gatta ... non lo prese (it.ant.: Novellino) (17) Saltòe la fiamma fuori (it.ant.: Leggenda aurea) (18) Gitez donc ma part jus (fr.ant.: Roman de Renart) getta quindi mia parte giù ‘Getta quindi giù la mia parte! ’ (19) Lors saut avant Girfles et dist ... (fr. ant.: La mort le roi Artu) ‘Quindi salta avanti Girfles e dice ...’ Come si può notare dagli esempi [16]-[19], sia in francese antico che in italiano antico l’ordine dell’elemento locativo non era stabile: generalmente seguiva immediatamente il verbo, ma in alcuni casi poteva essere separato anche da altri elementi. Sulla base di questi dati citati in letteratura, abbiamo intrapreso una ricerca sul corpus in rete dell’OVI, selezionando i testi provenienti dall’Italia settentrionale e gli elementi locativi giù, su, dentro, fuori, via, davanti, dietro. I risultati dimostrano che in queste varietà l’ordine nettamente più frequente prevede la posizione dell’elemento locativo immediatamente dietro al verbo, come nelle varietà romanze attuali: Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 127 21 Vi sono numerosi altri casi, che sono però ambigui perché l’elemento locativo potrebbe modificare il verbo oppure direttamente il sintagma preposizionale che segue. (20) Como Placido caìte inter l’aiga e Mauro andando su per l’aigua ne lo trase ‘Come Placido cadde in acqua e Mauro, camminando sull’acqua lo tirò fuori.’ (S. Greg., VIII 122.5) Ci sono tuttavia alcune configurazioni con un ordine diverso. In primo luogo, troviamo casi in cui l’elemento locativo è in posizione preverbale (loc - SP/ SN - V): (21) Nichodemo et Iosep à çó ‘l corpo tolù (P. e R. udinese, v. 202) Nicodemo e Giuseppe hanno giù il corpo preso ‘Nicodemo e Giuseppe hanno rimosso il corpo.’ (22) tuto lo mondo via e’ donaria (Atrovare III 40 67) tutto il mondo via io donerei ‘Darei (via) tutto il mondo.’ Sia in [21] che in [22] l’elemento locativo precede il verbo. Inoltre, il locativo e il verbo non sono adiacenti: in [21] è il sintagma nominale con la funzione di oggetto a separare il locativo dal verbo; in [22], invece, la sequenza «V + loc» è interrotta dal pronome soggetto e’. Un secondo caso riguarda l’inserimento di sintagmi nominali o pronominali, che hanno solitamente la funzione di soggetto o di oggetto diretto, tra il verbo e l’elemento locativo: (23) a voidà lo pes fora en barcha (e) lasà nar lo viger (Lio Mazor, 23-62,3) vuotò il pesce fuori in barca e lasciò andare il cesto b e vudà-l fora lo pes en barcha e çetà lo viger via (Lio Mazor, 23-64, 26) e vuotò-egli cl. fuori il pesce in barca e gettò il cesto via ‘Vuotò il pesce nella barca e gettò via il cesto.’ (24) po’ ch’i toi abitanti boni sono anichilladi, fugi anche tu via (Della Lana, 103 s.) dopo che i tuoi abitanti valenti sono annichiliti, fuggi anche tu via ‘Dal momento che i tuoi abitanti validi sono stati uccisi, scappa anche tu.’ In [23] presentiamo una coppia minima che abbiamo trovato negli atti di Lio Mazor: lo stesso costrutto locativo ‘vuotar fuori’ è separato dal complemento oggetto lo pes in [23a], mentre è adiacente in [23b]. In quest’ultimo passo, però, segue un altro costrutto locativo, çetar via, che è separato dal complemento oggetto lo viger. In [24], invece, fugi via è separato dal pronome soggetto focalizzato anche tu. Infine, registriamo anche un caso in cui un sintagma preposizionale interrompe la sequenza verbo + locativo 21 : (25) Pensative de Florencia, de Sena, commo son gite per la guerra dentru (dei Libri, 50) pensatevi di Firenze, di Siena, come sono andate per la guerra dentro ‘Pensate a Firenze, a Siena, come si sono rovinate a causa della guerra.’ Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 128 22 La questione della piena opzionalità dei due ordini nei volgari settentrionali antichi richiederebbe un’indagine più approfondita, che confronti i vari casi di ordine separato anche da un punto di vista pragmatico e semantico. Per i fini del presente lavoro è sufficiente l’osservazione che i volgari settentrionali presentano una generale maggiore libertà nel posizionamento dell’elemento locativo. In [25], il sintagma preposizionale per la guerra separa il costrutto andar dentro che, come chiarisce il contesto, non ha il significato letterale di ‘entrare’, bensì quello metaforico di ‘deperire, rovinare, crollare’. Lo spoglio dei testi scritti nei volgari settentrionali ha quindi mostrato che l’elemento locativo godeva di grande libertà rispetto alla posizione del verbo, sebbene l’adiacenza verbo-locativo che diventerà obbligatoria in seguito fosse già preponderante. È importante notare però che tutte e tre le tipologie di ordine delle parole che abbiamo individuato non corrispondono alla situazione del ladino: in ladino non è possibile avere il locativo in posizione preverbale, né spezzare il costrutto con un sintagma nominale. Anche l’ultimo caso discusso in questa sezione, che si avvicina maggiormente alle regole del ladino, presenta una differenza fondamentale, dovuta al fatto che in ladino il locativo può essere separato dal verbo solo quando ha valore spaziale (cf. §3), mentre nell’esempio [25] ha valore metaforico. In generale, possiamo dunque riassumere i risultati ottenuti dall’analisi del corpus diacronico osservando che nei volgari settentrionali l’elemento locativo è generalmente più libero nella frase che in tutte le varietà romanze attuali, perché può trovarsi in posizione preverbale, un fatto che è generalmente agrammaticale in ladino. I volgari settentrionali sono più liberi anche quando l’elemento locativo è in posizione postverbale: infatti, in questo caso il ladino permette la separazione del costrutto «V + loc» solo quando si ha un sintagma preposizionale, mentre nei volgari settentrionali l’alternanza tra l’ordine adiacente e quello separato sembra possibile anche con altri tipi di costituenti, in particolare con argomenti del verbo espressi da sintagmi nominali o pronominali. In conclusione, nei volgari settentrionali antichi sembra esserci una vera opzionalità tra i due ordini di parole diversi 22 . Come vedremo nella prossima sezione, anche quando in ladino la costruzione è separata da un sintagma preposizionale non si può parlare propriamente di un’alternanza opzionale, perché i due ordini sono legati a una semantica diversa. Ciò non sembra valere invece per i volgari settentrionali, dove i due ordini non sembrano essere collegati a significati diversi. 6. Analisi del caso ladino Nel paragrafo 4 abbiamo visto che in ladino sono possibili sia l’ordine «V - loc - SP/ SN», obbligatorio nelle altre varietà romanze, sia l’ordine «V - SP - loc», che superficialmente ricorda l’ordine di parole del tedesco. A prima vista, questa situazione sembrerebbe spiegabile con la teoria dell’esistenza di due grammatiche nella Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 129 23 È importante ricordare che questo articolo considera la situazione del ladino fassano, in cui la conoscenza del tedesco non è diffusa quanto nelle vicine valli ladine della provincia di Bolzano (Gardena e Badia), dove il tedesco è usato come L2 o come seconda lingua madre (nel caso dei numerosi parlanti bilingui ladino-tedesco). Anche in queste varietà, comunque, le regole che determinano l’ordine del costrutto «V + loc» in sincronia appaiono molto simili a quelle del fassano; cf. Lardschneider 1909: 103 s. Un recensore anonimo ci chiede se nella breve profondità storica disponibile per il ladino (circa 200 anni) si possano osservare dei cambiamenti nella sintassi dei costrutti «V + loc». Abbiamo quindi condotto una breve ricerca esplorativa nell’AIS e nel corpus del ladino letterario curato dal prof. Paul Videsott (http: / / vll.ladintal.it/ ), da cui risulta che fino alla prima metà del XX secolo l’ordine «V - SX - loc» era più esteso in tutte le varietà ladine. Infatti, gli ordini «V - SP - loc» non si trovano solo in quei contesti in cui si trovano oggi (cf. infra), ma sono addirittura documentati alcuni casi in cui l’elemento interposto è un argomento del verbo, casi oggi ritenuti agrammaticali (Ruth Videsott, c.p.; grafia adattata alle norme attuali): (i) Tei a chël müt (sic! ) la britl demez (AIS 979, p. 305: San Vigilio di Marebbe; oggi *) Togli a quel bambino il coltello via ‘Togli il coltello a quel bambino’ In questo caso ben due argomenti separano il verbo all’imperativo dall’elemento locativo demez (‘via’). Demandiamo alla ricerca futura i temi del confronto tra le diverse varietà ladine e dello sviluppo diacronico del costrutto in esame. competenza dei parlanti ladini (cf. Fuss/ Trips 2002). Più precisamente, l’ordine «alla tedesca» si sarebbe stabilito in un periodo in cui il bilinguismo ladino-tedesco era diffuso nell’area ladina considerata 23 . Tuttavia, quest’ipotesi non spiega perché l’ordine separato è ammesso in ladino solo con gli SP, e solo quando il costrutto ha significato locativo (cf. la tabella 4, da cui ripetiamo gli esempi più significativi): (26) L ven da Trent sù (valore locativo) egli cl. viene da Trento su ‘Sale da Trento.’ (27) *Fae la cèsa sù (valore aspettuale) faccio la casa su ‘Ristrutturo la casa.’ (28) *L varda te chesta foto fora stencià (valore metaforico) egli cl. guarda in questa foto fuori stanco ‘Ha un aspetto stanco nella foto.’ Abbiamo già avuto modo di osservare che i costrutti ladini che sono calchi dal tedesco (come in [28]) hanno generalmente valore metaforico o aspettuale. Ciò è del tutto inaspettato, perché sappiamo che il prestito di elementi lessicali funge generalmente da «cavallo di Troia» per l’adozione di materiale funzionale o strutturale (Kiparsky 2015). Quindi, se l’ordine separato del ladino derivasse dal tedesco, ci aspetteremmo che fosse possibile soprattutto quando la costruzione ha valore aspettuale o metaforico, mentre nella realtà dei fatti accade proprio il contrario. Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 130 24 Cf. Cognola 2013 per un’argomentazione simile a proposito dell’alternanza OV/ VO in mòcheno, una delle due lingue di minoranza germaniche parlate in Trentino: nonostante si ritenesse generalmente che quest’alternanza fosse opzionale, Cognola ha mostrato come i due ordini siano legati a differenze semantico-pragmatiche, poiché dipendono da processi di focalizzazione e topicalizzazione. Esiste però anche un secondo argomento contro l’ipotesi delle due grammatiche: mentre quest’ultima prevede che l’alternanza sia libera e non soggetta a restrizioni di tipo semantico o pragmatico, un’analisi più dettagliata dei dati ladini dimostra che l’alternanza tra i due ordini è legata a una semantica differente, e quindi non è opzionale 24 . Più precisamente, l’ordine adiacente «V - loc - SP» viene usato quando il sintagma preposizionale indica la destinazione [29] o l’origine [30] di un movimento, oppure lo stato [31]: (29) a L va sù a cèsa egli cl. va su a casa ‘Sale a/ verso casa.’ b jir ju te cèvena umida (Alba di Canazei; ALD-II p. 97, carte 413-14) andare giù in cantina umida ‘scendere nella cantina umida’ (30) a Paolo l va sù da Vich Paolo egli cl. va su da Vigo ‘Paolo sale da Vigo di Fassa.’ b L ven fora de usc egli cl. viene fuori di uscio ‘Esce dall’ingresso.’ (31) a La jènt ... la stajea ... sù n Insòn (Iori 1978) la gente [...]essa cl. stava [...] su in Insòn ‘La gente stava su a Insòn (toponimo).’ b L cian é ite te sief il cane è dentro in recinto ‘Il cane è dentro il recinto.’ Negli esempi in [29] i sintagmi preposizionali a cèsa e te cévena umida indicano la destinazione del verbo jir sù/ jù (‘andare su/ giù’). In [30], invece, da Vich e de usc rappresentano il punto di origine del movimento. Infine, i due esempi in [31] specificano il luogo in cui si trova il soggetto (a Insòn e nel recinto). I casi in cui il costrutto con il locativo è separato dal sintagma preposizionale sono invece di tipo diverso. Il sintagma preposizionale indica il luogo attraverso cui passa il movimento [32], oppure il lato sul quale si trova qualcosa [33]: (32) a L va da Vich sù egli cl. va da Vigo su ‘Sale dal lato di Vigo di Fassa/ Sale per la strada che passa da Vigo.’ b L ven da usc fora egli cl. viene da uscio fuori ‘Esce passando dall’ingresso.’ Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 131 25 Per un’introduzione generale sulle isole germaniche cimbre in Italia si veda Bidese 2004. 26 Cf. Tyroller 2003 e Panieri et al. 2006. 27 Cf. Grewendorf/ Poletto 2009. 28 Cf. Grewendorf/ Poletto 2012. (33) Zeche giagres ... i era da chesta sù (Iori 1978) alcuni cacciatori ... essi cl. erano da questa su ‘Alcuni cacciatori si trovavano in alto, su questo lato della montagna.’ Gli esempi in [32] - come gli esempi dati in [30] - formano due coppie minime, dove la diversa posizione del sintagma preposizionale determina una differenza semantica fondamentale: in [32] da Vich e da usc non indicano la destinazione del movimento, ma la strada lungo la quale quest’ultimo si svolge. Anche l’esempio [33] presenta una differenza rispetto a [31], per quanto più sfumata: da chesta sù descrive infatti non lo stato in luogo esatto in cui si trovano i cacciatori, bensì a quale lato del versante montano si riferisce il sù. Riassumendo i risultati ai quali siamo giunti in questo paragrafo, possiamo osservare che la relazione tra un verbo di movimento/ stato, il suo elemento locativo e un sintagma preposizionale può esprimere una varietà di significati; questa caratteristica è legata anche alla conformazione del territorio che richiede di specificare con precisione i vari elementi spaziali coinvolti nel movimento/ stato. Per fare ciò, il ladino ha mantenuto i due diversi ordini (adiacente e non) che ha ereditato dalla fase medievale, specializzando ognuno dei due per indicare significati diversi. Ha inoltre operato una semplificazione, eliminando alcune delle possibilità che erano presenti nei volgari settentrionali, ma che non sono utili ai fini di una specificazione più chiara delle indicazioni di luogo. Si può inoltre osservare che i sintagmi preposizionali che separano il costrutto sono solitamente retti dalla preposizione da, un fatto che è pienamente compatibile con la nostra interpretazione della semantica dell’ordine «V - SP - loc», poiché da è la preposizione che indica, oltre all’origine, anche i punti che si trovano lungo il percorso. 7. La costruzione «verbo + particella» in cimbro Il fenomeno dei verbi con particella caratterizza tipologicamente anche la varietà alloglotta cimbra di Luserna/ Lusérn, che, quale lingua di base germanica, ne presenta molti nel suo lessico 25 . Se si escludono brevi osservazioni di carattere generale che si ritrovano tanto negli approcci descrittivi 26 quanto in quelli sistematici 27 , il tema è stato trattato da un solo lavoro specifico 28 , dedicato soprattutto a individuare la posizione distintiva della particella all’interno della frase cimbra. Molti aspetti rimangono ancora inesplorati. Nell’ambito di questo paragrafo ci limiteremo a descrivere i dati riassumendo le analisi già proposte e lasciando ulteriori Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 132 29 Sulla sintassi dei verbi tedeschi con prefissi come über o durch, cf. Padovan/ Damonte 2011. approfondimenti a future ricerche. Ci concentreremo piuttosto sulla domanda se e come il cimbro, lingua di origine germanica, possa aver subito l’influsso del contatto con le vicine lingue romanze nella realizzazione di tale costruzione. Esamineremo innanzitutto la distinzione fondamentale tra prefissi e particelle (§7.1), presenteremo poi alcune caratteristiche semantiche della costruzione «V + particella» in cimbro (§7.2). Seguirà una descrizione delle posizioni sintattiche che possono essere occupate dalla particella tanto nelle frasi principali che in quelle subordinate (§7.3), per concludere con la risposta alla domanda dell’influsso del contatto sulla costruzione (§7.4). 7.1 Prefissi inseparabili e separabili Anche in cimbro, come in tedesco, si distinguono verbi con prefisso (Präfixverben), nei quali il prefisso è integrato nel corpo lessicale del verbo, e verbi con particella (Partikelverben). Tra i prefissi più frequenti ricordiamo: bo (es. boróatn ‘preparare’), vor (es. vorgèzzan ‘dimenticare’) e dar (es. darbèrmen ‘riscaldare’), tra le particelle si possono nominare: abe (es. abenützan ‘consumare’), durch (es. durchporn ‘forare’) e vür (es. vürtrang ‘proporre’). Si danno anche rari casi, come per esempio übar, che possono apparire con significati diversi; sia come prefisso (es. übarleng ‘riflettere [su qualcosa]’) che come particella (es. übarleng ‘metter su[l fuoco], preparare’) 29 . I prefissi non sono mai accentati e sintatticamente possono apparire solo uniti al corpo lessicale del verbo [34]. Le particelle, invece, sono sempre accentate e vengono realizzate disgiuntamente dal resto del verbo [35]: (34) Di måmma boróatet di tschoi la mamma prepara la cena (35) Di arbatar machan au di maur von gart gli operai fanno su il muro del giardino ‘Gli operai costruiscono il muro del giardino.’ 7.2 Caratteristiche semantiche Dal punto di visto del significato molti verbi con particella in cimbro, tanto quelli con una semantica trasparente tanto quelli in parte o del tutto idiomatici, trovano una loro perfetta corrispondenza nel tedesco, mentre presentano combinazioni differenti nelle varietà trentine e romanze (cf. tabella 4): Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 133 30 Come già notato, il verbo übarleng può essere usato tanto con prefisso, nel qual caso significa ‘riflettere’ esattamente come nel ted. überlegen, quanto con particella, nel qual caso significa ‘preparare da mangiare’ come nella costruzione romanza ‘metter su’, che non trova riferimenti nel tedesco. Tabella 4. Esempi di verbi preposizionali in cimbro e in tedesco Cimbro Tedesco Italiano auhöarn aufhören smettere, terminare, concludere (lett. sentire + su) auzhaltn aushalten sopportare (lett. tenere + fuori) herrichtn herrichten sistemare, allestire (lett. indirizzare + verso [il parlante]) innprèchan einbrechen scassinare (lett. rompere + dentro) umdrenen umdrehen rivoltare (lett. girare + attorno) vürkhemmen vorkommen accadere (lett. venire + avanti) zuargem zugeben ammettere (lett. dare + incontro) Per altri casi, invece, si può notare, in base alla somiglianza della combinazione degli elementi, come il lessema cimbro sia, piuttosto, il risultato di un prestito lessicale dalle varietà romanze, come mostra il confronto con il trentino e il tedesco (cf. tabella 5). Di solito si tratta di verbi con semantica della particella ancora in parte trasparente, in particolare con au ‘su’ con valore rafforzativo, ma ci sono anche costruzioni idiomatiche che sono calchi della costruzione romanza (cf. auhåm ‘aver su’, ‘avercela con qualcuno’). Il fenomeno può essere esemplificato dai seguenti verbi: Tabella 5. Esempi di verbi preposizionali in cimbro come calco lessicale da costruzioni romanze Cimbro Italiano Trentino Tedesco auhåm essere arrabbiato (lett. avere + su); averghela verärgert sein dar hatt-z au pitt ime ‘ce l’ha su con lui’ su auhakhan sminuzzare (lett. tagliare + su) taiar su zerhauen aukontàrn imbonire (lett. raccontare + su); du koncontar su anreißen, tarst-mar-z au schümma! ‘me la racconti bella! ’ anlocken aukhön rimproverare, insultare (lett. dire + su) dir su schimpfen, beschimpfen auleng fondare, istituire (lett. mettere + su) meter su gründen aumachan edificare, costruire, erigere (lett. fare + su) far su aufbauen autüan combinare un guaio (lett. far + su) far su anrichten auzhakhan emarginare, escludere (lett. tagliare + fuori) taiar fora ausschließen auzmachan riadattare un edificio (lett. fare + fuori) far fora ausbauen übarleng 30 preparare da mangiare (lett. mettere + su) meter su zubereiten Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 134 7.3 Posizioni sintattiche Per quanto riguarda la posizione sintattica delle particelle verbali, iniziamo con il notare che l’entrata lessicale dei verbi cimbri, a differenza di quanto avviene tanto per l’inglese e altre lingue germaniche (norvegese, islandese e feroese) quanto per le lingue romanze, mostra chiaramente come la posizione basica della particella rispetto al verbo sia quella preverbale (cf. le due colonne, ‘cimbro’ e ‘trentino’ nella tabella 5). 7.3.1 Frase principale Nella frase dichiarativa principale cimbra, caratterizzata come per le altre lingue germaniche, dalla salita del verbo flesso nella seconda posizione (la regola del V2) (cf. Tomaselli 1990 e Vikner 2001: 37), la particella segue il verbo flesso, ma - diversamente dal tedesco, che è una lingua tipologicamente OV - lo segue in una posizione immediatamente a destra di esso (cf. [36a]). Ciò significa che in cimbro non si realizza la cosiddetta «struttura a parentesi» (Klammerbildung) con il complemento oggetto tra il verbo e la particella (cf. [36b]), come del resto è atteso per una lingua VO come il cimbro e simile a quanto avviene in altre lingue germaniche a tipologia VO come ad esempio lo svedese (Haider 1997; Vikner 2001; Dehé 2015): (36) a Di arbatar machan au di maur gli operai fanno su il muro ‘Gli operai costruiscono il muro.’ b *Di arbatar machan di maur au gli operai fanno il muro su La struttura a parentesi si conserva, tuttavia, per alcuni elementi «leggeri» (cf. Bidese 2008), come i pronomi clitici [37a], la negazione [37b], alcuni avverbi temporali [37c] e, facoltativamente, quantificatori pronominali indefiniti e negativi [37d-e], tutti elementi che occupano la posizione intermedia tra verbo e particella. Anche questo fenomeno, anche se con particolarità proprie, non è sconosciuto ad altre lingue germaniche, per esempio, in norvegese, islandese e feroese (cf. Dehé 2015): (37) a Di arbatar machan-se au [se = di maur] gli operai fanno-la su [la = il muro] ‘Gli operai lo costruiscono.’ b Di arbatar machan nèt au di maur gli operai fanno non su il muro ‘Gli operai non costruiscono il muro.’ c Di arbatar machan herta au di maur gli operai fanno sempre su il muro ‘Gli operai costruiscono sempre il muro.’ Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 135 31 Le parentesi graffe indicano l’oscillazione tra le due possibili posizioni. 32 Cf. Grewendorf/ Poletto 2009: 182, 2012: 220 s. d Di arbatar machan {eppaz} au {eppaz} 31 gli operai fanno {qualcosa} su {qualcosa} ‘Gli operai costruiscono qualcosa.’ e Di arbatar machan {nicht} au {nicht} gli operai fanno {niente} su {niente} ‘Gli operai non costruiscono niente.’ In contesti, dove la regola del V2 non si realizza, per esempio nelle frasi subordinate (cf. infra, 7.3.2), oppure dove il complesso verbale è composto da più elementi, uno dei quali è solitamente o un verbo ausiliare o un verbo modale, che vanno a occupare, quindi, essi stessi la seconda posizione, il verbo lessicale al participio passato o all’infinito e la particella tornano assieme; di solito, l’ordine in questo caso è particella-verbo (cf. [38] con il participio passato, [39] e [40] con l’infinito). Tuttavia, negli stessi contesti anche l’ordine verbo-particella è altrettanto possibile e ben attestato (cf. [38-40]) 32 : (38) Di arbatar håm {au}gemacht {au} di maur gli operai hanno {su}-fatto {su} il muro ‘Gli operai hanno costruito il muro.’ (39) Di arbatar bartn {au}machan {au} di maur gli operai aux.fut {su-}fare {su} il muro ‘Gli operai costruiranno il muro.’ (40) Di arbatar muchan {au}machan {au} di maur gli operai devono {su-}fare {su} il muro ‘Gli operai devono costruire il muro.’ Similmente, nelle strutture infinitive introdotte da zo (introduttore dell’infinito come zu in tedesco) la particella può precedere la marca di infinito (cf. [41a]) o seguire il verbo (cf. [41b]): (41) a Di arbatar gian au-zo-machan di maur gli operai vanno su-a-fare il muro ‘Gli operai hanno costruito il muro.’ b Di arbatar gian zo machan au di maur gli operai vanno a fare su il muro ‘Gli operai vanno a costruire il muro.’ Nonostante le due strutture [41a-b] siano equivalenti, ci sono indizi che indicano come la struttura [41a] stia cedendo il passo alla struttura [41b]. Alcune indagini cursorie condotte tra i giovani parlanti cimbro sembrano, infatti, suggerire come la forma con la particella posposta al verbo, almeno per alcuni verbi, sia l’unica usata dalla generazione con meno di trent’anni. Questo dato trova una sua cor- Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 136 rispondenza implicazionale nel fatto che la generazione di mezzo, attorno ai cinquant’anni, usa entrambe le strutture, ma preferisce la struttura [41b], mentre la generazione dei settantenni usa ancora regolarmente la struttura [41a]. Solo ulteriori indagini che misurino anche (i) l’effettiva incidenza statistica del fenomeno; (ii) la sua estensione, cioè, se ci siano differenze tanto per quanto riguarda le strutture che introducono le frasi infinitive quanto per le classi semantiche dei prefissi; (iii) la correlazione con altri fenomeni (negazione, pronomi clitici, avverbi, ecc.), potranno chiarire la portata del fenomeno e, in particolare, accertare se questo cambiamento di posizione comporti anche un cambio di stato verso una tipologia di costruzione che è quella dei phrasal verbs dell’inglese. Correlata a questo è l’ipotesi che i prefissi stiano assumendo sempre più un valore avverbiale. Se questa interpretazione fosse corretta, l’evoluzione sembrerebbe investire dapprima le costruzioni infinitive (cf. [41]), poi quelle con complesso verbale composto da più elementi [38-40] e infine tipologicamente la posizione stessa della particella rispetto al verbo. Di conseguenza ci si chiede se tale cambio tipologico debba essere inteso nei termini di un prestito strutturale (grammatical borrowing, cf. Matras/ Sakel 2007) mutuato dalle lingue romanze, dato la struttura con la particella post-verbale sembra ricalcarne perfettamente l’ordine lineare, oppure come uno sviluppo interno autonomo. 7.3.2 Frase subordinata Se si considerano le frasi subordinate, in particolare quelle introdotte dal complementatore autoctono az, in cui non si realizza la regola del V2, si possono notare i due ordini già evidenziati in [38-40], nei quali la particella può precedere o seguire il verbo [42], senza alcuna particolare variazione di significato: (42) I sperar, azta di arbatar {au}machan {au} di maur io spero che-espl gli operai {su-}facciano {su} il muro ‘Spero che gli operai costruiscano il muro.’ Tuttavia, se il complesso verbale è formato da più elementi la particella, oltre a poter apparire - in modo del tutto atteso - tanto alla destra quanto alla sinistra del verbo lessicale, può essere realizzata anche alla sinistra di tutto il complesso verbale (cf. [43] con [38]): (43) I sperar, azta di arbatar {au}-håm gemacht di maur io spero che-espl gli operai {su-}abbiano su-fatto su il muro ‘Spero che gli operai abbiano costruito il muro.’ La possibilità di realizzare la particella tra gli elementi verbali e, quindi, anche alla sinistra dell’intero complesso verbale permane di fronte a un numero elevato di elementi verbali (cf. [44]): Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 137 33 Cf. Grewendorf/ Poletto 2012. 34 Rispetto all’originale la frase è stata corretta da un refuso e adattata alla grafia ufficiale adottata per la scrittura del cimbro (cf. Panieri et al. 2006). (44) Di ufitzìarn ... håm geredet übar daz sèll boda vür-iz-gest-khennt (Tönle, 36) gli ufficiali ... hanno parlato su il quello che-espl prima-è-stato-venuto ‘Gli ufficiali parlavano di quello che era successo.’ Come si vede in (44) la particella del verbo vür-khemman ‘accadere’ precede gli elementi verbali che realizzano il tempo trapassato e il participio del verbo stesso. Lo stesso avviene con i verbi modali (cf. muchan ‘dovere’), anche in forme composte come in [45]: (45) I hettat geböllt azzaren vort-hettat-gemucht-lazzan-gian io avrei voluto che-egli-lo via-avesse-dovuto-lasciare-andare ‘Avrei voluto che avesse dovuto lasciarlo andare via.’ La particella può occupare, inoltre, tutte le posizioni intermedie all’interno del complesso verbale; l’unica condizione di grammaticalità della struttura è che non intervenga materiale lessicale all’interno del complesso verbale, come ad esempio nel caso di avverbi temporali come herta ‘sempre’ o sa ‘già’ 33 (cf. [46] e [47] con un tempo verbale semplice) o di oggetti nominali (cf. [48]): (46) *Dar böllat azze å herta rüaf daùam (Grewendorf/ Poletto 2012: 226 34 ) lui vuole che-io su sempre chiami casa ‘Vuole che telefoni sempre a casa.’ (47) *Dar bill azzar å sa rüaf (Grewendorf/ Poletto 2012: 226) lui vuole che-lui su già chiami ‘Vuole che lui telefoni di già.’ (48) *Di arbatar håm nidar di maur gemèkket gli operai hanno giù il muro battuto ‘Gli operai hanno buttato giù il muro.’ Se, invece, la particella segue il complesso verbale, allora può intervenire anche materiale lessicale tra verbo e particella (cf. 49): (49) I sperar, azta di arbatar håm gemacht bahemme au di maur io spero, che-espl gli operai hanno fatto velocemente su il muro ‘Spero che gli operai abbiano costruito velocemente il muro.’ Ciò indica chiaramente che in questa posizione la particella è molto meno integrata nel complesso verbale e sembra perciò assumere un valore avverbiale. Solo altri dati con tipologie diverse di verbi potranno confermare questa osservazione e suggerire delle conseguenze teoriche. Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 138 35 «La posizione dei prefissi verbali separabili mostra come il cimbro di Luserna non abbia ancora concluso completamente il passaggio a una lingua a ordine VO. La posizione pre-partecipiale dei prefissi verbali separabili dev’essere chiaramente riconosciuta come la conservazione di una proprietà OV.» (traduzione in italiano di Ermenegildo Bidese). 7.4 Il ruolo del contatto Riassumendo i dati presentati, si può affermare che, per quanto riguarda la costruzione «verbi con particella (Partikelverben)», il cimbro manifesta una situazione in cui convivono in variazione diversi ordini senza differenziazione semantica di un ordine rispetto all’altro. In particolare, con riferimento all’ordine «sintattico» nelle frasi principali con complesso verbale formato da più elementi, la particella può tanto precedere che seguire il verbo lessicale (cf. supra [38]-[40] e infra, [50a]). Nelle frasi subordinate, per esempio introdotte da az, questo fenomeno si ritrova con tutto il complesso verbale (cf. [42] e [50b]). In questo caso la particella può precedere il complesso verbale, oppure seguirlo, oppure inserirsi tra i suoi elementi. (50) a Frase Principale: Vflesso {part} Vlessicale {part} ... b Frase Secondaria: az ... {part} Vflesso {part} Vlessicale {part} Nel loro lavoro sui verbi con particella del cimbro Grewendorf/ Poletto 2012 offrono elementi a sostegno di un’analisi della particella come realizzazione di tratti di aspetto. Essa, quindi, occuperebbe una posizione fissa - di aspetto appunto - all’interno della frase e non avrebbe un carattere avverbiale. Se, tuttavia, la particella non si muove all’interno della frase, come si ricava la variazione d’ordine evidenziata dai dati riportati? Secondo la proposta di Grewendorf/ Poletto 2012 nel cimbro convivono tanto un più recente ordine basico VO, quanto un ordine più antico OV che spiegherebbe frasi come [44] o [45]. In un precedente studio sugli ordini OV/ VO in cimbro e sappadino Grewendorf/ Poletto 2005: 126, infatti, avevano interpretato la possibile posizione della particella prima del participio - nello schema [50] il nostro Vless. - come il residuo di un antico ordine OV: «[D]ie Stellung trennbarer Verbpräfixe zeigt, dass das Zimbrische von Lusern seinen Wandel zu einer VO-Sprache noch nicht völlig abgeschlossen hat. Die prä-partizipiale Stellung trennbarer Verbpräfixe ist eindeutig als die Konservierung einer OV-Eigenschaft zu identifizieren.» (Grewendorf/ Poletto 2005: 127) 35 . Solo ulteriori analisi potranno verificare questa ipotesi. In particolare, si dovrà chiarire se tutte le particelle abbiano un valore aspettuale o se alcune possano portare anche valori avverbiali. Sembra, infatti, che non tutte le particelle manifestino possibilità di variazione, e che per alcune tale variazione sia soggetta a restrizioni (per esempio nel verbo oine-gian ‘tramontare’, lett. ‘giù/ sotto-andare’). Da chiarire, inoltre, perché, quando la particella segue il participio, possa intervenire materiale lessicale tra V e particella, come nella frase [49]. Per quanto riguarda la domanda circa la natura del contatto linguistico, non sembra esserci evidenza a sostegno di un prestito strutturale (grammatical borrowing) della sequenza «V - particella» Il ruolo del contatto tra varietà tedesche e romanze nella costruzione «verbo più locativo» 139 36 Si veda per una conclusione simile relativamente ad altri fenomeni sintattici del cimbro Bidese/ Padovan/ Tomaselli 2013 e 2014. dalle varietà romanze circostanti al cimbro 36 , lingua che - come abbiamo visto - manifesta un sistema molto complesso di possibilità strutturalmente definite. A differenza di quanto avviene con i prestiti lessicali, il contatto, infatti, agisce sulla sintassi a livello di sistema ed entra, quindi, in interazione con la struttura interna della lingua nel suo complesso. 8. Conclusioni Riassumendo quanto presentato nel confronto tra le tre varietà in esame, in questo lavoro abbiamo mostrato che: - l’uso delle espressioni «verbo + locativo» è frequente nei dialetti trentini, nel ladino e nel cimbro; nelle tre varietà le espressioni con tale avverbio possono esprimere sia un significato spaziale, sia un significato aspettuale; - nel trentino l’ordine attestato è «V - locativo - (SN/ SP)», ed è perciò diverso dall’ordine che si trova nel tedesco in queste stesse costruzioni; - nel ladino l’ordine normalmente attestato è lo stesso del trentino, ma in alcune costruzioni si trova anche l’ordine «V - SP - locativo», che richiama la sequenza del tedesco; - l’ordine «V - SP/ SN - locativo» è presente nell’italiano antico e negli antichi dialetti italiani; - l’uso di due ordini diversi nel ladino odierno non è dovuto alla co-esistenza di due grammatiche nella stessa varietà, ma piuttosto alla specializzazione semantica di due costruzioni, una delle quali mantiene un ordine degli elementi già presente nelle lingue romanze antiche; - nel cimbro, prendendo a riferimento la frase subordinata e in particolare la posizione della particella rispetto al verbo lessicale non flesso, convivono due ordini in variazione: l’ordine «V - particella - (SN/ SP)», che richiama l’ordine romanzo, e l’ordine «particella - V - SN/ SP», che invece non trova alcuna corrispondenza nelle costruzioni romanze analizzate; - il ruolo del contatto linguistico sembra consistere nel rinforzo di tendenze già presenti internamente alle lingue. Possono essere rinforzati sia il mantenimento di strutture antiche e marginali (come succede nel ladino, che in alcuni contesti mantiene l’ordine con verbo e locativo non adiacenti, come era possibile nelle lingue romanze antiche), sia il cambiamento verso strutture diverse (come succede nel cimbro, che si trova in una fase di transizione, ancora non del tutto conclusa, verso l’ordine VO). Trento Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin Ermenegildo Bidese, Jan Casalicchio e Patrizia Cordin 140 Fonti letterarie e documentarie AIS = Jaberg, K./ Jud, J. 1928-40: Sprach- und Sachatlas Italiens und der Südschweiz, Zofingen ALD = Goebl, H. et al. 2012: Atlant Linguistich dl Ladin Dolomitich y di dialec vejins, 2a pert. Strasbourg ALTR = Cordin, P. (ed.) 2005: Archivio lessicale dei dialetti trentini, Trento Atrovare = De Robertis, D. (ed.) 1970: «Cantari antichi. 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Habilitationsschrift, Universität Tübingen [http: / / www.hum.au.dk/ engelsk/ engsv/ publ.htm] Vox Romanica 75 (2016): 143-155 Prothetisches a im Bündnerromanischen Riassunto: Partendo dal materiale lessicologico della traduzione dell’Ecclesiasticus in romancio (puter) di Lüci Papa (1613) si discutono le diverse possibilità di spiegazione dell’origine di un fenomeno diffuso in antico engadinese. Oltre all’origine puramente fonetica, viene sottolineato il ruolo della prefissazione con ad. Uno sguardo alla situazione in altre lingue romanze illustra la complessità del fenomeno. Keywords: Ancient and modern Romansh of upper Engadine (Puter), prothetical vowel a-, prefix ad, prefix re with metathesis in ar, comparable phenomenons in others Romance languages 1. Problemstellung «Ils purs et habiagiaeders daun grimm pschait et afaun spoera. Els avierwan et arampoengian chia ils bels merls dal muwimainte patagon nun amiertessan gnyr afotografos, e chia tschearts splerins gnyervus afessan melg dad ire a’s afaer arder in ün ferm fôe». So verulkt der Oberengadiner Schriftsteller Reto Caratsch in seiner Satire La Renaschentscha dals Patagons (1949) die Verherrlichung der alten engadinischen Schriftsprache seitens der bündnerromanischen Spracherhaltungsbewegung 1 . Eines der auffälligsten Merkmale des alten Engadinischen ist zweifellos die verbreitete a-Prothese, die sich vor Substantiven, Adjektiven und besonders oft vor Verben findet. Das Phänomen ist in der Forschung zum Bündnerromanischen da und dort kommentiert, aber nie in seiner Gesamtheit diskutiert worden 2 . Die folgenden Ausführungen gehen der Frage nach, welche Typen dieser Erscheinung im alten und im neuen Engadinischen vorhanden sind und wie sich ihre Entstehung erklären lässt. 1 Zitiert nach Riatsch 1998: 183. Approximativ übersetzt: «Die Bauern und Landwirte reagieren wütend und höhnisch. Sie ereifern sich und schimpfen, dass die schönen Amseln der patagonischen Bewegung es nicht verdienten, fotografiert zu werden, und dass gewisse nervöse Schmetterlinge besser daran täten, zum Teufel zu gehen (wörtlich: sich in einem grossen Feuer verbrennen zu lassen).» Caratsch simuliert hier ein archaisches Puter, ohne sich darum zu kümmern, ob entsprechende Formen belegt sind oder nicht. Der komische Effekt entsteht oft gerade durch die Kombination von Archaismen und moderner Sprache, so in afotografos. Prothese von a auch in afaun, afaer, afessan (zu fer ‘machen’), arampoengian (zu rampugner ‘lärmen, schelten’), amiertessan (zu meriter ‘verdienen’), avierwan. Letzteres scheint eine Erfindung Caratschs zu sein, eine Ableitung von vierv ‘Wort’, vielleicht nach schwdt. worte ‘streiten, zanken’; cf. Schw. Id. 16: 1689. 2 Literaturhinweise bei Eichenhofer 1999: 447 N2. Ricarda Liver 144 3 Cf. Liver 2012: 165; 209 mit N15; 235 mit N91. 4 ZRPh. 130 (2014): 1034-41. 5 Cf. Liver 2016, kommentierte Neuausgabe des Textes. Dabei wird bald klar, dass nicht eine einzige Ursache für alle Resultate verantwortlich ist. Vielmehr führen verschiedene Prozesse zu ähnlichen Ergebnissen, und die Wirkung der Analogie verwischt die Spuren von ursprünglich unterschiedlichen Bedingungen. Diese Auffassung hatte ich in Liver 2012 verschiedentlich vertreten, allerdings eher beiläufig, ohne die Argumentation zu vertiefen 3 . Eine Reaktion von Johannes Kramer auf diese Äusserungen veranlasst mich nun, das Phänomen der a-Prothese wieder aufzunehmen. Kramer fordert in seiner Rezension meines Buches Der Wortschatz des Bündnerromanischen 4 , das Problem müsse aus gesamtromanischer Sicht angegangen werden. Er legt auch gleich eine Skizze zu einer entsprechenden Darstellung vor (p. 1040), in der das Hauptgewicht auf dem Aromunischen liegt, das beim Phänomen der a-Prothese bemerkenswerte Parallelen zum Altengadinischen aufweist. Weiterhin wird auf das Vorkommen der a-Prothese im Gaskognischen, in süditalienischen Dialekten, im Iberoromanischen und im Baskischen hingewiesen, immer mit der Angabe von einschlägiger Literatur, die in der Bibliographie am Ende der Rezension aufgeführt wird. Im Zentrum dieser Ausführungen steht die Annahme, die a-Prothese sei die Folge einer intensiven Artikulation von anlautendem r-, die sich dann analogisch auf andere Kontexte ausgedehnt hätte. Sekundär wären auch Wörter, in denen die Anlautsilbe durch Metathese von rezu arverändert wurde, in den Sog der a-Prothese hineingezogen worden. All das ist zweifellos richtig, und die Ausweitung der Fragestellung auf die Gesamtromania ist wichtig und erhellend. Dennoch scheint mir, dass eine genauere Untersuchung der Verhältnisse im Bündnerromanischen Resultate verspricht, die sowohl für die Geschichte des Rätoromanischen als auch für das Verständnis des Phänomens in gesamtromanischer Perspektive von Interesse sind. 2. Beispielmaterial Als Material für einen Versuch, die oben formulierte Hypothese von einem Zusammenspiel mehrerer Faktoren als Quellen eines a-Anlauts im Altengadinischen zu illustrieren, scheint mir die Ecclesiasticus-Übersetzung von Lüci Papa, La Sabgienscha von 1613, geeignet 5 . Der Text ist überschaubar, aber doch umfangreich genug, um eine aussagekräftige Anzahl von Beispielen zu liefern. Die Beispiele stellen nicht durchwegs sichere Fälle von a-Prothese dar. Das erwähnte Zusammenwirken von verschiedenen Faktoren, die zu einem a-Anlaut Prothetisches a im Bündnerromanischen 145 6 Gartner 1883: 71 §92. Cf. auch Walberg 1907: 64 s. §100 und 102; Lutta 1923: 141 §123, 144 §126. 7 Wir führen jeweils nur eine Fundstelle an, nach der Zählung der Ausgabe von Liver 2016. Für weitere Stellen cf. das Glossar der Ausgabe. führen können, macht die Interpretation oft schwierig. Der Redaktor des Artikels giavüschar in DRG 7: 230 spricht von der Häufigkeit von «Verben mit genetisch nicht immer transparenter a-Prothese» im Altoberengadinischen. Bei den Verben und deren Ableitungen stellt sich oft die Frage, ob der a-Anlaut auf ein lateinisches ad, respektive auf romanische Resultate desselben zurückgeht. Ein weiterer Sonderfall ist das, was Gartner «eine Art Metathese» nennt 6 , eine Synkope des Vokals der Anlautsilbe mit anschliessender a-Prothese (artraer, artschaiver). Es folgt eine Liste der Beispiele für eine mögliche a-Prothese aus Papas Ecclesiasticus-Übersetzung, geordnet nach Wortarten. Wo der a-Anlaut (selten i-) auch im modernen Puter vorhanden ist, wird die entsprechende Form in Klammer mit ° verzeichnet. Substantive abiagiamaint ‘Bebauung’ (7,16) 7 , agiavüschamaint ‘Wunsch’ (18,31), alaig m. ‘Ehe’ (ann. zu Kap. 4), amnatscha ‘Drohnung’ (13,4; °imnatscha), amorff ‘Verleumdung’ (19,15), apparagiamaint ‘Zurüstung, Bereitstellen’ (29,29), aradschun ‘Recht; Vernunft; Ursache’ (1.Vorw.V), aradschunamaint ‘Rede, Erzählung’ (4,29), araig ‘König’ (1.Vorw. III v o ), arains f.pl. ‘Rücken’ (21,18; °arains), aram ‘Ast, Zweig’ (1,25), araspaeda ‘Versammlung’ (3,1), arassa ‘Rock’ (45,10), arassetta ‘kurzer Rock’ (45,10), arazz ę da ‘Strahlenglanz’ (43,4), arcumandaschun ‘Empfehlung’ (47,7; °arcumandaziun), arfraschiamaint ‘Erfrischung’ (34,19; °arfrais-chamaint), arfüdaschun ‘Zurückweisung’ (25,36; °arfüdaschun), arguard ‘Rücksicht’ (2,21), arials m.pl. ‘Riegel’ (28,28), arichezza ‘Reichtum’ (1.Vorw. IV v o ), aridschadur ‘Herrscher, Lenker’ (10,1), aridschamaint ‘Herrschaft, Herrschaftsgebiet’ (10,25), ariginam ‘Reich, Königreich’ (2.Vorw. 8), arimur ‘Tosen, Getöse’ (43,18), arisch ‘Wurzel, Spross’ (1,6), arnuamaint ‘Erneuerung’ (ann. zu Kap. 16; °arnuamaint), aroba ‘Habe, Sache’ (6,15), aroeff ‘Bitte’ (33,20), aroesa ‘Rose’ (24,18), arouda ‘Rad’ (33,5), arüglenscha ‘Reue’ (1.Vorw.VI v o ), arüfflênscha ‘Reue’ (5,17), aruigen ‘Rost’ (12,10), aruina ‘Sturz, Untergang’ (ann. zu Kap. 13). Adjektive adeister ‘geschickt, gewandt’ (3.Vorw. 3), amurvaditsch ‘neidisch, verleumderisch’ (26,7), appusaivel ‘gerecht, geziemend’ (10,26; °dret ed appussaivel ‘recht und billig’), ardaint (auch adv.) ‘nahe’ (12,12; °ardaint), arick ‘reich’ (8,2). Ricarda Liver 146 8 In eckigen Klammern stehen rekonstruierte Infinitive von Verben, die im Text nur in flektierten Formen erscheinen. Verben abranclaer ‘umarmen, erfassen’ (15,1), achiattaer ‘finden, erlangen’ (1.Vorw. IV v o ), [adestraer] 8 ‘schulen, unterweisen’ (30,3; °adestrer), adrachaer ‘prozessieren’ (8,17), adrizzaer ‘richten, einrichten’ (35,15), adruaer ‘brauchen, anwenden’ (10,13), adüsaer, s’adüsaer ‘(sich) gewöhnen’ (23,9; °adüser), affadiar, s’affadiaer ‘sich bemühen’ (1.Vorw.V v o ), affarmaer ‘aufhalten; festmachen’ (ann. zu Kap. 4), agiavüschaer ‘wünschen’ (4,5), agravaer ‘beeinträchtigen, schädigen’ (18,15; °agraver), alaiaer ‘überschwemmen’ (24,37), [alamgiaer] ‘lindern’ (18,16; °allamger), [alvaer] ‘aufstehen; wegnehmen’ (10,20; alver), amazzaer ‘ermorden’ (ann. zu Kap. 4; °ammazzer), amnatschaer ‘drohen’ (13,4; °imnatscher), [amuantaer] ‘bewegen’ (1.Vorw.V v o ), anumnaer ‘nennen’ (22,17), apaschaer ‘versöhnen’ (35,5), ap(p)inaer ‘bereiten’ (2,20), aradschunaer ‘erzählen’ (2.Vorw. 2), [arampchaer] ‘klettern’ (37,3; °arampcher), [arantaer], s’arantaer ‘sich halten, klammern an etwas’ (summa von Kap. 14), arasaer ‘ausbreiten’ (12,19), [araspaer] ‘sammeln, versammeln’ (21,9), [arasüstaer] ‘auferstehen’ (ann. zu Kap. 48), [arcum(m)andaer] ‘empfehlen’ (24,1; °arcumander), ardubl ę r ‘verdoppeln’ (23,13; °ardubler), ardür ‘verwandeln, zurückführen’ (48,13; °ardür), [aredscher] ‘herrschen, lenken’ (10,24), arender ‘zurückgeben’ (3,34), arestaer ‘bleiben’ (41,15), arfüdaer ‘zurückweisen’ (6,24), [argiunscher] ‘hinzufügen’ (17,9), [argrignaer] ‘das Gesicht verziehen’ (19,24), arguardaer ‘berücksichtigen, ehren’ (1,20), [ariaer] ‘ausraufen, ausreissen’ (3,30), [arichiantaer] ‘bereichern’ (2,3), arir ‘lachen’ (7,12), [arischaer], [s’arischaer] ‘Wurzeln schlagen’ (3,30), aritschir ‘kräuseln’ (27,15), [arnuaer] ‘erneuern’ (ann. zu Kap. 15; °arnuer), arprender ‘tadeln’ (11,7; °arprender), [asalvaer] ‘vorbehalten, ausnehmen’ (ann. zu Kap. 16; °arsalver), artegner, s’artegner ‘(sich) zurückhalten’ (3,4; °artgnair), artraer, s’artraer ‘(sich) zurückziehen’ (2,18; °artrer neben retrer), artschaiver ‘erhalten, empfangen’ (6,34; °artschaiver), aruaer ‘bitten, erbitten, beten’ (1.Vorw.VI), arüfflaer, s’arüfflaer ‘bereuen’ (20,4; °arüvler), aruinaer ‘zugrunde richten, zerstören’ (10,3), arumagnair ‘bleiben’ (44,12), arumper ‘brechen’ (ann. zu Kap. 4), [asafdaer] ‘verkündigen, wissen lassen’ (43,2), asiever ‘einholen’ (27,9; °aziever). 3. Auswertung 3.1 avor r Das rein optische Bild dieser Beispielsammlung ergibt zunächst einmal die Feststellung, dass der bei weitem grösste Anteil an Formen mit anlautendem a dort auftritt, wo dieses vor r steht. Bei den Substantiven sind es 29 von 34, bei den Adjek- Prothetisches a im Bündnerromanischen 147 9 Vor b Subst. 1, Verben 1; vor ch (t ɕ ) Verben 1; vor d Adj. 1, Verben 5; vor f Verben 2; vor g Verben 2; vor l Subst. 1, Verben 2; vor m Subst. 2, Adj. 1, Verben 3; vor n Verben 1; vor p Subst. 1, Adj. 1, Verben 2; vor s Verben 2. 10 Cf. DRG 1: 378 s. s. ardaint II, HWR s. rudien, LCR s. rudien. 11 Cf. DRG loc.cit., LSI 4: 226. 12 Arcum(m)andaer - racumandar, ardubl ę r - redublar, ardür - redüer, arfüdaer - refütar, arguardaer - reguardar, arnuaer - renovar, arsalvaer - resalvar, artegner - retgnair, artraer - retrar, artschaiver - retschaiver. 13 Imbütter ist auch oberengadinisch. Cf. DRG 8: 240 s. 14 Cf. auch DRG 5: 622 s. engurgnir surselv., ingrignir oengad. 15 So DRG 1: 401. Zu verwandten Bedeutungen von fr. rejoindre ‘joindre de nouveau, réunir des parties qui avaient été séparées’ cf. FEW 5: 70. 16 Arantaer, arasaer, araspaer, arasüstaer, aredscher, arender, arestaer, argiunscher, ariaer, arichiantaer, arir, arischaer, aritschir, aruaer, arüfflaer, aruinaer, arumagnair, arumper. tiven 2 von 5 und bei den Verben 32 von 54. Alle anderen Konstellationen sind ungleich viel seltener 9 . In vielen Fällen ist es nicht leicht, die einzelnen Formen einer der erwähnten drei Möglichkeiten der Entstehung zuzuweisen, einer artikulatorisch bedingten Prothese, einer «Art von Metathese» oder einer Basis, die lateinisch ad oder eine romanische Entsprechung davon enthält. Am leichtesten lassen sich die Beispiele für die zweite Möglichkeit isolieren. Von den fünf Beispielen für Substantive auf arin unserem Text, die eine Metathese von rezu araufweisen, sind vier Ableitungen von entsprechenden Verben, die in der Sabgienscha ebenfalls belegt sind: arcumandaschun von arcum(m)andaer, arfüdaschun von arfüdaer, arguard von arguardaer und arnuamaint von arnuaer. Einzig arfraschiamaint hat keine verbale Entsprechung im Text. Pallioppi 1895 verzeichnet refrais-cher, rinfrais-cher und arfrais-cher, Peer 1962 einzig rinfras-char. Resultat einer Metathese ist auch das Adjektiv/ Adverb ardaint ‘nahe’ 10 . In der Form radent ist der Worttypus auch in Mittelbünden und in alpinlombardischen Mundarten belegt 11 . Von den 13 Verben, die wahrscheinlich als Beispiele für eine Metathese von rezu argelten können, haben 10 eine Entsprechung mit der Anlautsilbe re- (oder ra-) im Vallader 12 . Arprender ‘tadeln’ hat keine Entsprechung im Vallader, wo ‘tadeln’ imbüttar heisst 13 . Pallioppi 1895 verweist unter arprender auf reprender, riprender, was von Velleman 1929 als Italianismus bezeichnet wird. DRG 1: 401 s. argrignaer wird Sabg. 19,24 als vereinzelter Beleg für ein Verb, das zu germ. *grînan ‘das Gesicht verziehen’ gehört, angeführt. Ableitungen von dieser Basis mit dem Präfix resind laut FEW 16: 68 und 71 im Galloromanischen verbreitet 14 , so dass auch hier eine Metathese von rezu arwahrscheinlich ist. Eine Sonderstellung nimmt argiunscher ein, wo die Anlautsilbe auf ein primäres re-jungere zurückgehen könnte, das sekundär in die Reihe der metathetisch entstandenen ar-Anlaute übergegangen wäre 15 . Unser Material enthält 17 Verben, die auf aranlauten und nicht in die eben besprochene Kategorie fallen, wo arauf eine Metathese zurückgeht 16 . Bei einigen Ricarda Liver 148 17 Laut Greimas 1980 bedeutet araisnier neben ‘ansprechen’ auch ‘discourir, raconter’. 18 Zum letzten Beispiel auch Liver 2012: 165. 19 Die neapolitanischen Beispiele stammen aus D’Ambra 1873. 20 Alaiaer ist das einzige Parasyntheticum in dieser Beispielreihe. Hier ist die Interpretation a- , ad unzweifelhaft. dieser Verben ist eine Basis ad grundsätzlich möglich, aber kaum zwingend nachzuweisen. In vielen Fällen gibt es Parallelen in anderen romanischen Sprachen, was jedoch nicht unbedingt bedeutet, dass auch der Ursprung derselbe ist. So erinnert aradschunaer an afr. araisnier 17 , arampchaer an it. arrampicare, arender an arrendere, arichiantaer an arricchire, arir an arridere, aritschir an arricciare 18 . Parallelen in süditalienischen Dialekten gibt es zu aredscher (kalabr. arrèjari, Rohlfs 1949 I: 278), arestaer (nap. arrestare ‘restare’), arischaer (nap. arradecare), arumper (nap. arrompere) 19 . Zweifelhaft ist eine Basis ad in ariaer ‘ausraufen, ausreissen’. LCR s. ragada II ‘vom Wind umgeworfene Tanne, Wurfholz’ gibt als Etymon *eradicata an, eine Ableitung von *eradicare ‘an der Wurzel packen’. Nach dem Ausschluss aller Fälle, wo avor rdurch Metathese oder (wahrscheinlich) durch ein Präfix ad zu erklären ist, bleiben als Kandidaten für einen Anlaut araus rein phonetischen Motiven die Verben arasaer, araspaer, arasüstaer, aruaer, arüfflaer, aruinaer und arumagnair. Dazu kommen die Substantive, die von diesen Verben abgeleitet sind: araspaeda, arüfflênscha, arüglenscha. Eine artikulatorisch bedingte Prothese kann man wohl auch bei araig, arains, aram, arassa, arassetta, arazzaeda, arials, arichezza, arimur, arisch, aroba, aroeff, aroesa, arouda, aruigen, aruina und beim Adjektiv arich annehmen. 3.2 avor anderen Konsonanten als r Wo avor anderen Konsonanten als r steht, ist die Wahrscheinlichkeit einer Basis ad grösser. Von den 20 Verben in unserem Material lassen wenigstens 17 diese Interpretation als möglich zu. In vielen Fällen wird sie durch die Kommentare in den entsprechenden Artikeln des DRG oder HRW gestützt. Hier die Beispiele: abranclaer (cf. abratschar, DRG 1: 64 und it. abbracciare), achiattaer ( , ad + captare, DRG 1: 480), adestraer (cf. adeister adj., DRG 1: 98; afr./ aprov. adestre; it. addestrare), adrizzaer (cf. it. addirizzare), adruaer ( , adoprare; cf. DRG 5: 382 s. dovrar), adüsaer (cf. DRG 1: 110), affadiaer (cf. DRG 6: 12), affarmaer (cf. DRG 6: 213), agravaer (cf. it. aggravare, afr. agraver; DRG 1: 129), alaiaer (zu lai ‘See’ mit Präfix ad; DRG 1: 161) 20 , alamgiaer (cf. HWR s. lumiar), amazzaer (DRG 13: 754 s. mazzar: «Die engad. Formen ammazzar, -er weisen prothetisches aauf». ad wie in it. ammazzare ist jedoch ebenso wahrscheinlich), amussaer (cf. FEW 6/ 3: 98 fr. amonstrer und Dialektbelege), anumnaer (cf. it. annomare), apaschaer (cf. fr. apaiser), ap(p)inaer (cf. lat. appagineculi ‘Zieraten’; pinar nach HWR, LRC von lat. paginare). Prothetisches a im Bündnerromanischen 149 21 Cf. oben N6. 22 Cf. DRG 1: 222 s. alvar, DRG 8: 265 s. imnatscha. 23 Cf. Walberg 1907: 64 s. §100, Lutta 1923: 141 §123, 144 §126, Eichenhofer 1999: 447 §672, LSI 3: 144 s. levá. Weiteres unten Kap. 4. 24 Cf. Lutta 1923: 144 §126; DRG 8: 265 s. imnatscha. 25 Seine Bedeutungsangabe ‘liebeskrank, verliebt’ ist wohl irrig (Verwechslung mit amuraditsch DRG 1: 252? ), der Hinweis auf it. ammorbare hingegen wertvoll. Zingarelli 1966 glossiert das Verb mit ‘render malsano, infetto, appestare’. Der Worttypus lebt in anderer Form (mit Intensivpräfix sch-) in eng. schmuorv ‘Beschimpfung, Beleidigung’, schmuorvar, -er intr. ‘stinken, übel riechen’, tr. ‘jem. schmähen, beleidigen’, schmuorvantar, -er ‘verpesten’ fort. Cf. HWR s. schmuorvar, miervi, muorv. 26 Cf. DRG 10: 315 s. lai II. Etymologisch geht eng. lai, alach, surs. lètg auf legem zurück, eine Lehnübersetzung von mhd. ê, êwe ‘Recht, Gesetz’, daraus ‘Ehe, Ehebund’, unter dem Einfluss der deutschen Rechtsterminologie. Cf. auch Decurtins 1993: 181. Wenig wahrscheinlich ist eine Basis ad im Fall von adrachaer ‘prozessieren’. Zu agiavüschaer ‘wünschen’ bemerkt der Autor des Artikels giavüschar in DRG 7: 230: «Verben mit genetisch nicht immer transparenter a-Prothese sind im Aoengad. häufig». Zu den Ergebnissen der Entwicklung, die als Synkope des Vortonvokals und Kompensation durch prothetischen Vokal oder eine Art Metathese beschrieben wird 21 , gehören die Verben alvaer und amnatschaer 22 . Parallelbeispiele zu alvar, -er gibt es im Engadinischen viele, so aldüm ( , laetamen), altschiva ‘Wäsche’ ( , lixiva), almanter ‘klagen’ ( , lamentare), aber auch in alpinlombardischen Mundarten und in anderen italienischen Dialekten 23 . Im Fall von amnatschaer stimmt Lüci Papa mit Bergün und dem obersten Albulatal (C 1 ) überein, während Bifrun (wie das heutige Puter) imnatschêr hat 24 . Von den 6 Substantiven, die avor einem anderen Konsonanten als r aufweisen, sind abiagiamaint, agiavüschamaint und apparagiamaint deverbale Ableitungen. Die a-Prothese von agiavüschaer ist, wie oben festgehalten, nicht geklärt. Ein Verb abiagaer ist bei Lüci Papa nicht belegt, wohl aber biagiaer (20,30). Bifrun hat abiagiêr. Ob es sich beim Anlaut um eine rein phonetische Prothese oder vielleicht um eine Anlehnung an dt. anbauen handelt, ist nicht zu entscheiden. Zu agiavüschaer, wo die Erklärung von aebenfalls unsicher ist, cf. oben. Auch das Verb, von dem apparagiamaint abgeleitet ist, kommt bei Papa nicht vor. Pallioppi 1895 verzeichnet parager ‘zurüsten, bereiten’. It. appareggiare ‘pareggiare’ legt die Vermutung nahe, dass hier ad zugrunde liegt. Auch bei amorff ‘Verleumdung’, wovon das Adjektiv amurvaditsch ‘verleumderisch’ abgeleitet ist, könnte ad im Spiel sein. Pallioppi 1895, der das Adjektiv als veraltet registriert, fügt hinzu: «richtiger ammurvaditsch, ... abgeleitet von ital. ammorbato» 25 . Amnatscha gehört zum besprochenen Verb amnatschaer und somit zu den Beispielen für Sprossvokal nach Synkope des Vortonvokals. Ein Sonderfall ist alaig m. ‘Ehe’, wo sich der a-Anlaut aus der Agglutination des Artikels erklärt 26 . Ricarda Liver 150 27 Die Bemerkung in DRG 1: 328 s.v., «Die Entwicklung eines Sprossvokals aim Anlaut ist in Eo. normal» ist hier nicht am Platz, umso weniger, als an derselben Stelle auf apparair verwiesen wird. 28 Der letzte Fall ist in unserem Material nur gerade durch alaig ‘Ehe’ vertreten. Die Form steht in der Sprache der Zeit neben Beispielen für den umgekehrten Vorgang, wo ein ursprünglicher a-Anlaut durch Deglutination vom Substantiv abgetrennt und zum Artikel gezogen wird, wie la mur für l’amur, la marusa für l’amarusa (in unserem Text nicht belegt). Cf. Schneider 1968: §268a. Als letztes Beispiel für avor anderem Konsonant als r bleibt das Adjektiv appusaivel ‘gerecht, billig, geziemend’, wo wohl ad zugrunde liegt wie in vielen Bildungen mit dem Anlaut app- 27 . 3.3 Fazit Die Ergebnisse der Sichtung unseres Materials bestätigen die eingangs geäusserte Vermutung, der im Altoberengadinischen verbreitete a-Anlaut habe verschiedene Ursachen. Abgesehen natürlich von den Fällen, in denen aeiner sicheren etymologischen Basis angehört (amur, ami etc.), haben wir vier Konstellationen vorgefunden, die als Ausgangspunkt für einen Anlaut mit unbetontem agelten können: 1. eine rein artikulatorisch bedingte Vokalprothese, 2. eine Synkope des Vortonvokals mit anschliessender Vokalprothese oder Metathese innerhalb der Anlautsilbe, 3. eine ursprüngliche Präfixbildung mit ad oder dessen romanischem Resultat, 4. eine durch Agglutination des Artikels entstandene a-Prothese 28 . Da viele Fälle nicht eindeutig der einen oder anderen Konstellation zuzuordnen sind (vor allem zwischen 1 und 3 ist die Zuordnung oft schwierig), hat eine statistische Auswertung unserer Daten wenig Sinn. Dies auch deshalb, weil die Beispiele, die aus einem einzigen Text stammen, für die Gesamtsprache nicht völlig repräsentativ sind. Unübersehbar ist, dass die meisten Fälle von a-Anlaut Lexeme betreffen, in denen auf ar folgt. Am leichtesten sind die Beispiele für Konstellation 2 (Metathese) zu identifizieren. Bei den Verben mit avor r sind es 13 von insgesamt 33, bei denen mit avor anderen Konsonanten 2 von 20. Im nominalen Bereich stehen 5 Substantive (immer Ableitungen von entsprechenden Verben) und ein Adjektiv/ Adverb (ardaint) mit Anlaut areinem einzigen Beispiel mit avor einem anderen Konsonanten (amnatscha, Ableitung von amnatschaer) gegenüber. Bei Verben ist eine Basis mit dem Präfix ad grundsätzlich oft möglich, in den einzelnen Fällen jedoch schwer nachweisbar. In den Beispielen für avor anderen Prothetisches a im Bündnerromanischen 151 29 Cf. oben p. 148. 30 Phonetisch bedingt ist letztlich auch die Kategorie der metathetisch entstandenen Formen. Nur handelt es sich hier nicht um einen neuen Sprossvokal, sondern um die Vorwegnahme und Modifizierung eines schon vorhandenen Vokals. 31 Stotz 2000 (vol. 2): 401 s. §114. 32 Stotz 2000 (vol. 2): 153 s. §78, vor allem 78.3. 33 Stotz 1996 (vol. 3): 275 §235.3. Konsonanten als r, wo dieser Ursprung verschiedentlich auch vom DRG angenommen wird 29 , lassen 17 von 20 Verben diese Interpretation zu. Die Beispiele für eine wahrscheinlich rein artikulatorisch bedingte a-Prothese stammen alle aus der Kategorie avor r. Sie gehören sowohl dem verbalen als auch dem nominalen Bereich an, wobei im Fall der Verben immer auch eine Basis ad in Betracht gezogen werden muss. Es ist anzunehmen, dass die genetisch verschiedenen Typen von a-Anlaut sich gegenseitig beeinflusst und zu mannigfachen Analogiebildungen geführt haben. Da die Interpretation in vielen Fällen fraglich ist, bleiben schliesslich nicht sehr viele Fälle von wahrscheinlichen Kandidaten für eine rein phonetisch bedingte a-Prothese 30 . - Verben: arasaer, araspaer, arasüstaer, aruaer, arüfflaer, arunaer - Substantive: aradschun, araig, arains, aram, araspaeda, arassa, arassetta, arazz ę da, arials, arichezza, ariginam, arimur, arisch, aroba - Adjektiv: arich Die relativ geringe Zahl von Verben ist unter anderem dadurch bedingt, dass wir in vielen Fällen die Annahme einer Basis ad in Betracht gezogen haben. Dass der Anteil der Präfixbildungen mit ad in unserem Zusammenhang nicht unterschätzt werden sollte, legen auch die Verhältnisse im mittelalterlichen Latein nahe. Peter Stotz weist in seinem monumentalen Handbuch Lateinische Sprache des Mittelalters verschiedentlich auf Verhältnisse hin, die uns in dieser Auffassung bestärken. Wichtig ist zunächst der Hinweis auf die generell grosse Zahl neuer Präfixbildungen mit ad zu alten Simplicia 31 . Auch die Tatsache, dass oft Verben mit Präfix ad dieselbe Bedeutung haben wie die entsprechenden Simplicia, eine Erscheinung, die sporadisch schon in klassischer Zeit auftritt, im Mittelalter jedoch häufiger wird 32 , könnte zu einer Annährung von ad-Bildungen und Verben mit phonetischer a-Prothese im Sprecherbewusstsein geführt haben, einer Voraussetzung für analogischen Ausgleich. Schliesslich sprechen auch die mittellateinischen Beispiele für einfaches r anstelle von rr in Verben mit Präfix ad (arepere, arestare, aripere, arogare) für diese Sicht 33 . Ricarda Liver 152 34 Handelt es sich bei asvelt ‘flink’, das für Olivone und Poschiavo (LSI 5: 382), aber auch im Dolomitenladinischen bezeugt ist, um eine a-Prothese? Die Fussnote zum Artikel asvélt in EWD 1: 169 legt diese Interpretation nahe: «aus euphonischen Gründen». Ob sie zutrifft, scheint mir jedoch fraglich, da im Dolomitenladinischen der Anlaut svsonst durchaus geläufig ist. Das anlautende akönnte aus dem Ausdruck alla svelta stammen, der oft mit svelto kommutiert. Cf. die Karte «Spicciatevi» AIS 8: 1608. 35 Nach DEI s. ribòla ‘sorta di vino rosso pregiato’ , rubeolus. 4. Ausblick auf andere romanische Sprachen Am Anfang dieser Ausführungen haben wir auf die von Johannes Kramer erwähnten Parallelen zwischen dem Engadinischen und dem Aromunischen im Vorkommen von a-Prothesen hingewiesen. Die Übereinstimmung dieses Sprachnamens mit Bifruns Arumaunsth (Gartner 1913: 1) ist schlagend! Aber nicht nur in dieser Varietät des Rumänischen, auch in zahlreichen anderen romanischen Sprachen und Dialekten findet sich Vergleichbares. Allerdings sind Verbreitung und Erscheinungsformen des Phänomens in den verschiedenen Sprachen sehr unterschiedlich. Um Genaueres dazu aussagen zu können, müssten Untersuchungen durchgeführt werden, die den Rahmen dieser Skizze bei weitem sprengen würden. Wir beschränken uns darauf, einige Resultate bisheriger Forschung zusammenzutragen, um die Verbreitung der a-Prothese in der Romania zu dokumentieren. In der näheren Nachbarschaft des Engadins (abgesehen vom obersten Albulatal) finden sich kaum Spuren des Phänomens 34 . Im Dolomitenladinischen ist nach Kramer 1981: 174 die vokalische Prothese auf die Fälle beschränkt, wo in Präfixverben auf reder Vortonvokal durch Synkope fiel und sekundär prothetisches avor r auftrat, also eine Art Metathese. So ergibt relevare in allen Mundarten arleve(r) ‘aufziehen, erziehen’, *rebassare arbase(r) ‘erniedrigen’ (loc. cit.). Im Friaulischen scheint die a-Prothese nur in älterer Zeit eine gewisse Rolle gespielt zu haben. Paola Benincà 1995: 52 unterscheidet in ihrem Artikel zum Friaulischen vom Mittelalter bis zur Renaissance zwischen a-Prothese «per motivi puramente fonetici» und Fällen, in denen das Präfix ad zugrunde liegt. Beispiele für die erste Variante sind etwa aras m. pl. ‘rape’, arasons ‘ragioni’, aribola ‘ribolla’ 35 , für die zweite apagar ‘(ap)pagare’, adusi ‘condurre’, asconiur ‘(io) scongiuro’. Im Artikel derselben Autorin zum aktuellen Friaulischen (1989: 564-68) findet das Phänomen keine Erwähnung. In den italienischen Dialekten ist die Situation ziemlich kompliziert. Rohlfs 1949: 278 s. (§164) geht in seiner Darstellung zu anlautendem r von der Feststellung aus, dass in grossen Gebieten Süditaliens r- «mit starkem Stimmeinsatz als rr gesprochen (wird) wie auf der iberischen Halbinsel», was dann oft zu einer a-Prothese führe: siz. arraggiu ‘raggio’, kalabr. arramu ‘ramo’, nap. arrissa ‘rissa’ etc. Beispiele finden sich nördlich bis Rom und in die Abruzzen, aber auch in Mittelitalien (Toskana, Umbrien und Marken). Dass auch andere Faktoren als die verstärkte Prothetisches a im Bündnerromanischen 153 36 Verweis p. 279 auf §338, wo dieser Vorgang behandelt wird. 37 Cf. auch Rohlfs 3 1977 §383. 38 Arregemundo (um 990), Arrenaldo (um 1026), Arroger (um 1105). Loc.cit. 39 Die ausführliche Studie von Leif Sletsjøe von 1978, «AR ER - adverbes indépendants en ancien galicien-portugais - et les mots en arren ibero-roman» schliesst mit dem Zugeständnis, kein schlüssiges Resultat erreicht zu haben: «Le présent article n’a d’autre prétention que de présenter le problème d’une façon nouvelle et d’inviter d’autres à s’en occuper» (Sletsjöe 1978: 288). Artikulation von rfür entsprechende Resultate verantwortlich sein können, deutet Rohlfs an, wenn er auf die massive Präsenz von Verben mit arr-Anlaut im Süditalienischen hinweist und dabei die Möglichkeit in Betracht zieht, hier könnte auch das Präfix ad eine Rolle spielen (N1 zu p. 278). Auch in Bezug auf die besonders in Mittelitalien (südliche Toskana, Umbrien und Marken) sehr häufigen Verben, in denen arauf reberuht, zieht Rohlfs eine andere Erklärung als die rein artikulatorische in Betracht, nämlich die Entstehung eines Stützvokals infolge Verlustes des Vortonvokals (Synkopierung) 36 . Es fällt auf, dass in den Artikeln des LRL zur Areallinguistik der italienischen Dialekte, wo die entsprechenden Phänomene auftreten, die a-Prothese nicht thematisiert wird. Anders in den Artikeln zum Sardischen. Michel Contini 1988: 838 hält in seinem Beitrag zur Sprachgeschichte des Sardischen fest: «Il trattamento della Riniziale, sempre rafforzata e spesso con protesi vocalica, accomuna il sardo all’iberoromanzo». Allerdings geht aus dem Artikel von Maurizio Virdis 1988 zur Areallinguistik des Sardischen hervor, dass die Erscheinung auf das Campidanesische beschränkt ist. Sie bestimmt eine der Isoglossen, die das Campidanesische vom Logudoresischen abgrenzen. Im Logudoresischen stehen rosa, ruere, roda den Formen arròsa, arrùiri, arròda im südlich angrenzenden Campidanesischen gegenüber (1988: 900). Ein Zusammenhang des Phänomens der a-Prothese mit den Verhältnissen im Iberoromanischen (und im Baskischen) wird auch in der Literatur zum Gaskognischen postuliert. Xavier Ravier 1991: 87, der im Artikel zur okzitanischen Areallinguistik die Beispiele arrat ‘rat’, arrasim ‘raisin’, arròda ‘roue’ zitiert, weist auf Parallelen zum Aragonesischen und zum Baskischen hin 37 . Bemerkenswert sind die Beispiele von a-Prothese in latinisierten Personennamen im mittelalterlichen Aquitanien 38 . Auf der Iberischen Halbinsel ist das Phänomen, wie erwähnt, verbreitet. In den asturianisch/ leonesischen Scriptae des Mittelalters ist es reichlich bezeugt (aromper, alimpiant , limpidant, arecibir, García Arias 1995: 627), ebenso im älteren Portugiesisch-Galicischen (cf. Sletsjøe 1978). Die Frage, ob die zahlreichen Verben auf arredes heutigen Spanischen (und verwandte Formen im Portugiesisch-Galicischen und im Katalanischen) auf Präfigierung mit re und ad zurückgehen oder auf phonetische Prozesse, die eine a-Prothese bewirkten, ist wohl ebenso schwierig zu beantworten wie im Fall des Engadinischen 39 . Interessant ist die Tatsache, dass im umgangssprachlichen Spanisch der Gegenwart eine Tendenz zur a-Prothese zu Ricarda Liver 154 40 Martínez Martín 1992: 449. Die Beispiele bestätigt Rolf Eberenz, dem ich auch für weitere Hinweise danke. beobachten ist, und zwar nicht nur vor r: arrecoger für recoger, la afoto für la foto, la arradio für la radio, la amoto für la moto 40 . Aus diesem summarischen tour d’horizon über Erscheinungen in der Romania, die mit den eingangs dargestellten Verhältnissen im Engadinischen vergleichbar sind, ergeben sich einige Beobachtungen, die trotz offenen Fragen dazu beitragen, das Phänomen der a-Prothese im Altengadinischen in einen weiteren Rahmen einzuordnen. Zunächst zeigt es sich, dass die a-Prothese im Mittelalter verbreiteter war als in späteren Zeiten. Das stimmt mit der Situation im Engadin (vor allem im Oberengadin) überein, wo ebenfalls die alte Sprache deutlich mehr Beispiele aufweist als die neuere. Dieser Sachverhalt könnte auch erklären, warum die a-Prothese nur im Oberengadin und im oberen Albulatal belegt ist. Da wir keine (oder fast keine) Zeugnisse von mittelalterlichem Rätoromanisch haben, können wir nicht wissen, ob das Phänomen allenfalls in früherer Zeit weiter verbreitet war. Der Überblick über die Gesamtromania macht zudem deutlich, dass die verschiedenen Fälle von a-Anlaut mit Sicherheit auf verschiedene Faktoren und deren Zusammenwirken zurückzuführen sind. Neben artikulatorisch bedingten Prozessen spielt zweifellos die Präfigierung mit ad eine wichtige Rolle. Lützelflüh Ricarda Liver Bibliographie AIS = Jaberg, K./ Jud, J. 1928-40: Sprach- und Sachatlas Italiens und der Südschweiz, 8 vol., Zofingen Benincà, P. 1989: «210. Friaukisch/ Friulano. Interne Sprachgeschichte I. Grammatik/ Evoluzione della grammatica», in: LRL 3: 563-85 Benincà, P. 1995: «123. Friaulisch/ Il friulano», in: LRL 2/ 2: 42-61 Contini, M. 1988: «287. Sardisch/ Sardo. Interne Sprachgeschichte I. Grammatik/ Evoluzione della grammatica. 1. Fonetica e fonologia del sardo», in: LRL 4: 837-38 D’Ambra, R. 1873: Vocabolario napolitano-toscano domestico di arti e mestieri, Napoli Decurtins, A. 1993: Rätoromanisch. 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In this article, I discuss different cases of variational morphemes, which, to my knowledge, have never been described for a Romance language. Keywords: Francoprovençal, Morphology, Linguistic geography, Linguistic variation, Polymorphism, Terminology 1. Introduction L’analyse grammaticale du francoprovençal, dans le cadre de l’établissement des cartes morphologiques de l’Atlas linguistique audiovisuel du francoprovençal valaisan ALAVAL (Diémoz/ Kristol 1994-) 2 , m’a amené à élaborer un outil terminologique permettant de décrire de façon cohérente un ensemble de morphèmes variationnels que l’on trouve en nombre relativement élevé dans les matériaux dialectaux recueillis. En poursuivant une réflexion que j’ai esquissée pour la première fois au congrès « Δ IA III» de Naples, en 2014 (Kristol sous presse a), je propose ici une tentative de systématisation de ces morphèmes. En partant de la définition de la notion de polymorphisme proposée par l’école dialectologique toulousaine (cf. p.ex. Allières 1954: 70) 3 , comprise comme phénomène de variation linguistique libre, non conditionnée, je parlerai de polymor- 1 Texte revu et complété d’une communication tenue au XXVIII e Congrès de linguistique et philologie romanes (Rome, 18-23 juillet 2016). 2 Travaux financés par un projet Interreg II (européen), la Loterie Romande et le FNS, crédits n° 100012-107702/ 1 (2005 à 2008) et 100012-156353/ 1 (2015 à 2018). L’atlas, en cours de réalisation, comprend 21 points d’enquête en Valais, deux en Vallée d’Aoste et deux en Haute-Savoie, 50 informateurs et informatrices (deux par point d’enquête) et s’appuie sur un corpus de quelque 17’000 énoncés de nature semi-spontanée enregistrés par caméra vidéo. Pour plus d’informations, cf. Diémoz/ Kristol 2014. 3 Personnellement, j’ai eu la chance de découvrir la notion dans les séminaires que j’ai suivis à Toulouse, chez Jean Séguy lui-même, en 1971-72: Séguy l’utilisait souvent pour commenter des phénomènes dialectaux que nous, étudiants, découvrions en travaillant chez lui. Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 157 4 La «doxa», à ce sujet, est bien résumée par Chambers/ Trudgill 1998: 128: «In fact, the variables that have been studied so far suggest that there is no such thing as free variation, and that features which vary are conditioned, sometimes by a complex of linguistic and social factors.» phisme lorsqu’un phénomène de variation, en synchronie, n’est pas simplement un phénomène «accidentel» de la parole, dû aux aléas de la communication orale, mais un phénomène de nature systémique, propre à la langue, tout en ne servant - au terme d’une analyse rigoureuse en synchronie - à rien. J’exclus donc explicitement de ma définition tout phénomène de variation qui possède une assignation fonctionnelle, contextuelle (assimilations, harmonisations vocaliques, p.ex.), sociolinguistique, conversationnelle ou stylistique: ce sont des phénomènes de variation, bien entendu, mais ils sortent du domaine du polymorphisme tel que je le décrirai ici. J’insiste sur ce détail car il y a de nombreux linguistes qui contestent l’existence des phénomènes de variation libre et qui sont tentés d’interpréter immédiatement tout phénomène de variation linguistique par rapport à des paramètres sociaux ou stylistiques 4 . En ce qui me concerne, je ne nie pas que les phénomènes de variation conditionnée, nombreux, existent également - ils ne manquent pas dans nos matériaux - mais dans ces lignes, c’est la variation libre qui se trouvera au centre de mon intérêt. Les morphèmes variationnels que j’étudierai ici sous l’étiquette de polymorphisme peuvent s’observer - entre autres - au sein d’un même énoncé, dans une situation communicative stable, et en même temps chez de nombreux locuteurs, sans assignation fonctionnelle aucune. Je tiens à souligner aussi, en guise d’introduction, que pour moi, la variation linguistique, et le polymorphisme en particulier, n’est pas un «défaut» des langues naturelles. Selon la définition de polymorphisme dans les sciences naturelles, il s’agit de la «propriété que possèdent certains organismes de revêtir des formes différentes sans changer de nature» (TLFi s.v.; c’est moi qui souligne). Or, dans toutes les sciences de la vie, le polymorphisme est considéré comme une force, qui permet aux espèces vivantes de mieux s’adapter à des conditions de vie changeantes. J’estime qu’il en va de même pour les langues humaines: les polymorphismes observés dans les langues naturelles, qui semblent surperflus en synchronie, sont comme autant de ressources à disposition et prêtes à «entrer dans la brêche» lorsqu’une évolution linguistique quelconque affaiblit une structure traditionnelle. Ils font partie des ressources essentielles des langues humaines, même si rien ne garantit qu’une telle nécessité se manifeste un jour. Certaines de ces formes peuvent rester «éternellement» en réserve et rester disponibles - aussi longtemps qu’une communauté culturelle ne formule pas des normes qui les stigmatise et les élimine comme «inutiles». De ce point de vue, j’estime d’ailleurs que les normes parfois trop rigides de certaines de nos langues de haute culture (et je pense en particulier au français), contribuent plutôt à affaiblir celles-ci qu’à les renforcer. Petit détail important: il m’est arrivé plus d’une fois qu’on me demande si le polymorphisme très poussé que l’on observe dans les matériaux francoprovençaux Andres Kristol 158 5 J’écris entre guillemets et en italiques la forme française qui correspond aux multiples formes dialectales, dans nos données, du même type lexical ou morphologique. 6 La carte est disponible en ligne, sur internet, avec toute sa documentation audiovisuelle, à l’adresse http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=51342. Mes remerciements vont à l’informaticien de notre équipe, Pierre Ménétrey, qui a développé l’interface de consultation. Dans la version internet de l’atlas que nous sommes en train de alimenter, chaque symbole sur la carte, chaque forme individuelle du tableau des formes et chaque transcription est cliquable et donne accès au clip vidéo correspondant. Et je remercie Elisabeth Berchtold, Maude Ehinger, Chiara Marquis et Joanna Pauchard qui sont en train de vérifier les cartes et de les mettre en ligne, sous la direction de Federica Diémoz et de la mienne. que nous avons recueillis pour l’ALAVAL n’est pas simplement caractéristique pour une langue mourante. Je m’inscris résolument en faux contre cette idée. J’estime qu’elle n’est qu’une des nombreuses stratégies adoptées par certains linguistes victimes de l’idéologie normative, pour minimiser le phénomène. Ce que j’observe dans nos matériaux, c’est que le polymorphisme est souvent plus répandu dans les dialectes les plus vigoureux, chez les locuteurs les plus solides, et qu’il est plus réduit chez des locuteurs de dernière génération plus fragiles, chez qui l’éventail des formes disponibles commence à être restreint. Dans les lignes qui suivent, je présenterai trois cas de figure qui, à mon avis, doivent être distingués: sous (2) les mégamorphèmes, morphèmes variationnels qui se réalisent dans une zone de variation phonétique contiguë à l’intérieur de laquelle toutes les réalisations concrètes doivent être considérées comme grammaticales, sous (3) les hétéromorphèmes qui se réalisent dans une zone discontinue de réalisations vocaliques et/ ou consonantiques, et sous (4) le cas spécifique des archimorphèmes, mégaou hétéromorphèmes quant à leur forme, qui ont neutralisé d’anciennes différenciations fonctionnelles. 2. La 3 e personne de l’indicatif présent du verbe «être»: un cas d’«mégamorphème» Une des principales caractéristiques des matériaux recueillis dans le cadre du projet ALAVAL, c’est la redondance - voulue, et suscitée par la conception du questionnaire - des phénomènes qui nous intéressent. De plus, à la différence de la plupart des atlas dialectologiques traditionnels, axés sur le lexique, nous nous concentrons sur des questions de morphologie et de syntaxe, donc sur des phénomènes dont la fréquence est de toute façon élevée dans des énoncés de langue spontanée (ou semi-spontanée, dans notre cas). Mon premier exemple concret concerne la morphologie de la 3 e personne de l’indicatif présent du verbe «être» 5 . La carte correspondante (cf. la carte n° 1 en annexe 6 ) repose sur un corpus de plus de 1800 attestations (une bonne trentaine d’occurrences en moyenne pour chaque informateur individuel). En fait, cette carte Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 159 7 Notre système de transcription s’écarte en partie des conventions de l’API standard pour mieux tenir compte de certaines particularités du phonétisme francoprovençal. Les voyelles du premier degré d’aperture présentent une allophonie systématique (voyelles toniques longues plus fermées, voyelles toniques brèves ou atones plus ouvertes); nous utilisons les symboles [ ɪ , ʏ , ʊ ] pour transcrire les allophones plus ouverts. Nous transcrivons par [ , , ] les valeurs intermédiaires entre [e/ ɛ , ø/ œ, o/ ɔ ] pour lesquels l’API standard ne possède pas de caractère spécifique (nous évitons les symboles e , ø , o qui indiquent une «tendance à l’ouverture» des voyelles correspondantes, ce qui ne correspond pas à la réalité phonétique observée). À part cela, nous marquons la voyelle tonique (et non pas la syllabe) et nous utilisons le tréma pour indiquer des voyelles légèrement centralisées. La police unicode développée pour nos besoins - qui permet aussi de citer textuellement les anciens systèmes de transcription utilisés en dialectologie galloromane (Rousselot-Gilliéron, Bœhmer-Bourciez), les Tableaux phonétiques (Gauchat et al. 1925) et le Glossaire des patois de la Suisse romande - peut être téléchargée à l’adresse http: / / www2.unine. ch/ islc/ presentation/ dialectologie. 8 Dans les tableaux qui accompagnent les cartes, nous n’indiquons les fréquences que lorsqu’elles sont statistiquement significatives. est peu représentative pour l’ensemble de nos matériaux car la variation diatopique y est pratiquement absente. Mais cet exemple très simple me fournit une bonne entrée en matière. Il est bien sûr impossible de faire figurer trente occurrences par personne, une soixantaine d’occurrences pour chaque lieu d’enquête, sur une même carte. Celle-ci présente donc un degré d’abstraction supérieur: elle indique pour chaque parler local la zone de variation à l’intérieur de laquelle se situent les réalisations concrètes du morphème étudié, sur le fond du trapèze vocalique. Dans la documentation qui accompagne chaque carte (tableau n° 1 en annexe), on trouve ensuite toutes les réalisations individuelles 7 , avec leur fréquence 8 . Les chiffres du tableau montrent que dans ce cas concret, dans tous les parlers, les attestations forment un noyau dans la zone des voyelles antérieures de moyenne aperture, et une zone de dispersion qui entoure ce noyau central: ainsi, à Chalais, Chamoson, Conthey, Évolène, etc., la forme la plus fréquente est [ ɛ ], entourée de différentes réalisations plus ou moins nombreuses: [i, e, ø, œ] et [æ] à Chamoson, [ ʏ , e, ø, œ] à Évolène par exemple. Chez certains informateurs ou informatrices, plus rares (BionazF, SixtF, TroistorrentsM), la forme la plus fréquente est [e], mais la zone de dispersion reste essentiellement la même. Dans une première approche, on pourrait être tenté de penser que ce genre de variation est un phénomène de nature aléatoire, sans intérêt particulier. Mais lorsqu’on constate que le phénomène est commun à toute la région, à cinquante locuteurs et locutrices, dans 25 dialectes différents, on dépasse le fait individuel, aléatoire et accidentel, et une analyse plus approfondie s’impose. Deuxième réaction de tout linguiste qui a lu Gauchat 1905 (et Labov): on cherche à corréler les formes attestées avec des paramètres de nature sociolinguistique. C’est ce que nous faisons également, systématiquement, pour chaque phénomène variationnel que nous observons. Cependant, il faut le souligner, dans notre corpus, les informateurs ne se distinguent pas de manière significative quant à leur Andres Kristol 160 9 Dans les transcriptions ci-dessous, le titre de l’énoncé indique le lieu d’enquête et le sexe (F/ M) du témoin. Dans plusieurs énoncés, on constatera que dans les dialectes étudiés, l’emploi du clitique sujet est facultatif. Ce fait n’a aucune incidence sur les formes verbales. Dans la version en ligne de l’atlas, les éléments simplement encadrés ici sont identifiés par des couleurs qui correspondent à celles des symboles sur la carte. Quant aux traductions françaises proposées, elles sont littérales. Étant donné la proche parenté génétique du francoprovençal et du français, nous estimons que dans la plupart des cas, elles rendent l’énoncé dialectal suffisamment transparent. Nous avons donc renoncé à des analyses formelles détaillées telles que les Leipzig Glossing Rules, qu’on trouve dans de nombreux travaux consacrés à des langues non indo-européennes. Ainsi, la périphrase valdôtaine du futur [t v ˈɑɪ pw ɪ ] sera traduite par «tu vois puis» ou «tu verras» avec, le cas échéant, une note de bas de page qui en précise le sens, et non pas par une formule du type «cs.2sg. voir-prés.2sg. adv.temp.fut.». 10 Dans le parler d’Arbaz, la 3sg du verbe «être» présente très fréquemment (chiffres précis au tableau n° 1 en annexe) un [l] agglutiné, ancien clitique sujet qui a perdu sa fonction morphologique: [l ʏ , l ɪ , le, l ə ], etc. ‘elle est, il est, c’est’ (sans distinction morphologique du genre de la personne grammaticale, cf. Kristol sous presse b), comme cela ressort des emplois du verbe à la forme réfléchie: (i) ArbazF matˈ ʃ le bɹekˈo ɑ tsˈːbɑ Le garçon s’est cassé la jambe. (ii) ArbazM n ʏrdˈɑːwɐ ʃe le poʒˈɑɛ ʃy ɑ frˈihɑ dy tˈeɪ Une hirondelle s’est posée sur le faîte du toit. Dans les autres parlers de notre région, ce même [l], lorsqu’il apparaît, reste indépendant: (iii) ÉvolèneF ˈøna best ʊ b ʒjũː l ʃ ɛ pɔʒˈaːjø ʃ laː m Une bête au bon Dieu elle s’est posée sur la main. statut social. Ils appartiennent pratiquement tous à la même classe d’âge, et pour le phénomène en question, aucune différence linguistique significative ne distingue les hommes et les femmes. Mieux encore, comme le montrent les exemples 1-7, provenant de sept parlers différents, les différentes formes observées peuvent apparaître au sein d’un seul et même énoncé, au sein d’un même acte de parole dans une situation d’interaction qui ne change pas, et sans le moindre facteur contextuel qui puisse justifier la variation 9 . (1) ArbazF 10 : fydˈɑːɹ ɪr əŋ ʃˈɑːɔ dʏ tẽŋ - ɔɹɑ lʏ ː h - ʃɑ p- ŋ kj tɪsˈy lɪ mə lə - d kɔtˈ ʊ bĩŋ - n ˈɑtɹə wɐmɑɹtʃʲndˈɪ Le foulard était en soie autrefois .. maintenant il est h.. je ne sais pas en quel tissu il est mais il est .. de coton ou bien une autre oua.. marchandise. (2) ChamosonM hɑ o f kə l ɛ bj əspʊzˈo sy na pt y sɔlˈæɛ ø kæmˈim mɛjˈø kjæ se kjɛ l ɛ œː tɔt l ˈmbrə dɪ - dɪ sɑpˈ b de di vˈɛːʁnə Ha le foin qu’il est bien exposé sur une pente au soleil est quand même meilleur que celui qu’il est euh tout en l’ombre des .. des sapins ou bien de des vernes. Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 161 11 Un relecteur de cet article que je remercie propose de parler de «morphème à réalisation fluide dans un état synchronique» - ce qui est une excellente description du phénomène - mais sans me proposer une meilleure terminologie. Pour un autre exemple caractéristique de mégamorphème, on pourra consulter la carte «je suis» où le mégamorphème de la 1 re personne du singulier d’«être» varie dans une zone qui - dans les parlers individuels - peut aller de [ ʃ i, ʃ y] jusqu’à [ ʃɛ , ʃ œ], voire jusqu’à [ ʃ æ, ʃ a] (carte disponible en ligne: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=51175; cf. aussi Kristol sous presse a). (3) ContheyM ʒ ɔɹʋˈæɛ œ pɑ dœ ʃɛʁpˈ ʃ ɛ də zˈtə bˈiːtʃɛ - fo pɑ ɪ fˈirə də mo Les orvets c’est pas des serpents, c’est de jolies bêtes .. il faut pas leur faire de mal. (4) IsérablesF i kostˈym dɛe z ɔm ɛ bokˈʊ - ə ḅwˈe mjë sˈënplɔ Le costume des hommes est beaucoup .. est bien* plus simple. *[ ḅwˈe ] ‘bien’ (forme spécifique d’Isérables; cf. GPSR 2: 390b). (5) LourtierF k æ ʃɔp ə trwa ʃalˈɑje d kj ɛ amʊɹˈœøʒə Quand la soupe est trop salée on dit qu’elle est amoureuse. (6) MiègeM l veʒɛˈŋ ɐ j ɛ j ɛ pa dɛ ʃeː ɪ d mntˈna Le voisin euh il est il est pas d’ici il est de Montana. (7) TorgnonM mœ dzə ɕi a mˈl tʀˈɛɪ kjə dzə ʀˈɛstɔ mɛ vˈtɕə tɔʁɲˈŋ j œ ː lɔ ʃˈɛfə ʎø ɪj ɛ ɑ ɑ mɛlˈə sŋ s Moi je suis à mille trois que j’habite moi par contre Torgnon c’est le chef-lieu c’est à à mille cinq cent. Dans chaque exemple - que notre corpus permettrait de multiplier aisément - nous avons affaire à deux ou plusieurs réalisations allomorphiques qui correspondent à un seul morphème «3 e personne du singulier de l’indicatif présent d’‹être›», un morphème qui, dans chaque parler individuel, possède une zone de réalisation bien circonscrite. À l’intérieur de cette zone, toutes les réalisations individuelles doivent être considérées comme grammaticales. Et les différents allomorphes n’ont aucune fonction distinctive. Face à ce phénomène récurrent dans nos matériaux, j’ai cherché à forger une appellation permettant de désigner un tel ensemble de réalisations. Suite à une discussion avec Rosanna Sornicola - que je tiens à remercier ici - au congrès Δ IA III de Naples, je propose actuellement d’appeler «mégamorphème» un morphème (grammatical) qui se réalise dans une zone de variation phonétique contiguë à l’intérieur de laquelle toutes les réalisations concrètes doivent être considérées comme grammaticales, librement interchangeables et librement disponibles à la communauté linguistique 11 . De tels mégamorphèmes neutralisent de nombreuses oppositions phonologiques qui peuvent se réaliser dans d’autres contextes - cf. [ø] / [ ɛ ] dans l’exemple (2) de Chamoson ou [i] / [ ɛ ] dans l’exemple (6) de Miège, incapables (dans ce contexte morphologique) de former des paires minimales - tout en main- Andres Kristol 162 12 Dans certains parlers, j’observe cependant aussi des réalisations de la 3sg d’«avoir» en [œ] ou en [ ə ], voire même (sous l’effet de l’entourage vocalique) en [ ɛ ], ce qui crée une véritable zone de conflit entre les formes d’«être» et d’«avoir»: dans ces cas, l’opposition entre les deux verbes auxiliaires se trouve réellement neutralisée. À l’heure où je rédige ces lignes, l’analyse des matériaux disponibles pour «avoir» est réalisée, mais les cartes correspondantes ne sont pas encore en ligne. Lorsque cela sera fait, on les trouvera à l’adresse http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=51330 et 51332. 13 En ligne: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=21022. tenant d’autres. Ainsi, ces formes de la 3sg d’«être» se distinguent en règle générale de celles de la 3sg d’«avoir», autre mégamorphème dont la zone de variation va de [æ] à [ ɒ ], voire même [ ɔ ], en passant par [a], [ ɐ ] et [ ɑ ] 12 . 3. La préposition «à» + article défini masculin singulier préconsonantique: un cas d’«hétéromorphème» Deuxième cas de figure: ce sont les formes de l’article défini masculin singulier préconsonantique, précédé de la préposition «à», équivalentes au français «au». Dans les dialectes francoprovençaux analysés, ce sont des formes contractées qui, en réalité, amalgament donc deux morphèmes, comme en français. À la différence de la première carte, la carte n° 2 13 possède un profil géolinguistique bien précis. Dans tous les parlers de l’Est valaisan, le mégamorphème de l’article défini masculin singulier prépositionnel se réalise dans une zone de voyelles postérieures qui va de [u] fermé à [ ɔ ] ouvert, à quoi s’ajoutent des réalisations diphtonguées du type [ ɔʊ ]. Du point de vue de leur fréquence, le noyau central des réalisations peut se trouver du côté [o] ou [u], selon les parlers. Dans les parlers occidentaux, en revanche, le même morphème se réalise très majoritairement dans une grande zone de voyelles antérieures qui va de [i] et [y] jusqu’à [ ɛ ] et [œ], rarement jusqu’à [æ]. On entend également des réalisations diphtonguées du type [ø ʏ , œ ʏ ]. Ce genre de clivage est-ouest est fréquent dans nos matériaux; il est caractéristique pour l’espace dialectal valaisan. Une fois de plus, à l’intérieur des deux zones ainsi circonscrites, toutes les réalisations individuelles doivent être considérées comme grammaticales et librement interchangeables. De nouveau, même si les exemples sont plus rares (peu d’énoncés alignent deux compléments d’objets précédés de «à»), les différents allomorphes peuvent se trouver au sein d’un même énoncé, comme le montrent les exemples 8-10: (8) FullyF i va adzətˈa lə la ʃo e lə pˈæɛvʁə ɪ ptʃˈu maɡaʒəˈẽ ʏ vəlˈɑːdzə Elle va acheter le la sel* et le poivre au petit magasin au village. *[ ʃo ] ‘sel’ est féminin. Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 163 14 Alors que certaines formes en [o] pourraient à la rigueur être attribuées à une influence récente du français, les formes en [u] appartiennent sans doute à la couche plus ancienne. 15 À l’exception du parler de Saint-Gingolph où la forme était ou ò (graphie des TP) selon les transcripteurs. 16 Col. 37 «au mois», col. 110 «au marché», col. 407 «au pied». (9) IserablesF dɛʋˈ- l ʏmplɛjˈeʋɔm bwŋ ë lɥˈidə dəː - dᵊ ʃːʃ ɡɹˈoːsə lɥid ˈeĩɲcʲ por a ʏ buː œʏ fɛŋᵍ - beŋː soʋaɲ cjɛ - mnˈaː də pˈalə ba a rːˈedə kant æ - k fazˈ-ŋ ə pˈaləː - pɔ tætʃˈa a ʋˈɪɲɛ Avant ils employaient beaucoup les .. luges de .. de ces .. ces grandes luges là pour aller au bois au foin .. ou bien .. suivant quoi .. mener de la paille en bas à Riddes quand euh .. quand ils faisaient la paille .. pour attacher la vigne. (10) SavieseF aː ˈaːdzə n atsetˈiə ə ʒ ekˈuːa o martʃjˈ - ke diʒjˈan te a ʃe kə paʃˈia - ʊ vwɛadzˈo kɛ paʃˈiːa a miʒˈ Ah autrefois on achetait les balais au marchand .. que disaient-ils à celui qui passait .. au colporteur qui passait à la maison. La carte montre cependant que dans la plupart des parlers occidentaux on trouve également des formes minoritaires à voyelle vélaire. Quand on sait que les parlers de l’Est valaisan - qui n’ont que les formes vélaires - sont parmi les plus conservateurs de l’espace galloroman, on peut présumer que les formes vélaires minoritaires que l’on trouve dans les parlers occidentaux sont à considérer comme les résidus d’une phase plus ancienne, qui doit être antérieure au XX e siècle et qui n’est malheureusement pas documentée: nos parlers n’ont pas de tradition écrite assez longue 14 . En tout cas, la meilleure documentation ancienne, les Tableaux phonétiques (Gauchat et al. 1925), dont les matériaux remontent aux années 1904-1907, ne connaissent que des [y] pour les parlers occidentaux 15 et des [u], rarement [ou] pour les parlers orientaux, pour les trois attestations contenues dans leurs colonnes 16 . Nos matériaux montrent bien aussi que dans une zone de transition au centre du domaine, les deux types sont en concurrence, avec les formes vélaires en [u/ ʊ / o] qui dominent à Savièse et à Nendaz, et les formes palatales en [y/ ø] qui dominent à Chamoson et à Isérables. À Savièse, on observe cependant quelques cas d’alternance [ ʊ - ʏ ] qui, dans la chaîne parlée, apparaissent comme des auto-corrections, mais sans la moindre motivation de nature fonctionnelle: (11) SavieseF_Riviere ɛ ʃavjˈeʒ l e o metˈa pɛ a ɕjõːn e a moːdz - alˈɔʀ - ɪ pˈɑʃə pɑ dr ɑ komˈʊna ma ɛːl ɛ ɪ - ʊ ʏ metˈɐ dɪ dˈo bje Euh Savièse c’est au milieu entre la Sionne et la Morge .. alors .. elle [la rivière] passe pas dans la commune mais elle [la commune] est aux .. au au milieu des deux côtés. Quant au parler valdôtain de Bionaz, on observe que l’informatrice féminine privilégie très nettement les réalisations antérieures en [i/ ɪ ] (cf. tableau n° 2), alors que le témoin masculin utilise presque exclusivement les formes vélaires en [u/ ʊ ]. Andres Kristol 164 17 Le plus souvent, lorsque nous les interrogeons, nos informateurs et informatrices ne sont même pas conscients de la variation interne qui caractérise leurs parlers. De même, une de nos collaboratrices, elle-même locutrice native d’un parler francoprovençal valaisan, tendait à «standardiser» ses transcriptions, en éliminant la variation selon une sorte de représentation «idéalisée» de son propre parler, alors que les autres membres de notre équipe percevaient très clairement les différentes réalisations. 18 Tout au plus, on peut imaginer que leur polymorphisme est de nature à faciliter l’intercompréhension entre dialectes voisins. 19 Comme on le verra ci-dessous, il ne faudrait pas penser que toute la question des mégaet hétéromorphèmes se résume à des variations dans le système vocalique. 20 En ligne: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=33060. 21 En ligne: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=31020; cf. aussi Diémoz/ Kristol 2014: 164-66. L’impression qui se dégage de ce constat, c’est que la femme utilise apparemment un parler plus «jeune» que l’homme. D’un point de vue diachronique et géolinguistique, cette répartition des formes est tout à fait parlante: dans les parlers valaisans, ce sont les formes occidentales, plus récentes, qui progressent vers l’est. L’approche géolinguistique variationnelle - et l’observation méticuleuse des variantes même minoritaires au sein d’un mégamorphème donné - peut fournir ainsi des indices pour l’histoire linguistique d’une région donnée. Dans une analyse synchronique de chaque dialecte individuel, en revanche, dans la langue - et dans la conscience linguistique - de nos informateurs, les notions de formes «anciennes» ou «plus récentes», formes «occidentales» ou «orientales», n’ont aucun sens 17 . En synchronie, les différentes réalisations, toutes grammaticales, sont simultanément présentes, sans différentiation fonctionnelle aucune et utilisables sans aucune discrimination 18 . C’est de ce genre de phénomènes que découle ma deuxième tentative de création terminologique et de définition: pour désigner des morphèmes dans lesquels peuvent confluer des formes de différentes origines, avec une répartition discontinue des formes dans le trapèze vocalique - parfois aussi avec des variations dans leur consonantisme 19 , - et qui, en synchronie, ne présentent pas la moindre différenciation fonctionnelle, je serais tenté de parler d’«hétéromorphèmes». Nos matériaux contiennent de nombreux cas de ce type. Ainsi, l’hétéromorphème du clitique sujet masculin prévocalique de la 3 e personne du singulier (carte n° 4 en annexe) 20 , à Hérémence par exemple, se réalise comme [i, ij, e, ej], [l] ou Ø (le clitique sujet de la 3 e personne étant facultatif), toujours sans la moindre différenciation fonctionnelle entre les différentes formes. De même, pour l’hétéromorphème du clitique sujet préconsonantique de la 1 re personne du singulier (carte n° 6), à Isérables par exemple, les formes attestées varient entre [j ʊ ] et [j ɔ ], entre [j ɪ , j ʏ ] et [je, jø, jœ], ainsi que, sans le [j] initial, entre [ ʊ ] et [ ɔ ], et entre [i, y], [e, ɛ , ø, œ] et [ ɑ ] (sic) 21 . Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 165 22 Sic. Nous calquons ainsi la morphologie du participe passé du verbe réfléchi qui s’accorde (de manière audible) avec le sujet, dans une majorité des parlers étudiés (et, tendanciellement, 4. Le clitique sujet de la 3 e personne du singulier (CS.3 sg ) en position prévocalique: un cas d’«archimorphème» Mon troisième cas de figure concerne le clitique sujet de la 3 e personne du singulier en position prévocalique. Pour bien cerner le problème, je me limiterai dans un premier temps à un tout petit sous-ensemble de notre espace dialectal, deux dialectes voisins sur la route du col du Grand-Saint-Bernard qui relie le Valais à la Vallée d’Aoste voisine. Il s’agit des parlers d’Orsières et de Liddes, deux villages voisins distants de 7 kilomètres, situés respectivement à 887 et 1346 mètres d’altitude. À Liddes, l’avant-dernier village de la vallée, la grammaire du CS.3sg prévocalique est de la plus grande simplicité - et il n’y a pas la moindre trace de polymorphisme: le clitique sujet féminin est [d] dans tous les cas, le clitique sujet masculin est [l]. Les deux formes sont l’aboutissement phonétique régulier, dans ce parler, de illa/ illu latins. À Orsières en revanche, la situation est plus complexe: le [l] - exclusivement masculin à Liddes - est la forme dominante pour les deux genres. Mais le [d] - féminin à Liddes - apparait également pour les deux genres, à Orsières, accompagné d’une forme [dl] qui est un autre aboutissement phonétique du -lgéminé à Orsières. Voici une petite sélection d’exemples pour les deux parlers, qui illustrent ce constat. À Liddes, les formes masculines et féminines sont parfaitement distinctes. - [d] féminin (12) aː - æ d atˈŋ mɛɪnˈoː Celle-là .. celle-là elle attend enfant. - [l] masculin (13) dəmˈ l eː - l ˈerə ts - tk a la ʁəmwˈts Demain il i.. il ira en champ 1 .. jusqu’à la remointse 2 . 1 aller en champ signifie ‘aller faire paître les vaches’. 2 [ ʀəmwŋtsᵊ ] n.f. ‘alpage supérieur où l’on va au mois d’août’ (FQ 1989: 174 s.v. remouèntsu). À Orsières, les deux formes se confondent: les deux sont utilisables pour le féminin et le masculin. - [d] féminin et masculin (14) (féminin) mɪʀɛ ɡʀˈa s ɛ ʒamˈɛ adzətˈaj n ɑːdˈø - d a ttˈi kwʒˈy mˈimə Mère-grand s’est jamais achetée 22 un habit .. elle a toujours cousu même. Andres Kristol 166 en français régional de la Suisse romande également). Ce phénomène sera thématisé dans la carte 42400 de l’ALAVAL «L’accord au féminin du participe passé des verbes réfléchis précédés d’un complément d’objet indirect» qui n’est pas encore en ligne au moment de la rédaction de cet article. 23 Les cartes 3 et 4 (clitiques sujets féminins et masculins prévocaliques de la 3 e personne du singulier) sont disponibles en ligne à l’adresse http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=33050 et http: / / alaval. unine.ch/ atlas? carte=33060. La carte n° 5 qui ne correspond plus à des énoncés concrets n’est pas en ligne. Nous la reprendrons dans le volume de commentaires qui accompagnera l’atlas. 24 On trouve également un maintien de l’opposition chez l’un des deux témoins de St-Jean (Val d’Anniviers). 25 Dans certains parlers de montagne, la neutralisation de l’opposition est récente; elle a dû se produire au cours du XX e siècle. Ainsi, selon Marzys 1964, qui a travaillé sur des matériaux écrits datant du début du XX e siècle, Hérémence distinguait encore les formes proclitiques du masculin et du féminin, à la différence des parlers de la plaine (1964: 32). Dans nos matériaux, l’opposition a été neutralisée dans le parler de nos deux informateurs. Quant au parler de Sixt, certaines formes marginales, statistiquement rares, commencent à montrer un début de neutralisation des deux genres. (15) (masculin) d ɡaʁnˈi di røbˈæ (Le chapeau du costume traditionnel) Il est garni de rubans. - [l] féminin et masculin (16) (féminin) kʀ- mˈamə tɕøʸzˈe j sɪz ɑˈdõ - l aʋ pɑ pʁø d aʁdzˈ po ælˈe s le z jazətˈe - ɛ pwˈaːɛ - adzətɑvˈ- la matæˈɛʀ po lɪ fɪʀ l ɛ tɔ Grand-maman cousait elle ses habits .. elle avait pas assez d’argent pour aller se les acheter .. et puis .. on achetait (litt. elles achetaient) le tissu pour les faire c’est tout. (17) (masculin) lɔ ʁenˈa l a mʏdʒjˈa dˈaw dzønˈølᵈə Le renard il a mangé deux poules. Or, le fait est que le parler d’Orsières fait partie des 22 parlers (sur 25) de notre réseau d’enquêtes qui ont neutralisé l’opposition de genre dans leur système pronominal de la 3sg (cf. Kristol sous presse b). C’est ce qu’indique la carte n° 5 qui synthétise les résultats des cartes morphologiques n° 3 et 4 23 . Les trois parlers qui font exception, Liddes, Sixt (Hte-Savoie) et Évolène 24 sont chaque fois les derniers (ou parmi les derniers) villages de leur vallée. J’interprète donc cette carte dans le sens que la neutralisation a d’abord dû se produire dans les parlers de la plaine. Dans les différents dialectes, les formes concrètes peuvent varier, mais tous ces parlers mélangent allègrement les formes étymologiques du masculin et du féminin pour les deux genres. Ensuite, cette évolution a commencé à progresser vers les vallées intra-alpines, mais les villages en bout de parcours n’ont pas encore été atteints 25 . Ce qui est caractéristique dans cette situation, à Orsières - et c’est ce que j’observe régulièrement lorsqu’une ancienne opposition grammaticale est neutralisée - c’est que, en l’absence d’une norme scolaire qui aurait pu intervenir, aucune Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 167 26 Pour un cas analogue, cf. les formes préconsonantiques de l’article défini masculin singulier (Kristol 2013; carte en ligne à l’adresse http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=21012). Les parlers valaisans occidentaux qui ont abandonné le système bicasuel de l’article défini singulier coexistent encore, en synchronie, avec les parlers orientaux qui le maintiennent. Or, les parlers occidentaux conservent toute la diversité des formes de l’article, sans distinction casuelle, dans ce qui apparaît comme un hétéromorphème (archimorphème) unique là où les parlers orientaux maintiennent une différenciation fonctionnelle. décantation des formes ne s’est produite; celles-ci peuvent désigner indifféremment les deux éléments de l’ancienne opposition. Tous les parlers concernés possèdent ainsi un hétéromorphème «clitique sujet prévocalique féminin et masculin de la 3sg» aux formes très diversifiées, qui résultent de l’abandon de l’ancienne opposition morphologique de genre. À mes yeux, ce cas doit être distingué de celui de l’article défini masculin précédé de «à» examiné ci-dessus, où l’hétéromorphème actuel est également le résultat d’une évolution diachronique, mais sans neutralisation d’une ancienne opposition. C’est la raison pour laquelle je suis tenté de parler ici d’«archimorphème», même si l’analogie avec la notion d’archiphonème n’est pas parfaite. Ce qui me paraît justifier cette terminologie, c’est que dans le diasystème du francoprovençal valaisan, les parlers qui neutralisent l’opposition coexistent (encore) avec des parlers qui la maintiennent, et que dans certains parlers, la neutralisation est incomplète 26 . J’appellerai donc archimorphème un morphème (grammatical), mégamorphème ou hétéromorphème quant à sa forme, qui se réalise dans une zone de variation phonétique contiguë ou discontinue dans laquelle confluent des formes d’origine diverse qui ont neutralisé une ancienne différenciation fonctionnelle. 5. Conclusions Comme je l’ai mentionné initialement, ma tentative de développer une terminologie spécifique est née du besoin de pouvoir nommer de manière cohérente les différents phénomènes de polymorphisme que je rencontre dans nos matériaux, et qui concernent les aspects les plus divers du système morphologique: les formes verbales (carte n° 1 et N11) aussi bien que les déterminants du nom (carte n° 2) ou les pronoms clitiques (cartes n° 3, 4, 5 et 6). J’aurai besoin aussi d’une nomenclature satisfaisante pour le volume de commentaires qui accompagnera nos cartes informatisées. Je propose donc de distinguer mégamorphèmes, hétéromorphèmes et archimorphèmes - et d’utiliser polymorphème comme hyperonyme pour dénommer cet ensemble de morphèmes variationnels systémiques, communs à toute une communauté linguistique, mais dépourvus de toute fonction distinctive en synchronie. À part cela, ce que je crois également avoir montré ici, c’est l’intérêt heuristique d’une observation précise des polymorphismes qui se manifestent dans une langue Andres Kristol 168 donnée - et surtout dans une langue pour laquelle notre documentation diachronique est plus que lacunaire. Comme cela ressort clairement des formes de l’article défini masculin singulier prépositionnel préconsonantique et des clitiques sujets de la 3 e personne du singulier examinés ci-dessus, les polymorphismes de la langue actuelle peuvent résulter d’une évolution diachronique (intrusion de formes nouvelles dans un système ancien, propagation de formes dialectales vers des régions voisines ou neutralisation d’une ancienne opposition), mais régulièrement, nous observons aussi des mégamorphèmes dont les différentes formes, à notre connaissance, illustrent une simple variation libre en synchronie, sans antécédents connus de cette nature. Évidemment, je n’exclus pas non plus qu’un phénomène de polymorphisme en synchronie puisse se révéler à l’avenir comme étant de nature transitoire en diachronie longue. En effet, rien n’empêche - en théorie du moins - qu’une évolution ultérieure attribue de nouvelles fonctions aux différentes manifestations d’un polymorphème et contribue ainsi à les désambiguïser, mais rien ne permet de le prévoir. De plus, en l’occurrence, le francoprovençal valaisan est sur le point de disparaître, et malheureusement une évolution ultérieure ne pourra plus se produire. Enfin, il reste une interrogation de taille: pourquoi de tels polymorphismes n’ontils pas été enregistrés et décrits jusqu’ici pour d’autres langues dialectales ou faiblement grammatisées? Pour l’instant, je pense que ce constat peut s’expliquer de plusieurs manières concomitantes: l’absence de corpus d’enregistrements transcrits phonétiquement - en transcription phonétique étroite - et comparables aux nôtres (avec plusieurs centaines d’occurrences par polymorphème), une gêne consciente ou inconsciente, chez de nombreux linguistes - complètement injustifiée, à mon avis - à l’égard de la variation linguistique, et peut-être aussi un manque d’intérêt pour des phénomènes variationnels non fonctionnels. Il reste à espérer que les exemples présentés ici attirent l’attention sur un phénomène peu connu, malgré les travaux pionniers des dialectologues toulousains de l’Atlas linguistique de la Gascogne (Séguy et al. 1954-73), et que l’intérêt heuristique d’une analyse précise des polymorphèmes présentés ici suscite la curiosité d’autres groupes de recherche travaillant sur des langues peu normées - et peut-être même sur nos langues de culture hautement standardisées. Cortaillod/ Neuchâtel Andres Kristol Bibliographie Allières, J. 1954: Un exemple de polymorphisme phonétique: le polymorphisme de l’ -s implosif en gascon garonnais, Toulouse Chambers, J. K./ Trudgill, P. 2 1998: Dialectology, Cambridge Diémoz, F./ Kristol, A., (ed.) 1994-, en voie d’élaboration: Atlas linguistique audiovisuel du francoprovençal valaisan ALAVAL, Éléments de morphologie et de syntaxe. Université de Neuchâtel (http: / / www.unine.ch/ islc/ alaval) Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 169 Diémoz, F./ Kristol, A. 2014: «L’atlas linguistique audiovisuel du francoprovençal valaisan et les défis du polymorphisme», in: Kattenbusch, D./ Tosques, F. (ed.): 20 Jahre digitale Sprachgeographie. 20 ans de géolinguistique numérique. 20 anni di geolinguistica digitale. 20 años de geografía lingüística digital. Actes du colloque de Berlin (Humboldt-Universität), 2-3 novembre 2012, Berlin: 160-80 FQ 1989 = Follonier-Quinodoz, M. 1989: Olèïnna, Dictionnaire du patois d’Évolène, La Sage/ Évolène Gauchat, L. 1905: «L’unité phonétique dans le patois d’une commune», in: Aus romanischen Sprachen und Literaturen (Festschrift Heinrich Morf), Halle: 175-232 GPSR = Gauchat, L. et al. 1924-: Glossaire des patois de la Suisse romande, Neuchâtel/ Genève Kristol, A. (2013): «Le francoprovençal, laboratoire des virtualités linguistiques de la Romania occidentale: le système bicasuel des parlers valaisans.» Conférence plénière, in: Casanova, E./ Calvo, C. (ed.), Actes del 26é Congrés internacional de lingüística i filologia romàniques, València, 6-11 septembre 2010, vol. 1, Berlin, etc.: 341-61 Kristol, A. (sous presse a): «Variation diachronique et variation infra-dialectale: éclairages mutuels. Vers une grammaire du polymorphisme», in: Sornicola, R. et al. (ed.), Strutture e dinamismi della variazione e del cambiamento linguistico. Atti del Convegno Δ IA III, Napoli, 24-27 novembre 2014 Kristol, A. (sous presse b): «La restructuration du système des clitiques sujets (atones) de la troisième personne en francoprovençal valaisan contemporain», in: Kasstan, J./ Nagy, N. (ed.), Francoprovençal: documenting a contact variety in Europe and North America. International Journal of the Sociology of Language Marzys, Z. 1964: Les pronoms dans les patois du Valais central. Étude syntaxique, Berne Séguy, J. et al. (ed.) 1954-73: Atlas linguistique de la Gascogne, 11 vol., Paris TLFi = Le Trésor de la langue française informatisé, Atilf/ CNRS/ Université de Lorraine, http: / / atilf.atilf.fr/ TP = Gauchat, L./ Jeanjaquet, J./ Tappolet, E. 1925: Tableaux phonétiques des patois suisses romands, Neuchâtel Cartes de l’atlas mentionnées, disponibles en ligne - L’article défini masculin singulier préconsonantique: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=21012 - L’article défini masculin singulier préconsonantique précédé de «à»: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=21022 - Le clitique sujet préconsonantique de la 1 re personne du singulier: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=31020 - Le clitique sujet féminin prévocalique de la 3 e personne du singulier: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=33050 - Le clitique sujet masculin prévocalique de la 3 e personne du singulier: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=33060 - La 1 re personne de l’indicatif présent d’«être»: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=51175 - La 3 e personne de l’indicatif présent d’«être»: http: / / alaval.unine.ch/ atlas? carte=51342 Andres Kristol 170 Annexe: cartes mentionnées Carte n° 1: «être», indicatif présent, 3 e personne du singulier: la nature de la voyelle (cf. aussi tableau n° 1) Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 171 Carte n° 2: L’article défini masculin singulier précédé de «à» (cf. aussi tableau n° 2) Andres Kristol 172 Carte n° 3: Le clitique sujet féminin prévocalique de la 3 e personne du singulier (cf. aussi tableau n° 3) Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 173 Carte n° 4: Le clitique sujet masculin prévocalique de la 3 e personne du singulier (cf. aussi tableau n° 4) Andres Kristol 174 Carte n° 5: La neutralisation de l’opposition de genre du clitique sujet prévocalique de la 3sg Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 175 Carte n° 6: Le clitique sujet préconsonantique de la 1sg (cf. aussi tableau n° 5) Andres Kristol 176 Tableau n° 1: «être», indicatif présent, 3 e personne du singulier: la nature de la voyelle Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 177 Tableau n° 1 Andres Kristol 178 Tableau n° 2: L’article défini masculin singulier précédé de «à» Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 179 Tableau n° 2 Andres Kristol 180 Tableau n° 3: Le clitique sujet féminin prévocalique de la 3 e personne du singulier Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 181 Tableau n° 4: Le clitique sujet masculin prévocalique de la 3 e personne du singulier Tableau n° 3 Andres Kristol 182 Tableau n° 4 Mégamorphèmes, hétéromorphèmes, archimorphèmes, polymorphèmes 183 Tableau n° 5: Le clitique sujet préconsonantique de la 1sg Andres Kristol 184 Tableau n° 5 Vox Romanica 75 (2016): 185-200 Les chevreuils dans la grange Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) recueillie et traduite par Colette Dondaine Zusammenfassung: Veröffentlichung eines mündlichen Textes im Dialekt der Franche-Comté, der von der verstorbenen Spezialistin dieser Dialektregion, Colette Dondaine, aufgenommen wurde. Der Herausgeber versucht, die im Text wiedergegebene Anekdote sowie die vom Informanten gesprochene dialektale Varietät räumlich einzugrenzen. Das vollständige Glossar zum Text trägt den heutigen Ansprüchen der Lexikographie Rechnung. Der Herausgeber möchte auf diese Weise zum Aufschwung einer wahren Philologie mündlicher Dialekt-Texte beitragen. Keywords: Dialectology, Textual philology, Franc-comtois d’oïl, Haute-Saône, Oral texts, Glossaries Nous publions ci-dessous une anecdote en patois comtois d’oïl recueillie et traduite par la regrettée Colette Dondaine 1 . Nous commencerons par présenter et éditer ce texte oral demeuré inédit (§1). Nous ferons suivre l’édition d’un glossaire exhaustif (§2) 2 . 1. Texte et traduction 1.1 Le récit et le manuscrit Colette Dondaine conservait parmi ses papiers de travail 3 le texte d’un récit oral en prose non-fictif (une anecdote) 4 en patois franc-comtois d’oïl (794 mots), texte par elle intitulé Les chevreuils dans la grange et qu’elle avait pourvu d’une traduction en français. Le texte rapporte un épisode drolatique ayant pour cadre un village des environs de Luxeuil (Haute-Saône). Il met en scène la sourde opposition existant entre un riche représentant de la bourgeoisie industrielle locale (voir ci-dessous §1.3.), ayant les moyens financiers d’établir son monopole sur la chasse au gros gibier, et des villageois interdits de chasse de facto dans «leurs» bois communaux. Bien que mitigée, la conclusion [27-29] évoque clairement l’idée d’une revanche prise par les paysans sur le bourgeois. Cet arrière-plan social a pu contribuer à fixer l’anecdote dans les mémoires. 1 Voir les articles nécrologiques par Chambon 2012, Gaiffe 2013 et Roques 2013. 2 Nous éditons ailleurs un autre texte recueilli par Colette Dondaine à Magnoncourt (Haute- Saône) en 1939 (Chambon à paraître). 3 Colette Dondaine avait souhaité que ces papiers nous soient communiqués après son décès. 4 Cf. Simonsen 1981: 12. Jean-Pierre Chambon 186 5 Cf. Dondaine 2002a: 105. Matériellement, le manuscrit consiste en deux feuilles perforées de papier d’écolier (22 cm u 17 cm) utilisées dans le sens de la longueur (recto seulement), écrites à l’encre noire et réunies par un trombone. Le texte occupe la partie gauche des deux feuilles. La traduction est placée en regard. L’écriture de Colette Dondaine, bien reconnaissable, est parfaitement lisible. Le manuscrit ne présente aucune rature: il s’agit d’une mise au net. Tout porte cependant à croire que le texte n’a pas été préparé en vue d’une publication. 1.2 La date de la collecte L’enquêtrice n’a malheureusement indiqué ni l’identité du locuteur, ni la variété de franc-comtois employée par lui, ni la date à laquelle le texte avait été relevé. On peut cependant remarquer que l’écriture des Chevreuils n’est plus celle de la jeune Colette Dondaine (Filloz) au moment de sa première campagne d’enquêtes (dans le nord-est de la Haute-Saône) en 1939-40. On verra ci-dessous (§1.5.), d’autre part, que le système graphique employé est celui de l’abbé Garneret. Or, Colette Dondaine n’avait appris l’existence de Barbizier et fait la connaissance de l’abbé Garneret que «vers 1952» 5 . Cela implique que la mise au net du texte et, vraisemblablement, sa collecte sont postérieures à 1952 environ, voire à 1959 (date de la publication de la monographie de l’abbé Garneret sur le parler de Lantenne). Étant donné que Colette Dondaine avait complètement interrompu ses recherches dialectologiques entre 1940 et 1959-1978 (enquêtes de l’Atlas linguistique et ethnographique de la Franche-Comté [ALFC]), et que nous n’avons pas connaissance de collectes entreprises par elle en dehors de la longue campagne de l’Atlas, nous sommes tenté de supposer que les Chevreuils a été recueilli au moment des enquêtes de l’Atlas. On peut aussi remarquer que Colette Dondaine adopte fidèlement, dans les Chevreuils, le système graphique de l’abbé Garneret, ce qui est aussi le cas dans Dondaine 1977, alors qu’elle retouchera ce système (notation de la durée vocalique au moyen de deux points), dans certaines de ses publications, à partir de Dondaine 1981. 1.3 La localisation et la date des faits narrés L’histoire des chevreuils - un récit qui se donne comme réaliste - a indubitablement pour cadre un chef-lieu de commune (cf. [26]) des environs de Luxeuil. Le texte évoque en effet la foire de Luxeuil [18], la localité de Breuches-lès-Luxeuil [23] (canton de Saint-Sauveur, naguère canton de Luxeuil) et un terrain de chasse amodié aux environs de Breuches [23]. Le village où se déroule l’histoire n’est pas nommé (il pourrait s’agir du lieu de résidence ou d’origine du locuteur). Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) 187 6 La filature de Breuches-lès-Luxeuil fut fondée en 1828 par Augustin Bezanson (1796-1829). L’entreprise passa ensuite à Joseph Bezanson (1793-1870), frère (ou neveu? ) d’Augustin. Paul Bezanson (1826-1893), qui fut conseiller général et député de la Haute-Saône, lui succéda. À partir de 1893, la filature fut dirigée par le fils de Paul Bezanson, Georges Bezanson (1863-1940). L’usine cessa son activité en 1940; en 1946, elle sortit de la famille Bezanson et ferma définitivement en 1960. - Sources: Desgranges 1998: 137, 138-40; Inventaire général du patrimoine culturel, <www.culture.gouv.fr>; Sonet 2005, I: 85; tableau généalogique de la famille Bezanson, établi par François Lassus d’après des notes fournies par Michel Desgranges (aimable communication de M. François Lassus). 7 Source: <www.servancnautes.fr> et Louis Jeandel (communication personnelle). 8 Sur ces bois, adjugés à Sainte-Marie-en-Chaux en 1788 et où il y avait «du loup, du renard et du sanglier» en 1827, voir Thiébaud 1982: 80 et 102. 9 La chose est possible: Colette Dondaine (ALFC 3, Compl. CLXXIV) avait recueilli auprès d’un de ses témoins d’Éhuns (nés en 1892 et 1894) une histoire de sabbat que l’informateur tenait de son grand-père, auquel l’histoire avait été racontée quand il était jeune. Le texte nomme en revanche «Monsyœ Bzanson, dé Brœch» [22-23], l’amodiataire de la chasse. La précision «dé Brœch» autorise à supposer que l’histoire ne se déroule justement pas à Breuches-lès-Luxeuil, mais à proximité. Quant au patronyme Bzanson, il désigne à coup sûr un membre de la famille Bezanson qui fut propriétaire de la filature de Breuches-lès-Luxeuil de 1828 à 1940 6 . L’intervalle 1828-1940 vaut donc probablement pour les événements rapportés. On sait par ailleurs que Paul Bezanson (1826-93) et son frère Charles (ca 1828-70), propriétaire à Savigny (Haute-Marne), étaient de grands chasseurs possédant un équipage et pratiquant la chasse à courre (Lassus 2012: 38, 40, 43), et que dans la région, «avant la Première Guerre, les chasses communales étaient louées aux notables et industriels locaux» (aimable communication de M. Louis Jeandel). Nous ignorons si la tradition cynégétique s’est poursuivie dans la famille Bezanson au temps où Georges Bezanson dirigeait l’usine (1893-1940). Le nom de l’autre protagoniste, «lo Noré Fêvre» [12], c’est-à-dire un certain Honoré Faivre (Faivre est la seule graphie usuelle de ce nom de famille dans la région de Luxeuil), constitue un autre indice en vue de la localisation et de la datation des faits narrés. Il s’agit probablement en effet d’Honoré Faivre, cultivateur à Sainte-Marie-en-Chaux (canton de Saint-Sauveur, naguère canton de Luxeuil), né en 1806 à Abelcourt, marié en 1830 à Sainte-Marie-en-Chaux et décédé dans la même localité en 1870 7 . L’intervalle 1830-70 s’accorde avec celui obtenu plus haut à propos des fastes cynégétiques de la famille Bezanson et permet de le préciser. On remarque en outre que la commune de Sainte-Marie-en-Chaux jouxte celle de Breuches-lès-Luxeuil à l’ouest, et que la partie la plus occidentale de son finage est occupée par des bois appartenant à un vaste massif forestier qui s’étend au sud de la vallée de la Lanterne 8 . Dans l’hypothèse que nous retenons (narration d’événements s’étant produits à Sainte-Marie-en-Chaux entre 1830 et 1870), l’anecdote recueillie par Colette Dondaine aurait été transmise sur deux ou trois générations 9 . Jean-Pierre Chambon 188 10 On pourra, concernant les formes citées, se reporter au glossaire ci-dessous pour les références au texte et à la littérature usuelle. 11 À savoir Baudoncourt (Passy 1896), Brotte-lès-Luxeuil (Humbert 1939), Chapendu (DondaineEnq), Citers (Passy 1896), Corbenay (Passy 1896; DondaineEnq), Éhuns (DondaineEnq; ALFC), Esboz (DondaineEnq), Les Fessey (DondaineEnq), Fontaine-lès-Luxeuil (Passy 1896; DondaineEnq), Fougerolles (Passy 1891-92; Passy 1896; DondaineEnq; ALFC), Francalmont (DondaineEnq), Froideconche (Passy 1896; DondaineEnq), Hautevelle (Passy 1896), Mailleroncourt-Charette (ALFC), Ormoiche (DondaineEnq), Quers (DondaineEnq), Raddon (Passy 1896; DondaineEnq), Saint-Bresson (Passy 1891-92; Passy 1896; DondaineEnq), Saint-Sauveur (Passy 1896; DondaineEnq), Saint-Valbert (DondaineEnq). 12 À savoir la flexion du verbe avoir (é ‘a’, an ‘ont’, èvè ‘avait’, èvï ‘avaient’, èran ‘auront’, èvu ‘été’); âbr(e) ‘arbre’; an’m ‘homme’; bï ‘bien’; bô ‘bois, forêt’; chân et granj (issues [ ʃ ] et [ ʒ ] de k et g latins devant a); di ‘du’; dijï: dijthème de l’indicatif imparfait de dire et -ï marque de l’imparfait P6; dovo ‘avec’; jwé ‘jour’; lo ‘le’ vs lè ‘la’; moché ‘morceau’; môjon ‘maison’; pwèyan ‘peuvent’. 13 Notamment [ maːm ] et non min’m, [ poːʧ ] ‘porte’ et non pwêtch, [ voːr ] ‘voir’ et non vwèr, [ troː ] ‘trois’ et non trwè, [ vwɛlɛ ] et non vlè. Les formes du texte pwêtch, vwêr et vlè coïncident en revanche, à une nuance phonétique près (voir ci-dessous N14), avec celles d’Éhuns. 14 On remarque en effet que Colette Dondaine note <è> (= [ ɛ ]) et <ê> (= [ ɛː ]) là où le parler d’Éhuns a souvent [ æ ] et [ æː ]. Or le système graphique de Garneret ne prévoit pas de symbole particulier pour le timbre [ æ ], et pas davantage Dondaine 1977, 1981 ou 2002b. On pourrait donc admettre que Colette Dondaine a délibérément renoncé à noter la différence d’aperture entre [ æ(ː) ] et [ ɛ(ː) ]. 15 Notamment Éhuns [ lɛ ] ‘la’ vs [læ] ‘les’ et non lè (= [l ɛ ]) vs lê (= [ lɛː ]), avec une opposition de durée vocalique qui n’apparaît nulle part sur ALFC 1221 (alors que Brotte-lès-Luxeuil oppose, en revanche, [ lɛ ] ‘la’ à [ lɛː ] ‘les’); Éhuns [trwa] ‘trois’ (francisme récent) et non trwè (francisme ancien (trait qui écarte aussi Brotte-lès-Luxeuil); Éhuns [ k-kwaːdʒ ] ‘hanneton’ (comme Brottelès-Luxeuil [ k-kwɑːdʒ ]) et non kankwêj, forme qui ne paraît d’ailleurs pas autochtone dans la zone de Luxeuil; Éhuns [ tretɛl ] ‘(il) titube’ et non trêtlï [ trɛːtlĩ ] ‘(ils) titubaient’ (cf., au contraire, Brottelès-Luxeuil [ trɛːtlaː ] ‘tituber’). 16 Ce parler n’est connu que par deux petites pages de Thiébaud (1982: 139-40), mais l’article défini pluriel lâ n’est pas celui du texte (lê). 1.4 La localisation de la variété linguistique du texte 10 Tel qu’il nous est parvenu, Les chevreuils dans la grange se présente comme une énigme géolinguistique: on ne sait pas quelle variété de franc-comtois d’oïl il exemplifie. Les données de la narration orientant, comme on vient de le voir, vers la zone de Luxeuil, on dispose, afin de localiser la variété linguistique du texte, de données plus ou moins fournies portant sur vingt localités des environs de cette ville 11 . L’emploi d’une vingtaine de critères phonétiques ou morphologiques 12 montre clairement que, parmi les localités explorées, les deux qui présentent le plus grand nombre de concordances avec la langue du texte sont Éhuns et Brotte-lès-Luxeuil. Ces deux communes, proches l’une de l’autre (canton de Saint-Sauveur, naguère canton de Luxeuil), sont situées à quelques kilomètres au sud de Luxeuil. Le parler de Brotte-lès-Luxeuil est toutefois nettement exclu par certains traits 13 . Quant au parler d’Éhuns, s’il paraît très proche de celui des Chevreuils - surtout si on fait abstraction de certaines différences phonétiques pouvant être attribuées au filtre constitué par le système graphique de Garneret 14 -, il ne coïncide cependant pas en tous points avec la langue du texte 15 . Le parler de Sainte-Marie-en-Chaux est exclu 16 . Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) 189 17 On remarque que Colette Dondaine a recueilli à Éhuns deux récits publiés dans l’ALFC (voir ci-dessous l’introduction au glossaire). L’un de ses témoins pour Éhuns était son père, Louis Filloz. Au total, nous ne sommes pas parvenu à une conclusion plus précise que celle-ci: parler (non décrit dans la littérature) d’un village voisin de Luxeuil, au sud de la ville (probablement dans le canton actuel de Saint-Sauveur), non loin d’Éhuns et de Brotte-lès-Luxeuil. Cette localisation s’accorde avec les données géographiques qui émanent du texte: proximité de Luxeuil, de Breuches-lès-Luxeuil et de Sainte- Marie-en-Chaux (ci-dessus §1.3.). Elle impliquerait que l’informateur de Colette Dondaine n’était pas un témoin de l’ALFC 17 . 1.5. Le système graphique employé par Colette Dondaine Le système de notation employé par Colette Dondaine n’est pas l’alphabet phonétique de Rousselot/ Gilliéron qu’elle a adopté dès sa première enquête (DondaineEnq 1939-40), puis dans sa thèse de doctorat (Dondaine 1972), dans l’ALFC et dans la plupart de ses travaux, mais un système graphique à destination du grand public inspiré de celui de l’abbé Garneret 1959: 11-12. On trouvera ci-dessous la valeur des signes de ce système, par équivalence avec ceux l’Alphabet phonétique international. Pour établir ces valeurs, nous nous sommes fondé sur les indications fournies par Garneret 1959: 11-12 et par Colette Dondaine 1977: 132-33; 1981: 91-92, laquelle renvoie explicitement à Garneret. Voyelles orales: <a> note [a] (qu’on entend dans frm. patte). - <â> note [ ɑː ] (pâte). - <e> note [œ] (bœuf). - <é> note [e] (été). - <è> note [ ɛ ] (net). - <ê> note [ ɛː ] (neige). - <i> note [i] (lit). - <î> note [ iː ] (livre). - <o> note [ ɔ ] (botte). - <ô> note [ oː ] (mauve). - <œ> note [ø] (feu). - <ou> note [u] (mou). - <u> note [y] (bu). - Voyelles nasales: <an> note [ ] (banc). - <an’> note [ ] devant consonne nasale. - <ï> note [ ĩ ] (port. rim). - <in> note [ ] (bain). - <in’> note [ ] devant consonne nasale. - <on> note [ ] (bon). - De manière apparemment peu conséquente, <ûn> (dans jûn [2, 7]) note [ yːn ]. - Consonnes et semi-consonnes: <b> note [b] (bas). - <ch> note [ ʃ ] (chat). - <d> note [d] (dos). - <f> note [f] (faux). - <g> note [ ɡ ] (Gui, goût). - <j> note [ ʒ ] (jonc). - <k> note [k] (qui, cou). - <l> note [l] (la). - <m> note [m] (ma). - <n> note [n] (ni). - <ny> note [ ɲ ] (gnon). - <p> note [p] (pont). - <r> note [r] ou [ ʀ ] ou [ ʁ ] (rond). - <s> note [s] (sa). - <t> note [t] (ta). - <tch> note [ ʧ ] (esp. muchacho). - <v> note [v] (vont). - <w> note [w] (oui). - <y> note [j] (yéti). - <z> note [z] (zèbre). Jean-Pierre Chambon 190 1.6 Nos conventions d’édition Nous avons indiqué le changement de page et introduit entre crochets la numérotation des lignes. Dans le texte patois, la numérotation reproduit la mise en page du manuscrit; dans la traduction, elle s’aligne sur celle du texte patois. Dans les cas où nous avons cru devoir nous écarter du manuscrit, le lecteur trouvera dans les apparats critiques les leçons rejetées. 1.7 Texte recueilli par Colette Dondaine Les chevreuils dans la grange An’n étè ô mwè d mè; dan lo bô [2] lêz âbr èvï déjè dê jûn fey. [3] Lê jan dijï: «vlè k lêz âbre [4] feyan; lê kankwêj èran mwèyï [5] d minjî». Mâ s ô lê chevrey ké [6] son kontan; è pwèyan s soulâ [7] dovo lè jûn fey dê chân. [8] Ï san’mdi dan l’èprè-médi, [9] lê jan di vilèj son èvu bï [10] èbèyî d an vwèr dou ké s promnï [11] dvan lê môjon; è trêtlï kman [12] dèz an’m sou. Lo Noré Fêvre, [13] k étè ï roublar, ouvri sè pwêtch [14] dé granj. Dovo lê vwèzï, èl an [15] chu bï fâ k lê chevrey an rantrâ [16] dan lè granj; è son èvu prijné. / P. 2/ [17] Ochutô ké lo bwéchî ô rvénu dé [18] lè fwèr dé Lsœ, lo Noré ô èvu [19] lo kri po lê sin’nyî. [20] To lê jan di vilèj an’n an [21] minjî ï moché. Mâ trwè ou [22] kèt jwé èprè, Monsyœ Bzanson, [23] dé Brœch, k èvè èmôdyâ lè chès, [24] ô vnu po dir è Noré k è li [25] frè ï prôsè ké li koutrè chî. [26] Chans ké lo mâr é èranjî [27] l’èfâr. Chu bï k èl an tranzijî. [28] Lê jan èvï to d min’m minjî [29] di chevrey. Leçons du manuscrit Titre. Le titre en français, donné par l’enquêtrice, surmonte la colonne patoise et la colonne française. 1. Ms.: pas de retrait en début d’alinéa (la traduction comporte en revanche un retrait). - An’n] ms. An’ n. - Point-virgule après mè] ms.: virgule (nous adoptons la ponctuation de la traduction). 4. Point-virgule après feyan] ms.: virgule (nous adoptons la ponctuation de la traduction). 5. s ô] ms. sô. 8. Ï] ms ï. - san’mdi] ms. san’ mdi. - èprè-médi] ms èprè médi. 10. d] ms. d’. 12. dèz] ms. dès: dès est, selon nous, un lapsus de l’enquêtrice (induit par l’orthographe française) pour dèz; c’est pourquoi nous corrigeons. - an’m] ms. an’ m. 15. an] ms. -n, avec un tilde effacé. 19. sin’nyî] ms. sin’ nyî. 20. Ms.: pas de retrait en début d’alinéa (nous suivons la traduction qui comporte en revanche un retrait). - an’n] ms. an’ n. 28. min’m] ms. min’ m. Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) 191 1.8 Traduction par Colette Dondaine On était au mois de mai; dans la forêt, [2] les arbres avaient déjà de jeunes feuilles. [3] Les gens disaient: «Voilà que les arbres [4] feuillent; les hannetons auront beaucoup [5] à manger». Mais ce sont les chevreuils qui [6] sont contents; ils peuvent se soûler [7] avec les jeunes feuilles des chênes. [8] Un samedi dans l’après-midi, [9] les gens du village ont été bien [10] surpris d’en voir deux qui se promenaient [11] devant les maisons; ils titubaient comme [12] des hommes ivres. Le Noré Faivre, [13] qui était un roublard, ouvrit sa porte [14] de grange. Avec les voisins, ils ont [15] si bien fait que les chevreuils sont rentrés [16] dans la grange; ils ont été prisonniers./ P. 2/ [17] Aussitôt que le boucher est revenu de [18] la foire de Luxeuil, le Noré est allé [19] le chercher pour les saigner. [20] Tous les gens du village en ont [21] mangé un morceau. Mais trois ou [22] quatre jours après, Monsieur Bezanson, [23] de Breuches, qui avait loué la chasse, [24] est venu pour dire à Noré qu’il lui [25] ferait un procès qui lui coûterait cher. [26] Heureusement que le maire a arrangé [27] l’affaire; si bien qu’ils ont transigé. [28] Les gens avaient tout de même mangé [29] du chevreuil. Leçons du manuscrit 8. Ms.: pas de virgule à la fin de la ligne. 22. Ms. Besançon (graphie erronée). - Ms.: pas de virgule à la fin de la ligne. 2. Glossaire Le glossaire ci-dessous, qui enregistre également les noms propres, est exhaustif. Il tente de répondre aux exigences lexicographiques actuelles. Nous avons lemmatisé en français, entre crochets carrés et en petites capitales, les verbes dont les infinitifs ne sont pas représentés dans le texte. Nous renvoyons à l’ALFC, en citant les formes du point 37 (Éhuns), à la monographie de Humbert 1939 (= H) sur le parler de Brotte-lès-Luxeuil, au Trésor étymologique des parlers comtois (Dondaine 2002b), au Glossaire des patois de la Suisse romande (GPSR) et occasionnellement - en particulier à défaut de références comtoises - au Französisches Etymologisches Wörterbuch (FEW) et au Trésor de la langue française (TLF). Nous avons également eu recours, lorsqu’ils apportaient des données supplémentaires, à deux textes oraux en parler d’Éhuns publiés dans l’ALFC: «Le sabbat» (ALFC 3, Compl. CLXXIV), cité Sabbat; «Les ‹Viergeottes›» (ALFC 1, Compl. XIV), cité Vierjottes. Dans les citations des formes dialectales, nous avons employé l’Alphabet phonétique international. - âbr(e) subst. masc. (au plur.) ‘grande plante ligneuse dont le tronc n’est chargé de branches et de feuilles qu’à partir d’une certaine hauteur au-dessus du sol, arbre’ (devant cons.) âbre [3], (devant voy.) âbr [2]. - ALFC 373: Éhuns [ aːbr ]; Dondaine 2002b: 2; GPSR 1: 570. Jean-Pierre Chambon 192 - an → avoir 2. - an’n (devant voy.) pron. pers. indéf. ‘les gens, on’ [1]. - ALFC 1287: Éhuns [-n]; Brotte [an] (H: 19). - an(’n) pron. pers. inaccentué de la 3 e pers. ‘(représentant un subst. précédé de de), d’eux, de cela, en’ (devant voy.) an’n [20], (devant cons.) an [10]. - ALFC 1264: Éhuns [-]; Dondaine 1991: 622; GPSR 5: 350. - an’m subst. masc. (plur.) ‘être humain mâle, homme’ [12]. - ALFC 876: Éhuns [-m]; Brotte [-m] (H: 26). - [ avoir ] verbe ‘avoir’. 1. Verbe trans. ‘être en possession de’: ind. imparf. P6 èvï ‘avaient’ [2]; ind. fut. P6 èran ‘auront’ [4], → mwèyï. 2. Verbe auxil. servant à former, avec le part. passé, le passé comp. des verbes trans. → èmôdyâ, èranjî, faire, minjî, et des verbes intrans. → rantrâ, tranzijî: ind. prés. P3 é ‘a’ [26]; ind. prés. P6 an ‘ont’ [14, 15, 20, 27]; ind. imparf. P3 èvè ‘avait’ [23]. 3. Part. passé suppléant celui de être èvu ‘été’ [9, 16, 18]. → être 5. - ALFC 1380 (Éhuns [e] ‘a’), 1381 (Éhuns [-] ‘ont’), 1467 (Éhuns [ ɛvɛ ] ‘avait’), 1468 (Éhuns [ ɛvĩ ] ‘avaient’), 1490 (Éhuns [ ɛr- ] ‘auront’), 1611 (Éhuns [ ɛvy ] ‘été’); Brotte [e] ‘a’, [ -ː ] ‘ont’, [ ɛvɛ ] ‘avait’, [ ɛvĩ ] ‘avaient’, [ ɛr-ː ] ‘auront’, [ ɛvy ] ‘été’ (H: 21); GPSR 2: 159-60, 161, et 6: 897-98. - bï adv. de manière ‘bien’. 1. (Incidant sur un verbe) ‘d’une manière satisfaisante, qui correspond à l’effet attendu’ ds une loc. conj. → chu bï k. 2. (Incidant sur un part. passé) ‘plus qu’on ne pourrait s’y attendre, grandement’ [9]. - ALFC 1352: Éhuns [ bĩː ], mais aussi [ bĩ ] (Sabbat, l. 14); Brotte [ bĩ ] (H: 28); GPSR 2: 390-91. - bô subst. masc. ‘étendue de terrain couverte d’arbres, bois, forêt’ [1]. - ALFC 397: Éhuns [ boː ]; Brotte [ boː ] (H: 28); GPSR 2: 456-57. - Brœch nom pr. de lieu ‘commune de la Haute-Saône, proche de Luxeuil (naguère canton de Luxeuil), Breuches-lès-Luxeuil’ [23]. - Longchamps (1852: 10 juillet, 1): Breuèche; Barrey 1978: 28: breutch. - bwéchî subst. masc. ‘homme qui abat des animaux dont il vend ensuite la viande au détail, boucher’ [17]. - GPSR 2: 588-89. - Bzanson nom pr. de pers. (nom de famille) ‘(nom du patron de la filature de Breuches-lès-Luxeuil), Bezanson’ [22]; voir ci-dessus §1.3. - chân subst. masc. ‘grand arbre qui produit des glands, chêne’ [7]. - ALFC 386: Éhuns [ ʃaːn ]; Dondaine 2002b: 112; Brotte [ ʃɑːn ] (H: 31); GPSR 3: 498-99. - chans subst. fém. ‘bonheur inespéré accordé par le sort, chance’ (sans art., en emploi prédicatif, suivi de ké + ind.) [26]. - GPSR 3: 297: même emploi frm. Neuchâtel; TLF et FEW 2: 27a, cadere: Ø cet emploi. - chès subst. fém. par métonymie ‘terrain réservé à la chasse (ici terrain communal donné à bail à un particulier), chasse’ [23]. - Brotte [ ʃɛs ] (H: 32); GPSR 3: 410. - chevrey subst. masc. ‘chevreuil’. 1. ‘petit mammifère herbivore sauvage, aux bois peu ramifiés, dont la chair est très appréciée’ (au plur.) [5, 15]. 2. Par méton. (au sing., en emploi massif) ‘chair du chevreuil’ [29]. - ALFC 738* (sans localisation); Dondaine 2002b: 122; GPSR 3: 549. Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) 193 - chî adv. ds [coutâ] chî loc. verb. fig. ‘entraîner de sérieux inconvénients, coûter cher’ [25]. - ALFC 1322*: Éhuns [ ʃiː ] adj.; Brotte [ ʃiː ] adj. (H: 32). - chu adv. d’intensité ds des loc. conj. 1. chu (+ adv.) k (après voy. et devant cons.) ‘(introduit une prop. consécutive), si ... que’ [15]. 2. Ds chu bï k (devant voy.) ‘(introduit une prop. consécutive) de sorte que, si bien que’ (en tête d’une phrase, avec une fonction proche de celle d’un coordonnant) [27]. - Brotte [ ʃy ] (H: 33). - dan prép. ‘dans’ 1. ‘(marque le lieu, avec ou sans mouvement)’ [1, 16]. 2. ‘(situe le moment)’ [8]. - ALFC 1358: Éhuns [d-]; Brotte [d-] (H: 34); GPSR 5: 20, 22. - dê, dès art. contractés plur. (amalgamé à → dé) ‘des’. 1. Déf. masc. plur. (devant cons.) dê ‘(introduit un compl. de nom exprimant un des éléments d’un tout), = de les’ [7]. → di 1. 2. Indéf. masc. et fém. plur. (devant voy.) dèz (plur. de → ï) [12 (voir la note)], fém. plur. (devant cons.) dê ‘des’ [2]. - ALFC 1222: Éhuns (devant cons.) [ dæː ]; Brotte (devant voy.) [ dɛːz ], (devant cons.) [ dɛː ] (H: 17-18); GPSR 5: 41, 51. - d(é) prép. ‘de’. 1. ‘(marque le point de départ d’un mouvement)’ dé (après voy., devant cons.) [17]. 2. ‘(marque l’origine dans l’espace)’ dé (après pause, devant un groupe de deux cons.) [23]. 3. ‘(introduit un compl. de nom exprimant un tout dont on considère un élément)’ dé (après cons., devant un groupe de deux cons.) [14]. 4. ‘(introduit une dénomination)’ d (après voy., devant cons.) [1]. 5. ‘(introduit un inf. compl.)’ d [5 (après voy., devant cons.), 10 (après voy., devant voy.)]. 6. Formes amalgamées avec l’art. déf.: → dê/ dès, di. → to 2 . - Éhuns (entre cons. ou devant un groupe de cons.) [de] (Sabbat, l. 3, 7, 11), (devant voyelle ou cons.) [d] (Vierjottes, l. 5, 7, 12; Sabbat, l. 3, 6, 9); Brotte [de] (H: 19); GPSR 5: 40, 42, 45, 49. - déjè adv. de temps ‘dès le moment présent, déjà’ [2]. - ALFC 1343: Éhuns [ deʒɛ ]; Brotte [ deːʒɛ ] (H: 34); GPSR 5: 220-21. - dès → dê. - di art. déf. et prép. contractés (amalgamé à → d(é)) masc. sing. ‘du’ 1. ‘(introduit un compl. de nom exprimant l’appartenance),’ [9, 20]. → dê 1. 2. Partitif [29]. - ALFC 1222, 1222*: Éhuns [di]; Brotte [di] (H: 35); GPSR 5: 50. - dir verbe trans. ‘exprimer (sa pensée, ses intentions) par la parole, dire’ (suivi d’une prop. sub. complétive) inf. [24], (le compl. est un propos rapporté au style direct) ind. imparf. P6 dijï [3]. - ALFC 1478 et cf. 1472: Éhuns (ind. imparf. P6) [ diʒĩ ]; Brotte (inf.) [dir] (H: 35); GPSR 5: 733. - dou adj. numéral cardinal (au masc.) ‘un plus un, deux’ (en emploi pronominal) [10]. - ALFC 1300: Éhuns [du]; Brotte [du] (H: 36); GPSR 5: 555. - dovo prép. ‘avec’ 1. ‘(marque l’association entre des personnes), de concert avec’ [14]. 2. ‘(marque le moyen), au moyen de’ [7]. - ALFC 1367: Éhuns [ dɔvo ], mais aussi [dovo] (Vierjottes, l. 5; Sabbat, l. 5); Brotte [ dɔv(o) ] (H: 19, 56); GPSR 1: 141- 42, 143. - dvan prép. ‘dans la direction qui est en face de (qch), devant’ [11]. - ALFC 1359: Éhuns [dv-]; Brotte [ dvː ] (H: 19, 36); GPSR 5: 563-654. - è prép. 1. ‘(introduit un compl. d’obj. second désignant le destinataire d’un propos), à’ [24]. 2. Amalgamé avec l’art. déf. masc. sing. ( → lo 1 ) ô (devant cons.) Jean-Pierre Chambon 194 ‘(marque la situation dans le temps), au’ [1]. - 1. ALFC 1357: Éhuns [ ɛ ]; Brotte [ ɛ ] (H: 36); GPSR 1: 26, 27. 2. ALFC 1223: Éhuns [ oː ]; ALFC 1362: Éhuns [o]; Brotte [ oː ] (H: 18); GPSR 1: 27. - é → avoir 2. - è → è(l). - [èbèyî] verb trans. ‘frapper d’étonnement, étonner’ part. passé (au masc. plur.) èbèyî [10]. - ALFC 1168: Éhuns [ ɛbɛji ] ‘(il est) ébahi’; cf. Dondaine 2002b: 165; Brotte [ ɛːbɛjiː ] ‘ébahir’ (H: 36); GPSR 6: 15-16. - èfâr subst. fém. (? ) ‘ensemble de faits créant une situation conflictuelle où divers intérêts sont aux prises, affaire’ [27]. - GPSR 1: 147. - è(l) pron. pers. masc. suj. inaccentué P3 et P6 ‘il; ils’ (devant voy.) èl [14 et 27 (P6)]; (devant cons.) è [24 (P3); 11 et 16 (P6)]. → li, lo 2 - ALFC 1248, 1252: Éhuns (devant voy.) [ ɛl ], (devant cons.) [ ɛ ]; Brotte (devant voy.) [ ɛl ], (devant cons.) [ ɛ ] (H: 18). - [èmôdyâ] verbe trans. ‘avoir la disposition de (qch) comme locataire d’un bien appartenant à autrui, prendre à bail, louer’ part. passé (au masc. sing.) èmôdyâ [23]. - ALFC 1209: Éhuns [ ɛmoːɟjaː ] ‘louer (une ferme)’; Dondaine 2002b: 9; Brotte [ ɛmoːɟaː ] ‘amodier’ (H: 38); GPSR 1: 353-54. - èprè adv. de temps ‘(exprime la postériorité dans le temps), plus tard, après’ [22]. - Éhuns [ ɛpreː ] adv. (Sabbat, l. 14; cf. encore ALFC 1368 et Vierjottes, l. 3 [prép.]); Brotte [ ɛprɛː ] adv. (H: 38); GPSR 1: 538, 542-43. - èprè-médi subst. masc. (? ) ‘partie de la journée qui va de midi jusqu’au soir, après-midi’. - ALFC 134: Éhuns [ ɛpreː meːdi ]; GPSR 1: 546. - èran → avoir 1. - [èranjî] verbe trans. ‘régler (une affaire) par un accord amiable, arranger’ part. passé (au masc. sing.) èranjî [26]. - Brotte [ ɛr-ʒiː ] (H: 39); GPSR 1: 639. - étè → être 1, 2. - [ être ] verbe intrans. 1. ‘(copule unissant un attribut au suj.)’ ind. prés. P6 son ‘sont’ [6], ind. imparf. P3 étè ‘était’ [13]. 2. ‘(suivi d’un syntagme prép., indique une situation dans le temps)’ ind. imparf. P3 étè ‘était’ [1]. 3. ‘(précédé d’un suj. pron. neutre sing. → s placé en tête de phrase, sert, en corrélation avec le pron. rel. → ké à mettre en relief le syntagme subst. encadré)’ ind. pr. P3 ô ‘est’ (le syntagme subst. est au plur.) [5]. 4. Verbe auxil. servant à former, avec le part. passé, le passé comp. des verbes intrans. → être, revenir, venir ind. pr. P3 ô [9, 17, 24]; ind. pr. P6 son [16]. 5. Part. passé supplétif ( → avoir 3) èvu ‘été’. 5.1. Auxil. du passé comp. 5.1.1. ‘(copule unissant un attribut adj. au suj.)’ [16]. 5.1.2. Substitut de aller ‘se déplacer d’un lieu à un autre’ (passé comp.) [18]. → kri. 5.2. Auxil. du passif de → èbèyî [9]. - ALFC 1378 (Éhuns [o] ‘est’, mais aussi [o ː ] ‘est’, Vierjottes, l. 5, 6, 10, 12]), 1379 (Éhuns [sõ] ‘sont’), 1463 (Éhuns [ eːtɛ ] ‘était’), 1611 (Éhuns [ ɛvy ] ‘été’), 1614*; Brotte [ oː ] ‘est’, [ s ] ‘sont’, [ eːtɛ ] ‘était’, [ ɛvy ] ‘été’ (H: 21-22; GPSR 6: 863, 864, 873, 879, 884-85, 897-98, 898-99, 901, 902. - èvè → avoir 2. - èvï → avoir 1. - èvu → être 5. Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) 195 - [ faire ] verbe trans. ‘faire’. 1. ‘entreprendre (une action en justice) contre qn, intenter’ cond. prés. P3 frè [25]. 2. (Suivi une prop. consécutive) ‘procéder de telle ou telle manière, agir (de telle sorte que)’ part. passé (au masc. sing.) fâ [15]. - ALFC 1593: (part. passé) Éhuns [ faː ]; Brotte (part. passé) [ fɑː ] (H: 40); GPSR 7: 25, 26, 78. - Fêvre nom pr. de pers. (nom de famille) ‘(nom d’un paysan des environs de Luxeuil), Faivre’ [12]. → Noré. - fey subst. fém. 1. ‘organe aérien des végétaux, ayant l’aspect d’une fine lame de couleur verte, feuille’ [2]. 2. Coll. ‘ensemble des feuilles d’un arbre’ [7]. - ALFC 519: Éhuns [føj]; GPSR 7: 366-67, 368-69. - [feyî] verbe intrans. ‘se garnir de feuilles (d’un arbre), feuiller’ ind. prés. P6 feyan [4]. - GPSR 7: 372; FEW 3: 680b, folium: Montbél. - fwèr subst. fém. ‘grand marché public qui a lieu à des dates et en des lieux fixes, foire’ [18]. - ALFC 112: Éhuns [fwær]; Brotte [ fwɛr ] (H: 42); GPSR 7: 605-07. - granj subst. fém. ‘bâtiment clos servant à abriter les récoltes, grange’ [14, 16]. - ALFC 884: Éhuns [ gr-ʒ ]. - ï art. indéf. masc. sing. (devant cons.) ‘un’ [8, 13, 21, 25]. → dê. - ALFC 1225: Éhuns [ ĩ ]; Brotte [ ĩ ] (H: 18, 45). - jan subst. masc. plur. Précédé de l’art. déf. ds lê jan ‘les gens’. 1. ‘la masse de la population, le public’ [3, 28]. 2. (Suivi d’un compl. désignant un lieu) ‘les habitants (de tel lieu)’ [9]. 3. Ds to lê jan loc. indéf. (suivi d’un compl. désignant un lieu) ‘la totalité sans exception des gens (de tel lieu), tous les gens’ [20]. → to 1 . - Éhuns: [ læ ʒ- ] (Vierjottes, l. 4, 9-10; Sabbat, l. 1, masc. assuré), [ læ ʒ- di vilɛʒ ] (Vierjottes, l. 3); Brotte [ lɛ ʒ- ] pl. (genre ? ) ‘le public’ («usuel», H: 45); GPSR 8: 258, 260-62, 263. - jûn [ ʒyːn ] adj. qual. (au fém. plur.) ‘qui n’a pas encore atteint son développement complet (d’un élément végétal)’ [2, 7]. - ALFC 1075*: Éhuns [ ʒyn ], mais aussi [ ʒyːn ] (Vierjottes, l. 7, 9; Sabbat, l. 4); Brotte [ ʒyːn ] (H: 46). - jwé subst. masc. (au plur.) ‘période de vingt-quatre heures (unité de temps indiquant la durée), jour’ [22]. - Dondaine 1972: 314: Éhuns [ ʒwe ] (aussi Sabbat, l. 8, 13); Brotte [ ʒwe ] (H: 46). - k → chu 2, k(é) 1 , k(é) 2 . - kankwêj subst. fém. ‘insecte coléoptère d’assez grosse taille, généralement brun roux, hanneton’ [4]. - ALFC 800: Éhuns [ k-kwaːdʒ ]; Dondaine 2002b: 284; Brotte [ k-kwɑːdʒ ] (H: 47). - k(é) 1 conj. de sub. ‘que’. 1. ‘(introduit une prop. sub. complétive)’ (après voy., devant cons.) k [3], (après cons., devant cons.) ké [26]. 2. Ds des loc. conj. → chu ... k [15]; → chu bï k [27]; → ochutô ké [17]. - Éhuns (après voy., devant cons.) [ke] (Sabbat, l. 4), (après voy., devant voy.) k (Sabbat, l. 3, 5, 9); Brotte: [ke] (H: 47). - k(é) 2 pron. rel. suj. (sing. et plur.) ‘qui’ (après cons. et devant cons.; après voy. et devant une suite de trois cons., ou après voy., devant cons.) ké [5, 10, 25]; (après pause, devant voy.) k [13]. - ALFC 1268*: Éhuns [ke], aussi (après voy. et devant voy.) [k] (Sabbat, l. 4); Brotte: (devant cons.) [ke] et [k], (devant voy.) [k] (H: 18, 47). Jean-Pierre Chambon 196 - kèt adj. numéral cardinal (devant cons.) ‘trois plus un, quatre’ [22]. - ALFC 1301: Éhuns [ kɛtr ], (devant cons.) [ ˈkɛtre ] (Sabbat, l. 2). - kman conj. de sub. ‘(dans une comparaison, exprime une ressemblance de manière), de la même manière que, comme’ (introduisant une prop. averbale) [11]. - Éhuns [km-] (Vierjottes, l. 6; cf. aussi ALFC 1280); Brotte [kom-] et [km-] (H: 48); GPSR 4: 188, 190. - kontan adj. qual. (au plur.) ‘dont les besoins sont satisfaits (d’un animal), content’ [6]. - GPSR 4: 267. - [koutâ] verbe trans. (emploi impers.) fig. ‘avoir des conséquences désagréables, coûter’ ds [koutâ] chî ( → chî), cond. prés. P3 koutrè [25]. - Brotte [ kuːtaː ] (H: 50); GPSR 4: 478. - kri verbe trans. ds [ aller ] kri loc. verb. ‘se rendre dans le lieu où est une personne, pour ramener (cette personne), aller chercher’ [19]. → être 5.1.2. - ALFC 1567: Éhuns [kri]; Brotte [kri] (seulement usité à l’inf.; H: 49). - l’ → lo 1 . - lè → lo 1 . - lê → lo 1 , lo 2 . - lêz → lo 1 . - li pron. pers. obj. second masc. sing. P3 ‘à lui, lui’ [24, 25]. → è(l), lo 2 . - ALFC 1261: Éhuns [li]; Brotte [li] (H: 18). - lo 1 , l(è), lê(z) art. déf. ‘le, la (l’), les’. 1. Suivi d’un nom commun: masc. sing. (devant cons.) lo [1, 17, 26]; fém. sing. (devant cons.) lè [7, 16, 18, 23]; fém. sing. (devant voy.) l’ [8, 27 (ou masc. ? )]. Plur. masc. et fém. (devant voy.): lêz [2, 3]; (devant cons.) lê [3, 4, 5, 9, 11, 14, 15, 20, 28]. 2. Suivi d’un nom pr. de pers. (prénom, pouvant être suivi d’un nom de famille) fam. (sans nuance péjorative): masc. sing. (devant cons.) lo [12, 18]. → lo 2 . 3. Formes amalgamées avec des prép.: avec → è 2 (ô ‘au’); avec dé → dê ‘des’, di ‘du’. - ALFC 1221, 1221*: Éhuns (devant cons.) [lo] ‘le’, (devant cons.) [ lɛ ] et (devant voy.) [l] ‘la’, (devant voy.) [læz] et (devant cons.) [læ] ‘les’; Brotte (devant cons.) [lo] ‘le’, (devant cons.) [ lɛ ] et (devant voy.) [l] ‘la’, (devant voy.) [ lɛːz ] et (devant cons.) [ lɛː ] ‘les’ (H: 17, 51). - lo 2 pron. pers. obj. dir. masc. sing. P3 (devant cons.) ‘le’ [19]; masc. plur. P6 (devant cons.) lê ‘les’ [19]. → è(l), li, lo 1 . - ALFC 1263: Éhuns (devant cons.) [lo] ‘le’; Brotte (devant cons.) [lo] ‘le’ (H: 18). - Lsœ nom pr. de lieu ‘petite ville du nord-est de la Haute-Saône (chef-lieu de canton), Luxeuil’ [18]. - Éhuns [ lsø ] (Sabbat, l. 7); Brotte [ lsø ] et [ lyksø ] (H: 78). - mâ conj. de coord. (en tête de phrase) ‘(introduit une idée plus ou moins contraire à celle exprimée dans la phrase précédente), mais’ [5, 21]. - ALFC 1372: Éhuns [ maː ]; Brotte [ mɑː ] (H: 51). - mâr subst. masc. ‘homme élu qui dirige une commune, maire’ [26]. - Brotte [ mɑːr ] (H: 51); La Chapelle-lès-Luxeuil mare (1906, Marchiset 2002: 41); FEW 6/ 1, major: Brotte, Châten. Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) 197 - mè subst. masc. ‘cinquième mois de l’année, mai’ [1]. - ALFC 91: Éhuns [ mɛ ]; Brotte [ mɛ ] (H: 51). - minjî verbe trans. ‘avaler (un aliment solide) pour se nourrir après (l’) avoir mâché, manger’ [5] part. passé masc. sing. minjî [21, 28]. - ALFC 982: Éhuns [ mẽʒiː ]; Brotte [ mẽʒiː ] (H: 52). - min’m adv. de manière ‘même’ → to 2 . - ALFC 1297: Éhuns [ mẽm ]; Brotte [ mːm ] (H: 19, 52). - moché subst. masc. ‘quantité plus ou moins importante d’un aliment solide, morceau’ [21]. - ALFC 332: Éhuns [ moʃe ] ([o] très fermé tendant vers [u]); Brotte [ moʃeː ] (H: 53); Baudoncourt, Citers [ moʃe ] (Passy 1896: 172-73). - môjon subst. masc. (au plur.) ‘bâtiment destiné à servir d’habitation à l’homme, maison’ [11]. - ALFC 878: Éhuns [ moːʒõ ]; Brotte [ moːʒ ] (H: 53); Baudoncourt, Citers, Raddon, Saint-Bresson Saint-Sauveur [ moːʒ ] (Passy (1891-92: 141; 1896: 172, 173). - Monsyœ subst. masc. (suivi d’un nom de famille) ‘(titre de respect donné à un notable), Monsieur’ [22]. - mwè subst. masc. ‘chacune des douze divisions de l’année civile, mois’ [1]. - ALFC 89*: Éhuns [mwæ]; Brotte [ mwɛ ] (H: 55). - mwèyï subst. masc. ds [ avoir ] mwèyï loc. verb. (suivi de → d(é) + inf.) ‘avoir la possibilité de, avoir le moyen de’ [4]. - Brotte [ ɛvwɛ mwɛjĩ ] au sens d’‘être dans l’aisance’ (H: 51); FEW 6/ 1: 585b, medianus: mfr. frm. avoir moyen de ‘avoir la possibilité de’ (DuVair - 1639), Montbél. n’a moyin ‘il n’est pas possible’. - Noré (lo) nom pr. de pers. (prénom d’homme) ‘(forme aphérésée ou mécoupée de Honoré)’ [12, 18, 24]. → Fêvre. - ô → è. - ô → être 3, 4. - ochutô adv. ds ochutô k (devant cons.) loc. conj. ‘immédiatement après que, aussitôt que’ [17]. - GPSR 2: 117; FEW 13/ 2: 120a, tostus: (adv.) Melisey, Châten. Courtelary. - [ ouvrir ] verbe trans. ‘disposer (une porte) en déplaçant son élément mobile, de manière à mettre en communication l’extérieur et l’intérieur, ouvrir’ ind. passé simple P3 ouvri [13]. - ALFC 1466*: «le passé simple est complètement sorti de l’usage» (sauf chez des patoisants érudits suisses); cf. cependant Éhuns [ rɛkõti ] ‘raconta’, [ məri ] ‘mourut’ (Sabbat, l. 13, 14); Brotte: le passé simple (en [-i] P3) avait disparu avec la génération née vers 1850, mais s’entend «dans la bouche des vieilles gens de villages voisins» (H: 22). - ou conj. de coord. ‘(unit deux adj. numéraux pour exprimer une évaluation approximative), ou’ [21]. - ALFC 1371*: Éhuns [u]. - po prép. (+ inf.) ‘(marque le but), dans l’intention de, afin de pouvoir, pour’ [19, 24]. - Éhuns [po] (Vierjottes, l. 2, 11, 11; Sabbat, l. 6); Brotte [po] (H: 51). Jean-Pierre Chambon 198 - [ pouvoir ] verbe trans. (+ inf.) ‘avoir la possibilité de (en raison des circonstances), pouvoir’ ind. pr. P6 pwèyan ‘peuvent’ [6]. - ALFC 1436: Éhuns [ pwæj- ]; cf. Brotte (inf.) [ pwɛjɛ ] (H: 60). - prijné adj. qual. (au masc. plur.) par analogie ‘enfermé dans un lieu clos (d’un animal)’ [16]. - Brotte [ priʒneː ] (H: 51); FEW 9: 355a: Gruey, Brotte, Montbél. - [promnâ (s)] verbe pron. par analogie ‘circuler, déambuler (d’un animal), se promener’ ind. imparf. P6 s promnï [10]. - FEW 6/ 2: minare: Pierrec. Montbél. - prôsè subst masc. ‘action de soumettre un litige à un tribunal, procès’ [25]. - FEW 9: 411b, processus: sans attestation comtoise. - pwêtch subst. fém. ‘ouverture munie d’un élément mobile aménagée dans un mur pour permettre le passage, porte’ [13]. - ALFC 900: Éhuns [ pwæʧ ]; Dondaine 1972: 127, 128; Brotte [ poːʧ ] (H: 58); Passy 1891-92: 140; Passy 1896: 172-73. - pwèyan → pouvoir. - [rantrâ] verbe intrans. ‘pénétrer dans (un lieu), entrer, (pop.) rentrer’ part. passé (au masc. plur.) rantrâ [15] (conjugué avec avoir). - FEW 4: 776a, intrare: sans attestation franc-comtoise; TLF: frm. depuis 1690. - [ revenir ] verbe intrans. ‘faire retour à son point de départ, revenir, rentrer’ part. passé (au m. sg.) rvénu (conjugué avec être) [17]. → venir. - FEW 10: 350b, revenire: Autet, Pierrec. Châten. Aj. - roublar subst. masc. péj. ‘homme astucieux et rusé, roublard’ [13]. - TLF et FEW 20: 44a, rubl’: frm. roublard (depuis 1864). - s 1 pron. dém. neutre (devant voy.) (suj. du verbe être, suivi du pron. relatif → ké) ‘met en relief le syntagme subst. ainsi encadré, ce’ [5]. → être 3 - Éhuns (devant voy.) [s] (Vierjottes, l. 5, 12; cf. ALFC 1244*); Brotte (devant voy.) [s] (H: 18); GPSR 3: 162, 164. - s 2 pron. pers. réfléchi (après voy., devant cons.) ‘(marque la voix pronominale), se’ [6, 10]. → promnâ, soulâ. - ALFC 126: (devant cons.) Éhuns [s]; Brotte (devant voy.) [s], (devant cons.) [se] (H: 18). - san’mdi s. m. ‘sixième jour de la semaine, succédant au vendredi, samedi’ [8]. - ALFC 99: Éhuns [s-mdi]; Brotte [s-mdi] (H: 65). - sè adj. poss. fém. sing. P3 ‘sa’ [13]. - ALFC 1227*: Éhuns [ sɛ ]; Brotte [ sɛ ] (H: 18, 65). - sin’nyî verbe trans. ‘tuer (un animal, ici un chevreuil) en le privant de son sang, par égorgement, saigner’ [19]. - ALFC 2, Compl. CXX: Ø Éhuns; Brotte [ sːɲiː ] (H: 66). - son → être 1, 4. - sou adj. qual. (au plur.) ‘qui a trop bu, saoûl’ [12]. - ALF 354*: → Éhuns; Brotte [su] (H: 67); - soulâ (s) verbe pron. réfl. ‘se rassasier de nourriture (d’un animal), (vieilli) se soûler’ [6]. - Cf. ALFC 354: Éhuns [ s sulaː ] ‘se soûler’; Brotte [ soːlaː ] ‘rassasier’ et [ sulaː ] (H: 66). Une anecdote en patois comtois (environs de Luxeuil, Haute-Saône) 199 - to 1 adj. indéf. masc. (au pl.) ‘tous’. → jan 3. - Éhuns [to] (Vierjottes, l. 11; cf. ALFC 1295); Brotte [to] (H: 68). - to 2 adv. ds to d min’m loc. adv. ‘en dépit de telle situation, malgré tout, tout de même’ [28]. → min’m. - Éhuns [to] adv. (Sabbat, l. 8); FEW 4: 808a, ipse: sans attestation franc-comtoise; TLF: frm. tout de même (depuis 1831). - [tranzijî] verbe intrans. ‘faire des concessions réciproques afin de mettre fin à un litige sans intervention de la justice, transiger’ part. passé (au masc. sing.) tranzijî [27]. - FEW 13/ 2: 206a, transigere: sans attestation franc-comtoise. - [trêtlâ] verbe intrans. ‘chanceler sur ses pattes (d’un animal), tituber’ ind. imparf. P6 trêtlï [11]. - ALFC 355: Éhuns [ tretɛl ] ‘(il) titube’; Dondaine 2002b: 529; Brotte (inf.) [ trɛːtlaː ] (H: 70). - trwè adj. numéral cardinal ‘deux plus un, trois’ [21]. - ALFC 1301: Éhuns [trwa]; Brotte [ troː ] (H: 70). - vilèj subst. masc. ‘agglomération rurale généralement assez importante pour former une unité administrative et avoir une vie propre, village’ [9, 20]. - ALFC 237: Éhuns [ vilɛʒ ]; Brotte [ vilɛʒ ] (H: 72). - vlè verbe défectif unipersonnel (suivi d’une prop. sub. complétive) ‘(situe un événement dans une succession), voilà’ [3]. - Éhuns [ vlɛ ] (Sabbat, l. 9); Brotte [ vwɛlɛ ] (H: 73-74). - [ venir ] verbe intrans. ‘se déplacer dans la direction d’un lieu, venir’ part. passé (au masc. sing.) vnu [24] (conjugué avec → être). → revenir. - ALFC 1613: Éhuns [vny] (conjugué avec être ou avec avoir); Brotte [vny] et [veny] (H: 24). - vwèr verbe trans. (le COD est suivi d’une prop. relative) ‘être le témoin visuel de (un événement), voir’ [10]. - ALFC 1574: Éhuns [vwæ]; Brotte [ voːr ] (H: 24, 73). - vwèzï subst. masc. (au plur.) ‘personne qui habite au plus près de qn, voisin’ [14]. - Cf. Dondaine 1972: 275; Brotte [ vwɛzĩ ] (H: 74). Paris Jean-Pierre Chambon Bibliographie ALFC = C. Dondaine/ L. Dondaine 1972-91: Atlas linguistique et ethnographique de la Franche- Comté, 4 vol., Paris Barrey, G.-L. 1978: Glossaire du patois de la vallée du Breuchin, Belfort Chambon, J.-P. 2012: «Colette Dondaine (1921-2012)», Nouvelle Revue d’Onomastique 54: 353-54 Chambon, J.-P. à paraître: «Un texte oral en parler comtois de Magnoncourt (Haute-Saône) recueilli par Colette Dondaine en 1939», RLiR Desgranges, B. 1988: Luxeuil et la vallée du Breuchin. Évolution industrielle du XIII e siècle à nos jours, Luxeuil Dondaine, C. 1972: Les parlers comtois d’oïl. Étude phonétique, Paris Dondaine, C. 1977: «Présentation du I er volume de l’Atlas linguistique et ethnographique de la Franche-Comté», in: Actes du 90 e Congrès national des sociétés savantes. Besançon, 1974, vol. 2, Paris: 125-33 Jean-Pierre Chambon 200 Dondaine, C. 1981: «Dictons et plaisanteries stéréotypées», in: F. Cheval/ J.-M. Debard/ C. Dondaine et al., La tradition franc-comtoise. Arts populaires. Dictons. Histoire de recherches, Wettolsheim: 90-124 Dondaine, C. 1991: «Les pronoms personnels de la 3 e personne», in: D. Kremer (ed.), Actes du XVIII e Congrès international de linguistique et de philologie romanes. Université de Trèves (Trier) 1986, vol. 2: 614-24 Dondaine, C. 2002a: «Linguistique ...», Barbizier. Revue régionale d’ethnologie comtoise 26 («Hommage à l’abbé Jean Garneret»): 105-09 Dondaine, C. 2002b: Trésor étymologique des mots de la Franche-Comté d’après l’Atlas linguistique et ethnographique de la Franche-Comté, Strasbourg DondaineEnq = matériaux inédits réunis par Colette Dondaine en 1939-40 en vue de son diplôme d’études supérieures (perdu), soutenu en Sorbonne en 1940 et intitulé Recherches sur une frontière dialectale entre les Vosges et la Haute-Saône [matériaux en notre possession] FEW = Wartburg, W. von 1922-2002: Französisches Etymologisches Wörterbuch. Eine darstellung des galloromanischen sprachschatzes, 25 vol., Leipzig/ Bonn/ Bâle Gaiffe, M. 2013: «Les parlers comtois: Colette Dondaine», Barbizier. Revue régionale d’ethnologie comtoise 37: 232-36 Garneret, J. 1959: Un village comtois, Lantenne, ses coutumes, son patois, Paris GPSR = Glossaire des patois de la Suisse romande, fondé par L. Gauchat, J. Jeanjaquet, E.Tappolet, Neuchâtel/ Paris/ Genève, 1924- H = Humbert 1939 Humbert, J. 1939: Glossaire du patois de Brotte-lez-Luxeuil, Paris Jouslin, R. 2010-11: «Extraits des cahiers du père Barrey», Bulletin de la Société d’archéologie et d’histoire de l’arrondissement de Lure 29: 111-20; 30: 117-28 Lassus, F. 2012: «‹Piqu’avant Conflans›. L’équipage de Charles Demandre (1805-1875) et les portraits des chasseurs par Faustin Besson», in: R.Abrille/ F. Lassus/ P. Feuvrier et al., Les Chasses de Monsieur Courbet [catalogue de l’exposition d’Ornans, 24 novembre 2012-25 février 2013], Ornans/ Besançon Longchamps, C. 1852-56: «Glanures. Notes étymologiques et statistiques sur les communes de la Haute-Saône», Journal de la Haute-Saône, passim Marchiset, M. 2002: Un petit village comtois. La Chapelle-lès-Luxeuil, Ahuy Passy, P. 1891-92: «Notes sur quelques patois vosgiens», Revue de philologie française et provençale 5: 241-56; 6: 1-16, 129-50 Passy, P. 1896: «Notes sur quelques patois comtois», Revue de philologie française et provençale 10: 1-16, 161-76 Roques, G. 2013: «Colette Dondaine (1921-2012)», RLiR 77: 315-16 Simonsen, M. 1981: Le conte populaire français, Paris Sonet, P. R. (ed.) 2005: Dictionnaire biographique de la Haute-Saône, 2 vol., Vesoul Thiébaud, J. 1982: Histoire d’un village comtois. Sainte-Marie-en-Chaux (Haute-Saône), Besançon/ Sainte-Marie-en-Chaux TLF = Trésor de la langue française, 16 vol., Paris 1971-94 Vox Romanica 75 (2016): 201-209 Okzitanisch «la un . . . l’autre» Résumé: Dans certains textes en (ancien) occitan on rencontre des collocations comme la us/ un ou la us ... l’autre qui choquent au premier abord, la étant une forme féminine, us/ un un article (ou un nom) masculin. Les explications disponibles pour ces constellations syntaxiques sont jusqu’ici peu satisfaisantes. Nous essayons d’y remédier ici en partant du fait que dans certaines régions de l’Occitanie, -a final se change en -o, de sorte que una devient uno, et la apparaît comme lo. Ceci a pour conséquence que les articles masculins et féminins peuvent se présenter sous une forme identique, un phénomène qui se rencontre d’un côté dans le Quercy, dans l’Albigeois et (moins souvent) dans le Toulousain, d’un autre côté en Provence - et ce sont justement les régions d’où proviennent nos versions occitanes du Nouveau Testament et des Quatre Évangiles. Ces homonymies pouvant être assez pénibles à déchiffrer, on a essayé de réintroduire l’ancienne distinction des deux genres en partant de la forme résultante unique, ce qui a parfois abouti à des hypercorrections comme dans le cas de la us, etc. Keywords: Phonetic change, Definite/ indefinite article, Morphology, Homonymy, Collocation, Hypercorrection 0. In den Untersuchungen und Darstellungen zur altokzitanischen 1 Grammatik wird verschiedentlich darauf hingewiesen, dass der bestimmte Artikel vor un, us, u, etc. oft in der Form la erscheint, d. h. eigentlich nicht einem Maskulinum, sondern einem Femininum entspricht 2 . Wie kommt es zu dieser eigenartigen Genuskreuzung, und wie ist ihre Entstehung zu erklären? Dabei ist auch noch zu beachten, dass das Phänomen in den Troubadourtexten kaum nachzuweisen ist, sondern vor allem in Urkunden, juristischen Texten und Dokumenten eine Rolle spielt. Inwieweit dies für die Erklärung der Konstruktion relevant ist, bleibe vorerst einmal dahingestellt. Zudem ist festzuhalten, dass bis heute kein Erklärungsversuch wirklich zu überzeugen vermag. Und ob die Interpretation, die wir am Ende unserer Darstellung wagen werden, diese Bewertung für sich in Anspruch nehmen darf, wird sich auch erst noch weisen müssen. 1. Der Typus ˹ la un ˺ , etc. scheint also im wesentlichen an die Prosa gebunden zu sein, aber keineswegs ausschließlich an die juristische Prosa. Vielmehr ist uns das Phänomen bei der Arbeit an den altokzitanischen Übersetzungen des Neuen 1 Bis weit nach dem zweiten Weltkrieg wurde für die dialektalen Varietäten im Süden Frankreichs die Sammelbezeichnung Altprovenzalisch verwendet; diese ist heute nur noch für die alte Sprachform der Provence üblich. Als Sammelbezeichnung für die südfranzösischen Varietäten hat sich inzwischen Altokzitanisch durchgesetzt, das auch besser den politischen und kulturellen Zielsetzungen der Bewegung Occitania libre entspricht. 2 Cf. z. B. Noulet/ Chabaneau 1888: 166, Brunel 1926: xxiii, Alibert 1935: 86, Grafström 1968: 29 usw. Peter Wunderli 202 3 Cf. Wunderli 2009/ 2010, v.a. 2010: 48 s. Testaments und der Vier Evangelien häufig begegnet, und zwar deutlich häufiger als die an sich zu erwartenden Formen l’us, lo un, etc. La un, etc. scheint zu einer festgefügten Wendung geworden zu sein, die nur noch selten im Sinne der freien Syntax aufgebrochen wird. 1.1 Von besonderer Häufigkeit scheint das Phänomen im Lyoner NT 3 zu sein, wo wir Dutzende von Belegen gezählt haben. Besonders häufig findet sich die Erscheinung im Matthäusevangelium, doch fehlt sie auch in den andern Teilen des Neuen Testaments nicht. Hier eine kleine Auswahl von besonders eindrücklichen Belegen, die fast noch beliebig ergänzt werden könnte: - Laissatz los: cegui so e guizadors de cex. E si la us cex dona guizament al cec, ambi cazo e la fossa.» (Mt. 15/ 14) - Enaissi no es volontat denant lo vostre Paire qui es els cels que perisca la us d’aquestz pauquetz. (Mt. 18/ 14) - ... E dix a lui: «Digas que aquesti mei .ii. fil sego la us a la tua destra e l’autre a la tua senestra el teu regne.» (Mt. 20/ 21) - Mas eli mesprezero o, la us anec e la sua vila, e l’autre en la sua mercadairia. (Mt. 22/ 5) - Ladonc seran doi el camp, la us er pres e l’autre laissatz; ... (Mt. 24/ 40) - ... doas molentz e la mola, la una er presa e l’autra sera laissada; doi el leit, la us er pres e l’autre sera laissatz. (Mt. 24/ 41) - «Doi deutor eran ad u renover. La us devia .l. diners, e l’autre .ccccc. ... (Luc 7/ 41) - E dixero la us a l’autre: «No era lo nostre cors ardentz e nos de Jhesu domentre que parlec e la via et ubret a nos la Scriptura? » (Luc 24/ 32) - ... dizentz la us a l’autre: «Baro frairi, qual causa farem d’aquestz homes? (Ac. 4/ 16) - «Baro, fraires es, per que nozetz la us a l’autre? » (Ac. 7/ 26) - E comandec le carr estar, e deissendero la us e l’autre e l’aiga, Felips e·l crastatz, e batejec lui. (Ac. 8/ 38) - E co·s departisso, parlavo dizentz la us a l’autre: «Quar aquest home no fe lunha causa digna de mort o de liams.» (Ac. 26/ 31) - Mais co viro li estranh la bestia pendent en la ma de lui, dizio la us a l’autre: «Ac[er]tas aquest hom es omicidier, que co escapec de la mar, la venjansa no laissa [134ra] lui viure. (Ac. 28/ 4) In dieser Liste haben wir nur Belege für den Rectus berücksichtigt, und diese sind auch von besonderer Häufigkeit. Belege für den Obliquus fehlen aber keineswegs, wie die folgenden Stellen zeigen: - Lunhs hom no pot a dos senher servir, quar la u azirara e l’autre amara, ... (Mt. 6/ 24) - ... e dic a la u: ‹Vai›, e va; et a l’autre: ‹Vei›, e ve ... (Mt. 8/ 9) Okzitanisch «la un ... l’autre» 203 4 Cf. Wunderli 2016/ 2: 30 s. - Laissatz creisser la u e l’autre entro a la meisso, ... (Mt. 13/ 30) - Mais el re[s]pondentz a la u de lor, dix: ... (Mt. 20/ 13) - Mais li coutivadors preso los sirventz de lui, la u batero, e l’autre aucizero, ... (Mt. 21/ 35) - Negus hom no pot servir a dos senhor; quar la u azirara, e l’autre amara; ... (Luc 16/ 13) Neben den Fällen mit dem (maskulinen) Artikel la finden sich aber auch - allerdings relativ selten - Belege für den «normalen» Typus l’us, li u, l’u. Ob es sich dabei um Archaismen handelt oder um das Streben nach einer begrenzten Variation, spielt hier keine Rolle: - «Li u dizo que el es Joan Babtista, mais li autri dizo qu’el es Elias, li autre Jeremias o la us dels prophetas.» (Mt. 16/ 14) - Et ab lui crucifiquero dos lairo[s], l’u a las dextras e l’autre a las senestras. (Mc. 15/ 27) - Eissamentz e li major preveire escarnian l’us a l’autre ab los escrivas ... (Mc. 15/ 31) Überdies gibt es auch Fälle, wo us, u, un durch eine römische Ziffer wiedergegeben wird. Wie die Ziffer normalsprachlich aufzulösen ist, ergibt sich im Prinzip aus dem direkten Kotext, doch ist dabei zu beachten, dass derartige Umsetzungen aufgrund der Dekadenz des klassischen Zwei-Kasus-Systems immer spekulativen Charakter haben: - ... Quan longament o feitz a la .i. d’aquestz meus menors fraires, a mi o feitz. (Mt. 25/ 40) - Ladonx crucifiquero ab lui dos lairos, la .i. a las dextras e l’autre a las senestras. (Mt. 27/ 38) - Negus hom no pot servir a dos senhor; quar ... la .i. presara, e l’autre mesprezara; ... (Luc 16/ 13) Wie die Verwendung von la vor us/ u/ un anstelle von li/ lo/ l’ zu erklären oder interpretieren ist oder sein könnte, werden wir am Schluss dieses Beitrags diskutieren. 1.2 Im Lyoner NT war der Typus ˹ la us ˺ von einer beachtlichen Frequenz. Er findet sich auch im NT von Paris 4 , ist hier aber keineswegs dominant und hat nur sporadischen und außergewöhnlichen Charakter. Wie dieser Frequenzunterschied zu erklären ist, muss einstweilen dahingestellt bleiben. Hier einige Beispiele aus dem nicht allzu reichhaltigen Material von Ms. BN fr. 2425: - ... mas lo vi novel deu esser mes en nou vaycel, e son gardat la u e l’autre (Luc 5/ 39) - Duy deutor devian deute a u usurier. La u devia .v.c. denier, e l’autre .l. (Luc 7/ 41) - ... es fermatz grans mejans entre nos e vos, que non pot trapassar la u ves l’autre (Luc 16/ 26) - La us mals anet, e ve vos ancara venon li duy mal apres aquestas cauzas. (Apo. 9/ 12) Peter Wunderli 204 5 Cf. Wunderli 2017. Als unbestimmter maskuliner Artikel finden sich in unserem Text normalerweise die Formen u, un und uns, was nicht im Geringsten überrascht; das Gleiche gilt auch für die entsprechende feminine Form una. Ungewöhnlich ist dagegen die Form u für una, die wir anderweitig nicht belegt gefunden haben: - Et u jovencel se sezia sus u auta fenestra ... (Ac. 20/ 9) - ... et ajan u jument en que adugan Paul ... (Ac. 23/ 24) Neben einem femininen u findet sich im folgenden Beleg (und alternierend mit u) auch noch ein feminines uns: - E l’autra [semensa] cazec en bona terra e donet fruc pujant e creysent. Et aportava la uns .xxx., et u .lx., et u .c. (Mc. 4/ 8) Auch hier verschieben wir die Interpretation dieser ungewöhnlichen Konstruktionen auf das Ende unserer Darstellung. Nur soviel sei schon jetzt gesagt: Die Erklärungen für la anstelle von lo, le, l’ und diejenige für uns, u anstelle von una sind auf das Engste miteinander verflochten und beruhen letztlich auf den gleichen dialektalen Besonderheiten. 1.3 Bleiben noch die Vier Evangelien, die im Ms. BN fr. 6261 mit einer Weltchronik verknüpft sind 5 . In dem Lyoner NT war der Typus ˹ la us ˺ von beachtlicher Frequenz und gegenüber ˹ l’us, etc. ˺ eindeutig dominant. Im Pariser NT waren die Frequenzverhältnisse gerade umgekehrt, d. h. ˹ la us ˺ bildete eindeutig die Ausnahme und trat nur noch sporadisch an die Stelle von ˹ l’us, etc. ˺ . Auch in den Vier Evangelien ist der Typus mit dem femininen Artikel gut bezeugt, allerdings mit zwei wichtigen Unterschieden gegenüber unserer bisherigen Dokumentation. Einmal ist er frequenzmäßig eher in die Nähe des Lyoner NT zu stellen und übertrifft die Zahl der Belege im Pariser NT bei weitem. Und dann ist einer auffälligen formalen Veränderung Rechnung zu tragen: ˹ la us ˺ ist hier zu ˹ la hun ˺ geworden. Dies erklärt sich in dem relativ späten Manuskript BN fr. 6261 einmal aufgrund der Tatsache, dass der Obliquus den Rectus weitestgehend verdrängt hat. Das zweite zu berücksichtigende Phänomen ist die häufige Einführung eines parasitären hvor vokalisch anlautenden Lexien 6 . Hier eine begrenzte Auswahl von relevanten Belegen: - ... «Non pot hom ben servir .ii. senhors, car la hun azirara e l’autre amara, ...» (Mt. 6/ 24) - <Donx> si la hun demoni ne gieta l’autre, departis son contra els meteis; ... (Mt. 12/ 26) - E adonx seron motz torbatz e auciran la hun l’autre. (Mt. 24/ 10) - Adonx dos seran en lo camp, la hun sera pres e l’autres sera laisat; ... (Mt. 24/ 40) Okzitanisch «la un ... l’autre» 205 6 Cf. Wunderli 2017/ 2, Kap. 3, §16. 7 Cf. Chabaneau 1875: 32 und Noulet/ Chabaneau 1888: 166. 8 Cf. Grafström 1968: 29. - ... e dos seron en hun lieg, la hun sera pres e l’autre laisat. (Mt. 24/ 41) - E entre que mangavon, dis lurs: «Que per la hun de vostra companhia seray traïtz.» (Mt. 26/ 21) - E donx si yeu soy senhor vostre e maistre, e los pes vostres a[y] lavatz, e vos autres deves lavar los pes la hun a l’autre. (Jean 13/ 14) - E mandamen novel done a vos autres que ames la hun l’autre coma yeu vos ay amatz. (Jean 13/ 34) - Enaiso conoyseron totz que vos autres es mes dicipols se aves dilexion la hun en l’autre. (Jean 13/ 35) - ... ont lo crucifiqeron, et amb el autres dos larons, la hun de say et l’autre de lay, e Jhesus en lo mieg. (Jean 19/ 18) - Aisi la hun es Simon P[eire], et Andrieu, Jacme, Johan, Felip, Bertholmeu, ... (Luc 6/ 14) - Nulh hom non pot ben servir a dos senhors; el amara l’un e l’autre azirara, e am la hun estara e l’autre mesprezara; non podets servir a Dieu et al secgle. (Luc 16/ 13) Neben diesen zahlreichen Belegen mit la fehlen auch (sporadisch) «klassische» Formen nicht (z.T. mit, z.T. ohne h-), z. B.: - E li hun fraire liurara a mort l’autre, e lo paire lo filh; ... (Mt. 10/ 21) - Adonx diseron los discipols los hus als autres: ... (Mc. 4/ 40) - Nulh hom non pot ben servir a dos senhors; el amara l’un e l’autre azirara, e am la hun estara e l’autre mesprezara; ... (Luc 16/ 13) Damit dürften wir das Material, das uns die Übersetzungen des Neuen Testaments bzw. der Vier Evangelien liefern, in ausreichendem Maße ausgebreitet haben. Natürlich könnte die Zahl der Einzelbeispiele, vor allem aus dem Lyoner NT und den Vier Evangelien, noch erheblich erweitert werden. Aber wozu? Die mengenmäßige Ausweitung würde keine neuen Anregungen und Erkenntnisse bringen. 2. Vielmehr muss es jetzt darum gehen, das Phänomen als solches und in seiner Eigenart zu erklären und damit ein bisher brach liegendes kleines Gärtchen der Okzitanistik zu bearbeiten und fruchtbar zu machen. 2.1 Die bisher verbreitetste (wenn auch nicht allgemein akzeptierte) Erklärung ist diejenige von Camille Chabaneau 7 ; sie wurde auch von Ǻ ke Grafström 8 übernommen, was ihr ein gewisses Gewicht verleiht. Er fasst den Erklärungsversuch folgendermaßen zusammen: Peter Wunderli 206 9 Zu ergänzen wäre «et le provençal»; cf. hierzu unten. 10 Cf. Grafström 1968: 29. 11 Für lai/ la in dieser Funktion cf. z. B. LevyP 1909 s.v., Levy 4: 300 s., Raynouard 4: 8. 12 Cf. hierzu v.a. Ronjat 1937: 114 s. L’usage de se servir de la devant un est propre au languedocien 9 . On le rencontre dans les vieux textes, et il existe encore de nos jours. Il faut probablement y voir l’influence de cadau(n), cadauna, comme le croit Chabaneau. On a eu, d’un côté, l’u(n), la una et, de l’autre, cadau(n), cadauna, ce qui a pu faire créer la u(n) 10 . Dieser Erklärungsversuch ist ziemlich eigenartig. Wir hätten beim Indefinitum sowohl für das Maskulinum wie das Femininum eine Anlautsequenz cada-, beim bestimmten Artikel dagegen lo/ l’ einerseits und la andererseits, was dann zu einem Ausgleich in Richtung la geführt hätte. Wie ein in beiden Geschlechtern funktionierendes cadaeinen Ausgleich beim bestimmten Artikel herbeiführen kann, bleibt mir allerdings schleierhaft. Oder mit andern Worten: Dieser Erklärungsversuch scheint wenig überzeugend, zu weit hergeholt und letztlich unbrauchbar zu sein. 2.2 Im Laufe unserer Nachforschungen sind uns plötzlich Zweifel gekommen, ob la in la us, la hun wirklich als (bestimmter) Artikel zu gelten hat. Könnte es sich nicht um ein Adverb (‘dort’), allenfalls eine Präposition (‘bei’) handeln 11 ? Analysiert man die im ersten Teil unserer Darstellung gegebenen Beispiele auf die Möglichkeit einer derartigen Interpretation hin, so stellt man schnell fest, dass es zwar durchaus Fälle gibt, wo ein adverbielles la kotextuell akzeptabel wäre (wenn auch oft mit mehr oder weniger deutlichen semantischen Klimmzügen), dass aber an anderen Stellen eine derartige Resemantisierung unmöglich ist. Diese Spur kann also nicht weiterverfolgt werden. 2.3 Entsprechendes gilt auch für eine weitere Erklärungsmöglichkeit, die auf den ersten Blick vielversprechend zu sein scheint. Nachdem feststeht, dass la in la un zwar ein maskuliner Artikel ist bzw. sein kann, aber in femininisierter Form auftritt, ist es in Beziehung zum Plural las zu sehen. Las wird nun in einer Reihe von Dialekten zu lai, wobei -s neben -i auch zu -h und -x werden kann 12 ; lai (= las, Art.) kollidiert nun aber mit lai/ la Adv., sodass auch mit einem Artikel la anstelle von las/ lai zu rechnen ist. Löst dies unser Problem? Leider nein, denn las → lai → la ist ein Plural und damit inkompatibel mit la in la un, das nachgewiesenermaßen l’u, li us usw. entspricht. Wir benötigen aber eine Erklärung für ein singularisches Phänomen, und nicht für eine pluralbasierte Erscheinung. 2.4 Kommen wir nun zu der Erklärung, die nach unserer Meinung tragfähig ist und die scheinbar abartige Konstellation la us (... l’autre) auf eine solide Basis stellt. Es ist hinreichend bekannt (wenn auch nicht weit verbreitetes Wissen), dass der unbestimmte feminine Artikel una in gewissen Dialekten zu uno wird. Diese (pho- Okzitanisch «la un ... l’autre» 207 13 Cf. hierzu v.a. Ronjat 1930: 206; ferner Ronjat 1937: 123 und 130 s., Grafström 1968: 29. 14 Ob uni/ unis eine Analogiebildung zum m.pl. li/ lis ist, kann hier dahingestellt bleiben. Zu bedenken ist v.a., dass wir im einen Fall einen Plural, im andern dagegen einen Singular haben. 15 Cf. Ronjat 1937: 131 s. Ob uni hier als Dual zu verstehen ist, wie Ronjat versichert, ist eher zweifelhaft. 16 Ronjat 1937: 132. 17 Cf. Ronjat 1930: 206 s. netisch-graphische) Erscheinung findet sich v.a. im Limousin, im Languedoc und in der Provence 13 , d. h. genau in den Gebieten, aus denen unsere Übersetzungen des Neuen Testaments bzw. der Vier Evangelien stammen. Nun ist zwar der indefinitive maskuline Artikel in der altokzitanischen Schriftsprache (und insbesondere bei den Troubadours) in der Regel us, u, un, aber dialektal begegnet man auch Beispielen, in denen der Auslautvokal von ū nu in der einen oder anderen Form erhalten geblieben ist. So findet sich z. B. in der Provence im Rhone-Raum ein unbestimmter Artikel uni/ unis (uni vor Konsonant, unis vor Vokal) 14 , und zwar nicht nur in der Sprache der Felibres. Ronjat führt hierfür Beispiele wie ùni cisèu ‘une paire de ciseaux’), uni braio ‘un pantalon’, ùni debas ‘un bas’, ùni soulié ‘un soulier’, úni maniho ‘une anse’ etc. (u. a. bei Mistral) an 15 . Neben uni/ unis erwähnt er auch noch ein ùnu (m. sg., vor Vok. und Kons.) im Raume Nizza. Ferner dokumentiert die ALF-Karte 1347 in der Provence verschiedentlich einen unbestimmten Artikel m. sg. [üo]. In den Beispielen bei Ronjat ist uno in den meisten Fällen als Femininum zu interpretieren, z. B. in uno contro l’autro (part) oder uno entre autro annado (année). Aber im folgenden Beispiel ist es wohl unmöglich, aus uno (und autro) ein Femininum zu machen: «... lou vole pas, uno qu’es vièi, l’autro qu’es avare», denn das Referenzsubstantiv ist mari. Selbst wenn man Ronjat 16 folgt, der in uno und autro Neutra sehen will, ändert dies kaum etwas wegen der historischen Affinität zwischen Maskulinum und Neutrum. Wenn nun aber una über weite Strecken zu uno wird 17 und andererseits der Auslautvokal in ū nu u. a. als -o erhalten bleibt, fallen maskuliner und femininer Artikel in diesen Fällen ja zusammen. Dies kann zur Folge haben, dass uno jederzeit in ein una zurückkorrigiert werden kann, und dies selbst dort, wo wir es mit einem Maskulinum zu tun haben - also ein typischer Fall von Hyperkorrektur. Dieser Erklärungsansatz kann gewisse Einwände und Vorbehalte provozieren. Einmal gibt es keinen zeitlichen Zusammenhang zwischen dem Auftreten von la un etc. im Altokzitanischen und dem provenzalischen uni/ unis, uno etc. Das ist sicher richtig. Aber ist ein solcher Zusammenhang überhaupt nötig? Die gleichen Prozesse, die gleichen Phänome können unabhängig voneinander sowohl im 13.-15. Jh. als auch im 19. Jh. (und evtl. schon früher) stattgefunden haben. Oder mit anderen Worten: Ein gleiches oder ähnliches Muster gelangt mehrmals zur Anwendung. Ein weiterer möglicher Einwand ist die Tatsache, dass in den ALF-Punkten, die einen unbestimmten (mask.) Artikel [üo] kennen, dieser immer vom femininen Pendant verschieden bleibt. Dies kann auf einem Bedürfnis nach Differenzierung Peter Wunderli 208 18 Cf. Ronjat 1937: 123, 130 s. beruhen, das zu einer Art Ferndissimilation geführt hat, verhindert aber noch nicht, dass in anders strukturierten Nachbardialekten und v.a. in der «entlokalisierten» Schrift- oder Gemeinsprache uno etc. sowohl als Maskulinum als auch als Femininum gesehen werden konnte. Damit sind wir aber erst bei una, und noch nicht bei la. Da auslautendes -a aber in den erwähnten Gebieten auch sonst zu -o wird 18 , kann auch dem bestimmten Artikel lo die Funktion eines Femininums zukommen. Und mit einer entsprechenden Hyperkorrektur wie bei uno → una gelangen wir dann zu unserem Problemfall la un, la us, la hun usw. La erscheint formal als Femininum, ist aber de facto und funktional ein Maskulinum. 2.5 Bleibt noch der oben in Absatz 1.2 zurückgestellte Fall, wo us und u für den indefiniten femininen Artikel stehen. Das Erklärungsmuster entspricht im wesentlichen demjenigen, das wir für la in la us, la un, la hun etc. eingesetzt haben: Ausgehend von einem gewissermaßen zweigeschlechtigen uno ist hyperkorrigierend auf die eigentlich die maskuline Funktion abdeckende Form zurückgegriffen worden. 3. Die Erklärung von ˹ la us, etc. ˺ und von ˹ fem. us/ u ˺ erweist sich so als reichlich komplex. Zu ihr tragen die unterschiedlichsten linguistischen Bereiche und Teilbereiche bei: - die Grapho-Phonologie; - die Morpho-Syntax; - die historischen Entwicklungen in den Bereichen Phonetik und Morphologie; - das Phänomen der Scriptae; - die Interaktion von Spontansprache ( → Dialekten etc.) und (mehr oder weniger) normierter/ normalisierter Sprache ( → gehobene Sprache, Literatursprache, etc.); - die Erscheinungen von Korrektur und Hyperkorrektur; - die Interaktion von Homonymie und Polysemie und ihre gegenseitige Alternanz; - usw. Es bestätigt sich wieder einmal: In der Linguistik ist a priori nichts einfach und unkompliziert! Düsseldorf/ Twann Peter Wunderli Okzitanisch «la un ... l’autre» 209 Bibliographie Alibert, L. 1935: Gramatica occitana segón los parlars lengadocians, Toulouse Appel, C. 1918: Provenzalische Lautlehre, Leipzig Brunel, C. 1926: Les plus anciennes chartes en langue provençale. 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Onorato Drago travaillait en utilisant un chansonnier troubadouresque que d’Avalos lui avait donné: malheureusement, aujourd’hui on ne sait plus rien de ce manuscrit. Nous proposons ici une nouvelle édition de la lettre de dédicace adressée à Alfonso d’Avalos ainsi que du petit traité de phonétique (le vocabulaire a déjà été publié, il n’y a pas longtemps, par Carla Maria Marinoni), en corrigeant l’édition, méritoire mais vieillie, de Rajna 1880. Drago montre qu’il connaît bien la langue des troubadours; toutefois, son œuvre n’a pas une grande valeur en soi, mais en tant qu’élément important dans le riche panorama des études des érudits italiens du XVI e siècle concernant la langue et la poésie des troubadours. Keywords: Onorato Drago, Provençal phonetics, History of the troubadours, Gian Vincenzo Pinelli Onorato Drago e Alfonso d’Avalos Ciò che rimane del ricchissimo patrimonio librario appartenuto a Gian Vincenzo Pinelli 1 è oggi conservato a Milano, presso la Veneranda Biblioteca Ambrosiana che, voluta dal cardinale Federigo Borromeo, aprì i battenti l’8 dicembre del 1609 2 . 1 Nato a Napoli nel 1535 da Cosmo, nobile di origini genovesi, e da Clemenza Ravaschera, Gian Vincenzo si trasferì a Padova negli ultimi giorni di settembre del 1558, come si evince da una lettera datata 18 settembre 1558 che Bartolomeo Maranta spedisce a Ulisse Aldovrandi: «... hora perché fra otto giorni parte di qua il S. or Gio. Vinc. o Pinelli per Padova ...» (cito da De Toni 1911: 24 N2); si veda anche Gualdo 1607: 14-15. Pinelli raccolse attorno a sé un cenacolo di studiosi, scienziati e letterati (tra gli altri: Galileo Galilei, Sperone Speroni, Paolo Sarpi, Giusto Lipsio, Torquato Tasso), e formò negli anni una ricchissima biblioteca, «perhaps the best private library in Italy in the second half of sixteenth century» (Grendler 1980: 386). Sulla biblioteca di Pinelli si è scritto molto, soprattutto negli ultimi anni: si vedano, per esempio Rivolta 1914, Rivolta 1933, Raugei 1988, Rodella 2003, Gresti 2004, Nuovo 2005, Nuovo 2008, Ferro 2008, Raugei 2015. Gian Vincenzo, sul quale manca uno studio d’assieme (utilissima è ancora la citata biografia di Paolo Gualdo, uno dei sodali di Pinelli), morì a Padova all’inizio di agosto del 1601. 2 Borromeo aveva conosciuto Pinelli a Padova, ed era ben conscio dell’enorme valore della biblioteca dell’erudito. La quale, peraltro, subì gravissime perdite durante il trasporto da Padova a Napoli, dove fece tappa e dove venne acquistata all’asta dal Borromeo. E ancora, molti stampati andarono perduti durante il terribile bombardamento alleato che Milano subì nella notte tra il 14 e il 15 febbraio del 1943. La fonetica provenzale di Luigi Onorato Drago 211 3 In una delle integrazioni agli Studi provenzali in Italia (inserita da Segre nell’elenco delle aggiunte bibliografiche sparse, elenco Mat C), Debenedetti annota: «Ambros. R 71 sup. è di provenienza pinelliana, v. G. Bertoni (edizione? )» (Debenedetti 1995: 404). Il codice in questione è il canzoniere che i provenzalisti siglano G, uno dei pochi a conservare anche la notazione musicale. Giulio Bertoni ritiene non improbabile che il manoscritto, copiato in Veneto alla fine del XIII secolo, poté passare in Francia, anche se ritornò poi in Italia «in sèguito a vicende sconosciute»; il viaggio di andata e ritorno sarebbe testimoniato «da una piccola indicazione, che si rinviene nelle prime pagine del manoscritto: cioè nel margine inferiore di una carta dell’indice si legge: Q 157 (questa indicazione Q fu adoperata per la collocazione di un certo numero di opere che vennero di Francia. Comunicazione del dr. Ratti)» (Bertoni 1912: xxx e N1). Non mi pare comunque che Bertoni accenni all’ingresso dell’importante canzoniere nella biblioteca di Pinelli. L’ultimo studioso del codice, Francesco Carapezza, riporta quanto scritto da Bertoni, ritenendo però «del tutto incerta» la parentesi francese (Carapezza 2004: 69). 4 Una descrizione sommaria della parte occitanica del manoscritto ambrosiano è in Debenedetti 1995: 291-92. Tornerò presto sull’argomento. 5 Ma nella numerazione moderna, a matita, salta il f.246 (ma si veda più avanti); all’interno di quasi tutte le unità codicologiche che formano la miscellanea c’è una numerazione originaria, risalente al momento della trascrizione, e una numerazione dei fascicoli più recente rispetto a quella di Pinelli (vedi qui N10), ma probabilmente ancora seicentesca, dunque ben più antica rispetto alla numerazione continua dei fogli. 6 In una lettera del 28 maggio 1558 a Francesco Martelli, Ludovico Beccadelli definisce Barbieri il piloto della lingua provenzale (Debenedetti 1995: 310). L’opera più importante, anche se incompiuta, di Giovanni Maria Barbieri è L’arte del rimare, o Dell’origine della poesia rimata, come vuole il suo unico editore, Girolamo Tiraboschi (cf. Tiraboschi 1790). Barbieri muore nel 1574. Il codice che testimonia con maggiore evidenza il pur periferico interesse di Gian Vincenzo Pinelli per le letterature romanze d’Oltralpe, e in particolare per il provenzale, è quello che porta oggi la segnatura D 465 inf. 3 , costituito dall’assemblaggio di fascicoli che nella biblioteca pinelliana erano verosimilmente sciolti; le unità codicologiche che ci interessano maggiormente, cioè quelle di argomento romanzo, sono trascritte - com’è normale per siffatte miscellanee - da mani diverse, tra le quali non manca ovviamente quella dello stesso Pinelli 4 , e occupano buona parte del manoscritto, dal f.185 alla fine (f.347) 5 . Questa parte del codice è preceduta, probabilmente pour cause, dalla celebre lettera autografa di Ludovico Barbieri nella quale il figlio di Giovanni Maria parla a Jacopo Corbinelli, tra le altre cose, dei libri provenzali posseduti dal padre, ritenuto già ai tempi suoi, e con ragione, il miglior conoscitore della langue d’oc nell’Italia del XVI secolo 6 . Il manoscritto è ben noto ai provenzalisti. Certo, non pochi materiali in esso contenuti sono descripti, e perciò scarsamente utili nella prospettiva ecdotica; non mancano tuttavia pezzi unici, soprattutto di argomento grammaticale o genericamente linguistico, come il trattatello di cui qui si discorrerà. Presi nel loro complesso, i fascicoli provenzali della miscellanea ambrosiana rappresentano una preziosa testimonianza dell’interesse che gli eruditi italiani del XVI secolo nutrivano nei confronti della letteratura e della lingua occitaniche. Il codice ambrosiano è uno dei cinque testimoni del Donat proensal (D), ed è l’unico manoscritto che trasmette due traduzioni italiane del trattato, anonime (d 1 Paolo Gresti 212 7 Si veda Marshall 1969: 3-8 e, in particolare per le traduzioni (la cui edizione sinottica è in corso di stampa), Gresti 2004 e Gresti 2016. 8 Stengel 1878: xxvi. 9 Per l’edizione si veda Marinoni 1989; per le notizie su Drago (1512-79) si veda Debenedetti 1911 e la voce di Elisa Mongiano e Margherita Spampinato Beretta nel DBI, vol. 41 (1992): 652-54. 10 La segnatura MM2 (di solito seguita da un altro numero distanziato da una linea) è quella originaria apposta da Pinelli, come si apprende dall’inventario fatto nel 1609, al momento dell’ingresso all’Ambrosiana dei volumi pinelliani (ms. B 311 suss.): «Mazzo segnato a tergo MM2 contiene per la maggior parte versi in lingua provenzale». Si veda in proposito Barbero 2007: 18 e Nuovo 2007: 48-52; la numerazione delle unità codicologiche è invece posteriore, come si è detto, probabilmente seicentesca e risalente al momento in cui i materiali sciolti di Pinelli sono stati assemblati a formare il codice D 465 inf. 11 Rajna 1880: 38. 12 Marinoni 1989: 16. e d 2 ), anonime e risalenti al XVI secolo 7 . Quando Edmund Stengel si accinse all’edizione critica del Donat, che uscì a stampa nel 1878, per la collazione di D si giovò della collaborazione di Pio Rajna 8 . Due anni dopo vide la luce, nel settimo fascicolo del Giornale di filologia romanza, l’articolo dello stesso Rajna intitolato «Un vocabolario e un trattatello di fonetica provenzale del secolo XVI». Il cosiddetto vocabolario, opera, come si legge nella didascalia iniziale, di Luigi Onorato Drago 9 , si trova ai f.231r°-244v° del codice ambrosiano, preceduto da una lettera dedicatoria a Alfonso d’Avalos, marchese del Vasto; i fogli costituiscono l’unità originariamente segnata MM2-3 (26 della numerazione post-pinelliana) 10 . Il fascicolo è composto da 14 fogli numerati da 1 a 13 (la numerazione antica inizia infatti al f.232r° e termina al f.244r° della numerazione moderna); i f.231 e 244 fungono da coperta: sul recto del f.231 ci sono segnatura e titolo del fascicolo: «Vocab. o d. lingua provenz. d’Honor. to Drago» (la mano in questo caso è quella di Pinelli, ma solitamente i titoli dei fascicoli, del resto presenti in modo asistematico, sono dovuti a un’altra mano, sempre la stessa per tutta questa parte del codice); il verso del foglio è bianco, come pure il f.244r°-v°; è bianco anche il f.243r°-v°. La filigrana è la stessa per tutto il fascicolo (cappello cardinalizio che sovrasta un ovale al cui interno si trovano sei piccoli cerchi; non c’è nulla di simile nell’inventario di Briquet). Secondo Pio Rajna le mani che trascrivono il fascicolo sono due: le prime due colonne del Vocabolario con parte della terza pajono di pugno dello stesso raccoglitore di questa Miscellanea, cioè del Pinelli, al quale accadeva non di rado d’incominciar lui le trascrizioni, che poi dava da continuare ad amanuensi di mestiere. Uno di costoro ebbe anche stavolta da eseguire il resto, come già aveva trascritto, se non erro, la lettera d’invio 11 . Di parere diverso Carla Maria Marinoni, la quale ritiene invece che la copia del Vocabolario (o Glossario, come preferisce la studiosa) si debba nella sua integrità allo stesso scriba che ha copiato la lettera dedicatoria a Alfonso D’Avalos 12 . Ha ragione Rajna, poiché la mano che copia le prime due colonne del vocabolario e arriva fino a circa metà della terza (f.233v°: alegoratz) è senz’altro di Pinelli: l’eru- La fonetica provenzale di Luigi Onorato Drago 213 13 È probabile che questo foglio sia stato messo nel posto sbagliato dopo l’ultima rilegatura, moderna, del codice. È comunque fuori posto anche come f.246. 14 Sto lavorando alla possibilità di individuare i percorsi delle due traduzioni d 1 e d 2 , e spero di poter presto rendere noti i risultati delle mie ricerche. 15 Cfr. Rajna 1880: 44. Si veda anche qui di séguito. 16 Sul quale si veda la voce a cura di Gasparo De Caro in DBI, vol. 4 (1962): 612-16. dito avrà cominciato a trascrivere la lista di parole provenzali con la loro traduzione mentre il copista si occupava della trascrizione della lettera dedicatoria. Prima della fine dell’unità codicologica (e dopo il f.242, f.11 della numerazione antica) è inserito un foglio di dimensioni leggermente più grandi, con la numerazione moderna 242bis: mi pare che né Pio Rajna né Carla Maria Marinoni accennino all’esistenza di questo foglio. Vi è trascritta, parallelamente al lato lungo della pagina, e solo sul recto, una lista di parole provenzali con traduzione; il modulo molto piccolo e il ductus veloce indurrebbero a ritenerlo un foglio di appunti vergati da una sola mano, che interviene in due tempi, giacché un numero esiguo di parole è aggiunto con l’inchiostro più scuro. Solo raramente c’è coincidenza con i lemmi del vocabolario: non è dunque possibile stabilire se chi ha scritto questo foglio si sia basato sull’elenco di Drago. Con l’inchiostro più scuro è scritta anche, in testa al foglio, sempre sul lato lungo, una frase di non facile lettura (tra parentesi quadre le parole dubbie): «Nel plur. si omette la s finale propria del solo [nom.] singolare, e [dei] casi obliqui plurali». In basso a sinistra, dunque dalla parte della legatura, si legge, di mano moderna, il numero 246 a matita, rovesciato rispetto all’altra numerazione moderna 13 . Più avanti nel codice, al fascicolo MM2-5 (28), si trova invece il breve testo che Rajna ha battezzato trattatello di fonetica provenzale: si tratta di quattro fogli numerati anticamente da 1 a 4 (f.258-261); il verso del f.261 è bianco. Il fascicolo che separa il vocabolario dal trattatello contiene una delle due traduzioni del Donat proensal di cui il codice ambrosiano è testimone (d 1 ): la stessa mano copia d 1 e il trattatello, e anche la carta (con una filigrana doppia simile a Briquet 3089) è la medesima. È molto probabile che i materiali che occupano questi due fascicoli siano arrivati a Pinelli nello stesso tempo; e non sarebbe azzardato, credo, ipotizzare che essi abbiano la medesima provenienza, purtroppo ignota 14 . Il fascicolo che contiene il trattatello è privo di coperta, dunque è senza titolo e non riporta il nome dell’autore: l’attribuzione è merito di Pio Rajna. Lo studioso basa la propria ipotesi sulla dichiarazione che apre la lettera al D’Avalos; Drago afferma di avere «in brevi regole rinduto quanto ha avisato fusse di bisogno per sapere le compositioni de gli antichi poeti provenzali acconciamente leggere» 15 : parole che sembrano alludere al contenuto del trattatello. La composizione di questo prontuario fonetico è legata, perché prossima anche se leggermente anteriore, al momento in cui Drago compila il vocabolario. Purtroppo, la lettera di dedica ad Alfonso d’Avalos, marchese del Vasto (1502-46) 16 , è priva di data. Alfonso d’Avalos divenne Capitano Generale dell’esercito imperiale d’Italia dopo la morte del suo Paolo Gresti 214 17 Rajna 1880: 35. 18 Marinoni 1989: 11 e N5. 19 Onorato Drago figura come sostituto del vicario ducale in una seduta del Consiglio cittadino: il 18 marzo secondo Dedebenetti 1911: 460, il 18 aprile secondo la voce del DBI. 20 Faccio notare solo di passaggio che l’intestazione della lettera dedicatoria, come vedremo tra poco, ci informa che d’Avalos non è solo Capitano Generale della M[aestà] C[esarea], ma ne è anche Luogotenente. Si tratta con tutta evidenza di un’espressione che può avere un significato generico, e tuttavia in non pochi documenti milanesi dell’epoca pubblicati da Marco Formentini sembra che Luogotenente o Locumtenens sia usato come sinonimo di Governatore o Gubernator. Per quanto riguarda il d’Avalos, egli viene detto solo Capitaneo generale di Sua Maestà, e simili, in documenti che risalgono al 1537, quando egli in effetti non è ancora Governatore; ma un documento del 7 settembre 1543 inizia: «Alphonsus de Avalos de Aquino Marchio Vasti Aimonis Caes. predecessore, Antonio di Leyva, avvenuta in Provenza il 15 settembre 1536: Pio Rajna colloca la lettera dedicatoria, e dunque la compilazione del vocabolario, nel decennio compreso tra la fine di quell’anno e il 1546, anno della morte di Alfonso. Aggiunge lo studioso: restringere maggiormente i confini, e pretendere che non s’abbia a venire più in qua del 1538 perché il Davalos non è detto altresì governatore di Milano, sarebbe cosa peggio che imprudente: di fianco alla dignità maggiore, era naturale che la minore si potesse tacere 17 . Di diverso parere Carla Maria Marinoni, per la quale non è privo di significato il silenzio di Drago circa il titolo di governatore di Milano, carica che d’Avalos ottenne nel febbraio 1538, e conservò fino alla morte. Il terminus post quem per la compilazione del vocabolario coinciderebbe dunque con il settembre del 1536, quello ante quem con il febbraio del 1538 18 . Sarebbe interessante capire in quale occasione Drago e d’Avalos si siano potuti conoscere, ma i dati a disposizione sono scarsi. Drago era stato nominato dal duca di Savoia, Carlo II, giudice di Mondovì alla fine di gennaio del 1535, ma divenne effettivo solo a partire dall’ottobre di quell’anno; coprì la carica fino al 1536 19 . Dopodiché, fino all’inizio degli anni Cinquanta, si perdono le sue tracce, e non è escluso ch’egli sia ritornato nel nizzardo, sua terra d’origine. Secondo Carla Maria Marinoni (p. 12, N6) Drago potrebbe aver incontrato d’Avalos proprio nel 1536, durante la campagna militare nella quale, al rientro da una fallimentare spedizione in Provenza voluta da Carlo V, il Capitano Generale riuscì a riprendere alcuni territori piemontesi che erano stati occupati dai francesi. Un altro possibile luogo d’incontro potrebbe però essere Nizza, città del ducato di Savoia nella quale il 18 giugno 1538 fu stipulata la pace tra Francesco I e Carlo V; alle trattative era presente il papa, Paolo III, e sicuramente il d’Avalos, visto il suo ruolo militare; non si può escludere che nella rappresentanza del ducato di Savoia fosse compreso anche Onorato Drago. Ma a quella data Alfonso d’Avalos era già stato nominato Governatore di Milano, e dunque questa occasione d’incontro non è evidentemente da prendere in considerazione qualora si volesse seguire l’ipotesi della Marinoni 20 . La fonetica provenzale di Luigi Onorato Drago 215 Majest. Cap. ac in dominio Mediolani Loc. Ten.» (si veda Formentini 1881). Del resto, nella Relazione inedita dello Stato di Milano di Giovan Battista Guarini si legge: «A tutto lo Stato presiede un supremo Ministro col titolo di Governatore Generale: il quale anco viene chiamato Luogotenente di S. M. in Italia» (citato da Papini 1957: 82); e in Rezasco 1881 troviamo che luogotenente può valere governatore in alcune zone almeno della Repubblica di Venezia (Friuli, Candia, Cipro): s. Luogotenente. E dunque, se l’espressione della M. C. Luogotenente non si interpretasse in senso generico, ma riferita alla nomina a Governatore di Milano? È chiaro che in tal caso il terminus post quem della lettera e del vocabolario di Onorato Drago si sposterebbe al febbraio del 1538. Né Rajna né la Marinoni prospettano una tale ipotesi. 21 Aggiunto nell’interlinea dal copista. 22 Aggiunto nell’interlinea dal copista. 23 Rajna stampa preme. 24 Onorato Drago era infatti originario di Sospello, presso Nizza. 25 seperate, ms. e Rajna. 26 esemplari in Rajna. 27 Come avverte già Rajna, dopo sia nel ms. c’è un altro non, che evidentemente va soppresso. 28 Aggiunto nell’interlinea dal copista. 29 affetionatamente in Rajna. All’Eccellentiss. et Illustriss. Signore .S.Alfonso D’Avalos Marchese del Guasto, della M. C. Luogotenente et Capit. Generale, L. Honorato Drago. Seguendo di Vostra E. il commandamento, dapoi haver in brevi regole rinduto quanto ho avisato fusse di bisogno per sapere le compositioni de gli antichi poeti provenzali acconciamente leggere, ho hora in queste poche carte quasi tutti i vocaboli raccolti, et brevemente isposti in lingua tosca, che in quegli scritti a’ taliani più erano ad intendere difficili, et meno a’ toschi somiglianti. La quale opera, se più stata sarà differita 21 di compiere che ’l desio di V. E., et l’obligo mio 22 , a quella non richiedeva, scusi da un lato la moltitudine delle occupationi, con le quali mi prieme 23 questo officio, ch’io tengo; et dall’altra parte la troppa difficultà dell’impresa. Imperò che, quantunque la lingua mia materna dalla provenzale poco sia per la propinquità di paesi differente 24 , sì è tutta fiata et questa et la mia da quella, che usata hanno quegli scrittori, cambiata, che se vivi essi fossero, non troppo agevole a lloro sarebbe lo intenderle. Tuttavia maggiore m’è la fatica stata per l’ignoranza di colui che ’l libro di V. E. ha scritto. Che, non intendendo costui la lingua, il più delle parole ha corrotte et guaste, quelle sciolte scrivendo che legate esser doveano fra loro, et quelle legando che separate 25 erano da porre; et oltre ciò sovente d’una due dittioni n’ha fatte, et due una fa parere. Per la qual cosa restato mi sono io alquanto aspettando che l’aiuto d’altri essemplari 26 alquanto di questa difficoltà mi havessero a sciemare. Non dimeno, non havendo io di detti essemplari copia al presente, [232v°] né veggendo di doverla havere sì tosto, non ho voluto tanto del mio travaglio conto tenere, quanto di non ritardare a V. E. il suo desiderio: al quale, se per ciò sodisfatto fia, assai ho conseguito dello intento mio il fine, se no, perdon ne cheggio; et aspetto che più da me non sia 27 richiesto, che ’n potere mio sia di 28 dare, con ciò sia cosa che quanto lo ’ngegno et diligenza mia vaglino in ciò ho tentato; né potrei fatica veruna sparmiare in che unque di commandarmi degnata si sarà V. E., a cui bascio la mano et humilmente m’accomando, quella affettionatamente 29 pregando che le opere di tanti autori con tanto già indegnamente tenute sepulte, mandi a luce esser rendute, onde obligo le habbino le anime d’essi scrittori, et coloro che nello studio et imitatione di quegli scritti si troveranno havere profitto fatto; il quale poco (spero) non fie. Con tutta evidenza, Alfonso d’Avalos doveva possedere un manoscritto provenzale ch’egli diede a Drago per compilare il vocabolario e, forse, anche per redigere il Paolo Gresti 216 30 Si veda a questo proposito Marinoni 1989: 35-62. 31 Frequentatore in gioventù di Vittoria Colonna, e autore di alcuni componimenti poetici: si veda per esempio Toscano 1988 e 2012. 32 I dipinti di Tiziano si trovano uno al Paul Getty Museum, a Los Angeles; l’altro al Museo del Prado, a Madrid. Pietro Aretino dedicò al marchese del Vasto la Marfisa, l’Angelica e la Vita di santa Caterina. Sulla cultura a Milano negli anni di Alfonso d’Avalos cf. Zaggia 2015, in particolare le p. 190-94. 33 L’analisi condotta sul vocabolario di Drago conduce Carla Maria Marinoni all’ipotesi che il canzoniere di d’Avalos doveva appartenere alla famiglia di M (B.N.f.fr. 12474), codice forse copiato a Napoli e che, negli anni che ci interessano, era di proprietà di Angelo Colocci. trattatello di fonetica 30 . Non è azzardato ipotizzare, dall’accenno ai poeti provenzali dell’inizio della lettera, che tale manoscritto fosse un canzoniere trobadorico. Del resto, sappiamo che il marchese del Vasto non era solo un valente uomo d’armi, ma anche un appassionato cultore delle lettere 31 , e protettore, con la moglie Maria d’Aragona, nipote del re di Napoli Ferdinando, di importanti artisti, tra i quali Tiziano (che gli fece due ritratti) e Pietro Aretino 32 . Conobbe Ludovico Ariosto, al quale concesse un vitalizio (e il poeta ricorda d’Avalos in due luoghi del Furioso: XV, 28-28 e XXXVII, 13, 5-8), e Pietro Bembo. E forse proprio dal cardinale-poeta gli sarà giunto il manoscritto provenzale usato da Drago, o forse da altri canali (la Provenza, dove d’Avalos si era recato in due occasioni diverse? ); non possiamo nemmeno dire se si trattasse d’un codice antico ovvero di una copia cinquecentesca 33 . Per quanto riguarda la datazione del trattatello, gli indizi sono ancora più nebulosi di quelli visti per il vocabolario; sempre che si debba conservare la proposta, del resto molto ragionevole, di Rajna, il trattatello deve essere stato scritto evidentemente prima del vocabolario (e prima della lettera al d’Avalos), anche se lo spazio temporale che separa le due operette non deve essere grande. La fonetica provenzale: edizione Nel testimone unico che lo trasmette fino a noi, il testo del trattatello è accompagnato da alcune glosse marginali, che evidentemente erano già nell’esemplare, visto che la mano che le trascrive è la stessa che copia il testo; tanto nell’opera quanto nelle glosse compare, qua e là, la mano di un Revisore, che quasi certamente è Pinelli: del resto, l’unico intervento di una certa estensione, che dunque dà qualche spiraglio di identificazione, è l’annotazione al §7 (cf. N68). Ho rivisto il manoscritto apportando alcune correzioni all’edizione di Rajna e aggiungendo alcuni rilievi, come per esempio gli interventi del Revisore, che Rajna accetta per lo più tacitamente, «dove appajano evidenti», come dichiara a p. 46. Rispetto a Rajna ho cambiato l’uso delle maiuscole e parzialmente la punteggiatura, ma ho conservato la suddivisione in paragrafi del mio illustre predecessore: con l’avvertenza che la mia edizione conta un paragrafo in meno, poiché ho fuso nel §15 i §15-16 di Rajna. La fonetica provenzale di Luigi Onorato Drago 217 34 Questa parola si trova all’inizio di rigo; alla fine del precedente c’è lati sottolineato. 35 Rajna legge simiglianti. 36 Rajna legge esprimere. 37 Il copista aveva scritto talhora, corretto dal Revisore. 38 Dopo provenzali c’è un ne cancellato dallo stesso copista. 39 Si noti che la parola dittongo è femminile, come in francese. 40 È aggiunto nell’interlinea, con un segno di inserzione; l’intervento è probabilmente del Revisore. 41 Nel corpus dell’OVI appo è sempre con l’articolo se segue un nome di popolo (appo i latini), ma Drago sembra non seguire alcuna regola in proposito: al §4 c’è, a breve distanza, appo taliani e appo gli italiani. 42 alla vocale è sottolineato; in margine c’è la seguente postilla: «In questo modo non l’usano i Provensali [Provenzali, Rajna], come né anco gli antichi italiani, che dicono: avere : onore : ora». 43 Rajna stampa leggiermente. 44 Aggiunto nell’interlinea dal Revisore, con segno d’inserzione. 45 Dopo pronuncia c’è un si cancellato. 46 Qui Rajna stampa curiosamente lei in luogo di ciò, e glossa: «cioè nella lingua Provenzale». 47 Rajna stampa comune. 48 Nel ms. c’è del, la correzione è già di Rajna. 49 La a iniziale è corretta da una e (Revisore). 50 Così nel ms.; Rajna corregge in ammollisce, ma non mi pare ci sia ragione qui d’intervenire. 51 Il di è aggiunto nell’interlinea dal Revisore. 52 Rajna stampa trova. [f.258r°] 1. Usa la lingua provenzale quelle medesime lettere che la latina 34 , sì come l’altre volgari d’Italia, Spagna, Francia, Lamagna, quanto a’ caratteri o vero figure di esse lettere; ma quanto alla possanza, ha questa, non men che le altre volgari, molti suoni di più che la latina. I quali però malagevolmente con le dette lettere si possono esprimere, quantunque con mescolanza et temperamento di quelle ciò ogni lingua s’ingegni di fare; ché ’n queste parole, filh, chant, lanh, e somiglianti 35 , quella consonante che ’nanzi H è posta altra pronuntia ha che nelle latine non habbia, o in quella medesima lingua quando H non segue, come che né H anco ivi il valor suo ritegna d’aspiratione. Ma ciò più partitamente nel luogo di esse lettere accennerò, poi che con la scrittura (come già ho detto) assai non si può isprimere 36 . 2. La medesima povertà de’ caratteri ha costretto in ogni lingua comporre due o più vocali sotto un medesimo suono et una sillaba, che diphtongi dicono i greci, e latini altresì; i quali in ciò sono da’ provenzali vinti et diversi, ché quelli menor numero ne hanno e non più di due vocali insieme in un fiato pongono, dove i provenzali tre talhotta 37 compongono. Sono dunque le diphtongi de’ Provenzali 38 le infrascritte 39 , ciò è: AI, EI, OI, UI, AU, EU, IU 40 , OU, UEI, IEU, IEI. 3. Queste lettere, K, X, Y, la lingua provenzale non usa, come che K appo 41 latini altresì di soverchio appaia, X in due consonanti si possa sciorre, et Y hora suono non habbia da I vocale in niente diverso. 4. H non congiunta con alcuna consonante, ma ’nanzi alla vocale 42 pura, quantunque nota sia d’aspiratione chiamata, tutta via leggieramente 43 si pronuncia, sì 44 che par che di soverchio si scriva. La qual pronuncia 45 in ciò 46 è commune 47 con la latina et volgare di tutta Italia e Francia e Spagna, come che greci [f.258v°] anticamente, et gli hebrei ancora più, con spirito l’esprimano; in che imitati sono dal 48 volgar de’ tedeschi et d’altri lor vicini. Dopo alcune delle consonanti la medesima nota d’aspiratione apposta, non aspiratione 49 vi reca ella alcuna che si senta, ma la precedente consonante ammolisce 50 , el natio e proprio suono le toglie; che quantunque secondo la pronuntia latina C dinanzi di 51 A, O, U duramente suoni, poco da Q differente et da K, quantunque la aspiratione vi si apponga, né altrimente si pronuntii in charus, chorus che in carus et corus, tutta via i provenzali, francesi e spagnoli nel lor volgare altramente in chascun, chose e muchos il pronuntiano che nelle parole latine, o nelle loro ove H non si truova 52 . La Paolo Gresti 218 53 Nel ms. apo, come segnalato anche da Rajna; nella lingua antica sono numerosissimi gli esempi con la scempia, ma qui correggo perché Drago scrive sempre la preposizione con la doppia. 54 Il da è aggiunto nell’interlinea dal Revisore. 55 Rajna avverte in nota: «Il trascrittore aveva scritto stringnere, e il correttore cancellò il primo n. Ma di certo va trasportato qui uno strimesso erroneamente da quest’ultimo sopra alla prima sillaba della voce corrispondente provenzale; come non meno erroneamente pare essersi in quella voluto da lui cancellare il r». In effetti, la prima sillaba della voce provenzale è sottolineata, la r è depennata, e sopra il Revisore ha scritto stri. Quanto alla voce italiana, sembra che ci sia scritto strngnere, senza la i, anche se sembra esserci un puntino sopra la r. 56 La u è soprascritta a una a, la quale è sottolineata (Revisore). 57 Così anche Rajna; forse: nel’italiano [e] nel latino. 58 fac fagés aggiunto nell’interlinea dal Revisore, al quale si deve probabilmente anche l’accento su hages. 59 Prima di amollire c’è un amolire con una correzione, poi cancellato; del resto, anche amollire è il risultato di una correzione: il copista aveva scritto amoliire, e poi ha corretto - l’intervento sembra infatti del copista stesso - in l la prima delle due i. 60 Questa parola è scritta a fine rigo: simo, che fuoriesce leggermente dal margine, è stato cancellato dal copista e riscritto all’inizio del rigo seguente. 61 Annota Rajna: «Par che manchi qualcosa: forse un semplice h alla fine di plag o di veg; forse un ‹come plag e negh›, oppure ‹plach e vech› dopo maniera». 62 La t è frutto di una correzione del Revisore, forse da s. 63 Prima di ché c’è una parola cancellata dal Revisore, forse oue. 64 Nel ms. enutia; la correzione è già di Rajna. 65 Prima di enveggia c’è un di cancellato dal Revisore. 66 Il copista aveva scritto discesso, ma la prima delle due s è cancellata dal Revisore. quale nota fa che quasi così si pronuntii appo costoro, come in ciascuno, ciose e mucio appo taliani: se non che i non vi si sente. Dopo L, H tal suono dà nelle voci provenzali, qual appo 53 gli italiani GLI; onde così si pronuncia orgueilh, mieilh e falh, come orgoglio, meglio et faglio, in quanto alle dette consonanti s’appartiene. Così ancho NH provenzale da 54 GN italiano non è differente, come in queste dittioni: stainh, streinher, seinhor et stagno, strignere 55 , signore si può provare. 5. I et V appo provenzali hanno, sì come appo gli hebrei e latini, doppio valore; ché ’n questa parola, ieu 56 , amendue sono vocali; in questa altra, ioven, e l’una e l’altra l’officio fa di consonante, come che ’l provenzale più duramente I quando è consonante sia solito di sprimere, che né l’italiano, né ’l latino 57 . 6. Sì come nella greca lingua, le nove mute tale affinità hanno fra esso loro, che spesse volte l’una nel luogo entra dell’altra, non altrimente nella provenzale adviene che non rade fiate B in P et P in B, et ciascuna di queste due in V consonante si commuta; che saber, sap et savi si dice d’una [f.259r°] medesima radice et origine di parola. Così parimente C et G si ciedono fra loro l’uno all’altro, et I altresì, ché da hac hagés, fac fagés 58 , da pregar prec formano, et da veg vic et veia. Et è da notare che molte di quelle dictioni che appo latini e taliani da Ga cominciano, appo provenzali cangiano talvolta G in I consonante, di che gaudens et iausent sieno essempio: ché ama questa lingua d’amollire 59 la pronuntia. Per la qual cagione gerra et chantar dice, in vece di guerra et di cantare. Il medesimo 60 di molte tali dictioni in quella spesse volte si truova. G dopo la vocale nel fine della dictione, con la nota dell’aspiratione o senza, mollemente si pronuncia: ché plag e veg d’una medesima maniera puoi pronunciare 61 . D et T et essi altresì l’uno nel luogo va dell’altro, come che alcune fiate nel mezzo delle dictioni D o si perda et 62 dilegui o si muti in Z, ché 63 ’n aveire mancha, in auzir è nel Z cangiato; ma in auias et enveia 64 et altre tali parole, non solamente si perde il D, ma di più I, che ne l’origine era vocale, diventa consonante, conciosiacosa l’integro d’auias sia audias, ciò è “udiate”, et enveggia 65 da invidia latino sia disceso 66 . La fonetica provenzale di Luigi Onorato Drago 219 67 Il copista aveva scritto qualcos’altro, ma il Revisore interviene a correggere: scrive la o, la n e la u, sopra la quale mette il titulus; inoltre cancella una lettera tra la o e la n. 68 Il pezzo da se S solamente fino a qui è rimasto nella penna del copista, evidentemente per un saut du même au même; il Revisore l’aggiunge sul margine inferiore della pagina, con un segno di richiamo a testo. 69 Rajna stampa discierne. 70 Il copista aveva scritto talhora. L’intervento è del Revisore. 71 Come già avverte Rajna in nota, il ms. ha cio e, «che nulla ci dà il diritto di riunire in cioe, vale a dir ciò con strascico». 72 Anche in questo caso talhotta è correzione da un originario talhora. 73 al suo manca in Rajna. 74 Come già avverte Rajna, il copista aveva scritto ne, poi corretto in et dal Revisore. 75 Il copista qui va a capo, e in concomitanza con l’inizio del nuovo capoverso, sul margine sinistro, c’è la seguente nota: «No credo che ciò sia vero; et specialmente ne i diphtongi». Si noti che l’ignoto postillatore dell’operetta usa diphtongo al maschile, mentre per Onorato Drago la parola è sempre femminile, come in francese. 76 La i iniziale corregge una s. 77 La c è soprascritta a una t sottolineata (Revisore); il copista aveva scritto unita. 78 Il copista aveva chiuso qui la parentesi, che il Revisore cancella, senza però aggiungerla più avanti. 79 Prima di il c’è un altro il cancellato. 80 Così nel ms.; Rajna: un altro. 7. TZ nella pronuncia 67 provenzale non servano il suono che nelle parole latine hanno, come che non così la lingua latina queste lettere insieme ponga; onde in totz, lutz, grantz et mentz quasi tal suono si sente come se S solamente dopo la vocale, o dopo la consonante, fosse, quantunque qualche poco più duro che 68 S latino, quantunque doppio. Z dunque tanta vicinità ha co ’l S, che a pena l’un dell’altro si discerne 69 appo provenzali; anzi, così si confondono nella scrittura come nella pronuncia. 8. La quale S, come che in ogni lingua molto spesse volte e più che altra venga posta, usala però vie più sovente la provenzale; né solamente nel suo luogo la ritiene, ma talhotta 70 nel luogo del C la alloga, come in aussire in vece di aucire. 9. Ove, quell’è da ricordare, che ’n questa parola, aussire, O vien cangiato in AU, ben [f.259v°] che ciò rade volte adviene. Ma che AU in O si converta, sì come spesse volte e quasi sempre nel taliano et francesco si vede, ciò 71 nel provenzale malagevole è di trovare, come che sovente questa diphtongo AU in vece di AL, et EU in luogo di EL talhotta 72 dica: onde Auda et Mateuda in questo linguaggio altro non è che Alda et Matelda nel italiano, di maniera che notar si può che U vocale al L socceda sovente. Così mout dice quello che molto è appo italiani, così infinite dictioni del latino et altri idiomi al suo 73 traducendo scrive; et come scrive, pronuntia. 10. Alla qual pronuntia vuol questa lingua che la scrittura sia conforme: il che così nella francesca et 74 altre non adviene, che spesse volte in queste altrimente si scrive che non si pronuntia, et molte lettere usano nello scrivere che leggendo tralasciano, et nella pronuntia, come se di soverchio fossero, non toccano. 11. Et 75 perché ciò nella provenzale è generale, che la scrittura alla pronuntia serve, amando cotal pronuntia d’esser delicata et ispedita 76 , fuggerà lo scrittore il geminar delle medesime consonanti, anchora che l’origine delle dictioni, o la compositione, tal doppiezza paia che richeggia. Di che aflamar, unica 77 parola fatta di due, ci sia essempio (a ciò che etiandio 78 negli essempi io guardi la brevità): ché ’n quella dittione il provenzale non raddoppia F né M, quantunque da ad et flamma nel latino si conosca composta, per le cui regole et osservationi il 79 D per lo seguente F si mutarebbe in un’altro 80 F, et M esser doverebbe geminato. La consonante Paolo Gresti 220 81 Così nel ms.; Rajna corregge in raddoppiato. Ugualmente, poco sotto, radoppi è corretto in raddoppi. 82 In Rajna spagnuola. 83 Corretto da dal. 84 Scritto dal Revisore nell’interlinea. 85 Dopo del c’è de depennato dal copista. 86 Rajna ha sulla. 87 Così nel ms.; Rajna stampa sul. 88 Prima di capo c’è principio cancellato (copista); dopo capo c’è il, pure cancellato (sembra dal Revisore). In concomitanza con l’inizio di questo paragrafo c’è la seguente nota marginale: «Fa l’officio che fa il d in italiano, quando diciamo ed, ched, ned, od; et in altri anchora si pone per lo d, come in gazardon, gazanh». Rajna osserva che in gazardon la sillaba ar «è aggiunta dal correttore»; va inoltre detto che la h di gazanh è frutto di un intervento del Revisore, il quale però ha sottolineato la stessa h scrivendo sopra una cosa che sembra li. 89 Come avverte già Rajna, il ms. ha star. 90 Il testo è sottolineato da U a Q, e c’è la seguente nota marginale: «Alcuni testi servano questa scrittura, ma li buoni non, ché dicono que et guera». Rajna osserva: «S’era scritto terti; testi si deve al correttore, che ha pur tolto un r dov’era detto guerra»; in verità è possibile che il copista abbia scritto terzi, giacché la lettera che segue la r ha uno svolazzo verso l’alto piuttosto accentuato, che ricorda la legatura del nesso rz. 91 Così nel ms.; Rajna corregge in provenzali, ma non mi pare sia necessario. 92 La e finale è corretta da i (Revisore). 93 Il Revisore ha ripassato la u, perché l’inchiostro si era sbavato, rendendo poco chiara la lettera. 94 Sembra che il copista abbia scritto truopo, ma il Revisore ha corretto tr con h. 95 La prima i è correzione da e (forse del copista). che più vi si vegga radoppiata 81 è S et L; il quale L non solamente nel mezzo delle dictioni, ma nel fine ancora truovo io geminato in questa lingua, come che nella spagniuola 82 parimente nel principio si radoppi talhotta. 12. Tornando all’affinità del 83 S et del 84 Z, è d’advertire che S, così co[f.260r°]me l’altra sua affina, talvolta nel luogo soccede del 85 D: il che acaser in vece d’accadere detto ci accenna. 13. Il Z alcuna fiata par che di soverchio sia posto nella 86 scrittura provenzale, se non che insegna che collisione di sillaba né perdita di vocale nel 87 verso non si faccia, quantunque da vocale alcuna dittione sia terminata et la seguente parimente da vocale habbia il suo capo 88 , che az home dirà ciò che altrove, quando non vuole schiffar la collisione, dice a home. Ma ciò però non accade troppo sovente, anzi in poche dittioni si truova, fuori che ’n questa coniunctione copulativa et in alcuni articoli relativi, qi et qe, et simili pochi. 14. Quando alcuna dittione latina o greca comincia da S con alcun’altra consonante congiunta, quella parola, provenzale fatta, receve E dinanzi del S: escrit è provenzale da scribo, et estar da stare 89 latino. Il che la lingua spagniuola usa sempre di fare, ma la taliana di rado, e quasi non mai, se non dove la precedente dittione in una o più consonanti si terminasse, per schiffar la durezza che le troppe consonanti continuate senza interpositione di vocale render sogliono nel pronuntiare. 15. La soprascripta regola della pronuntia fa che ’l provenzale non ponga U doppo il G né il Q 90 , come il latino usa di fare. Per la qual cosa non si maravigli alcuno se non vedrà nelli scritti provensali 91 l’osservanza delle regole dello scrivere latino o greco, massimamente nella combinatione 92 delle consonanti, come sarebbe a dire MS et altre tali; ch’essendo le parole di questa lingua molto trunche 93 , huopo 94 è che più attenda alla conservatione delle lettere, che l’integro della dictione rappresentano, che a cotal regole, pur che la scrittura alla pronuntia non ripugni 95 . La fonetica provenzale di Luigi Onorato Drago 221 96 Come già osservato da Rajna, il copista aveva scritto paia, il Revisore aggiunge la prima sillaba. 97 insieme manca in Rajna. 98 Come osserva Rajna, il copista aveva scritto non, corretto in ne dal Revisore. 99 Dopo assai, a fine rigo, c’è sia cancellato, e poi riscritto all’inizio del rigo seguente. 100 Prima di s’ieus (l’apostrofo è già nel ms.) c’era s’eus in poi cancellato (copista). 101 Rajna legge sulle. 102 Prima di integre c’è in treg cancellato (copista). 103 Il copista aveva scritto fare, ma la e finale è stata cancellata dal Revisore. 104 Rajna ha, per semplice errore di stampa, sequente. 105 Dopo onde c’è a ante [o aute] home cancellato. 106 le è aggiunto nell’interlinea dal copista stesso. 107 Dopo dittioni c’è deri cancellato dal copista. 108 Il copista scrive stranie, poi corretto dal Revisore; Rajna lascia a testo stranie, e commenta: «non vedo motivo per mutare col correttore stranie in straniere»; ho preferito, per coerenza, accogliere anche questo intervento del Revisore. 109 Il copista aveva scritto prima, ma il Revisore ha cancellato la m. Et però rams scrive il provenzale, non rans, [f.260v°] acciò che, conservandosi la M, appaia 96 che tal parola di ramus latina sia formata. 16. Usa questa lingua due o tre dictioni insieme 97 , scrivendo o proferendo, comporre, quantunque alcune lettere di esse dictioni ne 98 toglia. Il quale uso di compositione, come che nell’hebrea assai 99 sia frequente, è nondimento più spesso in questa. Dicesi adunque s’ieus 100 in una sola parola, che disciogliendo nelle 101 sue dittioni integre 102 si direbbe si ieu vos; come sarebbe a dire s’ieus am, che tanto vale quanto se io vi amo. 17. Queste dittioni, me, te, se, spesse fiate nel verso trunche et prive della loro vocale si trovano, componendo le consonanti con la dittione precedente o seguente, se vi si truova vocale. Dice adunque dam’ per dame, ciò è dammi, et fat’ per fate, ciò è fatti, et fas’ per fase, ciò è fassi, mal aus per mal a vos. Il simile si truova in cotali altre monosillabe, come sarebbe a dire no ’l far 103 per non lo far, noil po far per non lo li po far, pels pels in vece di dire per los pels, ciò è per li peli; et infiniti tali. 18. La collisione, che sempre si fa nel verso latino, et rade volte si lascia nel toscano, quando alcuna dittione finisce in vocale e la seguente 104 parimente da vocale incomincia, nel verso provenzale, non altrimente che nel greco, alhora solamente si fa, quando dalla scrittura appare la vocale esser sottratta. Onde 105 a autre home et donas a donna verso è di xi sillabe senza collisione alcuna; autr’hom’es el, autra cur’ha de s’arma molte collisioni riceve, per essere mozzate le parole nello scrivere et dileguate molte delle vocali nel fine di quelle. 19. Due vocali continue l’una dopo l’altra, ben che in una sola dittione siano, due sillabe fanno, se diphtongo non costituiscono, com’è questa, sia, quantunque non così sia nel verso del [f.261r°] toscano et francese, dove il più delle volte due in una syllaba si constringono. 20. Dell’affinità che fra esso loro le 106 vocali s’hanno, et come l’una nel luogo dell’altra si ponga nelle dittioni 107 dirivate e composte, soverchio quasi fora a trattare, possendosi ciò agevolmente nell’essercitio della lingua comprendere a bastanza. Il medesimo aviso che sia di quelle vocali, ch’alle naturali apposte si trovano, come in queste dictioni, bais et creis, si vede I dopo A et dopo E scritto, come che l’origine sua non vi l’habbia, ciò è nel latino. 21. Dal quale questa lingua, sì come la maggior parte delle volgari, massimamente d’Italia, è derivata, come che ogni linguaggio, et questo ancora, da altre più straniere 108 lingue alcune parole abbia tolte, per la vicinità delle genti, o per le corti, o altre cagioni. Onde adviene che di giorno in giorno si truovi ogni linguaggio da quello variato, che egli si trovava pria 109 , di maniera che essa lingua provenzale, dopo che la Provenza ha corte e signoria di Franza rice- Paolo Gresti 222 110 La v è aggiunta in un secondo momento dal copista; Rajna stampa riceuuto. 111 Rajna 1880: 45. Debenedetti 1995 definisce il lavoro di Drago «mirabile per i tempi» (p. 27), caratterizzato da «una perizia, un discernimento quasi unici» (p. 37). 112 Si veda Gresti 2004 e 2016; altri contributi sull’argomento sono in corso di stampa. vute 110 , tanto s’è fatta dissimile da quella che ella era ducento o trecento anni fa, che gli huomini presenti a pena gli scritti intendono de’ compositori di quei tempi. Conclusione Il giudizio di Rajna sul trattatello è ampiamente positivo: per lo studioso, esso, fatta ragione dei tempi, è incontestabilmente una bella prova di acume e criterio. Si osservano ordinatamente molte cose, e in generale se ne giudica in modo retto. Tanto le osservazioni quanto le spiegazioni riescono certamente incomplete; erronee, assai di rado 111 . Rajna ha senz’altro ragione, ma ritengo che l’importanza principale di questo trattatello sia storico-culturale, più che propriamente linguistica; esso infatti è uno dei testimoni dell’interesse da parte degli eruditi italiani, o che vivevano e lavoravano in Italia, nei confronti della langue d’oc e della letteratura che in quella lingua fu scritta nei secoli precedenti. Si tratta, nel caso del trattatello di Drago, di una testimonianza modesta, ma non è un caso se, nella vasta biblioteca pinelliana, questo fascicolo sia solidale con quello che trasmette una delle due traduzioni del Donat poensal, opera di ben altro respiro. Chi aveva questi materiali? Come sono giunti a Pinelli? Quale canzoniere possedeva Alfonso d’Avalos? E soprattutto: chi è l’autore della (o delle) traduzoni del Donat? Qualche ipotesi è stata fatta, ma molta nebbia rimane ancora da dissipare 112 . Milano/ Brescia Paolo Gresti Bibliografia Barbero, G. 2007: «Obiettivi e contenuti del progetto Indici e del catalogo Manus», in: M. Ferrari/ M. Navoni (ed.), Nuove ricerche su codici in scrittura latina dell’Ambrosiana. Atti del Convegno, Milano, 6-7 ottobre 2005, Milano: 11-23 Bertoni, G. 1912: Il canzoniere provenzale della Biblioteca Ambrosiana R.71 sup. Edizione diplomatica preceduta da un’introduzione a cura del prof. Giulio Bertoni, Dresden Briquet, Ch.-M. 1907: Les filigranes. 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Gamberini (ed.), A companion to late medieval and early modern Milan. The distinctive features of an Italian state, Leiden/ Boston: 190-213 Vox Romanica 75 (2016): 224-238 Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos del siglo XIV: la Vida de San Ildefonso y los Proverbios morales Abstract: Research by Rafael Lapesa and Diego Catalán shed light on the maintening of the vowel loss process - in non-natural syllabic contexts of the Spanish language - during the 13 th century, which led to the survival of the syllabic type CV → CVC. In the following century, the linguistic tendency was the progressive recovery of the final vowel followed by consonant. Nevertheless, there are many documented cases that reveal the survival of apocopated forms until the end of the 14 th century. From the study of metrics and rhymes it is possible to reconstruct historical morphophonological processes. From this conviction, the present research has the objective to provide new data of the vowel loss process concerning the Spanish personal pronouns. It is based on two poetical texts corresponding to the second cycle of the mester de clerezía: the Vida de San Ildefonso of the exbeneficiado de Úbeda and the Proverbios morales of Sem Tob. The metric analysis of their verses allows us to describe the real influence of metrics and rhymes in the evolution of the Spanish pronominal forms. Keywords: Historical linguistics, Historical morphology, Personal pronouns, Metrics, Mester de clerecía 1. A modo de introducción: punto de partida El estudio de los pronombres personales en la historia de la lengua castellana ha recibido atención merecida desde las investigaciones de Menéndez Pidal, Rafael Lapesa 1985 ( 1 1951), 1985 ( 1 1975) y 1985 ( 1 1982) o Diego Catalán 1989 ( 1 1971), hasta las más recientes de M.ª Teresa Echenique 1981, en prensa a y en prensa b, M.ª Jesús López Bobo 1991, Inés Fernández-Ordóñez 1994 y 1999, Margarita Freixas 2001, Cristina Matute 2004 o Carlos Folgar 2005 y 2012, entre otros muchos. De la lectura de todos ellos se constatan dos líneas fundamentales de investigación que vertebran el estudio morfofonológico del paradigma pronominal, esto es, el establecimiento de una cronología absoluta de la evolución de las variantes apocopadas, siempre en estrecha relación con la naturaleza silábica de las lenguas romances, por un lado, y la distinción irregular de las funciones de objeto directo e indirecto por parte de las variantes átonas de tercera persona, hecho que resultó en el fenómeno conocido como leísmo, laísmo y loísmo 1 , por otro. 1 Panorama científico que describe minuciosamente Echenique en prensa b en lo referente a los enfoques y presupuestos metodológicos ensayados sobre los orígenes y formación de los incrementos átonos: «A la apertura de la indagación histórica de conjunto iniciada por Rafael Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos 225 Lapesa en 1968 ... Echenique ofreció una aportación principalmente cuantitativa a la formación y consolidación del leísmo, laísmo y loísmo mediante la aplicación de principios de mediación estadística en forma sistemática, que había sido ensayado parcialmente por Marcos Marín. El tratamiento cuantitativo ha tenido amplio desarrollo con posterioridad ... y se ha incrementado en los años recientes debido a la trascendencia contenida en el principio según el cual los aumentos de frecuencia textual deben ser interpretados como indicio de la existencia de un proceso de gramaticalización, que, en el caso de los clíticos, ha consistido en pasar de ser morfemas libres a convertirse en afijos verbales de concordancia». 2 Sirva como ejemplo la investigación llevada a cabo por Sanchis Calvo 1992: 805, quien ofreció algunos datos sobre la distribución de lo, le y l’ objeto directo masculino en textos del siglo XIII, como, entre otros, el Auto de los Reyes Magos, la Disputa del alma y el cuerpo, las sesenta primeras páginas de la Fazienda de Ultramar, algunos textos bíblicos y fragmentos de la Primera Crónica General. 3 Idea compartida por Folgar 2012: 333 N6: «La adaptación a las necesidades métricas es en este caso más importante, puesto que, cuando la lengua y la versificación entran en conflicto, Juan de Mena sacrifica siempre la primera, en beneficio de la segunda». La mayor parte de estos estudios filológicos han tomado como corpus de análisis los textos del siglo XIII, tanto aquellos insertos en la tradición prosística (General Estoria y Primera Crónica General) como los compuestos en verso (Historia troyana, Libro de Alexandre, Razón de amor, etc.). Todo ello ha conducido a establecer excelentes hipótesis de reconstrucción sobre los orígenes de los procesos de confusiones leístas o loístas, al tiempo que, en justa adecuación con la teoría de Lapesa 1985 ( 1 1951), 1985 ( 1 1975) y 1985 ( 1 1982) y Catalán 1989 ( 1 1971) sobre el desarrollo de la apócope extrema y su remisión en el reinado de Alfonso X el Sabio, ha permitido fijar sólidos índices proporcionales de incremento y descenso de las variantes apocopadas 2 . No parece haber sido de la misma manera en lo concerniente al estudio de los testimonios de la siguiente centuria. Desde la detallada investigación de Lázaro Carreter 1972 sobre la variante apocopada <nol> en el Laberinto de Fortuna de Juan de Mena, en contraste con las poesías cultas del Marqués de Santillana, parece haberse consolidado la idea de que estas formas respondían a los imperativos métricos de la estilística poética castellana cuatrocentista 3 : Y he aquí cómo todas las convenciones expuestas, todos los artificios, ardides, ajustes y desajustes del arte mayor, parecen susceptibles de ser solidariamente explicados por una poética que removía el material lingüístico mediante la rígida palanca del verso y debilitaba su ordinaria función referencial para atraerlo a «la gran disciplina» del rimo (Lázaro Carreter 1972: 378). Sin embargo, con la finalidad de complementar la afirmación traída a colación por Lázaro Carreter, se hace necesario recurrir a testimonios poéticos del siglo XIV para arrojar luz a la historia de la apócope, entendida como característica propia del paradigma morfofonológico en esta época. Con ello, se pretende llegar a matizar el carácter artificial del empleo de estas variantes lingüísticas en la lengua castellana, ya que: «para decidir con seguridad si se pronunciaba o no realmente la <-e> Francisco P. Pla Colomer 226 4 La lengua hablada, anterior al proceso de escritura (Alarcos 1990 [ 4 1965]), supone la existencia de cierto grado de conciencia fonológica, por lo que se hace necesario recurrir a una serie de instrumentos que permita la correcta interpretación de las grafías en su contexto fónico más adecuado. Desde esta perspectiva, la métrica y la rima se erigen como instrumentos filológicos esenciales para inferir los rasgos evolutivos del componente fónico del castellano y la cronología absoluta que de ellos emana (Echenique 2013). 5 Como ya he indicado en anteriores trabajos (Pla 2014a, 2014b, 2015a y 2015b) la escuela del mester de clerezía sobrepasó los límites cronológicos del siglo XIII y alcanzó, a modo de aprendizaje teórico-práctico, a los poetas del siglo XIV. Si bien es cierto que existen diferencias que separan los textos de ambos siglos, las semejanzas que los aproximan son, por otro lado, innegables: el uso de los mismos pies métricos que confieren al poema un ritmo encabalgado, el empleo de rimas suprimida en la escritura en registros como <noch> será absolutamente necesario recurrir a las implicaciones de métrica y rima en la poesía castellana medieval» (Echenique en prensa b) 4 . El interés filológico por parte de los investigadores que han abordado el estado de la lengua castellana en el trescientos se ha centrado en la obra paradigmática de Juan Ruiz, como así muestran los estudios de López Bobo 1991, Freixas 2001 u Omar Sanz 2008, que han abordado con maestría el estudio de la apócope, la conjunción copulativa o el uso del artículo determinado, en estrecha relación con los rasgos métricos documentados en los tres manuscritos (S, T, G) del Libro de Buen Amor: A veces, en los poemas del mester de clerecía, ... se sospecha que la modernización de la lengua por parte de los copistas ha provocado las anomalías ... Pero sólo si se conoce el sistema lingüístico de una obra es posible realizar este tipo de enmiendas, contando con la ayuda de la métrica (Freixas 2001: 393). Desde esta misma convicción metodológica, parece necesaria la aportación del análisis textual de otros poemas contemporáneos que permita delinear con mayor precisión la evolución del empleo de las variantes apocopadas a lo largo de esta centuria, puesto que, a partir de una primera lectura de los documentos conservados, no parece satisfactoria la afirmación de que «la apócope de la vocal átona presenta una gran incidencia en los textos del siglo XII y XIII, y se pierde en un período bastante corto, en el siglo XIV» (Romani y González 2008: 246). Por ello, este estudio ha tomado como base el análisis de la Vida de San Ildefonso del exbeneficiado de Úbeda, compuesto aproximadamente hacia 1302, y los Proverbios morales de Sem Tob, escrito hacia finales del reinado de Alfonso Onceno (1312-1350) y comienzos del de Pedro I (1350-1369). El objetivo principal consiste en mostrar, por un lado, la evolución de las formas apocopadas de los pronombres personales de primera, segunda y tercera persona del singular a lo largo de la primera mitad de siglo y, por otro, intentar matizar si este uso se encontraba en estrecha dependencia con las exigencias métricas, en otras palabras, tratar de matizar la supuesta artificiosidad en el empleo de estas variantes debido a las estrictas exigencias métricas de esta escuela poética 5 . Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos 227 consonantes en estrofas monorrimas, así como la estrecha relación entre significante y significado poético. Por estas razones, la Vida de San Ildefonso, el Libro de miseria de omne y, más adelante, el Libro de Buen Amor del Arcipreste de Hita, los Proverbios morales de Sem Tob y el Rimado de Palacio de Pero López de Ayala, entre otros, constituyen un conjunto de poemas configuradores de un segundo ciclo de la escuela del mester, más innovador y abrupto, reflejo de un siglo en crisis y testimonios de las variantes en convivencia como resultado de la evolución de la lengua castellana a lo largo de esta centuria. 6 «Dado que esa variante solamente podía aparecer en combinación con un acusativo, en el orden dativo + acusativo (gelo/ gela/ gelos/ gelas), nunca hay circunstancias combinatorias que hagan posible la apócope de ge, independientemente de que esa secuencia de dos átonos esté en posición proclítica ... o enclítica ... con respecto al verbo» (Folgar 2012: 331 N3). 7 «El clítico singular que termina en vocal ... presenta necesariamente la forma silábica cuando se encuentra entre dos consonantes ... o entre una consonante y la pausa» (Romani y González 2008: 247). 2. Parámetros teóricos previos Para llevar a cabo satisfactoriamente el análisis de las variantes apocopadas y su relación con la métrica es necesario establecer unos parámetros teóricos previos sobre la naturaleza del verso castellano durante la primera mitad del siglo XIV, así como resulta primordial tener en cuenta el estado del componente morfofonológico de la lengua durante el reinado de Fernando IV (1295-1312) y Alfonso Onceno (1312-1350): 1) Se prescinde del estudio de las variantes pronominales en plural y la variante <ge> 6 , ya que todas ellas se documentan en su forma plena y constituyen sílaba métrica en su correspondencia con la sílaba fonológica: «el pronombre plural que termina en consonante / s/ conserva siempre su forma silábica, cualquiera que sea el contexto en el que se encuentre» (Romani y González 2008: 247). 2) Se contabiliza como una única sílaba métrica, en relación con una sílaba fonológica, el desarrollo de un pronombre personal en forma plena (me, te, le, lo, la y se) cuando se encuentra en posición inicial de verso o hemistiquio y en posición postconsonántica, antes de una palabra que empieza por consonante 7 : nin sé cuál me val más: si prieta o si blanca (oóo ooó(o) / oóo ooóo) Proverbios morales, 90b 3) Es fundamental distinguir entre dos tipos de sinalefa como proceso métrico. En primer lugar, aquella que une dos vocales del mismo timbre y apertura y que permitía el mantenimiento de las formas pronominales plenas, aunque la vocal final de las mismas se fundiera en la oralidad con la vocal de la palabra siguiente: sotil, yo le enbiava escripto de tisera (oó óooóo / oóo ooóo) Proverbios morales, 40b Francisco P. Pla Colomer 228 8 Más recientemente, Loporcaro 2008: 342, a partir de un estudio dialectal del italiano, llega a conclusiones similares a aquellas que años antes expuso Catalán 1989 ( 1 1971), autor al que no cita: la tendencia en protorromance a la sílaba cerrada (CVC): «il latino tardo/ proto-romanzo dové conoscere, almeno per la posizione tonica, una tendenza alla sillaba chiusa» y la progresiva expansión, a lo largo de la Baja Edad Media, de la tendencia hacia la sílaba abierta (CV). Según los datos aportados por los textos poéticos en lengua castellana (Pla 2014a), se constata la total inclusión de este rasgo a lo largo de la primera mitad del siglo XIV. 9 «Las formas analíticas son consecuencia de la ley de Wackernagel o ley de enclisis del indoeuropeo, que impedía a los clíticos ocupar la posición inicial absoluta de oración, por lo que los dos componentes de la construcción verbal se escindían para que el pronombre se situara entre ellos apoyándose en uno de los dos formativos» (Romani y González 2008: 247). 10 En palabras de Folgar 2012: 331: «en el caso específico de los pronombres átonos ... la apócope, tanto si es extrema (me . m’, te . t’) como si es normal (le . l’, lo . l’, se . s’), genera alguna modificación adicional, de cierta relevancia». Y, en segundo lugar, la sinalefa, en su concepción más amplia, como unión de vocales de distinto timbre y apertura, que llegó a afectar de manera completa al texto de la Vida de San Ildefonso, cuyo autor seguía como precepto generalizado la norma de la dialefa de la primera escuela del mester; sin embargo, es necesario tener en cuenta la introducción de este mecanismo en los textos poéticos del reinado de Alfonso Onceno, en el momento en que se consolidaba la tendencia lingüística a la sílaba abierta 8 , hecho significativo para el devenir de la apócope en castellano, ya que, como afirma acertadamente el reciente estudio de Folgar 2014: 29: «el diferente comportamiento evolutivo de la vocal final / e/ según sea libre o trabada la sílaba en que se encuentra es uno de los fenómenos más significativos de la historia de nuestra lengua». En lo concerniente a los versos de Sem Tob, ante cualquier palabra que empieza por vocal, puede darse, por tanto, una forma plena con sinalefa o apocopada con dialefa. En el recuento cuantitativo se ha tomado en consideración estas variables. 4) Como han señalado convincentemente investigadores como Freixas 2001, Moreno Bernal 2004a, Nieuwenhuijsen 2006, Romani y González 2008, Folgar 2012 o Echenique en prensa a y en prensa b, la apócope de los pronombres personales acaece en posición enclítica de las voces léxicas (verbos, sustantivos) y gramaticales (conjunciones, preposiciones) que terminan en vocal y se encuentran inmediatamente antes del pronombre 9 , sin tener en cuenta el contexto fónico de la palabra siguiente, ya empiece por vocal, ya por consonante. 5) En justa adecuación con la teoría de Lapesa, entendemos por apócope extrema la pérdida de la vocal tras pronombre personal de primera persona <me>, en tanto la pérdida de <-e> y <-o> de los pronombres de segunda y tercera persona <te, le, lo y se> se corresponden con los sonidos que la lengua castellana toleraba en posición implosiva de sílaba o final de palabra, por lo que constituyen apócope regular 10 , como ya han recordado en sus estudios Nieuwenhuijsen 2006, Folgar 2012 y Echenique en prensa b. Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos 229 11 Los versos citados proceden de la edición de Walsh 1992. 3. Análisis del corpus poético seleccionado Es importante señalar como apriorismo que en el caso de la Vida de San Ildefonso, los manuscritos A y J presentan, generalmente, las variantes plenas desarrolladas, producto de la intervención de los copistas posteriores que sentían como anticuadas las formas apocopadas, a pesar de que cayeran en hipermetrías y desconfigurasen la métrica isosilábica pretendida por el autor. Para los Proverbios morales, sin embargo, es el manuscrito C el que documenta generalmente las variantes apocopadas, en tanto los copistas de MNE ponen de manifiesto la preferencia por las formas plenas, transformando los hemistiquios heptasílabos originales en octosílabos (rasgo que se encuentra en consonancia con la disposición estrófica en columnas de cuatro versos, concepción inserta en la incipiente cultura cancioneril). Recurrir a los testimonios manuscritos es interesante para estudiar los fenómenos de laísmo, loísmo y leísmo; sin embargo, no resulta de gran ayuda en la precisión de la forma lingüística de estos pronombres, por lo que la decisión de fijar la forma plena o apocopada queda determinada por las posibilidades métricas que configuran los versos de Sem Tob. 3.1 Vida de San Ildefonso del exbeneficiado de Úbeda (c. 1302) La Vida de San Ildefonso se sustenta en la cuaderna vía de la escuela palentina 11 . Es bien sabido que la métrica de estos poemas no responde al patrón de la «rítmica pura», es decir, la que se configura al margen de las unidades léxicas, sino que responde, más bien, a los patrones de la «métrica sintagmática», a saber, las cláusulas rítmicas están formadas por una o varias palabras que se destacan mediante pausas rítmico-melódicas que las separan. La escansión de los versos de la obra del exbeneficiado debe partir de las premisas compartidas, en parte, con el primer ciclo del mester: cada hemistiquio (7+7) se compone de un acento principal en la sexta sílaba y cada uno de ellos, debido a su independencia métrica, pueden verse afectados por la regla del esdrújulo y los agudos. La preferencia por la dialefa es notoria a lo largo de las estrofas del poema, sin embargo, como signo de cierta modernidad, la introducción en algunos casos de la sinalefa, parece otorgar rasgos de modernidad al texto. A continuación se procederá con el análisis de los versos que presentan ambigüedad en cuanto a decidir con precisión si en el arquetipo se trataban de formas plenas o apocopadas. Francisco P. Pla Colomer 230 12 Compárese en este caso con los resultados obtenidos en los textos de la centuria precedente: «Por lo que se refiere a la apócope del pronombre acusativo la, parece inexistente» (Romani y González 2008: 254). Los únicos casos documentados de l(a) son elipsis, ya que la pérdida de la vocal del clítico antecede a la vocal a de la palabra siguiente, exactamente igual que en los versos Verso Escansión Variantes 36a Mió señor e mió tío me embió castigado óoó ooóo / ooó ooóo - 63b vesitome e dixome en aquesta manera ooóo oóo[o] / ooóo oóo - 29b Ve para Sant Ysidro, presénta’l estas cartas óoo òoóo / oóo òoóo AJ: presentale 134d Pero consolola anteVirgen Santa María óo oòoóo / óo òooóo - 7d Como le semejava salió’l a resçebir óoó ooóo / oóo ooó(o) AJ: saliola [a Luzía] 51a despidio’s el desçípulo con mui grand ooó ooóo[o] / oóo ooó(o) - humildat 216a Metió’s en el sepulcro la virgen gloriosa oó oòoóo / oóo ooóo - Los ejemplos seleccionados presentan casos de sinalefa entre dos vocales concurrentes, por lo que parece preferible mantener los pronombres personales en su forma plena. Los ejemplos 36a y 63b, para <me>, en 29b, para <le>, en 134d y 7d, para <la> y en 51a y 216a, para <se>, comparten un mismo contexto fónico. Resulta complicado establecer una variante definitiva, ya que la tendencia a la dialefa podría haber obligado a nuestro autor a rechazar cualquier tipo de unión vocálica y, de esta manera, preferir la sílaba trabada. Walsh 1992, en este caso, no mantiene una decisión homogénea, ya que mantiene con forma plena los pronombres de primera persona y tiende a apocopar, en este contexto, los de tercera persona, incurriendo en contradicciones como la del pronombre de tercera persona en función de objeto directo femenino <la> 12 . Se han mantenido estos casos como variables en el cómputo final, ya que las dos opciones conducen a un mismo resultado en la escansión acentual. Verso Escansión Variantes 1a Si’m ayudare Christo e la Virgen sagrada oòoóo óo / ooóo oóo AJ: si me 19c e dio’l a un maestro que’l bezasen leer oó oòoóo / ooóo oó(o) AJ: diolo AJ: que lo 106d Por Dios que’m lo mostredes, rescebir lo oóo ooóo / ooó ooóo AJ: me lo hé’n grado Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos 231 7d y 134d seleccionados, por lo que es preferible mantener los dos casos como variables posibles en el cómputo final. 13 Se cita por la edición de Díaz-Mas y Mota 1998. 14 Resultado de que el texto no presenta el mismo aspecto en la totalidad de los manuscritos conservados es la variabilidad en las decisiones tomadas en el proceso de reconstrucción métrica. Sin embargo, los pareados alejandrinos con rima interna se insertan en el marco evolutivo de la escuela del mester del siglo XIV, bañada por la tradición de raigambre semítica. Si aceptamos que la sinalefa podría ser recurso incipiente en la época del exbeneficiado de Úbeda, además de rasgo impregnado de modernidad, en 1a y 19c, los pronombres <me> y <lo> mantendrían la vocal final con sinalefa con <ayudare> y <a>, respectivamente. Soy de la opinión, como Walsh 1992, que dadas las tendencias métricas de este texto es mejor reconstruir estos casos con apócope. Caso diferente es el verso 106d, en que el pronombre <me> podría ir apocopado con la conjunción <que> o en forma plena con el pronombre de tercera persona en función de objeto directo masculino apocopado <me’l>, en lugar de <me lo>. Este es el único caso prototípico de variable, pues las dos opciones traen consigo el mismo cómputo silábico-acentual. 3.2 Proverbios morales de Sem Tob (c. 1350-1360) Este texto 13 presenta una dificultad métrica que debe ser considerada con precaución. Se trata de la introducción de la sinalefa como herramienta relacionada estrechamente con la evolución de la estructura silábica de la lengua, pues permite la articulación del tipo CV, abandonando la concepción más antigua de la sílaba trabada. Sem Tob, influido por la tradición poética semítica y latina, devuelve al alejandrino su condición más primitiva con hemistiquios isosilábicos heptasílabos distribuidos en dísticos (7+7), forma predilecta del verso moralizante, con una fuerte cesura acentuada por la introducción de una rima secundaria. En final de verso, los elementos fónicos coincidentes sobrepasan, en la mayoría de los casos, la última sílaba y, por tanto, podrían ser interpretadas como rimas consonantes en que tiene cabida el tipo homoioteleuton 14 . De igual modo que con el texto del exbeneficiado de Úbeda se analizarán los versos que presentan ambigüedad. Verso Escansión Variantes 18b teníame por muerto, mas vínom al talante oóoo oóo / oóoo oóo - 443a Entrégom en nomrarlas como si las sopiese oóoo oóo / óoo ooóo C: entregom MNE: entregome Francisco P. Pla Colomer 232 Es precisamente en el reinado de Alfonso Onceno (1312-1350) cuando la estructura del castellano medieval se estabiliza en el modelo CV. Por ello, en los versos 18b y 443a parece recomendable mantener el pronombre personal de primera persona en su forma plena con sinalefa entre <me> y <al> y <me> y <en>. Verso Escansión Variantes 298a Fi d’omre, ¿qué te (1) querellas cuando oóo òoóo / óoo ooóo CMN: que te (1) lo que te (2) plaze 192a dar l’ha su gualardón bueno, e su destajo óoo ooó(o) / óoo ooóo MNE: le ha 231a quien lo que’l cumple quiere, poco’l óoo òoóo / óo oòoó(o) CMNE: poco le abondará 247a e fázel bienandante, dal onra e valía oóo ooóo / oóo ooóo NE: dale 264a Fincar l’ha buena fama cuando fueren oóo òoóo/ òoóo oóo M: fincarle ha perdidos 645b de lo que entendió que’l era más forçado oóo ooó(o) / oóo òoóo ME: que le 559b e querría ser sordo antes que’l entender ooóo oóo / óoo ooó(o) C: que le M: lo E: le entender El análisis métrico de 298a, sin embargo, obliga a mantener apocopado el pronombre <te> del primer hemistiquio (1), como elemento clítico de la conjunción anterior, y optar por la forma plena en el segundo (2). A su vez, los casos recogidos de apócope del pronombre de tercera persona (192a, 231a, 247a, 264a, 645b y 559b), en función de objeto indirecto y objeto directo, permanecen como variables o bien apocopadas o bien con el mantenimiento de la vocal final <-e> y <-o> con sinalefa con la vocal de la palabra siguiente. Representan un total de 6 casos de las 725 estrofas totales de la obra. Verso Escansión Variantes 83a Cuand viento se levanta - ya apelo, oóo ooóo / ooóo ooóo MN: se leuanta ya aviengo - òoóo oóo / ooóo ooóo 126a non se pued coger rosa sin pisar las espinas ooó ooóo / ooó ooóo C: pued oóo ooóo / ooó ooóo MNE: puede 155a Bien está el perdón al que se pued vengar ooó ooó(o) / oooó oó(o) C: pued ooó ooó(o) / ooóo oó(o) MNE: puede Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos 233 15 En 653a parece coherente la decisión de apocopar el pronombre se del primer hemistiquio, dado el pie trisílabo en el que se inserta. Verso Escansión Variantes 155b e sofrir el baldón cuan se puede negar ooó ooó(o) / òoóo oó(o) CMN: se E: le 582b mas lo que oy fablare ya non se pued callar òooó oóo / oòoó oó(o) C: pued òooó oóo / ooóo oó(o) MNE: puede 675a ca non se tien por farto sinon con famre oòoó oóo / oòoóo óo CN: se tyen d’otro ooóo oóo / oòoóo óo N: siente Caso distinto son los ejemplos seleccionados para el pronombre <se>. Los versos 126a, 155a, 155b, 582b y 675a permiten una doble interpretación, ya que el pronombre puede mantenerse en su forma plena con apócope de <pued, cuan(d) y tien> o, por el contrario, se puede optar por fijar el pronombre apocopado y recuperar la vocal final de las otras voces. El análisis métrico-acentual de estos hemistiquios parece asegurar que es preferible mantener el pronombre apocopado, pues los pies métricos que se obtienen encajan a la perfección con el ritmo de la escuela del mester: tetrasílabos y trisílabos llanos (segundo análisis acentual). Sin embargo, por precaución, se ha preferido mantener las dos posibilidades como dos variables en el cómputo final. Verso Escansión Variantes 177b quien quier tomar la trucha, aventures al río oòoó oóo / ooóo oóo - 287a Su revés del villano: baxase a los mayores ooó ooóo / oóo ooóo C: baxas M: baxandose N: baxasse E: baxarse 653a ni’s paga ni se ensaña, nin ama nin desama oóo ooóo / oóo ooóo MN: nin se paga E: non se paga El análisis métrico de 177b, 287a y 653a 15 no contribuye a establecer una decisión estable sobre el mantenimiento de la forma apocopada o plena de se. En el caso de fijar la variante con vocal restituida, se presupone sinalefa con la vocal de la palabra siguiente; en tanto si se opta por la forma apocopada, siempre y cuando se acepte la tendencia de Sem Tob a la dialefa, no sería necesario ningún reajuste métrico. La posibilidad de coexistencia de ambas variantes ocasiona el mantenimiento de estas como variables en el cómputo total. Francisco P. Pla Colomer 234 4. Resultados del análisis en su contexto filológico Tabla 1. Resultados porcentuales del análisis métrico Vida de San Ildefonso Proverbios morales Plena Apo- Porcentaje apóc. Plena Apo- Porcentaje apóc. copada copada ME 36 7 (1) 16,27 % (13,95 %) 27 3 10 % TE 14 3 17,64 % 30 7 18,9 % LE 50 21 (1) 29,57 % (28,17 %) 54 46 (5) 46 % (41 %) LO 86 21 19,62 % 90 16 (1) 15,09 % (14,15 %) LA 23 3 (1) 11,54 % (7,69 %) 18 0 0 % SE 46 21 (2) 31,34 % (28,35 %) 115 (7) 22 16,05 % (21,16 %) LE + LO + LA 159 45 (2) 60,73 % (55,48 %) 162 62 (6) 61,09 % (55,15 %) Según los datos expuestos, los resultados porcentuales de las formas apocopadas en la Vida de San Ildefonso y los Proverbios morales no parecen casuales. El poema del exbeneficiado de Úbeda y el de Sem Tob comparten una misma tendencia articulatoria en los mismos contextos morfofonológicos: mayor tendencia al empleo de formas apocopadas del pronombre de tercera persona de singular <’l>, del 55 % al 60 % de las variantes totales, seguido de la apócope del pronombre <se>, en torno al 30 % en la Vida de San Ildefonso y el 20 % en los Proverbios morales, hecho coincidente con los resultados obtenidos, entre otros investigadores, por Folgar 2012: 337: «Eliminación, durante el siglo XV, de la apócope normal de l’ y s’, la cual, aunque no violentaba los patrones silábicos de la lengua castellana, sí implicaba una anormalidad por la ausencia de sonido vocálico en esos clíticos». Del mismo modo ocurre con la variante apocopada del pronombre de segunda persona del singular <te>, que oscila entre el 17,6 % y el 19 %. Todas estas variantes forman parte de las posibilidades fónicas que permitía la lengua en posición implosiva de sílaba y final absoluto de palabra. Sin embargo, si se toma en consideración la apócope del pronombre personal de primera persona, se constata un descenso notable del 16,27 % al 10 %, fenómeno inserto en el progresivo rechazo de la apócope extrema y su continuo abandono a lo largo de la primera mitad del siglo xiv. No resulta arbitrario, por tanto, que el Arcipreste de Hita mantuviera las variantes apocopadas de estos pronombres en la recreación variacional diafásica, en personajes como las serranas, y diatópica, propia de personajes como Pitas Payas 16 Aproximación a la apócope de los pronombres personales en testimonios poéticos 235 16 Sobre las intervenciones del pintor de Bretaña afirma Freixas 2012: 413: «Mediante la apócope de corder y carner Juan Ruiz consigue que estas palabras suenen a provenzal ... Son habituales trax, dix, aqués y la apócope de los pronombres átonos me y te». 17 Loporcaro 2008: 340, siguiendo de cerca el estudio de Vennemann 1988, postula la tendencia a la sílaba cerrada en latín tardío según la escala de fuerza consonántica de los elementos en los márgenes implosivo y explosivo de sílaba: vocali basse . vocali alte . approssimanti (w, j) . vibranti (r) . laterali (l) . nasali (m, n) . fricative (s, z, f, v) . occlusive (b, d, g, p, t, k) Desde este punto de vista, nuestros resultados parecen adecuarse a cierta tendencia de recuperación de la vocal final de palabra dada la fuerza articulatoria de la consonante del margen implosivo. El mantenimiento de la sílaba cerrada es mayor en los casos en que el último elemento consonántico conservado es una consonante líquida y, menor, en aquellos correspondientes con una oclusiva: le . se . te / / me. El mantenimiento de las formas apocopadas de los pronombres personales átonos, según el corpus poético seleccionado, sigue la misma constante articulatoria que la tendencia fónica de las voces léxicas. Del mismo modo, recientemente Folgar 2014: 28 recoge la jerarquía de la apócope, diseñada por Sánchez Miret en 2001, para aplicarla al dominio de la lengua castellana medieval. Según los datos obtenidos en este trabajo, se constata que la evolución del fenómeno de la apócope en los pronombres personales parece responder a las mismas tendencias articulatorias panrománicas: «1) la probabilidad de apócope es mayor si la vocal ocupa posición final absoluta que si se encuentra en posición final no absoluta ... 2) la probabilidad de apócope es mayor si la consonante precedente es alveolar (o dental) que si es labial ... 3) la probabilidad de apócope es superior si la vocal final sigue a una consonante simple que si sigue a un grupo consonántico». Esto justifica satisfactoriamente el orden jerárquico me . te en el proceso de recuperación de la forma plena pronominal. (Pla 2012, 2014a y 2015b). Además, este condicionante lingüístico se ve complementado por la presión métrico-estilística conducente al empleo de las variantes apocopadas, es el caso del metro breve de composiciones como los Gozos de Santa María, así como en el proceso de creación de rimas ingeniosas. Estudiar la convivencia de variantes en los versos del Libro de Buen Amor, además de tener en cuenta los manuscritos conservados (López Bobo 1991, para el estudio del leísmo, loísmo y laísmo), requiere precaución en cuanto a la propia finalidad estilística en las distintas partes que vertebran la obra. Desde este punto de vista, los testimonios conservados de la obra del Arcipreste no se apartan de las tendencias generales de la lengua en la época de Alfonso Onceno, como tampoco lo hacen los textos del exbeneficiado de Úbeda y de Sem Tob: «la apócope normal estaba consolidada en los sustantivos y en los adjetivos proclíticos, y se mantenían algunas apócopes en determinadas formas verbales y en ciertos pronombres átonos (le y, en ocasiones, se)» (Freixas 2001: 414). Hasta ahora parece mantenerse la cronología relativa de la incidencia de la apócope en estas formas pronominales según la jerarquía le . se . te / / me, coincidente con los resultados de otras investigaciones basadas en corpus textuales del siglo XIII 17 y obras contemporáneas como el Libro de Buen Amor, en que la apócope de l’ es realmente productiva, frente a me y te, siempre y cuando se consideren las variantes apocopadas en la obra del Arcipreste de Hita en su contexto lingüístico-estilístico adecuado. Francisco P. Pla Colomer 236 5. Conclusiones provisionales Con esta primera aproximación se han detectado datos suficientes para afirmar que, a pesar de los imperativos métricos propios de la estilística textual, los poetas medievales empleaban las variantes fónicas que realmente existían en la lengua oral: «Recurrir a estas apócopes ... reflejaba sin duda un rasgo vivo en el habla» (Freixas 2001: 412). Este estudio debe complementarse con el análisis de la distribución de las formas apocopadas en los pronombres le, la y lo, tomando en consideración los fenómenos de laísmo, loísmo y leísmo y, asimismo, contrastar estos datos con otros textos poéticos como el Libro de miseria de omne y el Rimado de Palacio. Con ello, se establecería una cronología absoluta de los cambios de estas variantes a lo largo del siglo XIV desde la perspectiva de una misma escuela poética, cuyos patrones métricos aclararían el grado de artificiosidad en el empleo de estas variantes. Por ahora, en el caso de estos testimonios, como en el Libro de Buen Amor, no parece posible afirmar con rotundidad que las formas pronominales apocopadas hayan sido empleadas generalmente por imperativos métricos. ¿Acaso sería posible mantener esta afirmación en la concepción lingüística de Juan de Mena como apuntaba Lázaro Carreter? La consideración de otros factores estilísticos, así como la diferencia del espacio cultural, dejan todavía entreabierta esta pregunta. Augsburg Francisco P. Pla Colomer Bibliografía Alarcos Llorach, E. 1951: «La lengua de los Proverbios morales de don Sem Tob», RFE 35/ 1: 249-309 Alarcos Llorach, E. 1990 [ 4 1965]: Fonología española, Madrid Ariza, M. 2012: Fonología y fonética históricas del español, Madrid Catalán, D. 1989 [ 1 1971]: «En torno a la estructura silábica del español de ayer y del español de mañana», in: El español. Orígenes de su diversidad, Madrid: 77-104 Corominas, J./ Pascual, J. 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La bibliographie des œuvres primaires compte à elle seule dix-huit pages et le tableau chronologique (831-38), qui s’arrête en 1993 (pourquoi donc? ), comporte 153 entrées; quant à la littérature critique, elle s’étale sur quarante-cinq pages. L’ouvrage se présente comme une somme qui se veut complète, du moins aussi complète que possible, quand on aborde un sujet vaste - et c’est peu dire! - lequel présuppose des compétences de romaniste, telles qu’on ne les rencontre guère en dehors de l’Allemagne ou de l’Italie. Saluons le courage de R.A. Issler qui pourrait, malgré son érudition, se voir reprocher l’un ou l’autre oubli, par exemple celui de faire l’impasse sur l’entrée consacrée à «Europe» dans le Dictionnaire des mythes littéraires dirigé par P. Brunel (Paris 1988), laquelle esquisse une histoire du mythe au fil des siècles. D’autre part, la mise en valeur d’une œuvre au détriment d’autres paraîtra peut-être discutable au spécialiste d’une époque ou d’une littérature nationale - à condition, évidemment, que celui-ci lise l’allemand! Mais le nombre des textes convoqués imposait une hiérarchisation des témoignages: certains ont droit à une page à peine, d’autres à un chapitre entier. Ainsi ressortent, à juste titre, l’importance de l’Ovide moralisé (191-209), qui marque de son sceau la réception du mythe au-delà du Moyen Âge, ou l’influence de l’Adone de Marino qui, à l’époque baroque, suscite des émulations en France et en Espagne. Des auteurs moins connus comme Jean Desmarets de Saint-Sorlin (Europe, 1642) se retrouvent sous les feux de la rampe (526-60): sa pièce, qui lie intimement mythe et actualité politique (la guerre de Trente Ans), se démarque de la lecture allégorico-chrétienne du Moyen Âge aussi bien que de la veine érotique, telle qu’on la trouve dès l’Amorosa visione de Boccace (254-55), puis dans le lyrisme de la Pléiade et chez Marino. Intéressantes sont aussi les pages consacrées à l’inflexion particulière que connaît le mythe en Europe, quand les poètes, de Pétrarque à Du Bellay, Gongora et ... Lorca, en exploitent les implications astrologiques, ou les pages qui évoquent le lien entre la fable et la corrida, épreuve dans laquelle s’illustrent volontiers les nobles espagnols aux XVII e et XVIII e siècles (410-15). R.A. Issler a raison: si le rapt d’Europe mérite de retenir notre attention, c’est que - profitant de l’homonymie entre le nom du continent et celui de la princesse phénicienne - il est susceptible de lectures variées, de sorte que, répondant à des interrogations sans cesse renouvelées, il est resté plus vivant que d’autres récits. À cet égard, signalons que l’Institut Universitaire de la Formation des Maîtres de Bretagne a organisé, il y a quelques années, un séminaire consacré à L’Europe enseignée (Paris 2005). La contribution de N. Lucas et V. Marie, parue dans les Actes de la rencontre, porte sur le «mythe d’Europe dans l’histoire des arts de l’Antiquité à nos jours» et débouche sur une suggestive grille d’analyse à l’usage des enseignants. Le rapt d’Europe (représenté d’ailleurs sur l’euro grec) touche encore aujourd’hui à des questions identitaires: voilà qui apporte de l’eau au moulin de l’érudit allemand! Besprechungen - Comptes rendus 240 Son investigation s’ouvre par une réflexion autour de la notion de mythe. Dans le sillage des travaux d’A. et J.Assmann 1998, l’auteur voit dans le mythe un récit à portée collective, inscrit dans la mémoire culturelle, qu’il s’agisse d’un récit fondateur, visant à expliquer le monde, ou d’une création individuelle et signée. Aux yeux de R.A. Issler, les différents types de mythe - du moment que ses implications religieuses se sont estompées - tendent à se combiner, de sorte qu’il juge légitime d’étudier le rapt d’Europe sous l’angle de l’«ästhetischer Mythenrezeption» (61), autrement dit du mythe littéraire. Relevons qu’il ne donne pas à cette notion le sens qu’elle a sous la plume de Ph. Sellier (dans Littérature 55 (1984): 112- 26) - absent de la bibliographie -, pour qui elle désigne un récit non fondateur, mais néanmoins placé sous un éclairage métaphysique. Vu que R.A. Issler remonte jusqu’à Moschos et Homère et finit avec la construction de l’Union européenne, il aurait eu avantage à adopter la distinction entre mythe littéraire et mythe littérarisé. Le second terme suggère heureusement les transformations dont est susceptible un mythe fondateur (comme celui d’Europe) à partir du moment qu’il fait l’objet de réécritures actualisantes par des auteurs. La quatrième de couverture promet une analyse de la réception du mythe dans les langues vernaculaires du XIV e siècle à nos jours. R.A. Issler se limite donc à esquisser les vicissitudes du rapt d’Europe de l’Antiquité à l’Ovide moralisé, posant le cadre de son étude en soulignant l’impact de la lecture allégorique (evhémériste et/ ou morale). Il manque néanmoins un maillon important: est passé sous silence le Premier Mythographe du Vatican (éd. J. Berlioz, Paris 1995), manuel à l’intention des clercs qui, rédigé entre le IX e et le XI e siècle, résume (sans l’interpréter) la «fabula» d’Europe et Jupiter, puis celle d’Agénor et Cadmus (Livre II, chap. 46 et 47), contribuant à leur diffusion. Même dans le Speculum maius de Vincent de Beauvais (II, 71: De Europa et eius regionibus), encyclopédie éditée encore au XVII e siècle, la présentation du continent s’ouvre sur une phrase évoquant le rapt de la jeune fille. Dans le sillage de l’Ovide moralisé et de Pierre Bersuire (209-19), on aurait pu citer l’Archiloge Sophie (vers 1400) où Jacques Legrand lit la fable comme une dénonciation de la luxure: le moine augustin rejoint Giovanni del Virgilio (188-89) qui voit dans Jupiter séduisant Europe et ses compagnes un seigneur entouré de prostituées; il annonce aussi Matteo Bandello brossant le tableau d’un Jupiter lascif (300). À la «chute» de la jeune femme répond, chez Jacques Legrand, la quête de Cadmus, fondateur de Thèbes: la fable, ornement rhétorique propre à frapper les esprits, peut servir aux écrivains à illustrer la chuerte et la rédemption (éd. Beltran, Paris 1986: 162-63) sous le voile de la mythologie. Trêve de broutilles! R.A. Issler ne se contente pas de retracer la présence du mythe chez les grands poètes, de Ronsard à Rimbaud en passant par Chénier et Leopardi, mais met en valeur des auteurs inattendus, par exemple Henri Baude (164-67) qui utilise le rapt d’Europe pour dénoncer une courtoisie de façade. En constatant (291) que, dans le lyrisme (d’amour) européen, le récit fait l’objet d’une fragmentation en éléments susceptibles d’être utilisés indépendamment, le critique signale un mécanisme essentiel de l’appropriation du mythe non seulement en poésie, qui pratique volontiers l’allusion, mais plus généralement en littérature: quand ils ne réécrivent pas le récit en entier, les auteurs choisissent dans le matériau mythique la scène qui convient à leur propos. Le rapt d’Europe se prête non seulement à des récupérations en clé morale, politique ou érotique; il fait l’objet de travestissements burlesques aussi bien en France qu’en Espagne. L’Ovide bouffon de Louis Richer (475) vise, comme le Virgile travesti de Scarron, son contemporain, le divertissement des lecteurs. Remarquons que Jupiter retrouvant le «plancher des Vaches» (487) - l’expression n’est pas attestée avant le XVI e siècle - s’inscrit avec bonheur dans cette version dérisoire du mythe où le dieu se métamorphose en «Taureau banal», c’est-à-dire, sous l’Ancien Régime, en un taureau qui appartenait au seigneur et dont les paysans devaient payer les services. C’est l’un des rares cas où le passage cité - on ne peut que remercier l’auteur des multiples citations, des illustrations aussi, qui enrichissent l’ouvrage! - aurait mérité d’être commenté plus en détail. Besprechungen - Comptes rendus 241 R.A. Issler ne se limite pas à la littérature strictu sensu. Alors que le mythe d’Europe ne se rencontre guère dans la tragédie classique, il connaît un certain succès dans la cantate profane (Jean-Baptiste Rousseau) ainsi qu’à l’opéra. Le voici par exemple au cœur du Ratto d’Europa (1717) du Métastase (633-48) que le critique rapproche judicieusement de l’Europa de Marino en citant côte à côte (comme il le fait aussi pour d’autres œuvres) les deux versions de la plainte de la jeune fille. De tels rapprochements ont le grand avantage de tisser des liens (ou d’établir des contrastes) entre des auteurs éloignés dans l’espace ou le temps; la distinction conventionnelle en périodes littéraires (Moyen Âge, Renaissance, baroque, classicisme, romantisme, etc.), trop linéaire, s’en trouve heureusement atténuée. Celle-ci, en effet, a pour conséquence que l’analyse du mythe débouche sur des résultats en bonne partie attendus, puisqu’ils confirment l’image générale (et réductrice) qu’on se fait de l’esthétique d’une époque: à l’allégorisation médiévale (qui a pourtant des ramifications tardives) répondent la récupération subjective et amoureuse (288) à la Renaissance, la «Lust am Mythos» (343) de la littérature baroque, plus proche de Moschos que d’Ovide, et le détournement du récit à l’époque moderne. Mais que faire par exemple du dizain CCCXXXIX de la Délie, précédé d’un emblème où figure l’enlèvement d’Europe, entouré d’une inscription («A seurte va qui son fet cele») qui valorise - dans un geste pré-baroque? - le déguisement du dieu? La composition de Scève se lit à la fois comme l’expression du désir amoureux et une «poétique du déguisement» (H. Campangne, Mythologie et rhétorique, Paris 1996: 217-18), un hermétisme qui justifie le recours au voile de la fable: on perçoit là l’héritage de l’obscuritas poétique défendue par Boccace, mais aussi l’idéal d’une subtilitas dont se réclamait déjà Guillaume de Machaut. Si l’étude de R.A. Issler illustre avec bonheur la plasticité du mythe en retraçant ses multiples actualisations, une question reste néanmoins ouverte à la fin de son beau livre. Les types de récupération mis en évidence ne sont-ils pas ceux que connaît tout mythe qui a traversé les siècles? ... Ne conviendrait-il pas de se demander avec Judith Schlanger (La mémoire des œuvres, Paris 2008), si l’actualisation par l’appropriation et la réécriture n’est pas la condition même de la survie de toute œuvre artistique? ... La question esthétique est aussi une question transhistorique: l’ouvrage de R.A. Issler en offre une démonstration éclatante, laquelle invite, nous semble-t-il, à élargir la réflexion. Jean-Claude Mühlethaler H Pierre Flobert, Grammaire comparée et variétés du latin. Articles revus et mis à jour (1964- 2012), Genève (Droz) 2014, xx + 745 p. (Hautes études médiévales et modernes 105) Wenn ein Gelehrter nach fünfzig Jahren Forschung die Resultate seiner Arbeit in einem Band vereinigt, entsteht ein gewichtiges Werk. Das ist der stattliche Band, den der französische Latinist Pierre Flobert unter dem Titel Grammaire comparée et variétés du latin vorlegt, im eigentlichen und im übertragenen Sinn. Auf das Vorwort des Autors (vii-xi) folgt die Bibliographie der Schriften von Pierre Flobert (xii-xx). Von den 90 Beiträgen, die den Hauptteil des Bandes ausmachen, sind die ersten 16 Jahresberichte der 4. Sektion der École pratique des hautes études aus den Jahren 1977 bis 1993 (1-35). Die letzten 6 porträtieren unter dem Titel «Figures de savants» eine Reihe von Forscherpersönlichkeiten, denen der Autor sich verbunden fühlt (85.-90., 689-724). Die restlichen 68 Beiträge enthalten Artikel («Revues, colloques, mélanges»), die in 7 Sektionen gegliedert sind: I. «Voix et diathèse verbales» (17.-21., 37-86). II. «Grammaire comparée du latin» (22.-30., 87-153). III. «Auteurs et textes épigraphiques» (31.-43., 155-271). IV. «Grammairiens anciens et manuels latins» (44.-53., 273-377). V. «Les métamorphoses du latin» (54.-66., Besprechungen - Comptes rendus 242 379-527). VI. «Civilisation et histoire» (67.-75., 529-617). VII. «La France de l’Ouest» (76.- 84., 619-87). Verschiedene Indizes («Index analytique», «Noms anciens», «Noms modernes», «Noms de lieux», «Passages commentés», «Lexique et morphologie») schliessen den Band ab. In der grossen Themenvielfalt der Arbeiten von Pierre Flobert lassen sich einige Schwerpunkte ausmachen: die Beschäftigung mit den lateinischen Grammatikern von Varro bis Priscian und ihrer Nachwirkung, die Erforschung der Varietäten des Lateins (Literatursprache, gesprochene Sprache, Zeugnisse für literaturferne Texte), die Beziehungen zwischen Latein und Volkssprachen in der Spätantike und im frühen Mittelalter. Unter diesem Aspekt gilt das Interesse des Autors vor allem den Verhältnissen in Frankreich, dem Merowinger Latein, den Kontakten zwischen Latein und Germanisch und zwischen Latein und Gallisch. Für die Romanistik sind die Beiträge, die der letzten Thematik gewidmet sind, von besonderem Interesse. Allerdings kann der Romanist auch aus den rein latinistischen Arbeiten eine Menge von Erkenntnissen und Anregungen mitnehmen, die sein Verständnis für die sprachlichen Verhältnisse im Latein bereichern. Nr. 57, «Le mythe du latin dit ‹vulgaire›» (427-41), rollt die vieldiskutierte Frage, ob der Terminus «Vulgärlatein» angemessen sei, aus latinistischer Sicht neu auf. Die Antwort von Pierre Flobert ist dezidiert: nein. «Le terme est arbitraire et son contenu incohérent» (427). Der Kern seiner These besagt, dass gesprochenes und geschriebenes Latein keine undurchlässigen Gegensätze sind, sondern Varietäten, die sich stets gegenseitig beeinflusst haben. Der Verfasser zeigt im Folgenden, dass das Adjektiv vulgaris nur eines (und bei weitem nicht das geläufigste) unter den Adjektiven ist, die verbunden mit sermo im Lateinischen die informelle gesprochene Sprache bezeichnen. Plebeius, cottidianus und rusticus werden auf ihre Bedeutungsnuancen und Anwendungsbereiche hin untersucht. Es folgt eine überblicksartige Geschichte der «invention du latin ‹vulgaire›» und des Erfolgs dieses Terminus in der Romanistik. Interessant aus romanistischer Sicht ist das «Addendum» (439-41), in dem Flobert sich mit der Kritik des inzwischen verstorbenen Eugenio Coseriu am vorstehenden Artikel auseinandersetzt. Nr. 58, «Lingua latina et lingua romana. Purisme, administration et invasions barbares» (499-541). «Purisme» im Untertitel bezieht sich auf die Bedeutung, die Latinus, Latine in Bezug auf Sprache seit Varro und Cicero eignet: ‘korrekt, rein’. Ebenso bedeutet die Ableitung latinitas, dem griechischen ἑλληνισμός nachgebildet, ‘latin correct, bonne langue’. «Administration» spielt auf die Verwendung von Romanus im kaiserzeitlichen Latein an, wo lingua Romana nicht die Sprache Roms, sondern die des orbis Romanus bezeichnet. Diese politische Bedeutung von Romanus geht so weit, dass ῥωμαϊκή γλῶττα sowohl die lateinische als auch die griechische Sprache bezeichnen kann (448). Ob man Flobert in der Interpretation der Formulierung «in rusticam Romanam linguam» des Konzils von Tours folgen will, hängt von der Beurteilung des Sprachzustandes im Frankreich des 9. Jahrhunderts ab. Der Verfasser übersetzt: «en latin rural», ins Latein der Ungebildeten. Latein oder Frühfranzösisch? Cf. dazu auch die erwähnte Auseinandersetzung mit Coseriu (441). Aus schweizerisch-rätoromanischer Sicht stellt man gewisse Ungenauigkeiten fest, was die Fortsetzer von latinus im Bündnerromanischen betrifft. So wird in N21 p. 47 das Engadinerromanische als ladino bezeichnet. Von der Bedeutung ‘flink’ von eng. ladin, ‘sich beeilen’, as ladinar und Entsprechungen im benachbarten Alpinlombardischen, im Dolomitenladinischen und im Friulanischen ist nicht die Rede. Als deutsche Entsprechung der Sprachbezeichnung rumantsch wird p. 451 chur-wälsch angegeben! All das hätte vermieden werden können, wenn der Autor bei der Überarbeitung des zuerst 1992 publizierten Artikels das 1998 erschienene Buch von Johannes Kramer, Die Sprachbezeichnungen Latinus und Romanus im Romanischen (Berlin), zur Kenntnis genommen hätte. Besprechungen - Comptes rendus 243 1 Die Interpretation von declinet im Vers 4002 als ‘poetisieren, poetisch amplifizieren, erzählen, darlegen, dichten’ im Glossar der Ausgabe des Rolandsliedes von G. Rohlfs (Sammlung romanischer Übungstexte vol. 3/ 4, Tübingen 1974) geht durchaus in die Richtung der Deutung von Flobert. 2 Warum das Fragezeichen im Titel, da diese Etymologie doch als einleuchtend dargestellt wird? Cf. «scepticisme injustifié» p. 610, N6. Nr. 66, «Le bilinguisme latino-franc au VI e siècle. Le latin mérovingien» (517-27), beschäftigt sich mit den Sprachbeziehungen zwischen den Galloromanen und den fränkischen Eroberern. Flobert erstellt eine Chronologie der Entlehnungen aus dem Germanischen, geordnet nach Spendergruppen. Sie beginnt mit den ältesten Entlehnungen, vermittelt durch gotische und fränkische Söldner (choisir, guerre, heaume, riche, rôtir), und führt über die Beiträge der Rheingermanen (mit der Hauptstadt Trier; blesser, fourbir, garder), von Verbündeten und Siedlern (bâtir, maçon, crosse, haie, gêle, jardin), der Salischen Franken (Alt- Niederfränkisch bei den Merowingern; gagner, haïr, laid und merowingische Onomastik) bis hin zu den karolingischen Rheinfranken (éperon, étrier, haubert). Nach einer Abrechnung mit der «influence pernicieuse du romaniste G. Straka» («Toute cette chronologie est à abaisser d’urgence», 522; cf. auch 436-37), die aus der Sicht des Latinisten willkürlich und viel zu rigide ist, wendet sich der Verfasser der Sprachpraxis von Romanen und Germanen in merowingischer Zeit zu. Die Franken, die sich gut integrierten, verstanden Latein, aber sie schrieben es kaum. Umgekehrt hatten die Romanen kaum Anlass, fränkisch zu lernen. Das Germanische verschwand aus der gesprochenen Sprache, hinterliess aber seine Spuren in der Onomastik und im Namen des Landes und seiner Bewohner, France, Français. Nr. 73, «L’apport lexical du gaulois au français: questions de méthode» (590-99), beschreibt die Schwierigkeiten in der Bestimmung des gallischen Erbes in der französischen Sprache. Die morphologischen Analogien zwischen Latein und Gallisch erschweren die Zuordnung. Das Lateinische und das Inselkeltische werden als beste Quellen bezeichnet. Flobert teilt die 204 Beispiele, die er als gallisch identifiziert, in vier semantische Bereiche ein («monde physique et minéral, monde végétal, monde animal, monde humain»). Einen 5. Bereich machen die Verben aus. Die vorherrschenden Wortfelder betreffen die Landwirtschaft, die Waldwirtschaft, die Verkehrsmittel, das Böttcherhandwerk und die Getränke. «Ce vocabulaire pieusement conservé malgré de multiples vicissitudes constitue la partie la plus précieuse de notre patrimoine culturel» (598). Ein kleines Kabinettstück ist der Beitrag Nr. 74, «Declinare en gallo-roman: à propos de la Chanson de Roland et de Turold(us)» (600-07). Ein vieldiskutiertes Problem der französischen Mittelalterphilologie wird hier überzeugend gelöst. Der letzte Vers der Chanson de Roland (4002) «Ci falt la geste que Turoldus declinet» hat unterschiedliche Deutungen erfahren, was die Interpretation des abschliessenden Verbs angeht. Flobert zeigt, dass decliner als verbe de la parole in der Bedeutung ‘exposer, réciter’ direkt auf die lateinischen Grammatiker zurückgeht. Donat und Priscian waren im französischen Mittelalter bekannt und wurden verehrt (604). Die Interpretation wird auch von verschiedenen Zeugnissen aus dem Altokzitanischen (Chanson de sainte Foi, Girart de Roussillon, Marcabru) gestützt (602 s.) 1 . Die lateinische Form des Dichternamens, Turoldus, ist ein weiterer Hinweis auf den Zusammenhang mit der lateinischen Tradition. Nr. 75 «Du nouveau sur lat. tutare . fr. tuer? » (608-17). Im Beitrag zur Geschichte von fr. tuer und dessen Herkunft aus lat. tutare 2 lenkt Pierre Flobert die Aufmerksamkeit auf zwei wenig beachtete Zeugnisse aus der Regula Magistri, einer Klosterregel aus dem 6. Jahrhundert, und auf eine Stelle des Ordo Romanus (9. Jahrhundert), die schon bei Du Cange zitiert werden, in der Forschung jedoch wenig Beachtung gefunden haben. Darin ist die Bedeutung ‘(ein Licht) auslöschen’ von tutare eindeutig belegt. Besprechungen - Comptes rendus 244 3 «Éteindre dans les langues romanes», RLiR 1: 192-236, abgedruckt in K. Huber/ G. Ineichen (ed.), Jakob Jud, Romanische Sprachgeschichte und Sprachgeographie, Zürich 1973: 75-120. 1 Les articles consacrés à ce sujet sont: «Zu den in Rumänien gesprochenen friaulischen Dialekten» (407-21), «Rumänisch-friaulische Substratwörter» (515-18). 2 Cf. «Il posto del friulano tra gli idiomi romanzi» (397-406), «Y a-t-il en frioulan un pronom pléonastique? » (423-29), «La typologie du verbe frioulan» (431-42), «Les analogies dans le système verbal du frioulan» (443-64), «Le présent de l’indicatif et du subjonctif en frioulan et la morphologie comparée» (465-74), «Le conditionnel frioulan» (475-84), «Die Originalität des friaulischen Wortschatzes» (485-89), «Considerazioni sopra il lessico fondamentale friulano» (491-500), «Notes frioulanes en marge du FEW» (501-03), «Addenda frioulanes au REW» (505-14). Dass Ausdrücke wie tuer la chandelle im Französischen erst im 16. Jahrhundert bezeugt sind, stellt nach dem Verfasser eine Kontinuität der Gleichung «auslöschen = töten» nicht in Frage. Sie besteht schon im Lateinischen (exstinguere ‘töten’ seit Plautus und Terenz) und setzt sich in afr. esteindre fort (613). Als Ausgangspunkt der Entwicklung von tutare zu fr. tuer sieht Flobert die Bedeutung ‘tenir à distance, écarter, éliminer’. So interpretiert er tuta lampada im Ordo Romanus als «gesichert»: «la flamme n’est pas éteinte brutalement, mais avec les égards dus à la sécurité» (615), eine vielleicht etwas allzu subtile Deutung. Auf die Präsenz von Resultaten von tutare (oft mit Präfix) in der Bedeutung ‘auslöschen’ in peripheren und archaischen Zonen der Romania ist oft hingewiesen worden. Wie massiv diese Präsenz im Bündnerromanischen, Dolomitenladinischen und Friulanischen sowie in weiten Teilen Oberitaliens (Alpinlombardisch, Ostlombardisch, Veneto und Istrien), in einigen Punkten der Marche und in Süditalien und Sizilien ist, zeigen schon die (im Aufsatz eher beiläufig zitierte) Studie von Jakob Jud von 1925 3 und die Karten 921 «spegnere la fiamma» und 922 «(il fuoco) è spento» des AIS. In buchtechnischer Hinsicht ist der Band, wie das bei einer Sammlung von an verschiedenen Orten erschienenen Beiträgen üblich ist, uneinheitlich. So haben manche Artikel eine Bibliographie am Schluss, andere zitieren die kritische Literatur nur in den Fussnoten. Grammaire comparée et variétés du latin ist keine Lektüre für eilige Leser und für solche, die nach grossen Überblicken suchen. Das Buch bietet jedoch eine Fülle von wertvollen Resultaten und oft unerwarteten Perspektiven, die auf der Kompetenz und der langjährigen Arbeit des verdienten Latinisten Pierre Flobert beruhen. Ricarda Liver H Maria Iliescu, Pan- und Raetoromanica. Von Lissabon bis Bukarest, von Disentis bis Udine, Stuttgart (Ibidem) 2007, 531 p. L’ouvrage présenté ici offre une compilation de 37 articles, déjà publiés entre 1964 et 2005 par la romaniste de renommée internationale Maria Iliescu, mais jusqu’ici souvent difficilement accessibles. Les études s’articulent autour de deux centres d’intérêt: si la première partie rend compte de la Romania toute entière (Panromanica) (13-192), la deuxième se concentre sur les langues rhéto-romanes (Raetoromanica) (193-527). Géographiquement, le livre couvre l’espace entre Lisbonne et Bucarest (Panromanica) et entre Disentis et Udine (Raetoromanica). Il saute aux yeux que Bucarest et Udine occupent clairement la place prépondérante dans l’ouvrage; les relations entre le roumain et le frioulan étant largement thématisées 1 . Cela est d’autant plus vrai que pas moins de 11 articles s’occupent du seul frioulan 2 . Besprechungen - Comptes rendus 245 3 Les chiffres ne sont destinés qu’à donner une idée approximative de l’orientation thématique du livre. Les articles concernant la typologie et la grammaire ne sont pas toujours délimitables du fait que la typologie peut se référer à la grammaire. Il en va en principe de même pour la typologie et la lexicologie. 4 Cf. entre autres: «Ist ein interromanisches Leseverständnis möglich? » (179-92), «Der repräsentative Wortschatz der romanischen Sprachen: Das Rätoromanische» (199-204), «Les ornithonymes en rhéto-roman» (261-88), «‘Parler’ en rhéto-roman» (289-95), «Weinen und Verwandtes im Rätoromanischen» (297-305), «‘Parler’, ‘bavarder’ et ‘aboyer’ en rhéto-roman central» (359-62). 5 Cf. entre autres: «La typologie des langues romanes. État de la question» (27-54), «La classification des langues romanes» (55-86), «Le ‹rhétoroman›» (195-98), «Auf der Suche nach dem romanischen Prototyp» (109-20) et pour la typologie verbale, N6. 6 «Ressemblances et dissemblances entre les langues romanes du point de vue de la morpho-syntaxe verbale» (87-107), «Restructurations fonctionnelles dans la typologie verbale romane» (121-27), «Tendenzen zur Vereinfachung und Regelmäßigkeit in den rätoromanischen Verbsystemen» (319- 33), «Particularités de la flexion des descendants de esse dans les dialectes rhétoromans» (335-42), «Y a-t-il en frioulan un pronom pléonastique? » (423-29), «La typologie du verbe frioulan» (431-42), «Les analogies dans le système verbal du frioulan» (443-64), «Le présent de l’indicatif et du subjonctif en frioulan et la morphologie comparée» (465-74), «Le conditionnel frioulan» (475-84). 7 «Sur l’origine de la désinence de la première personne du singulier de l’indicatif présent des langues romanes» (129-35), «Une particularité syntaxique du romanche d’origine obscure: Le groupe nominal formé par deux substantifs juxtaposés» (363-68), «Die ‹logisch-semantische› Präposition ‘mit’ im Surselvischen und im Rumänischen» (369-81), «Die Präpositionalsyntagmen [Präp. + Art./ 0 + N] im Engadinischen und im Rumänischen» (383-96). 8 «Les racines latines du factitif roman» (137-47), «Le factitif dans les langues romanes» (149-62), «Das Faktitiv in den rätoromanischen Mundarten» (343-58). 9 Cf. P. Koch, «Latin vulgaire et traits universels de l’oral», in: L. Callebat (ed.), Latin vulgaire-latin tardif IV, Actes sur le 4 e colloque international du latin vulgaire et tardif, Caen, 2-5 septembre 1994, Hildesheim/ Zurich/ New York 1995: 125-45. Diachroniquement le livre va du latin («vulgaire») jusqu’aux langues (rhéto-)romanes telles qu’elles se présentent de nos jours. Les travaux présentés s’intéressent tout particulièrement à la lexicologie/ lexicographie (13 3 travaux) 4 et à la typologie/ classification (14 travaux) 5 où l’accent est nettement mis sur la typologie verbale avec 9 contributions 6 . Enfin, 7 travaux concernent la grammaire (synchronique et historique) 7 parmi lesquels 3 traitent le factitif 8 . Cela dit, en dehors de la bipartition entre Panet Raetoromanica, l’orientation thématique des articles est, elle aussi, dans ses grands traits, bipartite; pourtant, il ne s’agissait ici que de dégager les grandes lignes organisatrices de l’ouvrage: s’il est vrai que celles-ci montrent certains points forts, il n’en est pas moins vrai que l’éventail thématique qui en résulte dans l’ensemble est loin d’être négligeable, comme je l’exposerai par la suite. La présentation de différentes études proposée ci-après ne respecte pas l’ordre des articles du livre, mais est organisée thématiquement. Préfacée par Johannes Kramer, la section Panromanica s’ouvre par «Allgemeine Tendenzen des vulgärlateinischen Wortschatzes» (15-26) dégageant quatre principes qui tendent à organiser le lexique du latin vulgaire. Par ailleurs, ces principes ne seraient pas limités à la description du seul latin vulgaire mais sont, bien au contraire, caractéristiques de toute langue courante (17) 9 : i) régulier, non irrégulier ii) transparent, non opaque iii) connoté, non neutre iv) prototypique, ni générique ni spécifique du point de vue scientifique Besprechungen - Comptes rendus 246 10 REW = W. Meyer-Lübke, Romanisches etymologisches Wörterbuch, Heidelberg 1935. 11 G. Holtus et al., Lexikon der romanistischen Linguistik, vol. 7, Tübingen 1998: 893-906. 12 Les éléments constitutifs de sa présentation sont les suivants: 1.2. Histoire de la typologie linguistique (27 s.), 2. L’époque moderne de la recherche (30 s.), 2.1. Les méthodes non syntaxiques (31), 2.1.1. Vladimir Skali č ka (31 s.), 2.1.2. Coseriu (32 s.), 2.2. Les méthodes syntaxiques (33 s.), 2.2.1. Typologie corrélative (33 s.), 2.2.2. Typologie sérielle (34 s.), 2.2.3. Typologie fonctionnelle (37), 2.3. Problèmes centraux de la recherche typologique romane (37 s.), 2.3.1. Synthéticité et analyticité (38), 2.3.2. Le marcage [sic] de l’objet direct (38 s.), 2.3.3. L’actance (39), 2.4. Traits, critères et caractérisations (39 s.), 2.4.1. Contributions générales (40 s.), 2.4.1.1. Iliescu/ Mourin (1991) (40), 2.4.1.2. Bossong (1998b) (40 s.), 2.4.1.3. Oesterreicher (1996a; 1996b) (42), 2.4.2. Contributions partielles verticales (42 s.), 2.4.2.1. L’italien (42 s.), 2.4.2.2. Le français (43), 2.4.2.3. Le roumain (43 s.), 3. Projets (44 s.). 13 M.I. présente ici: 1.1. La classification génétique (56 s.), 1.1.1. La classification synchronique (56), 1.1.2. La classification historique (56 s.), 1.2. La classification typologique (57 s.), 1.2.1. La classification typologique générale (57), 1.2.2. La classification typologique partielle (57 s.), 1.2.2.1. Les Ces structures sont illustrées par des exemples bien connus, mais assez probants: - ad i) Cette catégorie concerne principalement la flexion nominale: parmi les synonymes, ce seraient les noms à flexion régulière (classes I et II) qui survivraient dans les langues romanes au détriment de ceux issus des classes irrégulières du latin (surtout classe III): c’est ainsi que le lat. iter disparaît dans toutes les langues romanes qui lui préfèrent via (le roumain, en revanche, a drum, issu du grec) (18). - ad ii) Un lexème opaque, tel le lat. hirudo ‘sangsue’, risque de tomber en désuétude au profit d’un mot transparent comme sangsue ( , sanguisuga), formé à partir de sanguis ‘sang’ et de sugare ‘sucer’. Ce type lexical se retrouve en français, italien, sarde et dalmate (REW 7575) 10 (20). L’importance médicinale de l’animal contribue à expliquer l’implantation de ce mot dans les langues romanes (ibid.). - ad iii) Un bel exemple de la catégorie des mots connotés à l’origine fournissent les continuateurs du mot désignant le cheval dans les langues romanes: la concurrence entre l’unité non connotée equus ‘cheval’ et caballus dénotant le cheval de façon dépréciative, donc le ‘canasson’, la ‘rosse’, favorise clairement ce dernier, caballus étant plus expressif qu’equus (22). - ad iv) Le latin connaît toute une série de synonymes adjectivaux qui se rapportent à la beauté et dont il fait usage en soulignant toujours un aspect bien particulier de la beauté (24 s.): ainsi, formosus se réfère à la stature d’une personne, pulcher à la beauté esthétique et morale, soit à une notion abstraite de la beauté, speciosos met l’accent sur l’apparence physique, venustus accentue la beauté d’une femme sous l’aspect de la grâce, enfin bellus servait à qualifier une jolie femme. De toute cette gamme seuls les résultats de formosus et de bellus survivent dans les langues romanes. Cette présentation prépare, pour ainsi dire, certaines des contributions qui concernent la section Raetoromanica. Comme ici, le choix individuel que chaque dialecte rhéto-roman fait à partir d’une variété de mots (para-)synonymiques conduit à un degré d’individuation de chaque dialecte. Ceci vaut pour les champs lexicaux «‘Parler’ en rhéto-roman» (289-95), «Weinen und Verwandtes im Rätoromanischen» (297-305) ainsi que pour «‘Parler’, ‘bavarder’ et ‘aboyer’ en rhéto-roman central» (359-62). Nous y reviendrons. Il en va de même de deux contributions d’orientation générale bien placées en début du livre (Panromanica) - parues dans le cadre du LRL 11 - puisqu’elles donnent une vue d’ensemble sur les principes de la typologie («La typologie des langues romanes. État de la question», 27-54 12 ) et sur «La classification de langues romanes» (55-86 13 ). Elles préparent Besprechungen - Comptes rendus 247 classifications statistiques (58), 1.2.2.2. Les classifications stéréométriques (58 s.), 2. La classification des langues romanes (59 s.), 2.1. Les classifications génétiques (ibid.), 2.1.1. Les classifications en zones géographiques (60 s.), 2.1.1.1. Les groupements géographiques et les explications sociohistoriques (61 s.), 2.1.1.1.1. L’action du substrat et du superstrat (61 s.), 2.1.1.1.2. Les facteurs de civilisation et de culture (62 s.), 2.1.1.2. Romania orientale vs Romania occidentale (63), 2.1.1.2.1. La classification diachronique de Lausberg (64), 2.1.1.3. La classification en zones linguistiques (65 s.), 2.1.1.3.1. La spécificité du français (66), 2.1.1.3.2. La spécificité du roumain (ibid.), 2.2. Les classifications génétiques historiques (ibid.), 2.3. Les classifications typologiques partielles non statistiques synchroniques et diachroniques (67 ss.), 2.3.1. Les critères morphologiques (67 s.), 2.3.2. Les critères syntaxiques (68 s.), 2.3.2.1. L’ordre des mots (69), 2.3.3. Les critères morphosyntaxiques (69 s.), 2.3.4. Les critères phonétiques et phonologiques (70), 2.4. Les classifications typologiques partielles diachroniques statistiques (71 s.), 2.4.1. Les recherches diachroniques (71 s.), 2.4.2. Les recherches synchroniques (72), 2.5. Les recherches stéréométriques (73 s.), 2.5.1. Les recherches non homogènes (73 s.), 2.5.2. Les recherches homogènes (74 s.), 3. Les classifications sociolinguistiques (76 s.), ... 5. Classifications dans les manuels de linguistique romane (79 s.). 14 A. Sörés, «Rapports génétiques et typologiques dans l’étude synchroniques des langues romanes», RevueRomane 30 (1995): 41-79. donc, elles aussi, à la lecture des articles portant sur cette thématique que l’on rencontre tout au long du livre. Pour n’en citer ici qu’un exemple, mais qui fait bien ressortir la méthode de travail des typologues, je propose de partir, avec l’auteure, à la recherche du prototype roman («Auf der Suche nach dem romanischen Prototyp», 109-20). Pour ce faire, M.I. a recours à un article d’Anna Sörés (1995) 14 . Sur la base d’une liste de 11 critères (113 s.), il s’agit de vérifier lesquels sont constitutifs des langues en question, c’est-à-dire de marquer, selon un questionnaire, soit la présence (+) soit l’absence (-) dudit critère dans la langue concernée 15 . En faisant l’addition des critères présents dans chaque langue, on arrive au tableau suivant (115): roum. it. sard. fr. oc. cat. esp. port. 1 - - - + + - - - 2 - - - + - - - - 3 + - + - - - + - 4 + + - + - + + + 5 - - - + + + - 6 - + - + + - - - 7 - + + + - + - - 8 - + + + + - - - 9 - + + + + + + + 10 - + + + + + + + 11 - + - + + + + + 2 7 5 10 7 6 5 4 En principe, ce type de recherche pourrait alternativement s’engager dans deux directions (111): - soit partir à la recherche des critères prototypiques des langues romanes (les critères les plus caractéristiques des langues romanes); - soit partir à la recherche de la langue romane la plus (proto-)typique. Besprechungen - Comptes rendus 248 15 Ces critères sont les suivants: 1. la double négation, 2. l’emploi obligatoire du pronom personnel sujet, 3. le marquage de l’objet direct, 4. le passif réfléchi, 5. la position de l’objet direct par rapport à l’objet indirect, 6. l’article partitif, 7. l’usage pronominal des unités latines inde et ibi, 8. habere et esse comme auxiliaires dans les temps composés, 9. la disparition du neutre, 10. la formation de l’adverbe avec -mente, 11. l’existence du futur synthétique. 16 Il y a lieu de signaler ici que d’autres langues connaissent la même évolution sans perdre pour autant le sens originairement latin. Cf. p.ex. pour le français: fruit ‘enfant, considéré comme produit de sa mère, de l’union des sexes’. Cette acception serait issue du latin ecclésiastique (PR s.v.). 17 M.I. (492) n’indique pas ici sa source exacte; elle se limite à dire que l’auteur est son collègue, C. Maneca. 18 Il faut cependant reconnaître que les emprunts ne sont pas spécifiés selon les langues. En ce qui concerne la deuxième option, M.I. observe que si, par rapport aux autres langues, le français est la langue à laquelle s’applique le plus grand nombre de critères, il ne faut pas comprendre que c’est la langue la plus prototypique, bien au contraire (115). C’est que, par cette accumulation de caractéristiques, le français se distingue des autres langues et occupe, par là-même, une place plutôt marginale à l’intérieur du tableau typologique des langues romanes. Il en va de même du roumain, mais, en ce qui le concerne, c’est à cause de la faible quantité de traits qu’il partage avec les autres langues. Parmi les langues rhéto-romanes traitées dans ce recueil, le frioulan occupe une place de choix. À côté de la typologie de sa morphologie verbale, c’est le caractère insolite de son lexique qui a retenu l’attention des romanistes. M.I. s’y intéresse d’un point de vue diachronique dans deux articles. Dans «Die Originalität des friaulischen Wortschatzes» (485-89), elle montre que cette originalité ne tient pas seulement au fait que le frioulan part souvent d’étymons latins (légèrement) différents par rapport à d’autres langues romanes. Ceci vaut pour le frioul. nulî ‘sentir, flairer’ qui ne serait pas issu de ol ē re, mais de inol ē re (485) tandis que, dans d’autres cas, le même étymon serait à l’origine d’une évolution sémantique caractéristique du frioulan. Ainsi, frut ( , lat. fructus) n’a pas conservé le sens de ‘fruit’ mais a pris celui d’‘enfant’ (486), cf. aussi frute ‘fille‘ (ibid.) 16 . De même, trist ( , tristis) n’a pas non plus gardé le sens latin mais passe à ‘mauvais’ (487). Toutefois, à l’encontre de cet exotisme frioulan va sa stratification étymologique qui affiche une coïncidence quasi-totale avec l’italien 17 , du moins dans ses grandes lignes 18 (492): frioulan italien mots hérités du latin 51 % 53,58 % emprunts 36 % 35, 13 % formations internes 13 % 11,05 % Au même titre que dans les contributions sur la typologie et le lexique, le frioulan est toujours au centre des intérêts de l’auteure dans des travaux qui portent sur les relations (historico-)linguistiques avec le roumain comme dans «Zu den in Rumänien gesprochenen friaulischen Dialekten» (407-21), où M.I. retrace l’histoire des Frioulans qui ont émigré en Roumanie vers la fin du XIX e siècle en quête de travail. Il s’agirait notamment d’artisans, d’ouvriers agricoles et de maçons. Cette migration serait passée largement inaperçue des universitaires (407). Bien qu’en voie de disparition, le frioulan est encore pratiqué de nos jours, entre autres, par environ dix familles du village de Greci (ibid.). Il existe d’autres enclaves frioulanes dont la situation est tout aussi précaire (407 s.). M.I. a mené une enquête sur place pour savoir jusqu’à quel point les descendants des Frioulans maîtrisent encore cet Besprechungen - Comptes rendus 249 19 G. Francescato, «Friulano e Veneto», Sot la Nape 9 (1957): 18. 20 M.I. parle ici de «montagnes» sans donner d’autres précisions géographiques (412). 21 À noter que le frioulan et le roumain sont tous les deux limitrophes de la zone slavophone. idiome. Ce faisant, elle établit une série de critères qui ont favorisé ou défavorisé la pratique du frioulan: i) l’enquête montre l’importance, pour les personnes interrogées, d’avoir une personne de référence dans la famille maîtrisant encore bien le frioulan (notamment une personne de l’ancienne génération). Après la mort de celle-ci, le manque d’occasions de pratiquer le frioulan va de pair avec une perte successive de sa maîtrise (409); ii) la survie du frioulan dépend des formes d’habitat: l’habitat groupé facilitant la communication, il favorise la survie du frioulan contrairement à l’habitat isolé (ibid.); iii) l’apprentissage de l’italien a contribué au recul du frioulan: d’après l’enquête menée par M.I., la plupart des locuteurs interrogés n’étaient pas conscients que le frioulan était une langue à part entière et le considéraient plutôt comme un dialecte italien difficilement intelligible. Ainsi fréquentaient-ils volontiers les classes italiennes en Roumanie (ibid.); iv) soit dit en passant: il y avait, à l’époque, en Roumanie, à côté des Frioulans un deuxième groupe d’immigrés en provenance d’Italie: les Bellunais (originaires de la région de Belluno). Il semble que là où les deux idiomes ont cohabité, le bellunais l’ait toujours emporté sur le frioulan. De surcroît, M.I. a observé que, dans les mariages mixtes, le bellunais jouissait d’un prestige supérieur; ainsi, les maris bellunais avaient coutume d’interdire à leur femme de parler frioulan avec leurs enfants (409 s.). Un rapide survol de la géographie des six aires dialectales italiennes du frioulan (a)-(f) établie par Francescato 19 permet de préciser l’appartenance dialectale des Frioulans de Roumanie (412). Ceux qui se sont fixés à Greci parlent un dialecte occidental (Maniago, Spilimbergo) (= d), ceux qui habitent les montagnes 20 sont originaires du nord du Frioul (Ovaro, Prato Carnico et Pontebba), donc des Alpes carniques, et parlent des dialectes carniques, enfin les habitants de l’Olténie (autour de Craiova) seraient issus des environs de Gorizia, de Cormons et de Gradisca d’Isonzo. Les différences entre ces dialectes sont surtout d’ordre phonétique (413). Je ne cite ici qu’un exemple (M.I. en présente plusieurs, 413-20): la diversification dialectale à partir du traitement du -a atone, en position finale. Ce -a évolue en -e (cf. cjasa . cjase) dans les variétés parlées par les colons originaires d’Ovaro et de Pontebba (Alpes carniques) tandis que dans les autres non. Autour de Greci, cet -a ne connaît aucune modification. Un tableau synoptique (421) permet de s’informer facilement sur les phénomènes phonétiques du frioulan de Roumanie (413-20). L’étude des contacts linguistiques entre le frioulan et le roumain se prolonge dans «Rumänisch-friaulische Substratwörter» (515-18). L’observation selon laquelle certains mots du lombard alpin se retrouvent également en albanais a déjà fait l’objet de diverses publications du début du siècle dernier. Il s’agirait là de mots appartenant au substrat illyrien, voire pré-indoeuropéen. Rares sont les cas où l’on a également pris en considération le roumain dans le cadre de ces comparaisons. M.I. a cependant montré que certains mots roumains traditionnellement imputés aux substrats slave 21 ou hongrois, se retrouvent également dans les Alpes. En fonction des langues qui partagent des mots issus de la même racine, l’auteure définit (515 s.) cinq groupes: Besprechungen - Comptes rendus 250 22 Dans le cas de piém. pauta, la signification n’est pas indiquée (516). 23 Chez M.I., l’on trouve «südfr.» (516) que j’ai rendu fidèlement par fr. méridion. Entend-elle l’occitan par «südfr.»? 24 FEW = W. v.Wartburg, Französisches Etymologisches Wörterbuch, Tübingen/ Basel 1922-2002, en ligne: https: / / apps.atilf.fr/ lecteurFEW/ . 25 ASLEF = G. B. Pellegrini, Atlante Storico-Linguistico-Etnografico Friulano, Padova 1972. 26 G. Bossong, Die romanischen Sprachen. Eine vergleichende Einführung, Hamburg 2008: 256. 27 C.Tagliavini, Einführung in die romanische Philologie, Tübingen/ Basel 1998: 287. i) roumain, albanais, frioulan (p.ex. roum. cioar ǎ ‘corbeau’, alb. shorë, frioul. ciore); ii) roumain, albanais, frioulan, italien, romanche (p.ex. roum. ciung/ ciunt ‘scié’, ‘coupé à la hache’, ‘sans branches, sans bras, sans main’, alb. tsunk ‘inutilisable’, ‘invalide’, frioul. cionc ‘souche’, fassan. cionch ‘mutilé’, tosc. cionco ‘coupé’, ‘cassé’, calabr. mani-ciuncu ‘sans main’, engad. tschung ‘faible’, tschunchaer ‘couper’, surs. tschuncar ‘id’); iii) roumain, albanais, (frioulan), italien, gallo-roman, ibéro-roman (p.ex. roum. balt ǎ ‘flaque’, alb. baltë ‘crotte’, dalm. balta ‘id.’, frioul. palte ‘id’, vén./ lomb./ émil. palta ‘id’, piém. pauta 22 , fr. méridion. 23 pauto, cat. panta ‘marais’, esp. pantano ‘id.’); iv) roumain, frioulan, italien septentrional, gallo-roman (p.ex. roum. talpa ‘plante (du pied)’, frioul. talpe ‘patte’, comél. talpa ‘id’. Pour les continuateurs gallo-romans de ‘patte, grande main’, M.I. renvoie au FEW 24 (s. talpa); v) roumain, frioulan, italien septentrional (romanche) (p.ex. roum. zimbru ‘aurochs’, surs. schiember ‘id’). Sur la base des données de l’atlas linguistique du frioulan (ASLEF) 25 , M.I. ajoute d’autres exemples où un mot roumain est attesté également en frioulan (516 s.): ainsi ad i), roum. sterp ‘stérile (animal)’ équivaut à alb. shterpë ‘stérile’ et à frioul. sterpe (ASLEF 2, 1115, carte 275); ad iii) roum. gu şǎ ‘goitre’ correspond à frioul. go ſ e (ASLEF 3, 395). Ce travail devrait se poursuivre, selon l’auteure, par la recherche systématique d’éventuelles concordances entre tous les mots roumains susceptibles d’être substratiques et les unités italoet rhéto-romanes. L’explication des correspondances lexicales pourrait résider, selon M.I., dans une couche substratique commune, illyrienne ou pré-indoeuropéenne (518). Dans cet ordre d’idées, je rappellerai cependant qu’un dialecte roumain, l’istro-roumain, se parlait aux portes du Frioul 26 , sur la péninsule d’Istrie. La toponymie indique que cet idiome était plus largement répandu par le passé. Ne subsistent à l’heure actuelle qu’environ 1500 locuteurs de cette langue 27 . Certaines de ces correspondances lexicales ne seraient-elles pas attribuables à des contacts adstratiques entre ces groupes linguistiques géographiquement voisins? La perspective s’élargit sur les trois aires rhéto-romanes dans une série d’études relatives à divers champs lexicaux: M.I. s’intéresse à leur diachronie en suivant leur différenciation lexicale selon les dialectes. Prenons comme exemple le champ «‘Parler’ en rhétoroman» (289-95) et «‘Parler’, ‘bavarder’ et ‘aboyer’ en rhétoroman central» (359-62). Pour exprimer la notion de ‘parler’, le latin disposait de treize verbes: fabulare (variante: *fabellare), parabolare, rationare, discurrere, placitare, recitare, praedicare, divisare, causari, questinare, allegare, *baiare et *spellire (289) parmi lesquels les différentes aires linguistiques de la Romania ont fait leur choix. Le rhéto-roman n’a conservé que fabulare (variante: *fabellare), rationare, discurrere, placitare et *baiare (et parabolare) (289). Pour montrer les modalités de conservation de ces verbes dans les différents dialectes des trois idiomes rhéto-romans (I = Besprechungen - Comptes rendus 251 28 La marque «eng.» n’est pas suffisamment précise ici. Que faut-il entendre par «eng.»? S’agit-il du haut-engadinois, par opposition au bas-engadinois et au dialecte de la Val Müstair? 29 R. Liver, Der Wortschatz des Bündnerromanischen. Elemente zu einer rätoromanischen Lexikologie, Tübingen 2012. 30 En livinallongais les équivalents de baie sont baucher et bauca (360). 31 La distinction entre homonymie et polysémie a déjà fait couler beaucoup d’encre. Partant de l’observation que dans les mots certains sens se combinent de façon préférentielle et que ces combinaisons se répètent de façon régulière dans le lexique, je propose de voir dans ce principe de récurrence le critère par excellence de la polysémie même (Timmermann 2007: 126). Sur cette base, je présente dans Timmermann 2007: 122 s. un modèle sur la distinction entre homonymie et polysémie qui - en dehors du principe de la récurrence - repose sur la quantité des couples d’acceptions (tels [bruits animaliers] → [langage humain]): dans ce modèle, cette distinction cesse donc d’être une simple opposition dichotomique (polysémie vs homonymie) pour devenir désormais un phénomène graduel: plus un couple d’acceptions (comme p.ex. celui de [bruits animaliers] → [langage humain]) est récurrent dans le lexique, plus le phénomène de la polysémie se fait ressentir dans la cognition du frioulan, II = rhéto-roman-central, III = romanche), l’auteure distingue une phase ancienne et une phase moderne. Ainsi, fabellare est présenté par M.I. de la façon suivante (290): - Phase ancienne: I. frioul. fevelâ; II. - (Val di Non tavelar); III. eng. 28 fafler (b. eng, must. taveller); surs. ? (cf. faviala); - Phase moderne: I. frioul. fevelâ; II. - (Val di Non tavelar); III. - (b. eng., must. taveller/ -ar). Il en découle que le mot (haut? ) engadinois (cf. N28) fafler, bien qu’étant le résultat du mot *fabellare, panroman à l’origine, tombe en désuétude entre les deux phases. De tout temps, à l’exception du Val di Non, le mot semble absent des dialectes ladins, dits rhéto-romans centraux. M.I. arrive ainsi à la conclusion que «la conservation de fabellare/ fabulare est ... loin d’être totale ... pour les dialectes dits rhétoromans» (290). D’une façon comparable, l’auteure présente rationare (290 s.), discurrere (291), placitare (291 s.), recitare (292) et baiare (292 s.). En complément à M.I., on consultera l’analyse très révélatrice de Liver 2012: 24 s. 29 du même champ sémantique dans les dialectes romanches: selon Liver, la différenciation diatopique ne dépend pas que du choix que fait chaque dialecte individuel pour continuer tel ou tel mot, mais également de l’attribution stylistique que les dialectes individuels font par rapport à chaque mot, souvent sur la base des mêmes unités: ainsi, le sursilvan partage tschintschar et discuorer avec l’engadinois, où ces mots se présentent sous la forme tschanscher/ tschantschar et discuorrer. Mais à la différence du sursilvan où tschintschar appartient au niveau stylistiquement neutre (non-marqué), le même niveau est représenté par discuorrer en engadinois. Revenant sur le champ lexical «parler» dans «‘Parler’, ‘bavarder’ et ‘aboyer’ en rhétoroman central» (359-62), M.I. met en évidence la particularité du gaderois baie, signifiant ‘aboyer’, à l’origine, qui a pris le sens de ‘parler’ (361), alors qu’en livinallongais 30 et en gardenais, baie signifie toujours ‘aboyer’ (360). Cette spécificité du gaderois serait due - selon M.I. - à l’existence d’un autre mot, à savoir ladre ‘aboyer’ ( , latrare) qui, dans ce dialecte, prend la place occupée par baie ‘aboyer’ dans les autres dialectes ladins mentionnés (361). Toujours selon M.I., l’apparition de ladre ‘aboyer’ serait à rechercher dans le besoin d’«éviter une homonimie [sic] intenable» (ibid.). Malheureusement, M. I. nous laisse sur notre faim quant à ce qu’elle entend par «homonimie [sic] intenable». S’agirait-il du fait qu’à un moment donné, baie signifie les deux, ‘aboyer’ et ‘parler’? À mesure que cette homonymie (je préférerais parler ici de polysémie) 31 s’estompe au profit de ‘parler’, la place Besprechungen - Comptes rendus 252 locuteur, plus on est en droit de parler de polysémie. Ainsi, la polysémie finit d’être un phénomène purement statif pour devenir désormais une entité mentale. Pour la discussion de cas critiques de polysémie, l’on comparera Timmermann 2007: 122 s. (cf. J.Timmermann, Lexematische Wortfeldforschung. Das Wortfeld «Gewässer» im Französischen, Deutschen, Englischen und Spanischen, Tübingen 2007). 32 RWR (Repräsentativer Wortschatz der romanischen Sprachen) = Vocabularul reprezentativ al limbilor romanice, ed. M. Sala et al., Bucure ş ti 1988. sémantique occupée auparavant par baie ‘aboyer’ devient vacante au point d’attirer un autre mot, à savoir latrare ‘aboyer’ (361). Une situation comparable «se retrouve aux Grisons avec des connotations péjoratives et en bergamasque» (ibid.). Une figure polysémique analogue s’observe également dans plusieurs autres langues modernes, d’où: fr. Le chien aboie. → aboyer contre qn ‘crier contre qn’, ‘ invectiver’; L’adjudant aboie ses ordres. esp. En España no se habla en los bares o los restaurantes, se ladra. angl. She barked out an order. Ces exemples montrent bien que la langue humaine possède une certaine disposition à l’expressivité. Pour cette raison, les expressions des bruits animaliers exercent une grande force d’attraction sur les locuteurs. Mais ces façons de parler, à force de se répéter, perdent de leur force au point de devenir, à la longue, stylistiquement neutres: de même que caballus, signifiant ‘rosse’ à l’origine, devient le terme neutre, non marqué cheval, en gaderois baie ‘aboyer,’ par l’intermédiaire de ‘gueuler’, entre dans le champ lexical de «parler». Après avoir perdu sa force expressive, sa signification passe à ‘parler’, comme c’est le cas en gaderois actuel. Dans une même optique s’inscrit l’étude intitulée «‘Weinen’ und Verwandtes im Rätoromanischen» (297-305) qui s’intéresse à savoir pourquoi entre certains champs lexicaux les mots changent plus facilement de place qu’entre d’autres. En se basant sur l’exemple des champs «pleurer» et «crier» M.I. parvient à la conclusion que l’inhérence d’un faisceau de traits sémantiques (sèmes) communs crée la base qui facilite de tels transferts d’unités lexicales (298 s.): ‘pleurer’ s 1 / verser des larmes/ + s 2 / sensation de malaise/ ou s 3 / à cause d’une émotion négative/ ou s 4 / à cause d’une émotion positive/ + s 5 / émettre des sons/ +s 6 / sons = inarticulés/ ‘crier’ s 5 / émettre des sons/ + s 6 / sons = inarticulés/ + s 7 / sons = bruyants/ + s 2 / sensation de malaise/ ou s 3 / à cause d’une émotion négative/ ou s 4 / à cause d’une émotion positive/ Ces configurations sémiques partiellement identiques (s 3 , s 4 , s 5 , s 6 ) en seraient la cause. Il n’y a donc rien d’étonnant à ce que le champ lexical «pleurer» ait adopté plusieurs mots qui, étymologiquement, sont issus du champ «crier», à savoir: surs. bragir/ surm. bargeir , *bragire, engad. cridar , quiritare, lad. dol. bradlé , *bragulare, liv. braglé , *bragulare, etc. (297 s.). Toujours dans l’optique de la diversité des langues rhéto-romanes, M.I. problématise sa contribution à un ouvrage lexicographique de grande envergure, le vocabulaire représentatif des langues romanes (= RWR 32 ) réalisé sous l’égide de l’Institut de Linguistique de Bucarest. Dans cet ouvrage englobant neuf langues romanes, M.I. a été responsable de la partie consacrée au rhéto-roman. Dans «Der repräsentative Wortschatz der romanischen Sprachen: Das Besprechungen - Comptes rendus 253 Rätoromanische» (199-204), elle réfléchit aux difficultés de ce travail: que faut-il entendre par vocabulaire représentatif? En principe, cette notion se rapporte à un ouvrage lexicographique où la présentation de chaque langue se base sur les mêmes critères (200), garantissant ainsi une comparabilité maximale entre les langues. L’élaboration de la macrostructure de ce type de dictionnaire répond à trois critères (201): (i) à l’usage (correspondant grosso modo à la fréquence d’un mot); (ii) à la richesse sémantique (cf. la variation polysémique d’un mot); (iii) à la capacité à former des dérivations. Or, la mise en pratique de ces critères peut faire difficulté, notamment dans le cas des «petites» langues romanes telles que le rhéto-roman pour lesquelles il n’existe pas de dictionnaire de fréquence. Dans un tel cas, le premier critère est inopérant (201). Mais les critères (ii) et (iii) ne sont pas non plus sans poser des problèmes, également attribuables à l’insuffisance de la documentation lexicographique disponible (comme p.ex. à l’inexistence de dictionnaires étymologiques pour certains dialectes). En fin de compte, la sélection des mots lemmatisés par M.I. répond à quatre critères. Est considéré comme représentatif (202): (i) un mot d’origine latine qui a pour corrélat un mot de même étymologie au moins dans une deuxième langue romane; (ii) un mot qui a au moins deux sens; (iii) un mot dont est dérivé au moins un deuxième mot; (iv) ne pouvant pas recourir au critère de la fréquence en l’absence d’un dictionnaire de ce type, M.I. entend rendre compte de l’importance d’un mot par le biais de son étymologie: sont intégrés également les mots de provenance latine à condition de figurer sur les listes des autres langues romanes et de se rapporter à des notions importantes, ce qui revient à dire que dans son vocabulaire ne sont admis que les mots d’origine latine (202). Quant à moi, j’ai des doutes quant à la possibilité de traiter la fréquence et l’étymologie comme deux critères interdépendants et interchangeables. Certes, dans la mesure où les listes des autres langues se fondent sur des dictionnaires de fréquence, ce critère entre également dans la liste du rhéto-roman, du moins d’une façon indirecte. En revanche, plutôt que de s’appuyer sur le critère étymologique, je proposerais de choisir directement la liste de fréquence d’une autre langue comme point de départ et de trouver «le rhéto-roman fondamental» à partir de cette liste, c’est-à-dire les équivalents rhéto-romans du français fondamental, par exemple. En effet, l’on pourrait bien poser le principe que dans la mesure où les langues se réfèrent à la même réalité extralinguistique, les contenus les plus fréquents dénotés par les mots sont relativement stables d’une langue à l’autre. Il devrait donc en être de même pour les mots. On saluera tout de même le fait de trouver chez M.I. - à l’issue de la discussion détaillée des critères à l’origine de ce type de dictionnaire - la liste en entier du vocabulaire retenu, avec non moins de 1134 entrées (malheureusement sans pagination). Une vraie mine d’informations! Citons en exemple - pour donner une image de ce type d’ouvrage - ses trois premières entrées: Besprechungen - Comptes rendus 254 33 Les crochets signalent qu’il s’agit non d’un mot hérité, mais d’un emprunt (203). Mais à quelle langue? Est-il question ici de néologismes latins ou d’emprunts à des langues romanes voisines? M.I. ferait bien de le préciser. 34 Le mot manque en sursilvan. 35 G.A. Pirona et al., Il nuovo Pirona. Vocabolario friulano, Udine 1935. 36 G. Rohlfs, Romanische Sprachgeographie. Versuch einer romanischen Wortgeographie, München 1971. sursilvan engadigaderois frioulan significacat. étymonois tion gramm. logie 1 [accor [accordar] [accordè] [accordà] ‘die Saiten Vb. *accordar] 33 stimmen’ dare 2 - 34 adester adestrè giestri ‘rechts’, Adj. S. dexter ‘geschickt’ 3 adual ingual valí + ivus auàl ‘gleich’ Adj. aequalis À côté de son travail de lexicographe, M.I. s’avère être une critique compétente en matière de métalexicographie, certains dictionnaires étymologiques tenant insuffisamment compte du rhéto-roman, soit dans son ensemble, soit de certains de ses dialectes. Ainsi, dans «Notes frioulanes en marge du FEW» (501-03), elle propose de tenir compte également de frioul. pajan dans l’entrée paganus du FEW (467), en particulier à cause de son sémantisme caractérisé par la synonymie entre les adjectifs frioul. pajan ‘païen’ et sarasin: selon M.I. (501), ce serait «indubitablement à cause de cette synonymie ... que le sens botanique a été adopté par le premier». Toujours selon M.I., l’étymologie de frioul. lancûr ‘faiblesse physique’ 35 prête à confusion: dans FEW 10: 55 tout comme déjà dans REW 7041, ce mot est rangé sous rancor, dans ce dernier sémantiquement «sous point 2 ‘Groll’, ‘Sorge’» (502). Or, M.I. observe que, du point de vue sémantique, frioul. lancûr ‘faiblesse physique’ se rattache plus facilement à lat. languor ‘fatigue maladive’ (ibid.). À la fin de l’article (dernier passage [503]), elle ajoute enfin toute une série d’autres formes frioulanes qu’il y aurait lieu de présenter à côté des autres formes romanes. Au même titre que le FEW, certains articles du REW auraient besoin d’être complétés par des mots frioulans. À titre d’exemple, l’on ne citera ici que les trois premiers articles présentés par M.I. (505). dans les Addenda frioulanes au REW (505-14): 172 adj ū t ā re: frioul. aiudâ ‘aider’. Panroman. surs. gidar, eng. agüder, gad. aiuté (505); 242 2 *aramen: frioul. ram ‘cuivre’. Panroman. gad. gard. liv. ram, eng. aram, surs. irom ... (ibid.); 243 a ě r ū go, ĭ nc: frioul. rùzin ‘rouille’. Mot d‘aire roumaine, italienne, sarde ... liv. fass. ružum, bad. rüža ... (ibid.). La même critique s’étend à d’autres ouvrages de référence. Ainsi, dans «Rätoromanisches zu Gerhard Rohlfs Romanischer Sprachgeographie» 36 (307-17), M.I. complète la vision panromane de ce livre en ajoutant les solutions rhéto-romanes aux «grandes» langues romanes, avec le sursilvan et l’engadinois comme dialectes de référence pour le romanche et le gaderois pour le ladin: Besprechungen - Comptes rendus 255 37 H. G. Klein/ T. D. Stegmann, EuroComRom - Die sieben Siebe. Romanische Sprachen sofort lesen können, Aachen 2000. 38 Je propose ce terme comme corrélat à lexicologie. 39 Le factitatif indirect (IF = indirekter Faktitif) correspond, sur la base de l’opposition «action (+/ -directe)», à l’action indirecte: si l’action est directe, «le déclencheur (actant 1/ sujet) exerce une action directe sur l’actant 2 - objet qui a le rôle de patient» (152); si, par contre, l’action est indirecte «le déclencheur fait réaliser l’action par un intermédiaire, normalement animé et humain» (ibid.). 40 Selon le critère de l’intentionnalité, «l’actant 1 dispose ... d’une force volitive qu’il peut activer ou non, car il peut déclencher l’action de la phrase ... avec intention ou sans intention.» (152). 41 Selon le critère de l’autorité «l’actant déclencheur peut disposer d’un certain degré d’autorité, de pouvoir ... qui lui permet de contrôler d’une façon plus ou moins forte l’actant 2» (152). - (cf. Rohlfs §35) suite à la disparition du genre neutre du latin, les noms relevant à l’origine de cette catégorie adoptent soit le genre masculin, soit le féminin. Cette évolution fait l’objet d’une différenciation dialectale parmi les idiomes rhéto-romans aussi: les continuateurs des latins mel, fel, sal relèvent du masculin dans les Grisons, mais sont du féminin en ladin et en frioulan, tandis que sal se comporte ici comme en romanche (309); - (cf. Rohlfs §100) par rapport à la notion de ‘tailleur’, le ladin et le frioulan continuent le lat. sartor; le romanche, comme c’est souvent le cas, s’oriente vers l’allemand (cf. aussi Liver 2012: 152 s.), d’où schneder (311). - (cf. Rohlfs §120) si, par rapport à la notion de ‘gauche’, les formes zanc/ zamp coexistent en frioulan avec sinistre, la première se retrouve en engadinois sous la forme de tschanc tandis que seniester est la solution du sursilvan (312). L’intérêt que M.I. porte au lexique est loin d’être de nature purement scientifique. Au contraire, elle sait que les langues vivantes doivent être pratiquées et que les langues romanes doivent faire face à l’hégémonie de l’anglais (179). C’est dans cet esprit qu’elle s’interroge dans une contribution d’orientation didactique - «Ist ein interromanisches Leseverständnis möglich? » (179-92) - sur les possibilités d’une intercompréhension écrite au niveau des langues romanes. À l’instar de Klein/ Stegmann 2000 (64 s., 140 s.) 37 , elle constate que cette dernière est facilitée par (i) les néologismes de type gréco-latins qui sont prompts à se transmettre de langue en langue (181). (ii) À cela s’ajoutent, entre autres, les transformations analogiques et phonétiques et les morphèmes de dérivation propres à chaque langue (ibid.). Chose inattendue, les mots hérités provoquent des difficultés (ibid.). Ces principes sont illustrés sur la base de trois extraits de texte, deux tirés du traité d’Helsinki et un tiré du roman Le nom de la rose (182-91). Revenant à la question initiale, M.I. conclut que l’intercompréhension romane écrite est possible en principe, mais seulement sous certaines conditions: elle dépendrait largement de la langue de départ (p.ex. entre l’italien et l’espagnol l’intercompréhension est facile [186]); elle plaide de façon passionnée pour un bon enseignement du latin qui serait à mettre au service de l’intercompréhension (écrite) (ibid.). Les études linguistiques consacrées à la grammaire (gammaticologie) 38 ouvrent une troisième perspective thématique sur les idiomes rhéto-romans, aussi bien dans une optique synchronique que diachronique: dans ce contexte, le factitif est au rendez-vous avec trois études. Après avoir introduit les principaux traits sémantiques qui entrent en jeu dans la description synchronique du factitif, M.I. regarde de plus près, dans «Das Faktitiv in den rätoromanischen Mundarten» (343-58), certaines des constellations qui s’observent dans les idiomes rhéto-romans. De quelles tournures se servent-ils pour rendre compte du même sémantisme? À l’exemple de la constellation [IF] 39 + [intention] 40 + [autorité] 41 + [signification perlocutoire du factitif] + [aspect duratif de la sémantique du verbe auxiliaire] (348), elle Besprechungen - Comptes rendus 256 42 Le gardenais peut aussi avoir recours à une construction formée à partir de lat. mittere (348): l’uem [sic] à metú su n detectif a ti sté do a si fëna à côté de: l’uëm fej peduché si fëna da n detectif. 43 Font exception l’ancien français: li filz le rei (366) et le roumain moderne fiul regelui (ibid.). 44 Et ceci d’autant plus qu’on ne les trouve que difficilement dans les encyclopédies. montre, entre autres, que si la quasi-totalité des idiomes rhéto-romans (engadinois, gardenais 42 , gaderois) peuvent avoir recours à lat. laxare pour rendre le sémantisme en question, le sursilvan se limite à facere. Quant au frioulan et au gardenais, ils possèdent les deux options. Dans «Une particularité syntaxique du romanche d’origine obscure: Le groupe nominal formé par deux substantifs juxtaposés» (363-68), M.I. attire l’attention sur une construction syntaxique du type engad. la porta tablà ‘la porte de l’étable’ où l’absence de préposition entre les deux noms (comme ici entre porta et tablà) est frappante. Cette construction est aussi insolite qu’intéressante parce qu’elle est (presque) sans corrélat au sein des langues romanes 43 où normalement, la préposition de est intercalée entre les noms (cf. fr. la porte de l’étable). Plusieurs hypothèses ont été formulées pour expliquer la genèse de la tournure romanche. M.I. discute (i) l’analogie (364), (ii) l’influence de l’allemand (364 s.) et (iii) un héritage direct du latin (365 s.). La première hypothèse prend le type N + DE + N (la porte de l’étable) comme point de départ. Lorsque le déterminant commence par une voyelle, le de s’élide: «DE . d’» (364); le d’ finit par tomber lorsque le déterminant commence par une dentale. La pierre d’achoppement est ici qu’une construction marginale, quantitativement tout à fait insignifiante, du type amur-Diu, aurait joué le rôle de catalyseur pour initier une évolution radicale conduisant à la réorganisation d’une structure grammaticale toute entière. Malgré cela, trouvant peu concluantes les théories (ii) et (iii) qu’elle présente par la suite, c’est nolens volens la solution (i), en dernière analyse, qui est favorisée par M.I. (368). En ce qui me concerne, j’ajouterais une observation à ces considérations: la construction mentionnée se trouve non seulement dans les différents dialectes du romanche, mais aussi dans la toponymie des Grisons, p.ex. en Engadine, Plan Selva ‘plaine de la forêt’ (363) ou en Surselva Plaun Liets ‘la plaine du lac’ (ibid.); toutefois on la retrouve aussi avec préposition en Haute-Engadine sous la forme Plaun da Lej qui désigne une petite localité située au bord du lac de Maloja. Comment ce toponyme se comporte-t-il par rapport aux théories (i)-(iii)? Pourrait-il illustrer une autre phase dans l’histoire de cette construction, conservée par la fixation du toponyme? Dans un même ordre d’idées, l’on comparera dans ce même volume deux autres travaux de l’auteure où le roumain est de nouveau au rendez-vous: «Die logisch-semantische Präposition ‘mit’ im Surselvischen und im Rumänischen» (369-81) et «Die Präpositionalsyntagmen (Präp. + Art,/ 0 + N] im Engadinischen und im Rumänischen» (383-96). L’ouvrage se clôt par une nécrologie consacrée à Heinrich Schmid (529 s.) avec qui M.I. entretenait des relations suivies, les deux romanistes nourrissant un vif intérêt pour les idiomes rhéto-romans. Avant de conclure, jetons encore un rapide coup d’œil sur la présentation d’ensemble de l’ouvrage: nous avons affaire ici à une compilation d’articles, mais de rien de plus. Ce n’est pas là un désavantage en soi. Mais, amateur de géographie, je sais de mes cours que des glottonymes (tels gaderois, gardenais, fassan, etc.) que l’on rencontre au fil de la lecture poseraient certainement des problèmes aux étudiants. Un article d’introduction contenant une carte synoptique de leurs aires linguistiques leur faciliterait considérablement la lecture 44 . De même, quelques repères historiques seraient les bienvenus. Ainsi, pour ne donner qu’un exemple, les conclusions sur les divergences entre les idiomes rhéto-romans (cf. 75, 195, 284, Besprechungen - Comptes rendus 257 45 L’on comparera, dans ce contexte, la présentation, aussi informative que succincte, de G. Bossong 2008: 173 s. 46 J.Timmermann, compte rendu de R. Liver 2012, VRom 74 (2015): 279-83. 304, 314, 361 s., passim) et sur la position particulière du frioulan (198, 284, 315, 387, 404, passim) pourraient ainsi être mieux comprises par le lecteur dans le contexte de la questione ladina 45 . Cette «petite» critique s’adresse d’ailleurs aussi à nombre d’autres recueils de ce type: créer un lien entre les différents travaux, fournir des informations de fond, enfin, ajouter un seul article d’orientation générale permettrait à ce type de publication de gagner en clarté. En guise de conclusion, je soulignerai que non seulement l’éventail thématique de l’ouvrage sort de l’ordinaire mais que les informations fournies par les articles sont loin d’être le pain quotidien des romanistes; il s’agit souvent d’informations rares qu’on trouve difficilement ailleurs. C’est tout particulièrement sous cet aspect que j’ai voulu mettre en valeur le présent ouvrage. À cela s’ajoute sa riche documentation qui s’avère une vraie mine d’exemples (cf. notamment la partie rhéto-romane du vocabulaire représentatif roman présentée en entier) et qui donne matière à d’autres recherches. Comme j’ai eu l’honneur de présenter l’année dernière l’excellente étude lexicologique sur le romanche de R. Liver 46 , je conclurai en disant que, comme cette dernière, M.I. réussit pleinement à dessiner l’image d’une langue fascinante ou, pour mieux dire, l’image pluridimensionnelle de l’ensemble des idiomes dits rhéto-romans qui, me semble-t-il, n’ont toujours pas trouvé la place qu’ils méritent à l’intérieur de la romanistique (allemande). Jörg Timmermann H Reinhard Kiesler, Sprachsystemtechnik. Einführung in die Satzanalyse für Romanisten, Heidelberg (Winter) 2015, 262 p. Im Vorwort beklagt sich Reinhard Kiesler, dass die Syntax in der Romanistik ein Schattendasein fristet. Aus diesem Grund gibt es in der deutschen Romanistik bisher keine Einführung in die Satzanalyse. Das vorliegende Buch soll nun diese Lücke schließen. Es richtet sich an Studenten der Romanistik, aber auch an alle Personen, die sich für die romanischen Sprachen und ihre Strukturen interessieren. Ein erstes Kapitel ist den theoretischen Grundlagen der Satzanalyse gewidmet. In einem zweiten Kapitel werden die Wörter und Wortarten definiert und eingeteilt, bevor dann in einem dritten Kapitel die Wortgruppen und Phrasen behandelt werden. Meistens unterscheidet man zwischen Verbalphrase, Nominalphrase, Adjektivphrase, Adverbialphrase und Präpositionalphrase. Zu diesen fünf Arten von Wortgruppen kommen noch infinite Konstruktionen. Diese Wortgruppen bilden die Bestandteile von Sätzen, welche die grammatikalischen Funktionen realisieren. Das vierte Kapitel ist der Beschreibung der Sätze gewidmet. Dabei wird unterschieden zwischen einfachen und komplexen Sätzen. Ein einfacher Satz ist etwa Le repas est bon. In diesem Fall handelt es sich um einen Verbalsatz mit einem finiten Verb als Prädikat (est). Dieselbe Aussage könnte man auch mit einem Nominalsatz machen: Bon, le repas. Hier ist das Prädikat nominal (bon). Die einfachen Sätze können in Aussagesätze (Le café est bon.), Fragesätze (Aimeriez-vous un café? ), Aufforderungssätze (Apportez-moi un café, s’il vous plaît.) und Ausrufesätze (Quel bon café! ) eingeteilt werden. Der einfache Satz hat nur ein Prädikat und mehrere obligatorische oder fakultative Ergänzungen. Der komplexe Satz hat mindestens zwei Prädikate und dazu weitere Ergänzungen (Il lit le journal pendant qu’il boit le café.). Besprechungen - Comptes rendus 258 In den nachfolgenden Kapiteln werden jeweils die Satzteile nach ihrer grammatikalischen Funktion behandelt: Prädikat, Subjekt, direktes Objekt, indirektes Objekt, Präpositionalobjekt, Subjektprädikativ, Objektprädikativ, Adverbiale. Jedes dieser Kapitel gliedert sich jeweils in drei Teile: Definitionen und Tests, Realisierungsformen und Probleme und Sonderfälle. Anschließend kommen jeweils noch Übungen. Beim Objektprädikativ sieht das beispielsweise wie folgt aus: Zuerst kommt die Definition des Objektprädikativs: «Das Prädikatsnomen zum Objekt oder Objektprädikativ (PN/ O) ist die syntaktische Funktion einer obligatorischen Konstituente, die nur bei bestimmten transitiven Verben auftritt und gewöhnlich in Genus und Numerus mit dem direkten Objekt kongruiert» (147). Die Verben, die mit Objektprädikativ konstruiert werden, werden dann in drei Klassen eingeteilt, nämlich Verben der Einschätzung (z. B. frz. tenir pour), Verben des Machens zu etwas (z. B. frz. rendre) und Verben des Nennens und Ernennens (z. B. frz. nommer). Das Objektprädikativ kann in Form eines Substantivs ohne Artikel (Ils ont appelé leur fille Mégane), einer Nominalphrase (Le journal a déclaré Merkel meilleure politicienne de l’année), einer Adjektivphrase (Je la trouve très belle), einer Adverbialphrase (Si tu le prends ainsi), einer Präpositionalphrase (Elle le traite comme le dernier des hommes) oder seltener eines Nebensatzes (Je le nommerai ce que je l’ai toujours nommé) realisiert werden. Bei der Analyse des Objektprädikativs können vier Fälle Probleme aufwerfen: Mehrdeutigkeiten, die freien Objektprädikative, Abgrenzung von Objektprädikativ und Adverbiale und Sonderfälle der AcI-Konstruktionen und der sogenannten prädikativen Relativsätze. Mehrdeutig ist ein Satz wie Il a trouvé cette femme étrange (ll l’a trouvée étrange/ Il l’a trouvée [cette femme étrange]). Ein freies Objektprädikativ liegt im Satz Je bois le café chaud (Ich trinke den Kaffee heiß/ ich trinke den heißen Kaffee) vor. Im Satz Je te croyais à Paris ist nicht klar, ob à Paris ein Objektprädikativ oder ein Adverbiale ist. AcI-Konstruktionen sind Sätze wie Je vois Jean travailler, die insbesondere bei Wahrnehmungsverben und bei Verben des Lassens und Veranlassens vorkommen. An den Hauptteil des Buchs schließen sich Beispielsätze und Analysen, eine ausführliche Bibliografie, ein Register und Lösungsvorschläge für die Übungen an. Die Beispiele stammen immer aus dem Spanischen, dem Französischen und dem Italienischen, den im deutschen Raum am meisten studierten romanischen Sprachen. Die Satzanalyse ist kein Selbstzweck, ihr Sinn liegt im Bewusstmachen der Strukturen, die dem menschlichen Sprechen zugrunde liegen. «In diesem Sinne bedeutet Satzanalyse auch Sprachgefühlförderung» (176). Deshalb hofft der Autor, dass seinem sorgfältig verfassten Werk und der Satzanalyse den ihnen zustehenden Platz zukommt. Andreas Schor Dacoromania Carmen Dobrovie-Sorin/ Ion Giurgea (ed.), A reference grammar of Romanian. The noun phrase, vol. 1, Amsterdam/ Philadelphia (John Benjamins Publishing Company) 2013, 900 p. (Linguistik Aktuell/ Linguistics Today 207) La publication d’un nouvel ouvrage portant sur le roumain dans une maison d’édition prestigieuse témoigne de l’intérêt particulier, ces dernières années, que portent les milieux de la linguistique occidentale à cette langue de plus en plus prise en compte quand il s’agit des études typologiques ou comparatives. Fruit d’un travail de longue haleine, ce traité de grammaire roumaine a été réalisé par un groupe de syntacticiens coordonné par Carmen Dobrovie-Sorin (LLF/ CNRS, Paris) et Ion Giurgea (Institut de Linguistique «Iorgu Iordan - Al. Rosetti», Bucarest). Les rédacteurs se Besprechungen - Comptes rendus 259 sont proposé de présenter d’une manière moderne la morphosyntaxe de la classe nominale, l’une des plus complexes parmi les différentes parties du discours. Quant aux auteurs impliqués dans ce projet, ce sont des linguistes consacrés, ce qui contribue aux qualités scientifiques de l’interprétation des faits de langue analysés. Il faut préciser que la plupart de ces auteurs se réclament de l’école linguistique bucarestoise développée par l’académicienne Gabriela Pan ă Dindelegan, qui a réussi, au fil des années, à former des linguistes intéressés par la grammaire générative et par d’autres courants linguistiques tels que les grammaires formelles. Guidés par les idées promues par leur mentor, les coordinateurs mentionnés supra nous livrent un ouvrage ample et docte à la fois dans lequel ils mettent en évidence les particularités du roumain, la langue romane la plus conservatrice par rapport au latin, et adoptant comme cadre interprétatif le modèle formel. En dehors des éditeurs, rappelons le nom des autres grammairiens qui ont contribué à la réalisation de ce projet: Alexandra Cornilescu, Raluca Ionescu Br ă escu, Isabela Nedelcu, Sanda Reinheimer-Rîpeanu, Camelia Stan, Mihaela T ă nase-Dogaru, Andra Vasilescu, Ruxandra Vi ş an, Rodica Zafiu (toutes de l’Université de Bucarest), Blanca Croitor (Institut de Linguistique «Iorgu Iordan - Al. Rosetti» de Bucarest), Donka Farkas (Université de Californie, Santa Cruz), Alexandru Grosu (Université de Tel-Aviv), Virginia Hill (Université du Nouveau Brunswick, Saint John), Alexandru Mardale (INALCO, Paris), Mihaela Miron Fulea (Université «Ovidius» de Constan ţ a), Elena Negoi ţă -Soare (Université Paris 8), Liliane Tasmowski (Université d’Anvers). Il convient de préciser que certains de ces auteurs ont déjà été impliqués dans d’autres projets linguistiques soutenus financièrement par l’Académie Roumaine, comme l’élaboration des grammaires à statut académique: Gramatica limbii române, 2 vol., Bucarest 2005 ( 2 2008), Gramatica de baz ă a limbii române, Bucarest 2010 ou The grammar of Romanian, cette dernière publiée en 2013 chez Oxford University Press. Dans la «Preface», les coordinateurs précisent que le volume est consacré «to nominal categories and all the constituents that can occur inside in the Noun Phrase» et qu’ils envisagent l’élaboration d’un deuxième tome qui contiendra la description de «the Verb Phrase and the sentence» (xxv). De même, ils déclarent avoir essayé d’accorder une attention égale aux composants syntaxique («distribution, inventories of units and constructions and their generation») et sémantique («types of denotation of various phrases, combinatory rules») (xxv) entre lesquels il existe, sans doute, un lien étroit. Dans le premier chapitre («Introduction. Nominal features and nominal projections»), les éditeurs, ensemble avec Donka Farkas, indiquent que l’investigation «is descriptively oriented, using very few concepts of formal grammar. One of these concepts, which plays a key role in the description, is that of functional heads: we adopt the analysis of grammatical words such as articles and other determiners as functional heads in the nominal domain» (1). Dans les pages suivantes sont décrites les catégories grammaticales des parties de discours de type nominal (nombre, genre, cas, personne), auxquelles il s’ajoute les compléments, les modificateurs, les appositions ou la sémantique des déterminateurs, rapportés aussi aux faits de langue anglaise. Dans le deuxième chapitre («Bare nouns»), Carmen Dobrovie-Sorin s’occupe du problème soulevé par l’appellation de cette unité, en spécifiant, dès le début, que «Romanian is a language that has definite and indefinite articles, but neverthless allows NPs without articles or other determiners (hencefort ‘bare NPs’ abbreviated BNs) to occur in argument positions, most prominetly object positions» (49). Tout au long de ce chapitre, l’auteure décrit, entre autres, des aspects d’ordre général ou particulier concernant la place du sujet, les limites sémantiques des syntagmes, le système des anaphores, les positions adnominales, le comportement syntaxique des noms abstraits et les définitions nominales etc. (49-95). Le troisième chapitre, dû à Ion Giurgea («The syntax of determiners and other functional categories») est consacré aux «functional words in the nominal phrase», parmi lesquels Besprechungen - Comptes rendus 260 sont discutés les indéfinis, les démonstratifs, les numéraux, les pronoms personnels, les négatifs, les quantitatifs et leur comportement par rapport aux noms (97-174). Dans la quatrième partie du volume («The semantics of determiners»), Donka Farkas analyse le comportement syntaxique des déterminants qui «differ along several partly independent dimensions. A major division concerns quantificational force, separating determiners with universal force (fiecare ‘chacun’) from those with existential force (un ‘un’, -ul ‘le’, ni ş te ‘des’, câ ţ iva ‘quelques-uns’, vreun ‘quelconque’). A cross-cutting distinction separates several subspecies of determiners, grouped under labels such as ‹free choice› or ‹negative indefinites› or ‹demonstratives›» (175). De même, la grammairienne américaine détaille dans les pages de ce chapitre tous les déterminants. «Demonstratives and negative indefinites are varieties of existentials, the former within the definite group ..., and the latter within the indefinite category ... The ‹free choice› determiners in Romanian ..., on the other hand include the universal-flavored orice/ oricare as well as at least some uses of the existential vreun» (175). Dans le cinquième chapitre («Pronouns»), Sanda Rîpeanu Reinheimer, Liliane Tasmowski, Andra Vasilescu, Ion Giurgea et Rodica Zafiu abordent des problèmes morphosyntaxiques ayant trait aux pronoms, caractérisés par la catégorie grammaticale de la personne (les pronoms personnels, réfléchis, de politesse), ainsi qu’aux pronoms d’intensité et aux structures réciproques, les auteurs renvoyant, pour d’autres détails, au troisième chapitre (231-308). En ce qui concerne les syntagmes contenant des génitifs (DPS) et des possessifs pronominaux, ils sont traités par Carmen Dobrovie-Sorin, Isabela Nedelcu et Ion Giurgea au chapitre 6 («Genitive DPS and pronominal possessors»). Celui-ci est principalement «devoted to the syntax of marked constituents. The main empirical generalizations regarding genitive DPS (including personal pronouns) also hold for possessive adjectives, which will therefore be treated parallelly» (309). L’analyse menée nous semble très intéressante et les exemples sont adéquatement choisis, relevant, en même temps, les limites des certains usages des structures possessives, très diverses et fréquemment employées en roumain actuel. L’adjectif occupe une place importante dans l’économie de l’ouvrage; il est décrit dans le septième chapitre («The adjective») sur près de deux cents pages (355-529). Cela témoigne de l’intérêt particulier que portent les deux linguistes bucarestois, Alexandra Cornilescu et Ion Giurgea, à cette partie de discours qui est caractérisée par un nombre important de catégories grammaticales, généralement partagées avec d’autres nominaux. Les auteurs de ce chapitre mettent en évidence le fait que «the inflections of adjectives are shared by nouns and determiners. Due to this morphological similarity between adjectives and nouns in languages such as Greek, Latin and Romance (including Romanian), adjectives have been included among the nominal categories in traditional grammars» (354). La description est objective et quasiment exhaustive; elle s’appuie généralement sur des faits de langue actuels qui connaissent de larges disponibilités combinatoires (488-529). Dans le huitième chapitre («Adnomial prepositional phrases», 531-64), Alexandru Mardale et al. traitent des prépositions. Ils essaient d’illustrer le rôle essentiel des prépositions en roumain, qui sont nombreuses et occupent une place très importante, surtout en ce qui concerne les implications sémantiques et les restrictions d’usage car, assez souvent, le décodage du sens se fait par l’intermédiaire de celles-ci: «Prepositional phrases (PPs henceforth) can appear as complements or as adjuncts in the verbal, adjectival and nominal domains» (531). La perspective syntagmatique de type adnominal adoptée par Elena Soare et Rodica Zafiu dans le neuvième chapitre («Adnominal non-finite constituents and complement clauses», 565-96) nous paraît très intéressante. En effet, l’hypothèse présentée au début de la recherche et validée par la démarche interprétative tout au long de cette partie du volume Besprechungen - Comptes rendus 261 est la suivante: «Adnominal positions support verbal projections of different forms, from participials to fully inflected clauses, which function as complements/ arguments, or adjuncts» (565). En fait, il s’agit des détails de constitution des structures telles que copil b ă tut ‘enfant battu’ (Passive Participle), ap ă de b ă ut ‘eau à boire’ (Supine), listele con ţ inând semn ă turi ‘les listes contenant des signatures’ (Gerund/ Active participle), pl ă cerea de a c ă l ă tori ‘le plaisir de voyager’ (Infinitive), dorin ţ a s ă plece ‘le désir qu’il parte/ de partir’ (Subjunctive CP), întrebarea dac ă pleci ‘la question de savoir si tu pars’ (Interrogative CP), siguran ţ a c ă va reu ş i ‘la certitude qu’il réussira’ (Declarative indicative CP). Spécialiste reconnu de l’interprétation des phrases et des syntagmes relatifs, Alexander Grosu se propose, dans le chapitre 10 («Relative Clause Constructions and unbounded dependencies»), de décrire les «relative clause constructions (RCCs) in Romanian» qui consistent en «relative clause (RC) and some additional material», car «it is only in exceptional cases that an RCC consists exclusively of an RC» (597), ainsi que leurs modalités de réalisation (par exemple, Ion e fratele meu. El are trei copii. ‘Jean est mon frère. Il a trois enfants.’ . Ion, care are trei copii, e fratele meu. ‘Jean, qui a trois enfants, est mon frère.’ etc.). Dans le onzième chapitre («Deverbal nouns», 663-717), Alexandra Cornilescu, Carmen Dovrovie-Sorin, Ion Giurgea, Elena Soare et Camelia Stan décrivent des structures dans lesquelles sont présents des noms «derived from verbs (deverbal nouns, which will also be refered to as ‘nominalisations’)», parmi lesquels se détachent ceux qui sont «formed with infinitival or supine suffixes» et qui connaissent une grande productivité (cântare, exprimare, recurs, dormitul, mâncatul, etc: explicarea teoremei ‘l’explication du théorème’, b ă rbieritul lui la miezul nop ţ ii îi deranjeaz ă pe b ă ie ţ i ‘son rasage à minuit dérange les garçons’). Le chapitre 12, dû à Mihaela Miron-Fulea, Carmen Dobrovie-Sorin et Ion Giurgea, est dédié aux noms propres («Proper names», 719-45) qui, en roumain, en raison de leur flexion casuelle (nominatif-accusatif/ génitif-datif/ vocatif), connaissent des emplois particuliers, de larges disponibilités combinatoires ainsi que des fonctions grammaticales diverses et complexes à la fois. C’est le cas, par exemple, des positions prédicatives, constituées par des «naming verbs: the analysis of the position as predicative is based on the pronominalization with a ş a, astfel ‘so, like that’, cum ‘how’» (Am ajuns într-un loc numit Izvoarele. ‘Nous sommes arrivés dans un endroit appelé Izvoarele’) et «identity predications (L-au luat drept Gigi ‘Ils l’ont confondu avec Gigi’)» (745). La treizième partie, rédigée par Mihaela T ă nase-Dogaru, Ion Giurgea et Ruxandra Vi ş an, («Classifier and qualitative binominal constructions», 747-73), propose une analyse pertinente des structures qualitatives (binominal construction) dont le rôle est de limiter la quantité désignée par le nom situé en position secondaire (o sticl ă de vin ‘une bouteille de vin’, un pahar de vin ‘un verre de vin’, o gr ă mad ă de c ă r ţ i ‘une pile de livres’, un deget de whisky ‘un doigt de whisky’ etc.) ou d’attribuer une qualité au nom/ pronom déterminatif (o idio ţ enie de curs ‘un cours stupide’, o m ă m ă lig ă de om ‘un homme mou’, o namil ă de om ‘un (homme) géant’, bietul de el ‘le pauvre malheureux’). Le chapitre 14 («Appositions and juxtaposed nouns», 775-800), élaboré par Raluca Br ă escu et Ion Giurgea, contient la description des unités appositives assez fréquemment employées en roumain (par exemple, Maria, deputat ă de Ilfov, va da o declara ţ ie. ‘Marie, députée d’Ilfov, va faire une déclaration.’), ainsi que la juxtaposition des noms communs (caz limit ă ‘cas-limite’), perçue, parfois, comme constitution des noms composés. Une particularité du roumain est le vocatif, décrit par Blanca Croitor et Virginia Hill au chapitre 15 («Vocatives»). Celui-ci connaît des formes particulières et des emplois spécifiques. Il faut cependant avouer que, de nos jours, on peut percevoir un certain repli de son usage, de plus en plus concurrencé par la forme du nominatif-accusatif. Dans le seizième et dernier chapitre («Nominal inflexion», 825-56), Ion Giurgea se propose de présenter les catégories de la flexion de parties de discours de type nominal qui Besprechungen - Comptes rendus 262 justifient, parfois, la spécificité du roumain: «The inflexional features of nouns are number and case, those of adjective, pronouns, determiners and other functional categories are gender, number and case» (826). Dans le cadre d’une «simple» description structurelle de la morphologie nominale, l’auteur réussit à bien capter les particularités du roumain en insistant sur la flexion casuelle, ainsi que sur les alternances vocaliques ou sur la flexion particulière de certains noms. Le livre se clôt par une ample bibliographie («Bibliography», 857-91), structurée en fonction des chapitres. Elle nous permet d’identifier les sources qui ont guidé les auteurs dans l’élaboration de cet ouvrage et qui en justifient l’entreprise. Enfin, les lecteurs ont aussi à leur disposition un Index qui facilite la consultation ponctuelle. Nous sommes convaincu que cet ouvrage deviendra un livre de chevet pour les linguistes intéressés par la morphologie et par la syntaxe de la langue roumaine. Nous avons apprécié, en dehors de la présentation objective des faits de langue, le goût du détail, la pertinence des exemples choisis, ainsi que la démarche argumentative judicieusement réalisée dès le début. Adrian Chircu H Christian Discher, Sprachkontakt, Migration und Variation. Die frankophone Integration von Rumänen in Paris nach 1989, Tübingen (Narr) 2015, 272 p. (Tübinger Beiträge zur Linguistik 549) Nach dem Fall des Eisernen Vorhangs und dem Sturz Ceau ş escus im Jahr 1989 nahm die rumänische Einwanderung in den Großraum Paris stark zu. Christian Discher will in seiner Arbeit nicht nur den sprachlichen Aspekt dieser Immigration, sondern auch die Lebenswirklichkeit der Einwanderinnen und Einwanderer aus Rumänien im Gebiet um die französische Hauptstadt allgemein beleuchten. Dazu holt er relativ weit aus und beschreibt die Entwicklung in Rumänien vom Kommunismus über das Ende der Diktatur bis zur heutigen wirtschaftlichen und gesellschaftlichen Lage im Land. Er skizziert auch die Geschichte der rumänischen Auswanderung nach Frankreich. Als Grundlage der Analyse des vertikalen Sprachkontakts zwischen Rumänisch und Französisch dient ihm die funktionale Variationslinguistik von Thomas Stehl. Sie umfasst drei Ebenen: die Kompetenz der Variation, die Pragmatik der Variation und die Linguistik der Variation. Die Kompetenz der Variation beschreibt das mehrsprachige Wissen einer Person. Mit der Pragmatik der Variation werden die sogenannten «Gebrauchsdeterminanten» analysiert, d. h. in diesem Fall, wann Französisch und wann Rumänisch gesprochen wird. In der Linguistik der Variation wird das eigentliche Sprachmaterial untersucht. Zur Untersuchung des Grades der sprachlichen Integration legte Discher verschiedenen Einwanderinnen und Einwanderern (und ihren zum Teil in Frankreich geborenen Kindern) einen Fragebogen auf Französisch und Rumänisch vor. Die Untersuchungspersonen unterscheiden sich durch ihre gesellschaftliche und berufliche Situation, das Ausmaß ihrer Kontakte mit Französinnen und Franzosen, ihre Bildung und den Zeitpunkt der Einwanderung. Sie werden im Buch in vier Gruppen eingeteilt, wobei nirgends ausdrücklich gesagt wird, nach welchem Kriterium diese Einteilung erfolgte. Ihre Haltung gegenüber dem Aufnahmeland wird im Buch in den Kategorien Potenzielle Re-Emigrantinnen bzw. Re-Emigranten - mit den Unterkategorien Wirtschaftlich motivierte Einwanderinnen bzw. Einwanderer und Geringer qualifizierte Arbeitskräfte -, Integrationswillige Identitätsbewahrerinnen bzw. Identitätsbewahrer und Potenziell integrierte französische Rumäninnen bzw. Rumänen zusammengefasst. Besprechungen - Comptes rendus 263 Die Französischkenntnisse werden mit den Noten F+ und F-, die Rumänischkenntnisse mit R+ und R- bewertet. Es erstaunt wenig, dass F+ nicht unbedingt mit R- und umgekehrt korreliert, sondern dass es auch Personen mit F+ und R+ gibt. Hingegen taucht die Korrelation F- und R- bei keiner Untersuchungsperson auf (siehe Tabelle auf p. 256). Als Fazit kann man sagen, dass die sprachliche Integration bei den potenziellen Re-Emigrantinnen bzw. Re-Emigranten am geringsten ist: Die wirtschaftlich motivierten Einwanderinnen bzw. Einwanderer wären durchaus bereit, ihr Leben in Rumänien fortzusetzen, sollte sich die wirtschaftliche Situation dort verbessern, und den gering qualifizierten Arbeitskräften fehlen oft die Mittel und die Zeit, um ihre Französischkenntnisse zu verbessern. Die integrationswilligen Identitätsbewahrerinnen bzw. Identitätsbewahrer bemühen sich, besser Französisch zu lernen, ohne deswegen ihre Muttersprache aufgeben zu wollen. Am besten Französisch sprechen die potenziell integrierten Rumäninnen bzw. Rumänen. Sie haben oft die Schulen oder einen Teil davon in Frankreich besucht, was sich natürlich auf ihre sprachliche Integration positiv auswirkt. Damit wird ein weiterer Faktor angesprochen, der die Französischkenntnisse beeinflusst: Wer Französisch gesteuert (in der Terminologie von Discher), also in Sprachkursen oder in der Schule, gelernt hat, kommt auf ein höheres Niveau, als Personen, welche sich die Sprache ungesteuert, d. h. rein durch Zuhören und (gelegentliches) Sprechen, angeeignet haben. Im Kontakt zwischen den Sprachen stellt man fest, dass natürlich das Französische vom Rumänischen beeinflusst wird und umgekehrt. Das betrifft die Syntax, zum Teil den Gebrauch der Präpositionen. Phonetisch ist vor allem das Französische vom Rumänischen beeinflusst, was weiter nicht erstaunlich ist. Zum Teil markiert Discher auch Phänomene, die ganz einfach der französischen Umgangssprache entsprechen, insbesondere fehlendes ne bei der Negation. Mir persönlich ist aufgefallen, dass der Wortschatz im Rumänischen kaum vom Französischen beeinflusst wird. Von (Siebenbürger) Rumänen, die in Deutschland leben, habe ich schon Sätze wie Trebuie s ă pu ţă nesc (Ich muss putzen, anstatt Trebuie s ă fac cura ţ enie) oder Dac ă vrei o ma ş ina, trebuie s ă ş p ă r ă ne ş ti (Wenn Du ein Auto kaufen willst, musst du sparen, anstatt trebuie s ă faci economii) gehört. Diese Übernahmen kommen bestimmt nicht zuletzt daher, dass es für die beiden deutschen Verben keine entsprechende rumänischen Verben gibt, sondern man sie umschreiben muss, und dass die Siebenbürger Rumänen schon in Rumänien Kontakte mit der deutschen Sprache hatten. Schließlich gelten Putzen und Sparen (ob zu Recht oder zu Unrecht) als deutsche Tugenden. Solche Entleihungen aus dem französischen Wortschatz findet man in den Gesprächsausschnitten auf Rumänisch in Dischers Untersuchung nicht. Das liegt vielleicht daran, dass Französisch und Rumänisch sprachlich näher miteinander verwandt sind und das Rumänische ohnehin schon zahlreiche Leihwörter aus dem Französischen hat. Discher beklagt sich in seiner Arbeit auch des Öfteren über das schlechte Bild, das in den französischen Medien von den Rumäninnen und Rumänen gezeichnet wird. Dieses Phänomen gibt es nicht nur in Frankreich, sondern in ganz Westeuropa, und es hängt damit zusammen, dass die Medien meist nur im Zusammenhang mit Beteiligung an Verbrechen von den Osteuropäern (nicht nur den Rumänen) berichten. Ferner fordert Discher den französischen Staat immer wieder auf, mehr für die Integration der Rumäninnen und Rumänen zu tun. Der Staat kann sicher einiges machen, beispielsweise Sprachkurse anbieten oder mithelfen, gegen Vorurteile anzukämpfen, aber letztlich muss sich jede Einwanderin und jeder Einwanderer selber zumindest um die sprachliche Integration bemühen. Insgesamt ist die Arbeit von Discher sehr sorgfältig und wurde mit viel Herzblut verfasst, das spürt man beim Lesen deutlich. Andreas Schor Besprechungen - Comptes rendus 264 Italoromania Andrea Canova (ed.), Tra filologia e storia della lingua italiana. Per Franca Brambilla Ageno, Roma (Edizioni di Storia e Letteratura) 2015, xii + 133 p. (Temi e testi 133) Dobbiamo ad Andrea Canova l’organizzazione della giornata di studi e la raccolta delle relazioni pronunciate allora in un volume i cui motivi d’interesse si moltiplicano nella lettura, superando la felicemente sobria quantità delle pagine. La «Giornata di studi Franca Brambilla Ageno» prosegue nell’Università Cattolica di Brescia (nel 2016 il tema è stato Dante e i suoi primi imitatori. Origini e fortuna della terzina nella poesia italiana del Trecento); ma la prima, nel 2013, era dedicata al ricordo della studiosa nel centenario della nascita, e insieme raccontava della sua biblioteca, donata dagli eredi Elena e Marco Brambilla alla Sede bresciana della Cattolica. Franca Brambilla Ageno insegnò a lungo nel Liceo «Cesare Beccaria» di Milano; tenne, su invito di Franceschini, il corso di Filologia italiana e in séguito, su invito di Giuseppe Billanovich, il corso di Filologia dantesca all’Università Cattolica; la sua carriera accademica si svolse poi tutta nell’Università degli Studi di Parma. La Presentazione del preside di Facoltà Angelo Bianchi (vii-viii) e il Saluto del direttore di Dipartimento di Brescia Mario Taccolini (ix), con la Prefazione di Andrea Canova (xi-xii), aprono il volume. Gabriele Signorini, «Il fondo librario Franca Brambilla Ageno» (3-5), rievoca l’anno della donazione - il 1997 - e i problemi materiali di sistemazione e catalogazione dei libri. Un tempo diverso da quello presente, certo; eppure, anche per allora, quasi eroica la volontà di far posto nella biblioteca a questa «grande occasione di arricchimento. Lo spazio si sarebbe comunque trovato» (3). Carlo Paolazzi, «Franca Brambilla Ageno, ‹maestra› di filologia» (7-16), tratteggia il suo ricordo insieme umano, accademico e scientifico della professoressa. Richiesto di assistenza nel lungo lavoro preparatorio all’edizione del Convivio, di «un grande impegno ‹ascetico›» parlò padre Paolazzi dopo aver letto la ponderosa introduzione. «‹Ma io sono laica! ›, ribatté subito. E io: ‹Signora, per fare indagini filologiche come questa, ci vuole un ascetismo pari a quello degli anacoreti›» (12). Poi, visto «da dentro», il difficile cammino del Convivio, dopo l’incontro a Domodossola, nel 1987, della signora, accompagnata da Carlo Paolazzi, con Francesco Mazzoni e Gianfranco Contini (membri della commissione, con Domenico De Robertis e Cesare Vasoli, alla quale era affidato il «parere tecnico» sulla pubblicazione nell’Edizione Nazionale delle Opere di Dante) per presentare il lavoro. Gli «apprezzamenti» che Contini, da lungo tempo malato, non poté «trasmettere né a Lei, né alla signora Ageno» - così nella lettera del figlio Riccardo, in risposta a una richiesta di Paolazzi, del 7 gennaio 1990, di poco precedente la morte di Contini il primo febbraio (14). Il lungo silenzio (tre anni) della Società Dantesca; quando, nell’estate 1990, Mazzoni rimandò a Brambilla Ageno l’edizione con le abbondanti note su «‹discordanze› fra introduzione, testo e apparato» apposte da coloro ai quali egli aveva delegato la revisione, l’autrice ne fu irritata tanto da meditare di stampare il lavoro fuori dall’Edizione Nazionale - e Paolazzi registra le parole che ascoltò da lei allora: «Chi ha fatto il controllo del mio lavoro si intende di filologia come io mi intendo di elettronica! ... non hanno capito che le oscillazioni del testo in rapporto a introduzione e apparato dipendono dai manoscritti ai quali mi sono affidata per la veste linguistica» (14). Finalmente, agli inizi del 1991, le bozze da correggere, ma con troppi refusi; e nei mesi estivi l’artrosi che afflisse Brambilla Ageno, rallentandone il lavoro. L’apprezzamento senza riserve di Mazzoni e De Robertis, testimoniato in una lettera che Paolazzi vide durante la visita che egli le fece alla fine del 1992, confortò la signora. L’ultima visita di Carlo Paolazzi fu nell’autunno del 1994: era tanto attesa la stampa del Convivio. L’edizione apparve nel novembre 1995, appena troppo tardi perché l’autrice, morta il Besprechungen - Comptes rendus 265 14 ottobre, riuscisse a vederla; ed è storia nota. Nel 1997 Elena Brambilla donò, per il tramite di Paolazzi, i libri della madre all’Università Cattolica: Milano avrebbe potuto ricevere solo i volumi che già non possedeva; Brescia accolse il fondo librario intero. Carlo Delcorno, «Dante e Boccaccio negli studi di Franca Brambilla Ageno» (17-33), citando le numerosissime recensioni, su testi e studi romanzi, della giovane Ageno nella rivista La Rassegna (negli anni Trenta e primi Quaranta), individua «già in questi primi esercizi le due direttive dei suoi studi su Dante: da una parte l’interpretazione esatta e linguisticamente fondata dei testi; dall’altra l’interesse particolare per il Convivio» (17). Poi, dopo la guerra, gli studi su Iacopone, Pulci, Sacchetti, Boccaccio; gli studi linguistici, prevalentemente in Lingua nostra; gli articoli negli Studi danteschi, tra il 1957 e il 1966, che «rivelano quasi una predilezione per ciò che è difficile, per le cruces dantesche» (18), non solo testuali; intanto era stato pubblicato Il verbo nell’italiano antico. Ricerche di sintassi (1964) - volume cui tutti, per i nostri studi di filologia e di storia della lingua, siamo ricorsi e ricorriamo, e per il quale non pare ancora oggi eccessivo l’attributo «impressionante». E sono del 1966 e del 1967 i primi articoli sul Convivio: il lavoro sui testimoni era stato già avviato da tempo. Delcorno entra nel merito dell’edizione critica: l’accidentata trasmissione del testo, con il drappello dei codici interpolati, «e all’interpolazione si aggiunge la contaminazione, o per dir meglio ‹l’interpolazione ha l’aria di essere stata un’operazione complementare alla contaminazione›» (23); la posizione di questi codici nello stemma, e il loro valore nella ricostruzione dell’archetipo: lungo lavoro di analisi che occuperà gran parte del tomo ii dell’Introduzione al Convivio, e che porterà l’autrice ad affermare, nei Criteri dell’edizione: «Andranno scartati intanto tutti gli interpolati, perché il loro capostipite f è stato sottoposto a una revisione minuta e irragionevole, che ha alterato profondamente il tessuto della prosa dantesca» (23). La correzione, con il ricorso al luogo parallelo di Cv. IV xxviii 7, della lezione del v. 138 della canzone Le dolci rime d’amor ch’ì’ solia, già prospettata negli studi dei primi anni - e accolta da Domenico De Robertis nell’edizione critica delle Rime di Dante [4 (lxxxii) Le dolci rime d’amor ch’io solea, 138 contemplando la fine ch’ell’aspetta] -: «non dev’essere: contemplando la fine che l’aspetta, ma: contemplando la fine ch’ella [l’anima] aspetta» (24). E, con i luoghi paralleli, le fonti che permettono di emendare il testo. Delcorno scandisce le tappe del lungo percorso, indicando le acquisizioni registrate nei vari studi, con le riflessioni teoriche e metodologiche che condurranno nel 1975 alla prima ed. del manuale L’edizione critica dei testi volgari (la Seconda edizione riveduta e ampliata sarà del 1984). E ricorda che la presenza di esempi dalla Fiammetta di Boccaccio nella prima ed. del manuale si riduce in favore di quelli dal Convivio nella seconda; ma che del testo della Fiammetta Brambilla Ageno si occupò sempre. E studiò la lingua del Decameron, con la pubblicazione delle «Annotazioni sintattiche sul Decameron» nella rivista Studi sul Boccaccio, nello stesso 1964 in cui si pubblicava Il verbo nell’italiano antico che accoglieva le ricerche sull’opera. Poi, nel 1974, ancora negli Studi sul Boccaccio, «Errori d’autore nel Decameron? » e, nel 1980, nella stessa sede, «Ancora sugli errori d’autore nel Decameron», con «Il problema dei rapporti fra il codice Berlinese e il codice Mannelli del Decameron»: lavori fondamentali per il caso particolare (con l’indicazione - 33, N67 - degli attuali studi di Maurizio Fiorilla sul testo del Decameron) e per l’enunciazione del metodo in generale. Aggiungiamo una sola, ovvia ma necessaria considerazione. Il travaso continuo delle competenze (straordinarie) nella storia della lingua e nella filologia dall’una all’altra disciplina, che è la sostanza dell’opera di Franca Brambilla Ageno, è la dimostrazione in re di una lunga fedeltà al testo, e si traduce nell’insegnamento pratico, teorico, e prima di tutto etico su come dal lavoro filologico sia bandita ogni improvvisazione. Paolo Bongrani, «I libri di Franca Brambilla Ageno con un contributo alla sua bibliografia» (35-50), esprime innanzitutto il suo rammarico di allora e di oggi per la non-accoglienza del «fondo filologico della biblioteca» della professoressa da parte dell’Università di Parma, «sede naturale di questi libri» (35), per fortuna non dispersi e degnamente ospitati a Brescia. Besprechungen - Comptes rendus 266 I libri di cui tratta in queste pagine sono quelli pubblicati da Brambilla Ageno: dieci, cui si aggiunge la raccolta degli Studi lessicali (da lui curata con Franca Magnani e Domizia Trolli, e l’Introduzione di Ghino Ghinassi) nel 2000. Dunque, dalla stampa della tesi di laurea, nel 1939: Il Bianco da Siena. Notizie e testi inediti, a quella del Convivio. In mezzo, le edizioni dei testi criticamente rivisti e commentati di Iacopone, Pulci, Sacchetti, Panuccio dal Bagno, con Boccaccio, per un’edizione dell’Elegia di Madonna Fiammetta uscita a Parigi nel 1954 per i tipi di Alberto Tallone in duecento copie fuori commercio: una pubblicazione per nozze (d’oro). Bongrani arricchisce di notizie esterne ai libri e interne ai lavori l’elenco, citando anche le recensioni e i giudizi (di Contini, Segre, Stussi, Gorni, De Robertis) che accompagnarono le edizioni di antichi testi e le altre pubblicazioni di Franca Brambilla Ageno (cui aggiunge, necessariamente, il grande - in tutti i sensi: oltre cento pagine di testo stampato in carattere minuto su due colonne - contributo sulla sintassi nell’Appendice all’Enciclopedia Dantesca). A proposito del Morgante di Pulci, pubblicato (1955) nella collana «La letteratura italiana - Storia e Testi» di Ricciardi, Bongrani ricorda la relazione di Domenico De Robertis, negli Atti della giornata di studi dedicata dall’Università di Parma alla sua docente nel 1996, a un anno dalla morte. «De Robertis seppe cogliere» anche la novità editoriale rappresentata da «quel volume, che non si affidava a testi vulgati ma presentava un testo nuovo, fondato sul riesame storico-critico della tradizione, che non si accontentava di sobrie chiose e non si ritirava davanti a nessuna difficoltà interpretativa; quel volume, secondo De Robertis, determinò col suo esempio una svolta nella storia editoriale dei Classici Ricciardi. Una svolta che si sarebbe pienamente manifestata poco dopo con i Poeti del Duecento curati da Contini nel 1960» (38). Alla Bibliografia degli scritti di Brambilla Ageno fino al 1985 («oltre trecento voci che rendono testimonianza di un’operosità indefessa», 41) contenuta nella raccolta dei suoi Studi danteschi, che fu pubblicata da Antenore nel 1990, Bongrani aggiunge infine i titoli degli anni successivi, con l’integrazione di diverse voci mancanti nell’elenco di allora (Contributo bibliografico, 46-50). Fra i tanti lavori, una nota personale su due pubblicazioni per così dire minori. Chi si occupa di Trecento conosce la straordinaria utilità delle recensioni di Franca Brambilla Ageno alle antologie di Giuseppe Corsi: «Poesie musicali del Trecento», RomPhil. 28/ 4 (1975): 696-706; «Osservazioni sul testo di poeti minori del Trecento», RomPhil. 31/ 1 (1977): 91-111. Citiamo da quest’ultima la breve dichiarazione programmatica: «tenteremo di mostrare, in forma necessariamente parziale e solo indicativa, quanto e quale materiale si possa estrarre da queste pagine per lo studio della lingua antica» (91). Appunto. Pierangelo Goffi/ Alessandra Malanca, «Dalla biblioteca di Franca Brambilla Ageno al Fondo FAB: storia e illustrazione della raccolta» (51-76). Goffi ricorda l’arrivo del materiale nella biblioteca della Cattolica di Brescia, già diviso in due parti - monografie, volumi di periodici, qualche estratto e qualche testo in fotocopia; opuscoli -, e inventariato: la classificazione fatta preparare da Elena Brambilla rese il fondo sùbito consultabile, prima che i titoli fossero inseriti nel catalogo elettronico. Dal 2001 al 2003 il materiale fu catalogato, e reso disponibile alla consultazione elettronica; poi la revisione e il recupero dei dati perduti nel passaggio attraverso diversi sistemi operativi, e la presentazione del lavoro concluso nella giornata del 2013. Più di 1800 volumi e ca. 800 opuscoli la consistenza del blocco iniziale; 400 i volumi, ancora conservati presso la famiglia, che lo incrementarono con la nuova donazione del 2013. Malanca esamina le non abbondanti informazioni - date, dediche, note di possesso - rintracciabili su libri ed estratti per dare un ordine cronologico di provenienza agli elementi della raccolta. Il Novecento degli studi è ben rappresentato già nella parca (e qui ancora più parca) scelta di nomi che Malanca fa tra i tanti di coloro che inviarono i loro lavori a Franca Brambilla Ageno: Schiaffini, Billanovich, Contini, Dionisotti ... «Nella biblioteca [di F.B.A.] emergono ... con forza alcuni centri di interesse precisi, che rispecchiano da vicino l’attività di ricerca svolta dalla Ageno: l’edizione critica dei testi, la letteratura e la Besprechungen - Comptes rendus 267 lingua italiana antica (in particolare il lessico, la sintassi, il linguaggio popolaresco, il gergo, i proverbi, i modi di dire, i detti e i motti), infine ... Dante» (65 e N13). E sui suoi lavori stampati la studiosa annotava, correggeva, aggiungendo talvolta tra le pagine foglietti di appunti: non solo per nuove edizioni previste e che poi non furono realizzate (Il verbo nell’italiano antico, il Morgante), ma comunque per registrare a loro luogo le integrazioni che venivano dalle sue ricerche che su nessun argomento, evidentemente, s’interrompevano. Ad alto tasso filologico è l’intervento di Andrea Canova, «Dal laboratorio di Franca Brambilla Ageno. Annotazioni per il metodo e una corrispondenza con Sebastiano Timpanaro» (77-109): per la materia trattata e per l’analisi che egli conduce su parte del «ricco materiale» che «renderebbe quasi possibile una ‹biografia per postillati›» della studiosa (78). Dunque le sottolineature e i segni a margine dei libri dei maestri: l’Introduzione alla Nuova filologia di Barbi, volume che Brambilla Ageno anche recensì per La Rassegna, offrì le riflessioni che sarebbero state sostanza dei principi teorici nell’Edizione critica dei testi volgari, immutati dalla prima alla seconda stampa del manuale; con le annotazioni che si fanno più fitte (collazioni, estrazione di forme linguistiche notevoli, messe in evidenza; anche qualche correzione a Barbi) sui saggi di letteratura antica contenuti nel volume: «Sul testo del Decameron», «Per una nuova edizione delle Novelle del Sacchetti», «D’un antico codice pisano-lucchese di trattati morali». «L’uso del testo come ‹riserva di caccia›, adibita a un’inesausta specillatura, è tipico di Franca Brambilla Ageno: l’esame dei suoi libri conferma in pieno ciò che la lettura della sua bibliografia rende già manifesto. Da questo punto di vista ci si augura che gli archivi della studiosa, a suo tempo donati all’Accademia della Crusca e alla Società Dantesca Italiana di Firenze, possano essere presto resi consultabili, perché certamente molto materiale elaborato per progetti editoriali, portati a termine e no, tornerebbe utile». Dunque le «bozze delle opere di Sacchetti» e «quanto era stato preparato per il Pataffio o per le Rime del Pistoia» (82). Del materiale giunto a Brescia Andrea Canova studia quattro schede manoscritte ritrovate nell’edizione Bellucci delle Rime di Antonio da Ferrara, nelle quali i vocaboli «barattero», «contemplo», «fracasso», «lupardo», estratti dai testi, ricevono il commento che corregge quello di Bellucci. Solo una parte di questo lavoro, informa Canova (che accompagna tutti i suoi studi nell’articolo con un’ampia documentazione bibliografica), fu pubblicata; gli altri, utili, dati si recuperano soltanto qui. Poi, scegliendo necessariamente tra i percorsi che Canova ricostruisce, Iacopone: i «materiali - purtroppo oggi non consultabili - fanno ora parte del suo archivio presso l’Accademia della Crusca» (88), ma già la copia di lavoro della sua edizione per Le Monnier del 1953 conservata a Brescia (FAB-2206) mostra gli interventi che da sùbito Franca Brambilla Ageno fece in preparazione della seconda edizione, critica, delle laudi (che poi non arrivò alla stampa; e un’edizione effettivamente critica manca ancora: sulla questione testuale del laudario iacoponico informa la bibliografia citata da Canova, 89 N32). Dunque, l’ordine dei testi; la segmentazione dei versi - con i riflessi sul problema dell’anisosillabismo -, seguendo (ma con qualche ripensamento per O vita de Iesù, specchio de veretate e Lo pastor per mio peccato) le indicazioni di Contini sullo statuto della rima nelle laudi iacoponiche: non rima interna nei versi lunghi ma rima effettiva, quindi di fine verso, e indipendentemente dalla situazione testimoniale; lo spostamento di una strofe in Anema, che desideri d’andare a paradiso, non suffragato dalla tradizione, concorde nel trasmettere il testo nella successione di strofi vulgata, ma necessario alla coerenza interna (la corrispondenza dell’ordine delle virtù tra prima e seconda parte della lauda): «questo fu plausibilmente giudicato dall’editrice un errore d’archetipo» (90 e N34); gl’interventi su alcune lezioni, e, per il commento, l’aggiunta di nuove fonti; e l’arricchimento del glossario. La terza donazione di Elena Brambilla alla Cattolica di Brescia, nel 2014: l’archivio epistolare della madre, permette ad Andrea Canova d’incrociare i dati a proposito dello Iacopone latino. L’annotazione di Brambilla Ageno, ancora sulla sua copia di lavoro, indica la fonte del quinto Detto iacoponico nei Gesta Romanorum: Besprechungen - Comptes rendus 268 ritrovamento importante, che non fu reso noto, ma che a qualcuno fu comunicato, se in due cartoline postali (novembre 1958 e gennaio 1959) Giuseppe Billanovich chiedeva a Franca Brambilla Ageno l’articolo «Iacopone - Gesta» per Italia medioevale e umanistica, atteso «con tanta speranza» (92). Speranza che rimase delusa, e la notizia della fonte si recupera qui. Canova pubblica infine (104-9) una lettera di Brambilla Ageno a Timpanaro del 4 gennaio 1975 (conservata nell’Archivio Sebastiano Timpanaro presso la Scuola Normale Superiore di Pisa); la risposta di Timpanaro del 7 gennaio, e la lettera del 22 novembre dello stesso anno nella quale Timpanaro ringrazia l’autrice per l’invio dell’Edizione critica dei testi volgari e si complimenta per il lavoro «eccellente per il rigore dei principii teorici e metodologici (tale da superare anche il Maas)» (108), con qualche puntuale osservazione (conservate a Brescia, nel costituendo Fondo archivistico Franca Brambilla Ageno). Su alcune formulazioni di Paul Maas nella Textkritik (più la differenza nella definizione di «variante adiafora» tra Avalle e Contini) verteva la corrispondenza del mese di gennaio: i dubbi che la curatrice del manuale di filologia esponeva a Timpanaro sull’accordo dei testimoni (quando siano tre o più) per la ricostruzione del testo di ß, e sulle varianti da accogliere in apparato; e la conferma da parte di Timpanaro della bontà delle soluzioni, teoriche e pratiche, di Brambilla Ageno contro quelle di Maas - verso il quale Timpanaro si mostra assai severo (e non propriamente tenero risulta il suo giudizio su Avalle): sui problemi di critica testuale, e sui rapporti tra i filologi coinvolti nella vicenda, informa lo studio con cui Canova accompagna la pubblicazione della corrispondenza. Domenico De Robertis, «Presentazione dell’edizione critica del Convivio di Dante curata da Franca Brambilla Ageno» (113-27): in Appendice, e prima dell’Indice dei nomi (129-33), il «testo della presentazione» tenuta a Parma nel febbraio 1996, «allora registrato e mai pubblicato dall’Autore ... qui trascritto, con piccoli adattamenti e qualche aggiunta bibliografica» (113 N) da Paolo Bongrani. Non agiografico (come non è agiografico, d’altronde, questo volume che lo contiene), anche se altamente, e dettagliatamente, elogiativo il discorso di De Robertis, dal quale estraiamo un passo che mette in rilievo una questione affascinante: «Non si può escludere questo di Dante, che certe cose le avesse lasciate in sospeso, su certe cose fosse tornato dopo. Bene: non c’è nessun indizio serio che un’eventuale situazione del genere sia la causa della corruzione ... Quindi nessuna speranza di vedere trasparire l’autografo e meglio ancora di penetrare, sia pure per un momento, nell’officina dantesca ... Ma quando l’Ageno, a p. 144 dell’Introduzione, integra la frase ‹La quale cosa anco fare si conviene, ché› (dove fare si conviene, ché manca nell’archetipo) e opera l’integrazione presupponendo un precedente anche invece di anco (da cui il salto: anche - ché), parla dell’‹antigrafo di X›. L’Ageno lo dice senza battere ciglio, ma l’antigrafo di X che cos’è? Non può essere che l’autografo. L’antigrafo vuol dire il testo da cui X copiava e che non è detto debba essere l’archetipo con qualche errore in meno; visto che l’antigrafo non è individuabile altrimenti, a monte di X, cioè dell’archetipo, non c’è che, a una distanza anche abissale, l’autografo ... Può darsi benissimo che all’Ageno battesse il cuore in quel momento, nel dirlo: però non l’ha fatto vedere» (122-23). Maria Antonietta Marogna H Andrea Giannetti (ed.), Libro dei sette savi di Roma. Versione in prosa F, Alessandria (Edizioni Dell’Orso) 2012, vi + 186 p. (Scrittura e scrittori Serie Miscellanea 25) Andrea Giannetti ha pubblicato nel 2014 una benemerita edizione del Libro dei sette savi di Roma, la cui fortuna in Italia è stata piuttosto scarsa. Non mi riferisco già alla materia dei Sette savi, che ha trovato un fertile humus per la sua crescita: qui infatti si è sviluppato Besprechungen - Comptes rendus 269 un intero ramo della ricchissima tradizione europea e mondiale, la cosiddetta versio italica. Penso, invece, alla particolare redazione, un volgarizzamento assai fedele all’originale, tràdita da due manoscritti custoditi in biblioteche fiorentine (donde Giannetti ricava la denominazione versione F), il Gaddi 166 (Biblioteca Laurenziana) e il Palatino 680 (Biblioteca nazionale). Essa, nonostante sia stata il modello utilizzato da Gaston Paris per descrivere un gruppo più ampio di codici francesi attraverso l’etichetta di rédaction A (dal D’Ancona, primo editore), è stata piuttosto trascurata dagli studiosi italiani. Dopo la princeps danconiana, infatti, sono mancate edizioni critiche, eccezion fatta per quella di C. Segre, M. Marti (La prosa del Duecento, Milano 1959), limitata a sole due novelle delle quindici totali. Il testo di Giannetti riproduce interamente il testo del ms. Gaddi (G), sopperendo, nel caso di lacune meccaniche nel testimone base, con le lezioni del Palatino (P). Tale scelta deriva dal fatto che Giannetti sostiene la teoria, che fu già propria di Segre, di descrizione del ms. P dal ms. G.Tuttavia, il ragionamento addotto a tale ipotesi nell’introduzione è inverso a quello che ci si aspetterebbe in base alla dottrina classica. Secondo la teoria, infatti, un descriptus dovrebbe presentare tutti gli errori propri dell’antigrafo più almeno uno proprio. Giannetti invece riscontra «una serie di errori presenti in G che non figurano in P; mentre il fenomeno all’inverso, la presenza cioè di errori esclusivi di P, risulta assai più raro» (19). Tale fenomenologia, tuttavia, secondo Giannetti non si traduce in un indebolimento della teoria della descrizione, ma in una sua conferma. Tutti gli errori riportati, infatti, sono perlopiù lapsus calami o corruttele grafiche facilmente correggibili (abbondano le confusioni tra lettere simili - / o/ e / a/ , / o/ ed / e/ , / u/ e / n/ - ripetizioni o cadute di sillabe, omissioni di verbi servili o di congiunzioni). Inoltre, come Giannetti ben evidenzia «P presenta della varianti degallicizzate», rispetto alle corrispondenti lezioni di G, «a forte caratterizzazione oitanica, considerando che, all’inverso, non registro un solo esempio di gallicismo di P cui corrisponda in G un termine più italico» (21). A riprova di tale interventismo vanno anche aggiunte tutte quelle varianti di P che «sembrano rispondere all’esigenza del suo autore di voler adeguare la lingua al proprio registro espressivo» (22). Ora, trovo singolare che un copista così attento da interpretare e tradurre dei gallicismi, si lasci poi sfuggire le palesi ripetizioni e i banali errori comuni riportati correttamente da Giannetti a p. 19. A dimostrazione positiva della descrizione, successivamente viene addotta la prova di «rilevamenti di errori operati dal copista di P, sotto forma di puntini emendativi posti al di sopra di lezioni, in corrispondenza di ripetizioni in G non rilevate dal suo autore» (23); tuttavia, se tali corruttele derivassero non da G, ma da un antigrafo comune, verrebbe solo confermato l’interventismo del copista di P. Inoltre, tra tali corruttele, viene segnalata la lezione «ebbe si granduolo e ira» corretto sovrascrivendo una / e/ sopra la / u/ ed espungendo / -olo/ in «granduolo» in P, corrispondente a un semplice «ebbe si grande ira» nel ms. G. Secondo Giannetti la genesi dell’errore potrebbe essere uno scambio di carte nella fascicolazione nel ms. G, con anticipazione della c. 42 r° che reca «nebbe sigranduolo esigrande ira»; tuttavia, tale ipotesi è inficiata dalla diversa disposizione delle lezioni all’interno delle due carte (nella c. 12 v° siamo più o meno a metà pagina, nella c. 42 r° a fine pagina) e inoltre mancano anche termini simili precedenti alla lezione che possano lasciar pensare ad un salto nella lettura, a parte il verbo «ebbe». Mi sembra piuttosto che possa aver agito qui la memoria di una precedente trascrizione o quantomeno di una precedente lettura. Giannetti pertanto sostiene non solo che P sia descriptus, ma che sia copiato direttamente da G: infatti, come nel caso precedente, alcune corruttele di P vengono spiegate proprio a partire dalla disposizione grafica delle parole (nel caso dei sauts du même au même) o da alcune «lezioni vergate in modo dubbio» nel manoscritto G. I sauts sono trattati da prassi come errori poligenetici. Tuttavia Giannetti evidenzia come essi si verifichino in P in particolare quando nel ms. G si trovano «lezioni uguali o assai simili tra loro, allineate in verticale su due o più righe consecutive o assai ravvicinate». Tra gli esempi addotti, alcuni sono poco Besprechungen - Comptes rendus 270 1 Segnalo solo una discrepanza, a p. 82 8,3 «Quando fu fatto», mentre nel ms. G (c. 5 r°) leggo «quando illetto fu fatto». convincenti. Poco probante l’allineamento della semplice relativa «cche» (c. 5 v°, ma piuttosto qui suggerirei l’allineamento di «figliuolo»); la posizione iniziale tra le r. 4-5 di c. 7 v° della parola «maestri» non è esatta - la riga 5 riporta la parola per intero, la riga 4 solo «stri» dato che l’inizio della parola è a fine di riga 3 «mae»; corrispondenza non perfetta anche per «torre» all’inizio di riga 15 di c. 20r°, mentre a riga 14 si legge «latorre» unica parola - e questo caso potrebbe suggerire un antigrafo comune, dove entrambi i sostantivi siano uniti in scriptio continua con l’articolo; non sono affatto allineati «figliuole» e «figliuoli», che si trovano addirittura sullo stesso rigo a c. 18 v° (per la precisione «figli» al rigo precedente, «uole» al rigo 8): qui sarebbe stato più spiegabile un saut tra un precedente «figliuolo» del r. 8 e «figliuoli» del r. 9, ma in P il salto avviene proprio dal successivo «figliuole»; anche «ilcinghiale» e «ilcinghiale» di r. 8 e 10 di c. 14v° non sono allineati nel ms., trovandosi il primo in penultima posizione di rigo e il secondo in posizione quasi incipitaria; più precisi invece gli allineamenti segnalati «voi»/ «voi» a c. 44 v°, «ghuarito»/ «ghuarito» a 16 v° e «dissella»/ «dissella» a 24 r°. Non si intende certo affermare che un saut du même au même non possa avvenire tra due termini che non siano perfettamente allineati, tuttavia la prova di Giannetti risulta inficiata, dato che comunque i termini interessati dai sauts segnalati sono piuttosto contigui ed è facile ipotizzare che si sarebbero potuti produrre comunque, anche se P avesse letto da un ms. diverso da G. Vi sono poi «errori, anche sotto forma di lacune, di P, in corrispondenza di lezioni di G poste in interlinea, o anche vergate in modo dubbio o incerto» (23). Veniamo ai casi analizzati. Nel ms. G nel passo «auete si mmutabole quore che una volta volete iluostro figliuolo ...» (sic nella citazione di Giannetti), il verbo della relativa «volete» è vergato in interlinea (c. 48 r°), mentre in P si legge «voleteta» con l’espunzione tramite puntini emendativi della sillaba eccedente. Si potrebbe trattare, come suggerisce lo stesso Giannetti, di un lapsus calami che non credo abbia relazioni con la particolare conformazione del ms. G. Allo stesso modo non vedo come «uide» di P (c. 28 r°) possa essersi generato dal «uertude», scritto per esteso, emendato con una / i/ sopra la / e/ tagliata della sillaba «uer-» che si legge in G (c. 21 r°). Gli altri casi citati da Giannetti mi sembrano o mere varianti grafiche («serata» vs «serrata»; «comegli» vs «come egli»; «tutti ’ cavalieri» vs «tutti i cavalieri»; «erano ’ sette savi» vs «erano i sette savi»; «lonperadore jo il ghuarento» vs «lonperadore e jo il ghuarento») o lezioni non decisive, in quanto potrebbe trattarsi di semplici integrazioni in interlinea del copista di G, non condivise dal copista di P, a partire da un antigrafo comune («vedrete ilpiu gran bollore sispegniera» vs «vedrete che ilpiu gran bollore sispegniera»; «corsono affare suo comandamento» vs «corsono affare il suo comandamento»; «prese lamano lasua propria moglie» vs «prese per lamano lasua propria moglie» - peraltro la lezione di P qui mi sembra una difficilior con la costruzione aproposizionale del genitivo espresso in francese attraverso la declinazione bicasuale) o banalizzazioni («anche» vs «acche»). La questione se P sia descriptus o meno, comunque, non ha grande impatto sul testo. Giannetti accetta alcune delle semplici correzioni di P e soprattutto riporta le sue lezioni in corrispondenza delle lacune meccaniche del codice G. L’edizione del testo manifesta una grande attenzione per la lettura del ms. base, le cui lezioni sono riprodotte fedelmente 1 . L’edizione di Giannetti compie un deciso passo nella direzione del rispetto dei codici, se confrontata con quella ottocentesca di D’Ancona. I punti deboli vanno rintracciati tutti nelle scelte editoriali e non, lo ripeto, nella lettura dei manoscritti. A livello puramente grafico, trovo che sarebbe stato opportuno differenziare il formato delle rubriche da quello del corpo del testo: l’edizione moderna dovrebbe rispecchiare Besprechungen - Comptes rendus 271 in questo caso una scelta «formale» già presente nei testimoni. D’altronde non è certo, sebbene sia probabile, che le rubriche siano state composte dal volgarizzatore. Una differenziazione grafica l’avrebbero meritata anche le porzioni testuali riprodotte a partire da P per le corruzioni del ms. G, come detto in precedenza, specialmente in ragione delle differenze linguistiche che lo stesso editore non manca di annotare passim nella sua introduzione e nelle sue note. Forse frutto di un tentativo di restituire l’interpunzione presente nel ms. G, saltano all’occhio alcune costruzioni assai poco economiche, che complicano di molto la comprensione e tradiscono talora le fonti francesi così pedissequamente seguite dal volgarizzatore. Tra gli interventi interpuntivi che restituiscono letture disagevoli o piuttosto onerose (corsivi miei): a p. 80 5, 2 «Non piaccia a Dio che altri che io sia quello che al vostro figliuolo ... insegni, però ch’i’ ho studiato tutto el tempo mio solo per poter amaestrare altri e massimo li uomini degni ... com’e’ mi pare. E rendo certo sia ell vostro bello figliuolo»; a p. 80 6, 2 «Bel messere, non creda alcuno, per alcuno caso - altri che io -, aprenda e ‘nsegni al vostro figliuolo»; a p. 81 6, 3 «rispuose molto umilmente: ‹A tutti› e’ disse ‹Signori, molta gran mercè›»; a p. 81 6, 3 «molta gran mercè e grado di ciò ch’io v’odo contendere. Insieme di mio pro io non dipartirò punto questa buona compagnia»; a p. 82-3 12, 1 «quello figliuolo ... sarebbe reda dello ’mperio di Roma in quella camera dov’egli erano. Cominciò la ’mperadrice»; a p. 87 18, 3 «Allora, disse il produomo al giardiniere, ch’egli quella branca tagliasse»; a p. 88 21, 10-11 «ed altre male tacce ha egli assai. Il perch’io il fo morire»; a p. 90-91 29, 10 «E hotti creduto, e nonn ho fatto che savio, ma di quello ch’io ho fatto per tuo detto. Niuno, fuor che me medesimo, me ne darà la penitenzia»; a p. 130 121, 1-2 «e disse anche egli una novella, a proposito di un padre che a gran torto gittò un suo figliuolo in mare, perché morisse. Come egli avea voluto fare morire lui»; a p. 131 123, 5 «e sarò si gran signore; che sse io il vorrò sofferire voi sarete fortemente legato, che voi mi vorrete tenere davanti me la tovaglia ...»; a p. 133 128, 4 «Il giovane re venne alla casa di questo Gherardo suo padre. E llà scese»; la congiunzione «e» andrebbe forse intesa come pronome «e’» a p. 85 16, 1 «Allora la ’mperadrice prese il giovane per la mano e, non volendo andare con lei, lo ’mperadore lo pregò ch’andasse»; a p. 88 21, 4 «vidono come i sergenti menvano alla morte il giovane, e ciò pesava loro al quore. E andando allora gli venne il primo de’ sette savi»; viceversa a p. 129 118, 3 «e’» va corretto in «e», specie alla luce dell’interpunzione scelta «il signore venne all’uscia e’ diserrò l’uno appresso all’altro». Tra le costruzioni, invece, che non tengono sufficientemente conto delle fonti francesi, segnalo: a p. 86 17, 1 «‹Ditemi quello di che voi siete cruciatta› ‹È il vostro pensiero, certo meser›» - fr. 2137 «dites moi que vostre pensé et que vous avez»; a p. 94 39, 1 «Di che Ipocras per invidia si pensò, perché questo suo nipote avea troppo adpreso fellonia e male verso di lui» - fr. 2137 «ypocras i pensa a traison et a felonie vers son neveu»; a p. 128 116, 13-14 «‹Dama›, disse il signore ‹dov’è l’anello ch’io vi donai con una ricca pietra? Che n’avete voi a ffare? ›. Diss’ella: ‹Io il guarderò bene›» l’interrogativa viene rivolta dalla dama al signore in fr. 2137 «sire dist la dame que en avez vous à fere? je le garderai moult bien». Talora, invece, l’intervento dell’editore sarebbe stato necessario: a p. 79 4, 1 «perché veramente savi sono signori delli altri uomini» in cui andrà integrata l’elisione dell’articolo determinativo «i»; talora è invece inopportuno a p. 80 6,3 «mi rendo certo voi no’ conoscete me, ed eziandio el bisogno di vostro figliuolo, al quale altri che io non sarebbe perfettamente ato a lui, imperò che in lui ha pervenire alla vostra fine, e ’l vostro imperio», dove l’interpunzione (virgola dopo lui) e l’inserimento del diacritico «h» per marcare il verbo avere «ha» vanno eliminati; a p. 88 21, 4 «andò allo ’mperadore, il qual trovò nella sala del suo palagio, e fàttoli la reverenzia e salutàtolo che Iddio gli desse il buon dì. E llo ’mperadore rispose», dove, a causa del punto, manca il verbo della coordinata; lo stesso dicasi a p. 113 79, 8 «Ma della vostra moglie ch’e’ volle sforzare, si com’ella vi fa credere a gran torto. Se voi per ciò il mettere a morte, ve ne possa intervenire, com’e’ intervenne a uno cittadino ...»; a p. 90 28, Besprechungen - Comptes rendus 272 1 «E così entrò nella sala gridando e a gittare per bocca», non viene integrato il verbo della principale erroneamente omesso nei ms. (ma presente nelle fonti francesi - f. 2137 «conmença»); a p. 91 30, 1 «signore, s’e’ per lo consiglio della tua moglie vuògli», dove il soggetto è di seconda persona, quindi «s’e’» va letto semplicemente «se»; lo stesso vale per «ch’e’» a p. 110 72, 2 «domandò loro consiglio di quello che dovesse fare di Roma ch’e’ sottomettea a vergogna tutte le sue terre» dove il soggetto è Roma; a p. 114 81, 5 viene separata la coordinata dalla subordinata causale «La gazza il vide e conòbbelo. Però ch’egli l’avea alcuna volta fatto noia e disseli». Le note al testo in calce all’edizione forniscono informazioni supplementari, quali passi paralleli, disamine linguistiche o fenomenologie del testo all’interno dei testimoni, oppure chiariscono scelte editoriali. Si tratta di interventi perlopiù puntuali, che necessiterebbero di qualche aggiunta esegetica: ad esempio sarebbe stata auspicabile una nota sul passo di p. 85 16, 2 «ella fece tutte le sue dame e damigelle stare in una camera di lungi, e intra llei e ’l giovane si missono a ssedere sopra uno letto», evidenziando il crudo calco linguistico della costruzione francese «entre + sostantivo», marcatrice del soggetto; allo stesso modo sarebbe stato opportuno spiegare che il cambio di genere a p. 108 68, 3 «Il primo ... il secondo ... il terzo ... la quarta» dipende probabilmente dal processo di traduzione: la fonte francese reca il femminile entraite: il volgarizzatore sceglie invece il maschile «dispetti», ma poi se ne dimentica, ritornando al femminile. Poco convincenti, invece, le glosse in cui si ipotizza un intervento autonomo del volgarizzatore: a p. 89 26, 3 «malvagio» è con ogni probabilità un errore di pre-archetipo, derivante, come già sostenne D’Ancona, da una cattiva lettura di manans, interpretato come malvais. Giannetti (138) non ci crede e pensa ad un intervento del volgarizzatore, volto a connotare il cavaliere; ma la grafia simile e l’assenza di altri interventi di tale natura mi inducono a rimanere sulla tesi danconiana, così come per il caso di «cuoio», a p. 89 27, 7, che per l’editore ottocentesco era cattiva lettura per cors e che per Giannetti è traduzione libera. Mi sembra invece che il Giannetti glossatore contraddica il Giannetti editore a p. 98 47, 4, quando corregge valenti in valetti e afferma nelle note che si tratta di una cattiva lettura del volgarizzatore (quindi risalente all’originale, non all’archetipo). Va citato infine il curioso caso di un difficilmente spiegabile senando (in entrambi i testimoni) nella rubrica del racconto Puteus: «Gli conta d’uno cui la moglie serrò fuori di casa, senando ella caduta in avolterio». Giannetti, come aveva già proposto D’Ancona, corregge in sendo, ma senza una giustificazione linguistica. La mia ipotesi è che la genesi di questo senando possa essere un salto per omioteleuto, del tipo «sonando coprifuco, sendo ella ...». D’altro canto, poco sotto (a 53, 15), G legge «senerà coprifuoco», attestando così una forma senare per sonare, il cui gerundio sarebbe appunto senando. Stefano Coco H Christina Tortora, A comparative grammar of Borgomanerese, New York (Oxford University Press) 2014, xv + 401 p. (Oxford Studies in Comparative Syntax) Il libro di Christina Tortora (= CT/ l’A[utrice]) sul dialetto di Borgomanero è il frutto di una lunga fedeltà allo studio di questa varietà che per alcuni aspetti occupa un posto molto particolare nel quadro dei dialetti italiani settentrionali e delle lingue romanze. Il libro riprende e sviluppa infatti i materiali e i risultati di ricerche iniziate una ventina di anni fa e in parte già rese note in diverse pubblicazioni scaglionate negli anni. Premettiamo che non si tratta né di una grammatica completa né di una grammatica descrittiva del dialetto esaminato, ma prima di tutto di uno studio di linguistica teorica che Besprechungen - Comptes rendus 273 1 La particella locativa preverbale concomitante ngh ‘ci’ compare solo davanti alle forme di «essere» inizianti per vocale, per cui manca con le forme inizianti per consonante: Sarà-gghi un fjö (saràci-un-ragazzo) ‘Ci sarà un ragazzo’, e con le forme non convenientemente ausiliate degli altri verbi: A vegna fo-ghi nienti (espl-viene-fuori-ci-niente) ‘Non esce niente’. Per contro è l’espletivo ghi a sparire se la combinazione di clitici che risulterebbe dalla sua presenza, non è permessa: Ngh eva gnò fo-mu vün (ci-era-venuto-fuori-me.ne-uno) ‘Me ne era uscito uno’, per la non-combinabilità di ghi con mi (contenuto in mu = mi+nu). Anche il piemontese je (cf. subito sotto nel testo) è sottoposto alla medesima restrizione: A l é rivà-je dui regai (espl-cl-è-arrivato-ci-due-regali) ‘Sono arrivati due regali’ vs A l é rivà-me dui regai (espl-cl-è-arrivato-mi-due-regali) ‘Mi sono arrivati due regali’ (L. Burzio, Italian syntax. A government-binding approach, Dordrecht 1986: 124). 2 Cf. anche più oltre per una precisazione. si focalizza su alcuni punti cruciali della sintassi (e in misura minore della morfologia e della fonologia) di questa varietà, fornendone un’analisi formulata e valutata all’interno del quadro teorico della grammatica generativa, in particolare della sua variante cartografica. Lo scopo del libro è quindi non solo quello di documentare e analizzare i fatti linguistici raccolti, ma anche quello di contribuire allo sviluppo della teoria linguistica nel quadro della quale si inserisce. Questa grammatica è comparativa nel senso che i fatti studiati vengono confrontati con i fatti paralleli di altre lingue, prima di tutto con quelli dei dialetti italiani settentrionali e dell’italiano, ma anche con quelli di altre lingue romanze e dell’inglese - questo con lo scopo di dare una risposta più fondata ai problemi teorici sollevati dall’analisi delle costruzioni del dialetto di Borgomanero. I dati provengono da inchieste condotte dall’A sul campo, oltre che dai questionari dell’Atlante Sintattico dell’Italia Settentrionale (impresa fondata presso l’Università di Padova da Paola Benincà e Cecilia Poletto) e da altre fonti pubblicate (atlanti e studi linguistici, letteratura dialettale). Dopo un breve capitolo (Ch. 1: Introduction, 1-4) in cui vengono presentati il background della ricerca e le norme ortografiche utilizzate, si passa (Ch. 2: The syntax and semantics of the weak locative, 5-82) allo studio della costruzione in cui compare la particella clitica ghi ‘ci’, usata apparentemente come un espletivo nelle frasi presentative (o tetiche) del dialetto di Borgomanero non solo con ‘esserci’: Ngh è chi-gghi dü mataj (ci-è-qui-ci-due-ragazzi) ‘Ci sono qui due ragazzi’, ma anche con un gruppo di verbi inaccusativi: Ngh è rivà-gghi na fjola (ci-è-arrivato-ci-una-ragazza) ‘È arrivata una ragazza’ 1 . Questa estensione dell’uso di ‘ci’ è simile a quella che troviamo con il piemontese je, ma se ne differenzia perché si applica a un gruppo più ristretto di verbi: mentre in piemontese si applica a tutti i verbi inaccusativi, nel dialetto di Borgomanero sono interessati solo gli inaccusativi che implicano una meta (quindi «arrivare», «entrare» e «venire» sì, ma «andare», «partire» o «scappare» no). CT spiega questo uso con la presenza nei verbi in questione dell’argomento Meta, di cui il clitico ghi (con il concomitante ngh) sarebbero i riflessi superficiali (tralasciamo qui gli aspetti formali precisi dell’analisi). In questo l’A sviluppa un’intuizione di Paola Benincà, che ha notato come le frasi a soggetto postverbale di tipo presentativo abbiano un’interpretazione ristretta dal contesto (P. Benincà/ G. Salvi, «L’ordine normale degli elementi nella frase semplice», in: L. Renzi/ G. Salvi/ A. Cardinaletti (ed.), Grande grammatica italiana di consultazione, vol. 1, Bologna 2001: 133-43 (138-39)): quando diciamo È arrivato Piero, possiamo non specificare la meta, ma solo se questa coincide con il luogo in cui avviene l’enunciazione (riferimento deittico) 2 o con un luogo saliente nel contesto precedente (riferimento anaforico: Si erano riuniti tutti in giardino quando è arrivato Piero) - possiamo quindi dire Besprechungen - Comptes rendus 274 3 Il riferimento di tipo deittico è introdotto a p. 24 a proposito dei dati del dialetto di Borgomanero, quello anaforico solo a p. 71 a proposito dei dati dell’italiano e poi dell’inglese. Se ho visto bene, questa seconda interpretazione non è stata testata sui dati di Borgomanero. 4 Questo è l’unico caso in cui la collocazione corrisponde a quella dei dialetti piemontesi, che per il resto hanno invece proclisi con i tempi semplici, non possono attaccare il clitico a un avverbio, e nella costruzione fattitiva collocano il clitico con il verbo fattitivo. che queste frasi contengono un argomento Meta implicito, ma recuperabile 3 . Ora, il dialetto di Borgomanero, diversamente dall’italiano, esplicita obbligatoriamente l’argomento Meta attraverso i clitici locativi, che non devono quindi essere considerati degli espletivi, ma (i riflessi superficiali di) un argomento del verbo. Il fatto che ghi compaia anche quando la meta è espressa: Ngh è gnö denti-ghi na segretaria int la stônza (ci-è-venuto-dentro-ci-unasegretaria-in-la-stanza) ‘È entrata una segretaria nella stanza’, dovrà essere considerato (se capisco bene) un caso di reduplicazione clitica, obbligatoria anche con il ghi usato in funzione di oggetto indiretto: La Maria la parla-ghi a l Piero (la-M.-ella-parla-gli-a-il-P.) ‘Maria parla a Piero’. Un’analisi simile (non sviluppata nel testo) è immaginabile anche per le frasi con «esserci», dove «ci» sarà il riflesso superficiale di un argomento locativo (o la sua reduplicazione clitica). La costruzione del dialetto di Borgomanero viene confrontata con quella dell’italiano (43-56), dove l’argomento Meta rimane invisibile, e con quella dell’inglese (56- 82), dove viene invece realizzato da there (There arrived four women). Il capitolo seguente (Ch. 3: Object clitics in simple tense, complex predicate, and imperative clause, 83-191) tratta la posizione dei clitici obliqui, con due appendici dedicate rispettivamente alla combinabilità dei clitici (172-80) e ai cambiamenti fonologici indotti dall’enclisi (180-91). Come si sarà notato in base agli esempi visti finora, nel dialetto di Borgomanero, come in un piccolo gruppo di dialetti contigui, i clitici normalmente classificati come obliqui si collocano in posizione enclitica (con due eccezioni che vedremo più avanti): con i tempi semplici, si collocano dopo il verbo: I porta-la (io-porto-la) ‘La porto’, ma se in posizione immediatamente postverbale c’è un avverbio di una certa classe, si mettono dopo l’avverbio: I porti mi-lla (io-porto-mica-la) ‘Non la porto’; con i tempi composti, si collocano dopo il participio 4 : I o piö vüsta-la (io-ho-più-visto-la) ‘Non l’ho più vista’, ma in presenza di certi avverbi si mettono dopo l’avverbio: I o vüst piö-lla (io-ho-visto-più-la) ‘Non l’ho vista più’; nelle costruzioni con l’infinito, si collocano dopo l’infinito, anche nella costruzione fattitiva: Fé mija ghignè-mmi (fate-mica-ridere-mi) ‘Non fatemi ridere’ (il testo non offre esempi con avverbi). Per spiegare questo sistema di collocazione dei clitici, CT ricostruisce prima di tutto la struttura funzionale della frase attraverso la posizione relativa degli avverbi e determina quindi la posizione che occupano in questa gerarchia il verbo finito, il participio e i clitici. A differenza delle altre lingue romanze, in cui i clitici vanno a mettersi in una posizione adverbale, i clitici obliqui del dialetto di Borgomanero rimangono in una posizione bassa della struttura frasale, tra la posizione dell’avverbio piö ‘più’ e quella dell’avverbio sempri ‘sempre’ - i clitici possono infatti attaccarsi a piö e agli avverbi che lo precedono, come mija ‘mica’ e già, ma non a sempri e agli avverbi che lo seguono, come bej ‘bene’; siccome il verbo finito occupa una posizione che precede tutti questi avverbi, i clitici non si attaccheranno quindi necessariamente al verbo. Riassumendo, abbiamo le seguenti posizioni: verbo finito - mija - già - piö - clitici obliqui - sempri - bej Per il caso dei tempi composti, l’A assume che anche il participio proietti una struttura di tipo frasale, anche se meno ricca di proiezioni funzionali rispetto alle frasi di modo finito: in dipendenza dalla maggiore o minore impermeabilità di questa barriera frasale (anche qui sorvoliamo sui meccanismi formali precisi di questa soluzione), i clitici obliqui dovranno Besprechungen - Comptes rendus 275 5 Abbiamo poi casi di complementi di preposizione che, come in italiano, possono abbandonare il loro dominio: I mötti-ghi l libbru visij (io-metto-ci-il-libro-vicino) ‘Ci metto il libro vicino’, dove il clitico ghi, complemento della preposizione visij ‘vicino’, si sposta nel dominio del verbo. rimanere nella parte subordinata, e quindi dopo il participio, come nel dialetto di Borgomanero o in piemontese, o risaliranno nella parte superiore, attaccandosi all’ausiliare, come nella maggior parte delle lingue romanze. Con l’assunzione di una struttura bifrasale si può spiegare come mai i clitici debbano precedere certi avverbi nelle frasi a tempo semplice, mentre possono seguirli nelle frasi a tempo composto: I môngia-la sempri (io-mangio-la-sempre) ‘La mangio sempre’ vs L Piero l à sempri mangià-llu (il-P.-egli-ha-sempre-mangiato-lo) ‘Piero l’ha sempre mangiato’ - nel primo es. abbiamo una struttura monofrasale, in cui il clitico precede, secondo la regola, l’avverbio sempri; nel secondo es. abbiamo una struttura bifrasale, in cui sempri si trova nella sezione sovraordinata e il clitico in quella subordinata, per cui le loro posizioni non interferiscono; ma l’avverbio può anche stare nella sezione subordinata, e in tal caso seguirà, come da regola, il clitico: Gianni l à mangià-llu sempri (G.-egli-ha-mangiato-lo-sempre) ‘Gianni l’ha mangiato sempre’. Una soluzione analoga è elaborata per le costruzioni con l’infinito. I clitici obliqui trattati finora dipendono dal verbo; come alcuni altri dialetti italiani settentrionali, il dialetto di Borgomanero permette però anche costruzioni in cui il clitico dipende da una preposizione e si colloca all’interno del sintagma preposizionale (Ch. 4: Object clitics and locative prepositions, 192-224). Abbiamo così da una parte casi come I porti denta-la (io-porto-dentro-la) ‘La porto dentro’, dove il clitico è un complemento del verbo, ma si attacca all’avverbio denti ‘dentro’ perché questo occupa nella struttura frasale una posizione tra quella del verbo e quella dei clitici (più precisamente tra quella dell’avverbio già e quella dell’avverbio piö - cf. sopra); e abbiamo dall’altra casi come I mötti l libbru renti-ghi (io-metto-il-libro-vicino-gli) ‘Gli metto il libro vicino’, dove il clitico è il complemento della preposizione renti ‘vicino’: questa costituisce un dominio funzionale indipendente, che il clitico non può abbandonare (come nel caso delle strutture participiali viste sopra) 5 . Questo quadro è però turbato dai casi in cui sia il verbo sia la preposizione hanno un complemento clitico. Ci aspetteremmo che in questi casi i due clitici si attacchino in due domini diversi, ma non è questo che avviene, perché ambedue i clitici si attaccano invece alla preposizione: I mötti renta-ga (io-metto-vicino-gliela) ‘Gliela metto vicino’, nonostante il clitico accusativo, da solo, in quanto complemento del verbo, non potrebbe attaccarsi alla preposizione renti: I möttu-lu renti/ *I mötti rentu-lu (io-metto-lo-vicino/ io metto-vicino-lo) ‘Lo metto vicino’. Questo problema rimane nel testo senza una soluzione soddisfacente. Il capitolo successivo è dedicato ai clitici soggetto (Ch. 5: Subject clitics: 225-307), che CT tratta seguendo la classificazione e le argomentazioni di C. Poletto (The higher functional field. Evidence from Northern Italian dialects, New York 2000, ch. 2), oltre a utilizzare l’ampia letteratura sull’argomento nata negli ultimi trentacinque anni - anche se con vari aggiustamenti. Può stupire di trovare trattati qui anche il clitico ngh ‘ci’ (289-301; cf. anche 29-39) e il clitico s ‘si’ impersonale (301-07), che uno si aspetterebbe forse di vedere classificati come clitici obliqui. Questa posizione non è nuova nella letteratura di ispirazione generativa sull’argomento, ma nel caso del dialetto di Borgomanero trova una giustificazione supplementare: con questa classificazione si possono infatti tenere distinti in maniera semplice i clitici che nella struttura frasale occupano una posizione bassa (postverbale) da quelli che occupano invece una posizione alta (preverbale; il dialetto odierno non ha più l’inversione interrogativa): i primi sono, come nella classificazione tradizionale, quelli obliqui, mentre i secondi vengono unitariamente etichettati dall’A come «clitici soggetto», termine che va quindi inteso nel senso tecnico sviluppato in questo studio di «clitici che occupano Besprechungen - Comptes rendus 276 6 Che nei dialetti dell’Italia nord-orientale il «si» impersonale occupi invece probabilmente una posizione diversa rispetto ai clitici obliqui, si può dedurre dall’alternanza in friulano tra Si la viôt (si-la-vede) e Si viodi-le (si-vede-la) ‘La si vede’ (G. Marchetti, Lineamenti di grammatica friulana, Udine 4 1985: 220). una posizione alta nella struttura frasale». Non si può però escludere (30, 290) che, come in altre lingue romanze, i clitici in posizione alta si dividano in due gruppi (soggetto e obliqui) e occupino posizioni strutturali diverse, e che quindi anche nel dialetto di Borgomanero una parte dei clitici obliqui occupi una posizione alta nella struttura frasale. Nella frase Ngh è rivà-gghi na fjola non avremmo dunque un clitico soggetto (ngh) e un clitico obliquo (ghi), ma un raddoppiamento di clitici obliqui, fenomeno non infrequente nei dialetti piemontesi: Cairo Montenotte A s nun suma andò-s-ne (noi-ce-ne-siamo-andato-ce-ne) ‘Ce ne siamo andati’ (M. Parry, Parluma ’d Còiri. Sociolinguistica e grammatica del dialetto di Cairo Montenotte, Savona 2005: 175; cf. anche gli esempi del dialetto della Valsesia, vicino a quello di Borgomanero, alla N63 di p. 357). Neanche il fatto che ngh non possa ricorrere assieme a un clitico soggetto (eccetto l’espletivo a), ci sembra un argomento sufficiente per classificare ngh come soggetto, perché nelle costruzioni presentative il clitico soggetto è molto spesso assente (oppure è a): Lugano (A) riva i me soci (espl-arriva-i-miei-amici) ‘Arrivano i miei amici’ (S.Vassere, Sintassi formale e dialettologia. I pronomi clitici nel luganese, Milano 1993: 21). Per quanto riguarda il s impersonale, in base ai dati presentati deve trattarsi di una costruzione simile a quella dell’italiano o dei dialetti veneti e friulani, cioè di una vera e propria costruzione impersonale, e non di una specie di passivo, come nelle lingue romanze antiche e in molte varietà moderne. Il fatto stesso che questo s compaia in posizione preverbale, mentre il si propriamente riflessivo compare dopo il verbo, indica che, come in italiano, è certamente avvenuta una scissione tra i due «si». Questo non è tuttavia sufficiente per fare classificare senz’altro il s preverbale come un clitico soggetto - come non lo è in italiano, che non ha clitici soggetto e dove il si impersonale si colloca nel bel mezzo dei clitici obliqui (Ci se ne allontana) 6 . L’ultimo capitolo (Ch. 6: Interrogatives, 308-16) contiene la descrizione di alcuni aspetti interessanti delle strutture interrogative. Il volume è completato da un’appendice che presenta i paradigmi di coniugazione dei verbi regolari, di alcuni verbi irregolari e dei verbi ausiliari (317-29). Infine, dopo la sezione delle note (331-76), seguono la bibliografia (377-88) e gli indici delle lingue (389-90), dei nomi (391-93) e degli argomenti (394-401). In questa presentazione sommaria dei contenuti del libro abbiamo puntato soprattutto sulla illustrazione di alcuni dei fenomeni per i quali il dialetto di Borgomanero occupa un posto molto particolare nel quadro dei dialetti italiani settentrionali. Con questo non abbiamo reso pienamente giustizia a questo volume ricco di fatti e di analisi: CT applica con acutezza i vari aspetti della teoria generativa ai suoi materiali, costruisce accuratamente le sue argomentazioni, proponendo soluzioni non solo adeguate, ma anche innovative dal punto di vista teorico, tiene conto delle possibili obiezioni e, quando necessario, riconosce onestamente le difficoltà e i punti di intoppo. Particolarmente felici mi sembrano le analisi e le ipotesi esplicative dei cap. 2 e 3 sulle costruzioni presentative e sulla collocazione dei clitici obliqui, ma la lista potrebbe facilmente essere allungata. In quanto segue ci concentreremo su alcuni aspetti problematici del libro - non per sminuirne il valore, quanto piuttosto per rispondere alla sfida lanciata dalle tante idee stimolanti che contiene. Problemi di analisi. Come notato a p. 337-38 (N55), l’interpretazione deittico-anaforica legata alla struttura presentativa studiata nel cap. 2 e che serve a giustificare l’analisi proposta, si ha anche con alcuni verbi inergativi - che però non ammettono l’uso di ghi: L à telefunà l Piero/ *Ngh à telefunà-gghi l Piero (egli-ha-telefonato-il-P./ ci-ha-tefonato-ci-il-P.) Besprechungen - Comptes rendus 277 7 A una soluzione fonologica non si oppone neanche il fatto che al posto della vocale assimilata possiamo trovare anche una a (189): Cum i capissa-ti! (come-io-capisco-ti) ‘Come ti capisco! ’ (1sg capissi), perché la riduzione fonetica davanti ai clitici (a sembra essere la vocale non-marcata nel dialetto di Borgomanero) è un fenomeno frequente: cf. Venezia Magne-lo ‘Mangialo’ (imp. magna). ‘Ha telefonato Piero’. Si può quindi pensare che l’interpretazione in questione non sia necessariamente legata a una posizione sintattica, ma piuttosto alla semantica del predicatore e al valore pragmatico della frase (si veda anche l’osservazione a p. 342 (N78), secondo cui in inglese la presenza di there non è necessaria per avere l’interpretazione deittico-anaforica, e quella a p. 344 (N88), secondo cui questa interpretazione non è necessariamente presente con «esserci», nonostante l’analogia strutturale). La caratterizzazione del centro deittico come legato al parlante (73) è senz’altro troppo rigida: come notato a p. 344 (N87), il punto di riferimento può essere anche l’interlocutore - ma non necessariamente solo nelle domande: cf. per es. Mi hanno detto che è arrivata Maria («qui» oppure «da te»). L’assimilazione dell’argomento Meta con l’oggetto indiretto (entrambi espressi dal clitico ghi, 28) si scontra con il fatto che, mentre la reduplicazione dell’oggetto indiretto con il clitico è obbligatoria (cf. sopra), la reduplicazione di un argomento Meta non è possibile al di fuori della frase presentativa: *La Maria l è naci-ghi a la staziôn (la-M.-ella-è-andata-ci-a-lastazione) ‘Maria è andata alla stazione’. La trattazione della posizione dei clitici con i tempi composti non prende in considerazione la posizione di bej o degli avverbi/ preposizioni del tipo di denti. Ma siccome bej (es. (33) a p. 96) e denti (es. (14e) a p. 13) seguono sempre il participio, l’assunzione che le proiezioni funzionali della frase participiale non possano ospitare avverbi (119), dovrà essere modificata (altri problemi relativi a questa ipotesi sono discussi alla N40 di p. 353-54). In questa prospettiva, anche alla possibile posizione post-participiale di sempri andrà forse data una spiegazione diversa da quella esposta a p. 115-16. Che le costruzioni fattitive del dialetto di Borgomanero non siano casi di accusativo con l’infinito si vede non solo dalla posizione postinfinitivale del soggetto semantico (160), ma anche dall’uso dell’oggetto indiretto (es. (154a) a p. 155) o del complemento d’agente (es. (161e) a p. 160) per esprimere il soggetto semantico dei verbi transitivi. La soluzione prospettata per spiegare la posizione dei clitici in piemontese in costruzioni del tipo ‘avrei voluto-lo aprire’ (e costruzioni simili, 160-63 e 166-67), dove il clitico deve abbandonare la frase infinitiva se retto da un semi-ausiliare di modo non-finito (qui il participio di «volere»), non sembra facilmente estendibile a casi come I l avrìa vorsù avèi-la vista prima (io-cl-avrei-voluto-aver-la-vista-prima) ‘Avrei voluto averla vista prima’, dove il clitico, in condizioni simili, resta invece nella frase infinitiva. Mi sembra difficile sostenere che i clitici nelle frasi all’imperativo di tutte le lingue romanze occupino la stessa posizione bassa nella struttura frasale come nel dialetto di Borgomanero (164-65), anche solo alla luce del fatto che, diversamente che a Borgomanero, nelle altre lingue romanze i clitici precedono tutti gli avverbi anche nelle frasi all’imperativo: Leggi-lo già ora, Non toccate-lo mica più. Questo non toglie che l’imperativo abbia proprietà in comune con le forme non-finite del verbo, come mostra acutamente l’A (165-69). Mi sembra anche difficile da accettare che la vocale in tondo in es. come Té tal crumpa-la (tu-tu-compri-la) ‘Tu la compri’ (2sg crumpi) o Maria la crumpu-lu (M.-ella-compra-lo) ‘Maria lo compra’ (3sg crumpa) sia un morfema indipendente (188, anche 190), e non invece quello che sembra, cioè il frutto di un’assimilazione alla vocale seguente 7 . Se questa vocale fosse un morfema indipendente, cancellerebbe il morfema desinenziale, un’ipotesi onerosa, a meno di assumere, come fa CT (185) che morfemi come -i (1sg e 2sg) e -a (3sg) siano in realtà una specie di vocali d’appoggio. A favore di questa soluzione starebbe il fatto che Besprechungen - Comptes rendus 278 8 Quando denti ha funzione circostanziale, occupa in ogni caso una posizione bassa nella struttura frasale, dopo il clitico: I môngia-la denti (io-mangio-la-dentro) ‘La mangio dentro’ (197-98). 9 Da una rielaborazione della parabola del figliol prodigo dello scrittore Piero Velati (https: / / www.youtube.com/ watch? v=ZbF508xDq6w). almeno alcune delle vocali sottoposte alla mutazione possono anche essere soppresse in certi contesti fonosintattici (184). Siccome poi non tutte le vocali atone finali sono sottoposte a questa mutazione (non lo è per es. la -u della 3pl, 183-84), un discrimine morfologico deve in ogni caso essere introdotto. Le nostre attuali conoscenze sulla distribuzione delle desinenze «labili» e di quelle «stabili» non ci permettono tuttavia per ora di decidere tra una soluzione fonologica e una morfologica. A p. 212-13 l’A sostiene che le due frasi: I mötti l libbru denti-ghi (io-metto-il-libro-dentro-ci) ‘Ci metto il libro dentro’ e I mötti l libbru renti-ghi (io-metto-il-libro-vicino-ci) ‘Ci metto il libro vicino’ hanno strutture completamente diverse: nel primo es. la preposizione/ avverbio denti e il clitico ghi sono due costituenti indipendenti, linearmente contigui solo perché occupano due posizioni vicine nella struttura frasale; nel secondo es. il clitico ghi si trova invece nel sintagma preposizionale la cui testa è renti. Con questa soluzione si può mantenere la classificazione di denti come un avverbio con proiezioni funzionali ridotte, che per questo non può ospitare un clitico, ma può per contro occupare una posizione relativamente alta nel sintagma verbale. La soluzione presenta però un aspetto controintuitivo: diversamente dagli esempi visti sopra, come I porti denta-la, dove il clitico la è un complemento del verbo, e denti non ha complementi, in I mötti l libbru denti-ghi il clitico ghi è il complemento di denti - sembra quindi meglio assumere che anche denti possa avere una proiezione funzionale completa, dove regge il suo complemento, esattamente come nel caso di renti. Questa analisi è corroborata dal fatto che il denti usato senza complemento precede nella struttura frasale l’oggetto diretto lessicale (come si vede dagli ess. (12)-(13) a p. 198-99), il denti seguito da ghi dell’es. qui sopra, invece, lo segue 8 . Controintuitiva mi sembra anche l’idea che nell’espressione fè dal mal ‘fare del male’ il sintagma dal mal abbia una struttura funzionale atta a ospitare un clitico - idea avanzata per spiegare la posizione del clitico in j aecch facc dal mal-nu (essi-hanno-fatto-del-male-ci) ‘Ci hanno fatto del male’ (209). In genere si tenderebbe piuttosto a pensare che nelle espressioni di tipo idiomatico avvenga una specie di incorporazione di elementi nominali nel verbo, con la formazione di un verbo composto. In questo spirito sembrerebbe più adatta un’analisi che prevede la salita dell’oggetto diretto in una posizione che precede quella del clitico. Si noti che questo uso deve essere più diffuso di quanto non appaia dallo studio di CT: per es. L vureva bej-ghi a i sö mataj (egli-voleva-bene-gli-a-i-suoi-ragazzi) ‘Voleva bene ai suoi figli’ 9 , dove bej, che normalmente segue i clitici (cf. sopra), nel caso dell’espressione ‘voler bene’ li precede (come nel dialetto di Trecate - cf. es. (46) a p. 101). Questioni minori. Dato il carattere dello studio, l’A non dedica molta attenzione ai problemi di classificazione dialettale (e cade a volte in qualche imprecisione, per es. quando fa riferimento ai dialetti italiani settentrionali nel loro complesso come dialetti «gallo-italici», 225). Non sarebbe tuttavia guastata una breve discussione della posizione del dialetto di Borgomanero e dei dialetti vicini come dialetti lombardi fortemente influenzati dal piemontese - anche perché in prospettiva è forse proprio questa loro posizione che potrebbe contribuire a spiegare storicamente le caratteristiche eccentriche di queste varietà. Le forme njauci/ vjauci (239) vanno analizzate etimologicamente come ni/ vi+auci (noi/ voi+altri), non come njau/ vjau+ci (njau/ vjau saranno invece abbreviazioni della forma completa). Besprechungen - Comptes rendus 279 10 L’es. è riportato in forma sbagliata - abbiamo corretto in base alla descrizione di F. Lurà (cit.). Che ngh non possa derivare da *hince (292), si può dimostrare anche in base alla fonetica storica: ci aspetteremmo infatti una consonante palatale, come nelle forme meridionali citate nel testo. L’interpretazione che vede negli es. (21) a p. 312-13 dei casi di soggetti enclitici (376, N2), è sicuramente corretta (le forme proclitiche ed enclitiche dei pronomi soggetto sono infatti normalmente diverse). Ho trovato in generale un po’ eccessiva l’attenzione prestata da CT alle grafie usate nei testi di letteratura dialettale o dagli informatori, spesso discusse molto in dettaglio. Ma cf. anche le giudiziose osservazioni a p. 296. Struttura. La struttura dell’opera, mi sembra di capire, riflette un po’ l’evoluzione della ricerca dell’A: si parte dalla costruzione presentativa, che aveva già costituito l’oggetto della sua tesi di dottorato nel 1997 e di varie pubblicazioni successive, per passare ai clitici obliqui, anche questi oggetto di diversi articoli, per passare infine alla trattazione dei clitici soggetto. Forse sarebbe stato meglio cominciare con i clitici, e con questi fornire lo sfondo su cui trattare poi il caso particolare della costruzione presentativa - una comprensione del funzionamento dei clitici è infatti necessaria per capire il funzionamento della costruzione presentativa, mentre non è vero l’inverso. Il capitolo sui clitici soggetto è strutturato intorno alla classificazione di C. Poletto (cit.): vengono prima presentati i diversi tipi di clitici individuati in quel lavoro, poi CT si chiede come i clitici del dialetto di Borgomanero possano essere inseriti nelle diverse caselle di questa classificazione. La discussione è sempre chiara e illuminante, ma un’organizzazione dei dati di tipo induttivo (dai fenomeni alle categorie astratte) avrebbe senz’altro facilitato il compito del lettore nel farsi un’idea complessiva del sistema. Dati. I dati del dialetto del Mendrisiotto (300-301) non sono corretti: gh si attacca alle forme di «avere» solo quando questo non è ausiliare (F. Lurà, Il dialetto del Mendrisiotto. Descrizione sincronica e diacronica e confronto con l’italiano, Mendriso/ Chiasso 1987: 165), per cui si avrà: u curüü tütt ul dì (ho-corso-tutto-il-giorno), senza gh (*gh’u), e l’es. (146b) Al gh’eva dii 10 (egli-gh-aveva-detto) può significare solo ‘Gli aveva detto’, con gh = ‘gli’. Inoltre nelle forme con siniziale dell’imperfetto di «essere», la snon è mai omissibile e non è quindi in distribuzione complementare con altri clitici: Ma séva fai maa (mi-ero-fatto-male); l’es. (148) contiene una forma di 3. pers., che non ha mai sin nessun contesto, e quindi non è rilevante. Non mi è chiaro perché il participio di nè ‘andare’ non sia sempre accordato con il soggetto nelle costruzioni con soggetto preverbale: cf. gli es. (39) a p. 22 con gli es. (81) a p. 39; e in quelle con soggetto postverbale, ma non-presentative (e quindi con soggetto clitico accordato con il soggetto postverbale): cf. l’es. (62b) a p. 32 con l’es. (45) a p. 24. La trascrizione non è sempre coerente: per es. in (16b) a p. 15 troviamo crasö per crassö, in (126b) a p. 137 pudò per pudö e purte per purtè, in (197f) a p. 182 tucci per tücci o in (101b) a p. 281 lesji per lesgi. In (145a) a p. 148 d è da leggere dev. La grafia dell’es. rumeno (171) a p. 168 non è stata controllata. L’es. (226a) a p. 65 è in realtà grammaticale, come riconosciuto alla n. 45 (336-37). Nell’es. (184) a p. 177 si dovrà leggere voler-mi-ce-ne. Questioni redazionali. L’A ha evidentemente riutilizzato per una parte del suo lavoro materiali precedenti, la cui omogeneizzazione formale non è però riuscita al cento per cento: nella bibliografia per es. una parte degli autori sono citati con il nome di battesimo completo, una parte con il nome abbreviato; una parte dei titoli in italiano sono citati con la maiuscolazione all’inglese, un’altra secondo il sistema italiano corretto; i rimandi bibliografici non sono sempre stati adattati al nuovo contesto e in caso di pubblicazioni dello stesso anno a volte Besprechungen - Comptes rendus 280 manca la lettera (a, b ...) necessaria all’identificazione; uno stesso lavoro è citato da due sedi diverse; la numerazione degli esempi o il testo stesso non sono sempre stati adattati; a p. 69 cinque righe sono ripetute pari pari. Qualche svista può causare problemi di comprensione: a p. 88 «partitive-accusative» sta per «dative-partitive»; alla N6 di p. 348 si parla di «French pas», ma sarebbe stato più corretto dire «Valdôtain pa», come alla N47 (355), perché la differenza notata è visibile solo in valdostano; alla N36 di p. 352 si parla di proclisi con i tempi composti in galego-portoghese, ma si dovrà intendere che i clitici si attaccano all’ausiliare e non al participio; alla N7 di p. 364-65 al posto di «Lugano» leggi «Cosseria» e al posto di «Cosseria» leggi «Carcare»; alla N28 di p. 368 «third-person plural» è da correggere in «third-person singular»; a p. 387, sotto Wanner 1983, al posto di «Martinotti» leggi «Martinoni». Conclusione. Lo studio di Christina Tortora è un libro che vale la pena di leggere. Chi si occupa di sintassi teorica, ci troverà problemi e soluzioni stimolanti, chi si occupa di sintassi delle lingue romanze o dei dialetti italiani settentrionali, ci troverà una grande quantità di dati finora poco o per niente documentati, ma anche chi si occupa di morfologia o fonologia troverà dati (e analisi) di grande interesse. Vale la pena leggerlo anche perché è un libro pieno di questioni aperte - non solo perché si può, come sempre, non essere d’accordo con le soluzioni proposte dall’A, ma soprattutto perché è CT stessa a segnalare quali sono i punti in cui la sua analisi può o deve essere migliorata, o quali sono i dati che mancano per decidere una questione. Un libro insomma che fa avanzare la ricerca. Giampaolo Salvi Raetoromania Paul Videsott/ Rut Bernardi/ Chiara Marcocci, Bibliografia ladina. Bibliografie des ladinischen Schrifttums. Bibliografia degli scritti in ladino, Bozen-Bolzano (University Press) 2014, 198 p. (Scripta Ladina Brixinensia 4) Paul Videsott hat eine lange Erfahrung in der Arbeit an Bibliographien. Es sei nur an seine 2011 erschienene Rätoromanische Bibliographie erinnert, die inzwischen für die Rätoromanistik unverzichtbar ist (cf. VRom. 73: 317 s.). Die Bibliografia ladina, die er zusammen mit Rut Bernardi und Chiara Marcocci erarbeitet hat, ist dem Schrifttum des Dolomitenladinischen gewidmet. Der erste Band enthält die schriftlichen Zeugnisse von den Anfängen bis 1945. Ein zweiter Band, der die folgende Zeit umfassen wird, ist geplant. Die Bibliographie stellt ein nützliches Instrument für die Forschung zum Dolomitenladinischen dar. Sie ergänzt die 2013 erschienene Geschichte der ladinischen Literatur von Rut Bernardi und Paul Videsott (cf. VRom. 73: 318-21). Die eigentliche Bibliographie (29-151) wird von einer Einleitung (16-28) und verschiedenen Indizes (152-98) umrahmt. Ricarda Liver H Sabine Heinemann/ Luca Melchior (ed.), Manuale di linguistica friulana, Berlin (De Gruyter) 2015, ix + 607 p. (Manuals of Romance Linguistics 3) Il Manuale di linguistica friulana curato da Sabine Heinemann e Luca Melchior è il terzo volume della collana Manuals of Romance Linguistics, diretta da Günter Holtus e Fernando Sánchez Miret, collana che si propone di fornire, in una sessantina di volumi, un aggiornamento e un ampliamento delle due grosse enciclopedie di linguistica romanza Besprechungen - Comptes rendus 281 pubblicate in Germania tra la fine del secolo scorso e l’inizio dell’attuale: il Lexikon der Romanistischen Linguistik, a cura di G. Holtus, M. Metzeltin e C. Schmitt (Tübingen 1988- 2005), e la Romanische Sprachgeschichte, a cura di G. Ernst et al. (Berlin 2003-08). La collana comprenderà sia volumi dedicati a problemi di carattere generale, sia volumi dedicati alle singole lingue romanze. Una delle novità rispetto alle imprese precedenti è che anche le lingue minori saranno trattate sullo stesso piano delle lingue maggiori (mentre per es. nel Lexikon alle lingue minori venivano dedicati solo dai 3 ai 10 capitoli, contro i 40-50 delle lingue maggiori). Così anche il friulano ha un volume indipendente, tutto redatto in italiano (un’altra novità rispetto alle opere precedenti, che utilizzavano più lingue). Il Manuale, a cui hanno contribuito ventun studiosi, dopo l’introduzione dei curatori (1-18), si divide in tre parti maggiori. La prima (Il friulano nella storia e nel presente, 19-363), suddivisa in sette capitoli, è dedicata alla storia (in senso lato) del friulano: dopo la presentazione delle caratteristiche generali del friulano ad opera di Federico Vicario (1. «Friulano», 21-40), Maria Iliescu colloca il friulano all’interno del mondo romanzo (2. «La posizione del friulano nella Romania», 41-56) e Sabine Heinemann tratta dei suoi rapporti con le altre varietà tradizionalmente classificate come reto-romanze o ladine (3. «Questione ladina», 57-72). Il quarto capitolo, dedicato allo Sviluppo storico del friulano (73-154), è suddiviso in quattro sezioni: 4.1. «Storia linguistica esterna» (73-93) e 4.2. «Grammaticografia e lessicografia (dal XVII agli inizi del XX secolo)» (94-114) di Giovanni Frau, 4.3. «Storia linguistica interna» (115-35) di Paola Benincà, 4.4. «Testi antichi» (136-54) di Federico Vicario. Il quinto capitolo è dedicato ai Dialetti (155-244), anche questo in quattro sezioni: Paolo Roseano ci offre la 5.1. «Suddivisione dialettale del friulano» (155-86), mentre le altre tre sezioni sono dedicate alle varietà marginali del friulano e alle varietà venete parlate nel territorio friulano (5.2. «Ertano e cassano; bisiaco; fascia di transizione veneto-friulana», di Sabine Heinemann e Luca Melchior, 187-208, 5.3. «Lingue urbane», di Fabiana Fusco, 209-25) e alle varietà estinte del friulano (5.4. «Tergestino/ Muglisano», di Sabine Heinemann, 226-44). Anche il sesto capitolo, su Plurilinguismo e contatto linguistico (245-337), è suddiviso in quattro sezioni, dedicate ai diversi idiomi con cui il friulano è in contatto diretto: 6.1. «Sloveno», di Liliana Spinozzi Monai (245-73), 6.2. «Tedesco», di Giovanni Frau (274- 95), 6.3. «Veneto», di Fabiana Fusco (296-315), e al complesso trilinguismo della tradizione scritta: 6.4. «Friulano, veneto e toscano nella storia del Friuli», di Giorgio Cadorini (316-37). La prima parte si conclude con un capitolo di Maria Iliescu e Luca Melchior sugli aspetti linguistici dell’emigrazione (7. «Friulano nel mondo», 338-63). La seconda parte offre uno schizzo sincronico del sistema linguistico (Il friulano come sistema linguistico, 365-450), con capitoli su 8. «Fonetica e fonologia», di Renzo Miotti (367- 89), 9. «Morfologia e sintassi», di Paola Benincà e Laura Vanelli (390-412), 10. «Stratificazione lessicale e formazione delle parole», di Carla Marcato (413-27) e 11. «Toponomastica e antroponimia», di Franco Finco (428-50). I sette capitoli della terza parte riguardano i problemi sociolinguistici, giuridici e di normalizzazione e pianificazione del friulano (Il friulano lingua minoritaria - politica linguistica, 451-598): 12. «La situazione sociolinguistica» è descritta da Gabriele Iannàccaro e Vittorio Dell’Aquila (453-74) e 13. «Il quadro giuridico» da William Cisilino (475-91), mentre Paolo Coluzzi confronta la situazione del friulano con quella di altre lingue minori (14. «Il friulano: confronto con altre lingue minoritarie», 492-510). I capitoli seguenti trattano della normalizzazione e della pianificazione ed eleborazione linguistica (15. «Normalizzazione: grafia, grammaticografia e lessicografia», di Davide Turello, 511-32, e 16. «Pianificazione linguistica ed elaborazione», di Federica Angeli, 533-52), mentre i due ultimi capitoli del volume studiano la presenza del friulano nei mass media e nella scuola (17. «Friulano nei mass media», di Luca Melchior, 553-74, e 18. «Friulano nella scuola (e nell’università)», di Alessandra Burelli, 575-98). Il libro si chiude con un indice degli argomenti (599-607). Besprechungen - Comptes rendus 282 Come si può osservare anche solo da questa breve esposizione dei contenuti del volume, il manuale abbraccia una gamma di argomenti più ampia e permette in molti casi una trattazione più approfondita di quella che troviamo per es. nel Lexikon. Questo è dovuto al maggior spazio che gli autori hanno avuto a disposizione (ca. tre volte tanto), il che ha permesso trattazioni più dettagliate di argomenti che nel Lexikon erano descritti solo sommariamente, e ha consentito di allargare la trattazione anche ad argomenti che là non avevano ricevuto attenzione. Questo allargamento/ approfondimento è anche legato a due altri fattori: da una parte ai nuovi studi che nel quarto di secolo intercorso tra le due opere hanno visto la luce e arricchito di nuovi dati e prospettive la ricerca sul friulano, dall’altra ai cambiamenti intervenuti a livello istituzionale che hanno fatto del friulano una lingua di minoranza ufficialmente riconosciuta e quindi sostenuta dallo stato e dai suoi organi, con le conseguenze che questo nuovo statuto comporta (studiate soprattutto nella terza parte del Manuale). Tra il volume del Lexikon (1989) e la pubblicazione del Manuale erano uscite del resto alcune altre opere con finalità analoghe, ma di estensione minore, dei cui risultati ha potuto profittare anche questo volume: C. Marcato, Friuli-Venezia Giulia, Bari 2001 (Profili linguistici delle regioni); F.Vicario, Lezioni di linguistica friulana, Udine 2005 (anche in trad. inglese: Udine 2007); F. Fari (= F. Fabbro) (ed.), Manuâl di lenghistiche furlane, Udin 2007 (anche in ingl.: a cura di F. Fabbro e C. Crescentini, Udine 2015); S. Heinemann, Studi di linguistica friulana, Udine 2007 (ed. orig. tedesca: Bonn 2003). Il Manuale offre dunque un quadro più che mai completo e aggiornato degli studi sul friulano, con contributi sempre ben informati, dove non mancano le idee originali. Leggendo il volume dall’inizio alla fine non ho potuto però sottrarmi all’impressione che i curatori si siano trovati un po’ in imbarazzo su come occupare le 600 pagine che avevano a disposizione. Non si tratta tanto del fatto che ci sono varie sovrapposizioni tra i capitoli (per es. di germanismi si parla, molto spesso con gli stessi esempi, nei cap. 1, 4.1, 6.2 e 10; analogamente per le varietà venete, per cui si veda subito sotto) - i vari capitoli monografici sono infatti concepiti per essere letti anche indipendentemente l’uno dall’altro. Si tratta piuttosto del fatto che il novero degli argomenti trattati è anche a prima vista più ampio di quello che ci si aspetterebbe in un libro sul friulano: vi si accenna infatti diffusamente anche alle diverse varietà venete parlate nel territorio friulano (cap. 5.2, 5.3, 5.4, 6.3 e 6.4, con varie sovrapposizioni), nonché di quelle slovene (cap. 6.1; il cap. 6.2 sul tedesco è invece dedicato, nonostante il titolo, ai prestiti germanici in friulano). Non che questa scelta non sia giustificabile: si tratta di idiomi che vivono a stretto contatto con il friulano e che lo hanno influenzato e/ o ne sono stati influenzati. Ma è un po’ come se il libro fosse dedicato non tanto al friulano, quanto piuttosto al Friuli come regione storica, anzi alla regione amministrativa Friuli-Venezia Giulia e alla sua situazione linguistica (e spesso gli autori parlano proprio della «nostra regione»). Un errore di prospettiva, in un manuale di linguistica romanza - anche se è vero che la stragrande maggioranza dei friulani si trovano nel Friuli-Venezia Giulia e questa regione è l’unica a svolgere un’azione mirata alla tutela e alla pianificazione del friulano (come va anche riconosciuto che nella trattazione non vengono trascurate le ormai poche varietà parlate fuori dai confini regionali). Inoltre la libertà verosimilmente concessa dai curatori agli autori ha avuto come conseguenza che non tutto si trovi dove uno si aspetterebbe di trovarlo, o, più spesso, che lo stesso tipo di informazione si trovi in due posti: così ci si aspetterebbe che nel capitolo 5, dedicato ai dialetti, si trovino descrizioni dei dialetti e nel cap. 6, dedicato al contatto linguistico, si trovino informazioni sul contatto linguistico - ma non è sempre così: delle quattro sezioni del cap. 5 solo tre sono articolate su descrizioni delle caratteristiche dei dialetti trattati, mentre quella dedicata alle lingue urbane (5.3) ha piuttosto carattere sociolinguistico (che spetterebbe alla terza parte del Manuale); la descrizione linguistica di queste varietà si trova invece nel cap. 6, assieme alla trattazione dei contatti linguistici (6.3), che a loro volta trovano posto anche in varie parti del cap. 5 (in particolare in 5.2 e in 5.4). Besprechungen - Comptes rendus 283 Facciamo seguire qui alcune osservazioni su alcuni punti specifici: - p. 23: la «data di nascita» del friulano e delle lingue neolatine, posta al X-XI sec., è senz’altro troppo tarda (cf. J. Herman, «La chronologie de la transition: un essai», in: J. Herman (ed.), La transizione dal latino alle lingue romanze, Tübingen 1998: 5-26), anche se nel caso del friulano coinciderebbe con la separazione politica del Friuli dal resto dell’Italia settentrionale; - p. 25: è una forzatura interpretare il passo di San Girolamo come la prima testimonianza «dell’esistenza di un idioma particolare in Friuli». Il testo parla solo di «lingua semplice e popolare», quindi non-letteraria, non della lingua specifica della regione aquileiese; - p. 35: la regressione della palatalizzazione incipiente di ca e ga in Italia settentrionale, piuttosto che con «la pressione culturale del volgare tosco-fiorentino» (che pare troppo precoce), può essere spiegata con cause interne (concorrenza con la palatalizzazione dei nessi cl e gl - cf. H. Schmid, «Über Randgebiete und Sprachgrenzen», VRom. 15/ 2 (1956): 19-80, III: Über die Palatalisierung von C, G vor A im Romanischen (Zur sprachlichen Stellung Oberitaliens)); un esempio più chiaro di sonorizzazione di c intervocalico, invece di precare . preâ ‘pregare’ (che comporta anche palatalizzazione e dileguo), poteva essere per es. foculare . fogolar ‘focolare’; - p. 48-49: stupisce trovare un intero paragrafo dedicato ai «Fenomeni comuni al friulano e al rumeno», dove però vengono descritti fenomeni sempre comuni anche con altre lingue, con l’eccezione di alcuni vocaboli che sarebbero attribuibili a «un sostrato comune preromanzo che si estendeva dalle Alpi fino alla Penisola Balcanica» - di questi se ne citano due come comuni ai soli friulano, albanese e rumeno: çore ‘cornacchia’ (che però il DESF associa a forme venete settentrionali) e raze ‘anatra’ (ampiamente diffuso nelle lingue slave meridionali); - p. 49: alle lingue che formano l’imperativo negativo con stare andrebbero aggiunti i dialetti veneti, lombardi ed emiliani; il ladino è erroneamente elencato tra le varietà che non utilizzano il suffisso -idio (ma a p. 51 si dice correttamente che lo utilizza); - p. 50: la presenza di opposizioni fonologiche di lunghezza nel sistema vocalico non è una prerogativa del friulano, ma si trova in molte altre varietà italiane settentrionali (cf. M. Loporcaro 2015: Vowel length from Latin to Romance, Oxford); - p. 62: non abbiamo prove di un «impegno irredentistico» di Carlo Battisti (che a volte gli viene attribuito per confusione con Cesare Battisti) - prima della Grande Guerra Battisti era un funzionario dello stato austriaco e durante la guerra servì come ufficiale nell’esercito austro-ungarico; - p. 81: bearç ‘orto, cortile’ è attribuito al tedesco, mentre a p. 78 era stato attribuito al gotico o al longobardo (quest’ultima origine anche a p. 417); - p. 128: romans ‘rimase’ non può considerarsi una forma pienamente etimologica (ci aspetteremmo **romas), ma piuttosto una forma analogica basata sul tema del presente romanzo; - p. 147: in realia ‘regalia, dono’ ( , regalia) non abbiamo «lenizione e ... dileguo», ma palatalizzazione e dileguo di g; - mentre a p. 164 si afferma che la realizzazione normale di / r/ in friulano è monovibrante [ ɾ ], a p. 387 si dice che la realizzazione tipica è [r]; - p. 233: aulíu ‘olivo’ non appartiene alle parole con vocale tonica dittongabile; - p. 234: non mi è chiaro come tergestino hau ‘ha’, stau ‘sta’ e fau ‘fa’ possano testimoniare della perdita di -bintervocalica (se, come generalmente in Italia settentrionale, si parte da stat e dagli analogici *(h)at e *fat); - p. 236: gli esempi di forme verbali di 1. pers. terminanti in -i grafica del tergestino non rientrano nei casi di -i desinenziale: in due delle forme si tratta di j finale del tema verbale: ai Besprechungen - Comptes rendus 284 ‘ho’ , *(h)aio, uoi ‘voglio’ , *voleo, e anche per prei ‘prego’ si tratterà probabilmente della j di prejà, frutto della palatalizzazione da precare; - p. 257: mi sembra azzardato attribuire la caduta di g dei dialetti sloveni a un influsso del friulano - in friulano infatti questa è limitata alla posizione intervocalica, mentre in sloveno si ha anche in posizione iniziale; inoltre, sempre contrariamente allo sloveno, il passaggio g . j in friulano si ha solo davanti ad a, mentre davanti a o e u -gè spesso conservato e, quando è caduto, non è passato per una fase -j-; - p. 321: non tutti i fenomeni elencati come tipici del friulano medievale rispetto al veneto medievale sono veramente tali: anche in veneto i pronomi soggetto continuavano la forma del nominativo, la 2sg. dei verbi poteva avere la desinenza -s e wgermanico dava v-; - p. 322: i casi di e per a tonica del Rainaldo e Lesengrino sono certamente francesismi (cf. A. Lomazzi, Rainaldo e Lesengrino, Firenze 1972: 94), e non tratti del trevisano rustico; - p. 322-23: l’opposizione tra un geotipo ladino e uno italiano non appare felice, tanto più che a Venezia, e quindi nella formazione del veneziano, sono probabilmente confluite sia correnti migratorie occidentali (padovano-polesane) sia correnti migratorie nord-orientali (trevisane) - cf. E.Tuttle, «The Veneto», in: M. Maiden/ M. Parry (ed.), The dialects of Italy, London 1997: 263-70 (264); - p. 325: non ci sono ragioni per attribuire al toscano e non al veneto le forme ducati, soldi, marche, pegno, salvo (tutte presenti nel glossario dei Testi veneziani del Duecento e dei primi del Trecento, ed. A. Stussi, Pisa 1965); - p. 329: la -o finale di çogulo ‘capretto’ non è necessariamente di influsso toscano, perché anche il veneziano mantiene -o finale dopo -l- (cf. Stussi, cit.: xxxiii); - p. 348: specjo ‘specchio’ sarà piuttosto venetismo che non italianismo; - p. 497-504: nel confronto tra friulano e galego l’autore non ha tenuto conto di un fatto che influisce in maniera determinante sui dati studiati, e cioè che mentre tra galego e spagnolo ci sono differenze minime, per cui uno spagnolo capisce senza troppe difficoltà il galego, tra friulano e italiano queste differenze sono molto grandi, per cui il friulano è praticamente incomprensibile per chi sappia solo l’italiano - questo naturalmente ostacola l’uso del friulano in molti contesti. Alcune formulazioni sono poco felici: a p. 37 dei pronomi clitici soggetto si dice che «accompagnano obbligatoriamente l’espressione del soggetto che compie l’azione» - ma i clitici soggetto non fanno distinzioni tra azioni e non-azioni; a p. 105 «palatalizzazione di i semivocale» sarà da intendere come fortizione/ indurimento (j . ž) - infatti j è già palatale. Ci sono poi varie sviste: a p. 11 «una corrispondenza italiana», recte: «friulana»; a p. 96 «esercizi di versione dal latino al friulano», recte: «dal friulano al latino»; a p. 97 «Poligrafico», recte: «Politecnico»; a p. 120, nell’ultimo capoverso di 2.1.2, dall’elenco delle vocali mancano ĭ e ŭ ; a p. 121 antico bergamasco «tug ‘tutti’ / tuc/ », recte: «/ tyc/ » (ma più probabilmente: / tyt ʃ / , come in milanese antico); a p. 151 curavo «condizionale semplice», recte: «indicativo imperfetto»; a p. 193 «epitesi di -i invece che -e», recte: «di -e invece che -i»; a p. 204 «ras ‘rape’, ‘rapi’», recte: «‘rapa’, ‘rape’»; a p. 231 «Statuti o... Camerari triestini», recte: «friulani»; p. 233 «[e] e [o] del latino volgare», recte: «[ ɛ ] e [ ɔ ]»; a p. 235 «sviluppo di -mp-/ -mba -np-/ -nd-», recte: «-np-/ -nb-»; a p. 140 «la -i del presente congiuntivo si estende alla I coniugazione», recte: «anche alle coniugazioni diverse dalla I»; a p. 330 «alla fine del XVII secolo», recte: «XVI secolo» (Menocchio visse dal 1532 al 1600 ca.); a p. 345 «negli anni sessanta del XVIII secolo», recte: «del XIX secolo»; a p. 409 fassano «la bela fèminis», recte: «fémenes»; a p. 477 il commissario ungherese Tibor Navracsics diventa nella frase seguente «la nuova commissaria»; Cescutti 2008, cit. a p. 523, manca dalla bibliografia alla fine del capitolo. Non elenco gli errori di battitura, attribuibili alle attuali pratiche editoriali (che non utilizzano Besprechungen - Comptes rendus 285 1 Quelques titres seulement: Galien le Restoré en prose, ed. H.-E. Keller et N. L. Kaltenbach, Paris 1998; le Roman de Guillaume d’Orange, ed. M.Tyssens, N. Henrard et L. Gemenne, 3 vol., Paris 2000-06; Jean Wauquelin, La belle Hélène de Constantinople, ed. M.-Cl. de Crécy, Genève 2002; Messire Gilles de Chin (en prose), ed. A.-M. Liétard-Rouzé, Villeneuve d’Ascq 2010; Le roman de Gillion de Trazegnies, ed. S.Vincent, Turnhout 2010; La Fleur des batailles Doolin de Maience, ed. M.-J. Pinvidic, Paris 2011; Histoire de Gérard de Nevers en prose, ed. M. Marchal, Villeneuve d’Ascq 2013. correttori di bozze) e di cui gli autori sono scusati. Qua e là gli esempi non sono stati tradotti, anche in casi tutt’altro che evidenti (come per es. alle p. 241-42). Nonostante i problemi notati, il Manuale offre un quadro ampio e ben informato degli studi sul friulano, nonché un’ottima e approfondita introduzione alla storia linguistica, alla descrizione sincronica e alla situazione sociolinguistica e giuridica (oltre che alla normalizzazione e pianificazione) di questa lingua minore. Giampaolo Salvi Galloromania Giuseppe Di Stefano, Nouveau dictionnaire historique des locutions. Ancien Français - Moyen Français - Renaissance, 2 vol. (A-K, L-Z), Turnhout (Brepols) 2015, 1855 p. Ce dictionnaire est l’œuvre d’une vie de chercheur: après le Dictionnaire des locutions en moyen français (Montréal, 1991) et sa version réduite Toutes les herbes de la Saint-Jean. Les locutions en moyen français (avec Rose M. Bidler, Montréal, 1992), Giuseppe Di Stefano achève et complète son répertoire en l’élargissant en amont, vers l’ancienne langue, et en aval, vers ce français «de la Renaissance» que l’on hésite toujours à considérer comme un état de langue à part. Il est vrai que ni l’ancien français ni le français du XVI e siècle n’étaient entièrement absents dans le répertoire de 1991: on n’a qu’à parcourir la bibliographie finale pour y déceler des titres comme le Roman de la Rose ou le Roman de Renart d’une part, les Contes amoureux de Jeanne Flore ou les pièces de Jacques Grévin de l’autre; mais il est tout aussi vrai que cette nouvelle entreprise intègre systématiquement les œuvres françaises allant des origines aux dictionnaires de la langue classique (Oudin, Richelet et Furetière ont aussi été exploités, outre les dictionnaires historiques modernes). Quelques données quantitatives donneront une idée de l’enrichissement opéré: la bibliographie, qui comptait plus de 600 titres en 1991, en dénombre maintenant plus de 1000; les retombées à l’intérieur du Dictionnaire sont tout aussi voyantes, comme le montrerait n’importe quel sondage: pour la lettre Q, on passe par exemple de 42 entrées à 75; pour l’entrée Nature de 32 «locutions» à 68. Malheureusement - tout comme dans l’édition de 1991 - les textes n’étant pas datés, ne fût-ce qu’approximativement, il revient au lecteur de situer dans le temps les citations, souvent nombreuses, parfois uniques, proposées dans les articles. Toujours au sujet de la bibliographie, notamment pour la section «moyen français», on comprend bien que Di Stefano n’ait pas refait le dépouillement sur la base des nouvelles éditions critiques parues ces 25 dernières années: on peut cependant le regretter, car celles-ci sont nombreuses et la cueillette en aurait été sans doute enrichie 1 . La Préface, aussi parcimonieuse que le répertoire est riche (une vingtaine de lignes), met néanmoins l’accent sur trois questions fondamentales: la nécessité de ne pas considérer les catégories historiques comme étanches, et par ricochet l’inévitable continuité linguistique, la difficulté terminologique, résolue ici comme en 1991 par le mot «locution», et surtout la Besprechungen - Comptes rendus 286 question épineuse de la «variance» de ce qui est devenu «figé» après le XVII e siècle. C’est ce dernier aspect surtout - sur lequel Giuseppe Di Stefano est revenu à maintes reprises, récemment encore dans Le moyen français 71 (2012): 126-28 - qui caractérise l’ancienne langue et qui pose souvent problème aux chercheurs d’aujourd’hui, lorsque, partis à la chasse d’une locution précise, relevée dans un texte dont il faut par exemple établir le glossaire, ils se doivent d’imaginer sous quelles autres formes (lexicales, morphologiques, syntaxiques) «leur» locution peut avoir existé en ancien ou en moyen français et par conséquent avoir été classée et lemmatisée dans le NDHL. En effet, celui-ci, tout comme celui de 1991, gagne à être consulté avec beaucoup de calme, de temps et surtout de curiosité: ce n’est souvent qu’au prix de longues promenades - des plus agréables quelquefois - que l’on parvient à retrouver le syntagme recherché. Dans les lignes qui suivent, nous allons donner quelques exemples de ce type d’enquêtes, en essayant de souligner l’intérêt de l’œuvre dont nous rendons compte, et en même temps l’importance des pistes qu’elle ouvre aux chercheurs d’une part, à Giuseppe Di Stefano lui-même de l’autre, qui, nous en sommes sûrs, n’a pas dit le mot de la fin dans «son» domaine. La Préface ne s’exprime pas sur la structure des articles: rien n’est dit quant à la forme des lemmes en entrée (graphie modernisée si le mot subsiste, une des graphies anciennes attestées si le mot a disparu), quant à l’ordre de présentation des locutions (locutions prépositives d’abord, puis verbales selon l’ordre alphabétique des verbes, puis proverbes, dont il m’a été impossible de comprendre la disposition) et des citations (sans doute l’ordre chronologique des œuvres, même si, comme on l’a dit, cela peut n’être pas aisé pour des textes peu ou mal connus); dans quelques cas, la même «locution» revient à quelques lignes de distance, gardant peut-être la trace d’ajouts faits au fur et à mesure que le corpus gagnait en ampleur ; un seul exemple: s. faire, on lit p. 649c «Ce qui est fait est fait, ce qui est faict, ne se peut deffaire», avec de nombreux renvois allant de Christine de Pizan au Moyen de parvenir de Béroalde de Verville; mais on n’aura qu’à tourner la page pour découvrir, p. 650b, après les entrées «Ce qui est fait, est advenu», «J’ay faict ce que j’ay faict», «Tel avez fet, tel trovereiz», sémantiquement proches, mais aussi après six autres locutions qui nous paraissent plus éloignées («Ce que l’un fait l’autre despiece», «Fay tost si tu fais», «Se faire fort de qqch», «Faire en faisant», «Laisser faire», «Cil fait bien qui faire fait»), «Quant est faict, c’est faict», et encore, deux entrées plus loin («Il vault mieulx mal faire, que ne faire rien», «Mal fait qui ne parfait»): «Chou qui fait est ne puet estre autrement» et «Ce qui est ja fait n’est pas a recommencer». Parfois on regrette - c’était également le cas dans l’édition de 1991 - l’absence de traduction: s’il est vrai que le DMF lui-même renonce ou évite ci et là d’offrir des gloses en français moderne, cette lacune peut créer des difficultés aux lecteurs moins rompus aux difficultés de l’ancienne langue; là encore, un seul exemple tiré de la même entrée faire: p. 651b, vers la fin de l’article, on lit: «Facet, tout comme Donat, engendre un jeu de mot de goliards», avec renvoi à Gargantua XIV. Il s’agit évidemment de l’allusion à deux des manuels scolaires les plus répandus à l’époque de Rabelais, dont le XVI e siècle avait hérité du Moyen Âge: le Facetus, recueil de préceptes en vers diffusés tant en latin qu’en français, et l’Ars minor de Donat, également connu dans les deux langues; Rabelais les a cités l’un à côté de l’autre dans un passage célèbre où il se moque de l’instruction désuète fournie à son héros et du temps nécessaire pour qu’il s’en empare: «un grand docteur sophiste ... luy aprint sa charte si bien qu’il la disoit par cueur au rebours et y fut cinq ans et troys mois, puis luy leut Donat, le Facet, Theodolet et Alanus in parabolis: et y fut treze ans six moys et deux sepmaines» (ed. M. Huchon, Paris 1994, chapitre XIV, 43). Le «jeu de mot de goliard» auquel pense Di Stefano n’est tout de même pas éclairci, me semble-t-il, dans le passage de Rabelais. Quelques œuvres, pourtant présentes dans la bibliographie, n’ont pas été exploitées en entier: il en va ainsi pour les Proverbes moraux de Christine de Pizan, que Giuseppe Di Stefano connaît bien, ne fût-ce que parce que l’édition critique, fondée sur un manuscrit Besprechungen - Comptes rendus 287 2 «Courtois parler refraint souvent grant ire Car moult attrait les cuers dulcement dire [lire: d’ire]», parler, p. 1271c. autographe, lui a été offerte par Gilbert Ouy et Christiane M. Reno (Mélanges Di Stefano, Montréal 2004: 557-72); sauf exception 2 , seuls les distiques de Christine qui se lisent dans la Geste de Monglane en prose (XV e siècle) ont été répertoriés (par ex.: «Qui ne se puet d’un mauvais pas garder, au mains s’en doit mettre hors sans tarder», pas, p. 1294b; «Peu de chose moult [lire: meult] grant debat souvent, Petite pluie aussi abat grant vent», pluie, p. 1390a; «Prudence aprent l’omme a vivre en raison, la ou elle est eureuse est la maison», prudence, p. 1457c; «Le temps perdu ne puet on recouvrer (pour ce, tandis qu’on l’a doit l’en ouvrer)», temps, 1670a). La question se pose alors: est-ce que le critère de sélection retenu est celui devenu classique d’Elisabeth Schulze-Busacker (Proverbes et expressions proverbiales dans la littérature narrative du Moyen Âge français, Paris 1985, 16), à savoir la présence des proverbes et dans un recueil et dans un texte? Si tel est le cas, on pourrait maintenant intégrer bien d’autres Proverbes de Christine, puisque l’auteur anonyme de Beuve de Hantone en prose en a enchâssé une bonne trentaine dans son récit (Maria Colombo Timelli, Romania 134 (2016): 204-24). De ce qui est dit ci-dessus découle inévitablement le souhait d’une édition électronique de ce très précieux Nouveau Dictionnaire Historique des Locutions, qui portera(it) secours aux lecteurs moins expérimentés que Giuseppe Di Stefano - la plupart des usagers de ce précieux outil, sans doute -, perdus entre les variantes d’un même noyau sémantique, d’autre part d’enrichir au fur et à mesure ce qui pourrait devenir une véritable base de données. S’il est certain que Di Stefano a dépouillé la très grande majorité des œuvres françaises élaborées des origines à 1600, il est tout aussi vrai que, tout comme le spectacle, la recherche continue, en permettant de découvrir voire d’éditer de nouveaux textes ou de nouveaux témoins: il en ira bientôt ainsi pour Beuve de Hantone en prose, dont le ms. B.N.f.fr. 12554 recèle, entre bien d’autres, la locution disner à la perre de baally, qui ne semble pas se trouver dans le Nouveau Dictionnaire car seul le texte publié par Antoine Vérard - qui a supprimé cette locution - était jusqu’à maintenant disponible (édition M.M. Ival, Aix-en-Provence, 1984). Maria Colombo Timelli H Frédéric Duval, Les mots de l’édition de textes, Paris (École nationale des chartes) 2015, 287 p. (Les manuels de l’École des chartes 2) L’idée de ce livre naît principalement de l’exigence de faire le point sur un vocabulaire dont la diversité reflète des approches et des méthodes, si ce n’est des traditions nationales ou culturelles, différentes, mais qui recouvre des réalités souvent fort proches. Ce qui peut apparaître comme une difficulté, surtout aux yeux de l’éditeur en herbe, constitue de fait la richesse d’un dictionnaire qui manquait jusqu’à présent, et qui propose, dans de véritables articles, une terminologie riche et variée, dont les définitions s’appuient sur une bibliographie internationale importante. Les objectifs sont clairement exposés par F. D. Il s’agit d’abord d’offrir aux débutants «un accès aisé et rapide aux principales notions de l’édition de textes» (7); la présentation d’une terminologie diversifiée, mais dont les objets peuvent coïncider, provoquera chez le lecteur plus expérimenté la confrontation des approches et sans doute aussi une réflexion renouvelée sur ses propres habitudes; enfin, et F. D. a bien fait de le souligner, son lexique n’est pas un manuel d’ecdotique (9). Besprechungen - Comptes rendus 288 La nomenclature est très vaste, réunie à partir de dépouillements nombreux; organisée en ordre alphabétique, elle limite, pour des raisons qui tiennent à son statut encore in fieri, les articles dévolus à l’édition électronique, mais inclut des unités lexicales traduites ou calquées sur d’autres langues, l’italien en particulier (par exemple: apparat critique, diachronique, évolutif, génétique, mixte, innovation contrainte ...), et de nombreux mots communs à bien d’autres disciplines et sciences humaines dont ne sont retenues que les acceptions propres à la pratique éditoriale (analyse, archéologie, art, aval, bibliographie etc.). Chaque article comprend, après l’entrée, la ou les définitions, précédée(s), si nécessaire, d’une mention de domaine; quelques remarques, séparées par des barres verticales, peuvent porter sur les différentes approches ou méthodes utilisant le même terme avec des nuances voire des acceptions différentes (par ex. pour ce qui concerne la philologie «traditionnelle» et la critique génétique ou encore la New Philology; on verra entre autres l’entrée codicologie). Seuls les renvois bibliographiques essentiels trouvent place à l’intérieur des articles, les autres étant réunis dans une bibliographie d’ensemble dont on apprécie l’étendue et la mise à jour (17-43). La visée pédagogique poursuivie par F. D. me paraît parfaitement atteinte: la brièveté des articles ne va pas à l’encontre de la clarté; et malgré le caractère nécessairement technique du contenu, aucun jargon n’est affiché. Une seule observation d’ensemble: un système de repérage simple (par exemple un astérisque) aurait permis de renvoyer rapidement d’un article à l’autre, par exemple entre homéotéleute et saut du même au même; s’il est vrai que dans certains articles ces signes seraient certainement (trop) nombreux, ils seraient surtout utiles pour signaler la présence - ou, en creux, l’absence - de certaines entrées; il est vrai d’autre part que le lecteur curieux n’aura aucun mal à se promener agréablement d’un article à l’autre en fonction de ses intérêts, la présentation alphabétique simplifiant indubitablement toute recherche, et la «Liste des entrées» fournie dans les dernières pages facilitant ultérieurement une consultation rapide. Pour une œuvre de ce genre, qui comble une lacune importante et dont la valeur ne fait aucun doute, il peut paraître mesquin de signaler quelques absences: ainsi, on se demande pourquoi traitement du texte ne figure pas (alors que toilette du texte est prévu), ainsi que des termes ayant trait à la description matérielle des témoins (certes, pour ceux-ci le Vocabulaire codicologique de Denis Muzerelle, en ligne [http: / / vocabulaire.irht.cnrs.fr/ ], fournit aujourd’hui un outil aussi riche qu’incontournable). En contrepartie, signalons un intérêt majeur du livre de F. D., à savoir la prise en compte de l’édition de textes tant anciens que modernes, basée sur des témoins manuscrits, certes, mais aussi imprimés, ce qui encourage à franchir le pas entre transmission médiévale et moderne des œuvres. Maria Colombo Timelli H Alain Corbellari, Des fabliaux et des hommes. Narration brève et matérialisme au Moyen Âge, Genève (Droz) 2015, 204 p. (Publications romanes et françaises CCLXIV) En dix chapitres articulés chacun autour d’une thématique (archétypes, légendes urbaines, transmissions, merveilles, rêves, calembours, monologues, naïvetés, escroqueries, marges), Alain Corbellari propose dans cet ouvrage une compilation actualisée et enrichie de différentes études proposées par ailleurs. Cependant, dans leur regroupement en volume, celles-ci prennent une dimension particulière à travers le fil rouge que veille à mettre en exergue l’auteur: la question du matérialisme. Ce postulat épistémologique permet une lecture plus aisée de l’ensemble puisque les différents chapitres se font désormais écho. Si le médiéviste traditionnel peut se trouver Besprechungen - Comptes rendus 289 quelquefois un peu décontenancé par les correspondances qui sont proposées (avec des points de comparaison modernes comme, par exemple, Pierre Bellemare, p. 42, ou la bande dessinée, p. 61 - référence aux «sales blagues» de Vuillemin dans L’Echo des savanes ou au Principe des littératures dessinées de Harry, et non Henry, Morgan), ces «concordances des temps», chères à Jean-Noël Jeanneney, permettent d’éclairer certaines lectures avec un regard nouveau mais permettent aussi une meilleure vulgarisation des thématiques traitées. On pourrait parfois reprocher à l’auteur un grand écart avec son matériau premier, notamment dans le premier chapitre essentiellement consacré à Léon Bloy. L’hiatus temporel a beau être audacieux, il n’en reste pas moins que cette comparaison permet de relire les fabliaux avec d’autres enjeux, notamment leur rôle exemplaire. Par le biais de la fiction, Bloy cherche à atteindre les profondeurs de la nature humaine, comme l’ont fait d’une certaine manière les fabliaux avant lui. Le ton de ses anecdotes n’est ainsi pas sans rappeler «l’esthétique du fait divers» (28). Le fait divers se propage, comme au Moyen Âge les fabliaux se colportent, et tous deux, pour Corbellari, se rapprochent de la rumeur et des légendes urbaines. Cette dernière locution, pour anachronique qu’elle puisse paraître, correspond pourtant assez bien aux fabliaux: ils sont présentés comme authentiques, ont un lien avec le quotidien, possèdent un caractère narratif évident et illustrent souvent les dangers de la civilisation. Même si leurs sources sont parfois bien plus anciennes, les fabliaux insistent souvent sur les marques de véracité de leurs propos et tentent d’en persuader leurs auditeurs/ lecteurs. Pour Corbellari, ce type d’écrit «réalise la fusion de l’histoire drôle et de la légende urbaine» (51) puisqu’il vise à faire réfléchir sur les dangers du monde. Aux confins parfois de propos proches des «brèves de comptoir» ou de ceux tenus au «Café du Commerce» (61), les fabliaux visent à «stigmatiser certaines catégories professionnelles dont [la société] peut faire les boucs émissaires de ses mécontentements de classe» (62). Les stéréotypes récurrents sur le meunier médiéval trouveraient ainsi un écho dans les clichés autour du garagiste moderne (60). Urbain, quotidien, le fabliau se veut aussi terre à terre, par des principes de solide bon sens qu’il développe. C’est pourquoi le merveilleux y est somme toute peu présent et cantonné à des dimensions parodiques. Dans le même ordre d’idées, le rêve au Moyen Âge est généralement prémonitoire ou porteur d’un symbolisme certain (76), sauf dans les fabliaux dans lesquels ce sont surtout les femmes qui rêvent. Selon Corbellari, il ne faut pas y voir là seulement une vision diabolisée de la féminité mais bien la preuve du bon sens, du réalisme féminin. Le jeu de mot, à l’époque médiévale, sert souvent à «l’explication étymologique du monde» (102) mais il est finalement peu employé dans les fabliaux puisqu’ils récusent d’une certaine manière une lecture transcendante du monde, lui préférant un réalisme bien plus tangible. Par exemple, dans Boivin de Provins, la dénonciation de l’argent qui lie et détruit la société est patente (111). Le jeu dialogues/ monologues pose ainsi la question de la performativité pour, au final, insister sur la personnalité du personnage débrouillard. Ce type de caractère se retrouve dans l’utilisation de nombre de personnages proches de la figure du trickster (filou, fripon, rusé; voir Trubert, p. 124 s. ou Amis le Prêtre, p. 140 s.). À la marge de ce type de récit, les dits narratifs professionnels (comme les dits parisiens et ceux liés aux activités pratiques) utilisent abondamment les énumérations afin de proposer une «littérature comique à la fois parodique et démystifiante qui tourne le réel en bourrique tout en se donnant les gants d’en mimer la plate description» (171). Avec le fabliau, il ne s’agit pas de «promener un miroir le long du chemin» comme le dira plus tard Stendhal à propos du roman pour tendre vers une littérature du réel, un réalisme au sens que l’on donne à ce mot aujourd’hui. C’est pourquoi Alain Corbellari préfère à cette notion celle de matérialisme qui, il faut l’avouer, est en effet rendue de plus en plus juste et Besprechungen - Comptes rendus 290 1 Cf. unsere Besprechung hier. 2 Cf. hierzu Wille 2015: 1. perceptible au fil de ce recueil: les fabliaux refusent en effet le surnaturel pour mettre au premier plan les appétits et les besoins corporels, le profit immédiat et le carpe diem (173). De ce fait, il est logique qu’ils fassent une «consommation effrénée d’objets» (18) qui participent davantage selon l’auteur à une «narration volontiers fétichiste» plutôt qu’ils ne se présentent comme des «indicateurs d’une réalité qui se dérobe de toutes parts sous l’avalanche des rebondissements et des retournements de situation» (18). Il ne s’agit donc pas, pour l’auteur, d’opposer deux postulats philosophiques et esthétiques: idéalisme (majoritaire dans la littérature du Moyen Âge, 19) contre réalisme (c’est-à-dire narration plus crédible, p. 18). Au contraire, en s’axant davantage sur les mécanismes d’écriture que sur leurs effets supposés, en mettant l’accent sur la littérarité de ces récits, il s’attache à en démontrer les mécanismes qui insistent sur certaines spécificités du fabliau français. Partant, l’auteur dégage un certain état d’esprit qui sous-tend tous ces récits à portée plus exemplaire - donc matérielle, concrète, utile - que doctrinaire. Ce double mouvement entre effets de réel et stratégies d’écriture est justement celui qui est annoncé dès le titre de ce recueil. Cet ouvrage constitue une nouvelle approche de la lecture des fabliaux, dont Corbellari retrace un rapide historique de la réception depuis l’Ancien Régime. L’auteur y met en évidence, de manière plutôt convaincante, cette notion de matérialisme et relativise dès lors une partie des traditionnels «poncifs» du genre comme leur grossièreté, leur vulgarité ou leur obscénité. Laurent Bozard H Clara Wille, Prophetie und Politik. Die Explanatio in Prophetia Merlini Ambrosii des Alanus Flandrensis. Edition mit Übersetzung und Kommentar, 2 vol., Bern (Peter Lang) 2015, vi + 864 p. (Lateinische Sprache und Literatur des Mittelalters 49). Merlinus redivivus! Merlin scheint gegenwärtig Hochkonjunktur zu haben. Nach der erstmaligen Edition des Merlin en prose nach dem Ms. BN fr. 24394 durch Corinne Füg-Pierreville 1 nun auch noch die Zürcher Dissertation von Clara Wille, die die Explanatio zusammen mit der Prophetia Merlini nicht nur allgemein zugänglich macht, sondern in einer exzellenten Edition Standards setzt! Die beiden Arbeiten ergänzen sich in geradezu idealer Weise und überschneiden sich kaum. Die Explanatio ist der umfangreichste Kommentar der Prophetia Merlini (auch unter dem Namen Libellus Merlini bekannt) und einer der wenigen, der sämtliche Prophezeiungen abdeckt. Schon 1134 verfasst bzw. in Umlauf gebracht, stellt das Libellus eine Art «Vorabdruck» des Mittelteils der Historia Regum Britanniae von Galfried von Monmouth dar. Die HRB hatte gleich einen Riesenerfolg und damit auch die «Prophezeiungen», und es setzte sofort eine fast hektische exegetische Aktivität ein 2 . Autor scheint Alanus Flandrensis, Bischof von Auxerre und Schüler von Bernhard von Clairvaux zu sein, wie die Verfasserin in der Einleitung umsichtig und überzeugend darlegt. Überliefert ist die Explanatio in 3 Handschriften (P = Paris, V = Valenciennes, H = Den Haag) sowie in einem Druck vom Anfang des 17. Jh, der bis jetzt der einzig mögliche Textzugang war. Wille legt mit ihrer Dissertation erstmals eine moderne kritische Edition vor. Und es sei gleich eingangs gesagt: eine Ausgabe von höchster Qualität. Besprechungen - Comptes rendus 291 3 Cf. hierzu auch die Überblickstabelle p. 15 s. In der Einleitung (5 s.) wird zuerst dargelegt, dass die «Vorabveröffentlichung» der Prophetia auf Betreiben des Bischofs Alexander von Lincoln 4 Jahre vor Fertigstellung der HRB erfolgte. Sie deckt die Geschichte ab dem Fall von Troja bis Artus und darüber hinaus ab. Die Prophetiae 1-20 beleuchten den historischen Hintergrund, die Texte 21-70 sind in vielerlei Hinsicht enigmatisch und oft von einem schwer verständlichen Symbolismus, da sie sich auf noch nicht Geschehenes beziehen, und die Sequenzen 71-74 betreffen den Weltuntergang. Sowohl die Historia (HRB) als auch die Prophetia waren sofort so etwas wie «Bestseller». Es sind heute rund 220 Manuskripte der Historia bekannt, die fast alle die Prophetia enthalten; dazu kommen noch ca. 80 Handschriften des alleingestellten Libellus. Viele Manuskripte liefern auch gleichzeitig einen Kommentar - es sind heute etwa 40 verschiedene Kommentare aus dem Zeitraum vom 12. bis zum 15. Jh. bekannt. Dabei wird die Prophetia meistens zweigeteilt, in einen Block post eventum (5. Jh. [Merlin] bis 12. Jh. [Galfridus]) und einen Block ante eventum (1135 bis Weltuntergang). Allerdings ist die Grenze zwischen den beiden Blöcken fließend und hängt von der lebenszeitlich-historischen Position des Kommentarautors ab. Die Prophetia wurde immer als hochgradig politischer Text gesehen. Aus diesem Grund wurde sie im 15./ 16. Jh. oft von den Königen verboten, und das tridentinische Konzil setzte sie 1559 und 1564 auf den Index. Der erste Kommentar stammt bereits aus dem Jahr 1135 und wurde von Ordericus Vitalis, einem anglonormannischen Mönch aus Saint-Evroult, verfasst (10). Er widmet sich v.a. den Sequenzen 9-20, d. h. Aussagen post eventum für den Kommentator, und die Auslegungen sind historisch-explikativ. Dies gilt auch für die übrigen frühen Kommentare, die meistens von ranghohen Persönlichkeiten am Hof und in der Kirche stammen und auf anglonormannische Geschehnisse fokussiert sind. Die Explanatio gehört nicht zu den frühesten Kommentaren, denn sie ist um 1170 einzuordnen, und entsprechend liegt auch die Grenze zwischen post und ante eventum. Aber wenn nicht der früheste, dann doch der umfangreichste und ausführlichste Kommentar, der alle Prophezeiungen behandelt. Die Texte post eventum werden wörtlich und historisch ausgelegt, diejenigen ante eventum dagegen moralisch/ allegorisch interpretiert, wobei auf die Bestiarien und Autoren wie Lucan, Juvenal, das Dragmaticon von Wilhelm von Conches, die Bibel usw. zurückgegriffen wird. Dieser Kommentar scheint der einzige zu sein, der auf dem Festland entstanden ist. Hauptthema ist die Geschichte, die sowohl zur Kritik der aktuellen Zustände dient als auch Exempla für die Zukunft liefert 3 . Keine der drei Handschriften der Explanatio liefert einen Autornamen, d. h. er ist letztlich unbekannt. Es muss deshalb versucht werden, seine Identität aufgrund von Indizien im Text zu rekonstruieren (19 s.). Wille trägt alle möglichen Spuren akribisch zusammen, belegt jede Aussage sorgfältigst mit Textstellen und fasst schließlich die Ergebnisse in einer eindrücklichen Tabelle zusammen (33-37). Der Autor hat die Explanatio zwischen 1167 und 1174 vermutlich in Clairvaux verfasst, und er stammt aus Lille. Geboren ist er wahrscheinlich zwischen 1114 und 1116, gestorben und beerdigt zwischen 1182 und 1186 in Clairvaux. 1131 folgt er (im folgenden Alanus Flandrensis genannt) Bernhard von Clairvaux nach Clairvaux und wird Mönch dieses Klosters. 1140 wird er noch in jungen Jahren erster Abt von Larivour, einem Tochterkloster von Clairvaux; 1152 erfolgt dann die Ernennung zum Bischof von Auxerre. 1167 legt Alanus dieses Amt nieder und zieht sich definitiv nach Clairvaux zurück. Von 1182 gibt es eine anonyme Vita des Alanus Episcopus, der im gleichen Jahr in Larivour sein Testament verfassen lässt, in dem er festlegt, dass er in Clairvaux begraben Besprechungen - Comptes rendus 292 4 Trois-Fontaines ist ein Tochterkloster von Clairvaux. 5 Für einen sorgfältigen Überblick über den Inhalt cf. Wille 2015: 54-57. werden soll. Die ganze Recherche zum Autor der Explanatio ist philologisch ein handwerkliches Meisterstück, das Bestand haben wird. Das Gleiche gilt auch für die folgende Diskussion um die Identifikation des Alanus Flandrensis mit Alain de Lille (Alanus de Insulis), die erstmals in der Druckausgabe der Explanatio von 1603 auftaucht (38 s.). Alanus de (oder ab) Insulis ist ca. 1128 geboren und wohl 1202 in Citeaux gestorben. Diese Lebensdaten passen nicht zu denjenigen des Autors der Explanatio. Vor allem die Ernennung zum Abt von Larivour schließt eine Identifikation der beiden Alanus aus, denn 1140 wäre er erst 12 oder 13 Jahre alt gewesen; auch hätte er in diesem Alter noch nicht vollwertiges Mitglied der Mönchsgemeinschaft von Clairvaux sein können. Bei Alanus Flandrensis passt dagegen alles und es gibt keine Inkompatibilitäten. Im folgenden Hauptkapitel (45 s.) befasst sich dann die Autorin mit den Textzeugen. Wie bereits erwähnt, ist die Explanatio in 3 Handschriften überliefert: P (Paris, BN lat. 7481), V (Valenciennes, Bibliothèque municipale 792 [589]) und H (Den Haag, Koninklijke Bibliotheek 78 D 18). Die erste dieser Handschriften gehört noch dem 13. Jh. an, die zweite dem 14. und die dritte dem 15. Dazu kommt dann noch der Druck von Frankfurt 1603 (Nachdrucke 1608 und 1649), der auf einer nicht erhaltenen Handschrift fußt. In den Handschriften geht die Explanatio der Prophetia voran, in den Drucken ist die Reihenfolge umgekehrt. Als weiterer Zeuge kann die Chronik des Aubri de Trois-Fontaines gelten, die zwischen 1227 und 1241 entstanden ist und längere Zitate aus der Explanatio enthält, die vermutlich auf einer weiteren nicht überlieferten Handschrift beruhen 4 . Im folgenden (47 s.) werden dann die vier Hauptzeugen sorgfältigst und ausführlichst beschrieben - auch dies wieder philologisches Handwerk vom Feinsten. An Eigenheiten ist vor allem festzuhalten: - P: Die Handschrift stammt von verschiedenen Schreibern und ist durch ständige Handwechsel charakterisiert; wie viele Schreiber beteiligt waren, lässt sich schwer sagen. Es hat offensichtlich zwei Korrekturdurchgänge gegeben, wobei der erste der wichtigere ist. Das Manuskript stammt aus Nordfrankreich, evtl. aus Clairvaux, doch ist eine abschließende Präzisierung nicht möglich. Die Datierung aufgrund der Schrift läuft auf den Anfang des 13. Jh., unter Umständen aber auch schon auf das Ende des 12. Jh. hinaus. - V: Die Handschrift von Valenciennes ist eine Sammelhandschrift, die offensichtlich mit dem Ziel zusammengestellt wurde, die Geschichte Englands von Artus bis Heinrich III. und Edward II. zu dokumentieren 5 ; die Explanatio (mit Prolog) findet sich auf f.159r°- 228v°. Sie kennt zahlreiche Kürzungen, und zudem sind leere Blätter weggeschnitten worden. Das Manuskript stammt aus dem Kloster Vicoigne (Viconia), einer Prämostratenserabtei im Norden des Pas-de-Calais; die Prämonstratenser unterhielten enge Beziehungen zu den Zisterziensern von Clairvaux. Die Schrift des Ms. verweist auf das 14. Jh. Ob die Kopie in Vicoigne selbst entstanden ist, ist nicht ausgeschlossen, kann aber nicht als gesichert gelten. - H: Das Beschreibungsmuster ist identisch mit demjenigen der beiden vorhergehenden Manuskripte (62 s.). Der Kodex stammt aus dem ehemaligen Benediktinerkloster St. Bertin in Saint-Omer (Pas-de-Calais) und fand im 17. Jh. seinen Weg in die Bibliothek von Den Haag. Die Schrift (eine Bastarda) verweist auf die zweite Hälfte des 15. Jh. als Entstehungszeit der Handschrift, und diese Datierung wird auch durch ein Wasserzeichen im dritten Papierdeckblatt nahegelegt. - Druck von 1603 (66 s.): In der Titelei wird erstmals (und fälschlicherweise) der Autor mit Alanus de (ab) Insulis identifiziert; keine der übrigen Quellen enthält eine entsprechende Besprechungen - Comptes rendus 293 6 Cf. Wille 2015: 73-75 und v.a. die dazugehörigen Fußnoten 166-73. 7 Ein weiterer Mangel ist, dass p. 81 (u. passim) immer wieder von Orthographie die Rede ist: Im 12./ 13. Jh. gibt es Graphie, aber eindeutig keine Orthographie! Die lässt bis ins 17. Jh. auf sich warten! 8 Wieso eigentlich diese Sonderbehandlung? Was hätte es ausgemacht, die Schreibfehler wie den Rest zu behandeln? 9 Leider gibt es keine Internetpublikation der Handschrift wie für viele französische und okzitanische Manuskripte in der Sektion Gallica der Bibliothèque nationale. Aussage. Entgegen den Handschriften geht hier die Prophetia der Explanatio voran. Die Drucker (auch die der Nachdrucke von 1608 und 1649) sind alles bedeutende Protestanten. Vor allem die Ausgabe von 1649 fällt durch viele eigene Fehler auf. Die unbekannte Vorlage ist wohl eine frühe Handschrift gewesen, die näher an P als an V/ H stand. Die verschiedenen englischen Übersetzungen, die in der ersten Hälfte des 17. Jh. entstanden, fußen alle auf dem Druck von 1603 6 . Im folgenden Kapitel wird dann die Abhängigkeit der Textzeugen untereinander untersucht (75 s.). Die Zitate aus der Historia Regum Britanniae scheinen alle aus der nicht-kontinentalen Gruppe G der Handschriften zu stammen, also aus einem englischen Kodex; dies kann insofern nicht groß erstaunen, als außer demjenigen von Alanus alle Kommentare der HRB englischen Ursprungs sind. Leithandschrift für die Edition ist P, das beste, sorgfältigste und auch älteste Manuskript, das möglicherweise sogar noch dem 12. Jh. angehört. P ist aber nicht das Autograph, kommt diesem aber wohl sehr nahe und liefert fast ausnahmslos die beste Lesart. Was die Relationen der Zeugen untereinander angeht, so scheint der Druck von 1603 relativ nahe an P zu stehen, gleichwohl aber auf einer nicht bekannten Vorlage zu beruhen; V und H basieren vermutlich auf einer gemeinsamen Vorlage ß, hängen aber nicht direkt voneinander ab. Den Abschluss der Einleitung liefert die Präsentation der Editionsprinzipien, die wieder außerordentlich detailliert und akribisch vorgestellt werden. Das ist alles auf hohem Niveau und entspricht den aktuellen Standards. Einzig die Tatsache, dass aufgelöste Abkürzungen nicht als solche gekennzeichnet werden, provoziert meinen Widerspruch. Wann lernen die Altphilologen, Mittellateiner, romanistischen Literaturwissenschaftler endlich, dass jede Abkürzungsauflösung ein interpretativer Akt ist, den es auch als solchen zu kennzeichnen gilt? Bei der Analyse der Sprache kann dies von geradezu entscheidender Bedeutung sein 7 ! Was den kritischen Apparat angeht (82 s.), so werden von der Edition von Reeve abweichende Zitate aus der HRB im Apparat berücksichtigt; bei Zitaten aus andern Werken werden die Abweichungen in einer Anmerkung besprochen. Korrekturen in P selbst erscheinen im Apparat (außer die eigentlichen Schreibfehler 8 ). Die restlichen Versehen in P werden korrigiert, aber offensichtlich nicht gekennzeichnet. Warum? Und dann bleibt da noch der zweite Korrekturdurchgang in der Handschrift. Diese Veränderungen werden teils berücksichtigt, teils aber auch ignoriert, d. h. die Auswahl ist subjektiv; Zweifelsfälle werden in einer (dürren) Anmerkung kommentiert. Hier bewegen wir uns in einer diffusen Randzone, die nicht zu dem sonst strengen und strikten Vorgehen der Verf. passt. Die so erzielte Platzersparnis rechtfertigt auf jeden Fall diese Abweichung vom sonst unanfechtbaren Standard nicht. Es folgt dann der lateinische Text mit dem kritischen Apparat (91 s.). Die Edition macht einen überzeugenden Eindruck, wenn auch ein definitives Urteil ohne Einsicht in die Handschrift nicht möglich ist. Man muss allerdings fragen, warum nicht wenigstens ein paar Manuskriptseiten reproduziert worden sind, die es erlauben würden, die Arbeit der Herausgeberin nachzuvollziehen 9 . Band 1 der Ausgabe liefert nur den lateinischen Text, die Übersetzung folgt dann in Band 2. D. h., dass man immer zwei Bände vor sich haben muss, was sicher ein gewisser Nachteil ist. Andererseits konnte so gegenüber einer Lösung vom Typus Besprechungen - Comptes rendus 294 10 Ungewöhnlich ist, dass die beiden Bände mit einer einzigen, durchgängigen Paginierung erfasst werden. Einen zwingenden Grund, von dem üblichen Verfahren abzusehen (2 unabhängige Zählungen für die beiden Bände), sehe ich nicht. 1 Cf. Füg-Pierreville 2014: 111 (Bibliographie); dort auch Angaben zu Übersetzungen ins Neufranzösische. lat.Text linke Seite / dt. Text rechte Seite viel Platz eingespart werden, ist die deutsche Übersetzung doch immer erheblich länger als die lateinische Vorlage. Die gewählte Lösung muss als zumindest brauchbar bezeichnet werden. Der 1. Band schließt mit einer Edition der Prophetia Merlini, und zwar werden die Weissagungen 1-74 sowie die §111-18 der HRB wiedergegeben. Den Abschluss macht ein Index, der (in subjektiver Auswahl) die wichtigsten Begriffe berücksichtig sowie (und vor allem) die Namen. Band 2 liefert dann die Übersetzung der Explanatio (359 s.) 10 . Meine selektiven Kontrollen fallen durchwegs positiv aus was Sorgfalt und Treue betrifft. Allerdings wirkt der deutsche Text manchmal etwas schwerfällig und ungelenk, was v.a. auf das Streben zurückzuführen ist, möglichst nahe am lateinischen Text zu bleiben. Das war ein prinzipieller Entscheid der Herausgeberin, der durchaus vertretbar ist: Der Entscheid zwischen stilistischer Glätte und größtmöglicher Anlehnung an die Vorlage ist bei Übersetzungen immer eine Gratwanderung, und oft ist es einfach nicht möglich, beiden Anforderungen gleichzeitig gerecht zu werden. An die Übersetzung der Explanatio schließt dann eine Übertragung der Prophetia nach §111-18 der HRB an (615 s.). Es folgen dann die knapp gehaltenen, aber treffenden und einschlägigen Kommentare (631 s.), ein Handschriftenverzeichnis (817 s.), eine Bibliographie (819 s.) sowie eine Sammlung von 8 genealogischen Tabellen, die Publikationen anderer Autoren entnommen sind (857 s.). Fazit: Trotz einiger geringfügiger und eher marginaler Vorbehalte verdient die Arbeit von Clara Wille größten Respekt und kann nicht nur, sondern muss geradezu als mustergültige Edition bezeichnet werden. Peter Wunderli H Le Roman de Merlin en prose (roman publié d’après le ms. BnF français 24394). Édition bilingue établie, traduite, présentée et annotée par Corinne Füg-Pierreville, Paris (Champion) 2014, 496 p. (Champion Classiques Moyen Âge 39) Corinne Füg-Pierreville ist «professeur de langue et de littérature médiévale» an der Universität Jean Moulin (Lyon 3) und hat neben Arbeiten zur Graalslegende und zu Merlin auch Studien zu Gautier d’Arras und dem Roman Claris et Laris vorgelegt. Hier publiziert sie zum ersten Mal den Prosa-Merlin nach dem Manuskript BN fr. 24394. Es handelt sich hierbei nicht um die erste, sondern bereits um die sechste Ausgabe des Prosa-Merlin, doch beruhen alle früheren Editionen auf anderen Handschriften 1 : diejenige von Gaston Paris und Jacob Ulrich 1886 auf British Museum Add. 38117, die von H. O. Sommer 1908 auf British Museum Add. 10292, die von Alexandre Micha 1979 auf BN fr. 747, die von Bernard Cerquilini 1981 auf Modena Biblioteca Estense Universitaria E 39 und die von Irène Freire- Nunes 2001 auf Bonn Universitätsbibliothek 526. Nur schon die Zahl der Ausgaben ist erstaunlich, und wenn man noch in Rechnung stellt, dass der Text in 50 mehr oder weniger vollständigen Manuskripten und zusätzlich noch in Besprechungen - Comptes rendus 295 2 Diese überraschend präzise Datierung wird allerdings nirgends begründet. Sollte sie einfach irgendwoher aus der bisherigen Forschungstradition stammen? einigen Fragmenten überliefert ist, kann man wohl ruhig behaupten, dass es sich beim Prosa- Merlin um einen Bestseller des 13./ 14. Jahrhunderts handelt. Wir haben es hierbei mit dem ersten Prosaroman der französischen Literatur zu tun, der anfangs des 13. Jh. entstanden ist und der nicht nur von der Form her, sondern auch inhaltlich in vielerlei Hinsicht innovativ ist: Der Held ist intellektuell in der Nähe des Autors zu situieren; die Erzählung bildet eine autonome Einheit; der Prosa-Merlin liefert den Kern für die Romanzyklen um den Graal; die Person Merlins erfährt eine kohärente und signifikante Darstellung; Merlin ist zwar ein Sohn des Teufels, wird aber dank der Gnade Gottes gerettet; er ist ein mächtiger Zauberer und Magier, aber auch ein Ratgeber verschiedener Prinzen und der Prophet des Graal. Füg-Pierreville (im folgenden F-P) beginnt ihre Ausgabe mit einer knappen Einleitung (9 s.), die v.a. dazu dient, Alexandre Micha dezidiert zu widersprechen, der in seiner Ausgabe des Prosa-Merlin von 1979 das Werk als von sekundärer Bedeutung einstuft und es weit hinter die Estoire dou Graal, La Mort Artu und den Lancelot zurücksetzt. Nach ihrer Auffassung ist der Prosa-Merlin ein zwischen 1200 und 1210 2 entstandenes Meisterwerk, das zwar zu einem Zyklus gehört, gleichwohl aber ein autonomer Text ist und den Ausgangspunkt für den gesamten Arthus-Mythos liefert. In einem zweiten, viel umfangreicheren Kapitel, das mit Contextes überschrieben ist (10- 17), wird der literarisch-kulturelle Kontext des Prosa-Merlin skizziert. Im 13. Jh. kommen die Prosatexte in Mode, und diese Entwicklung ist wohl eng verbunden mit dem Aufkommen der laizistischen Kopierinstitute. Die vorher dominierenden paarweise gereimten Achtsilber hatten wohl u. a. auch die Funktion, den Jongleurs als Gedächtnisstütze zu dienen - eine Erscheinung, die sich auch in anderen Literaturen in ihrer Frühphase findet (z. B. im Griechischen, Lateinischen, Deutschen usw.). Die Prosa dagegen ist näher an der authentischen Rede, dem realen Diskurs; sie ist deshalb prädestiniert zur Wiedergabe der historischen Wahrheit. Angewendet in einem fiktionalen Text ist sie ein Verifikationsfaktor: Sie suggeriert die historische Überprüfbarkeit und bewirkt gleichzeitig eine Annäherung an das Göttliche, denn die biblischen und die übrigen religiösen Texte sind größtenteils Prosatexte. Beide Aspekte spielen für den Prosa-Merlin eine nicht zu unterschätzende Rolle: Er ist einerseits eine Chronik der bretonischen Könige, und andererseits kann die Graalslegende als eine Manifestation des göttlichen Willens gelten. Der Prosa-Merlin lässt sich problemlos in die umfassenderen Graalszyklen integrieren: denjenigen von Robert de Boron und die sogenannte Vulgata - in beiden spielt Merlin eine zentrale Rolle. Der Roman de l’Estoire dou Graal (oder Petit Saint-Graal) ist v.a. die Geschichte von Joseph von Arimathia, die gegenüber den Evangelien massiv ausgeschmückt ist. Die Prosafassung der Estoire bildet mit dem Prosa-Merlin und dem Perceval en prose (= sog. Didot-Perceval) eine Trilogie, wobei der Merlin chronologisch nach der Estoire einzuordnen ist. Daneben steht der große Graals-Zyklus bzw. der Lancelot-Graal (auch Cycle Map oder Vulgate genannt), wobei hier Perceval durch Galaad ersetzt wird. Die Textabfolge ist die folgende: - Estoire del Saint Graal (= Joseph von Arimathia) - Merlin en prose - Suite historique du Merlin (= Suite Vulgate) - Lancelot en prose - Queste del Saint Graal - Mort le roi Artu Besprechungen - Comptes rendus 296 3 Die allerdings auch hier nicht begründet wird. 4 Für ein Inventar der beiden Hauptgruppen und der Fragmente cf. Füg-Pierreville 2014: 18-21. 5 Man mag bedauern, dass nirgends eine oder mehrere Manuskriptseiten wiedergegeben werden, was weniger der Kontrolle der Transkription dienen würde als vielmehr der Information des Benutzers, und ihm auch zeigen könnte, mit welcher Sorgfalt und skriptorischer Akribie dieses Exemplar gefertigt wurde. Der Schaden hält sich aber insofern in Grenzen, als die Bibliothèque Nationale inzwischen ein Online-Faksimile veröffentlich hat, das jedermann unter der folgenden Adresse einsehen kann: http: / / gallica.bnf.fr/ ark: / 12148/ btv1b9009473c.r=fran%C3%A7ais+24394.langFR. Zu den einzelnen Texten wird jeweils eine Art Kurzresümee gegeben, und für einige von ihnen wird auch eine approximative Datierung erwähnt 3 ; sie lägen alle zwischen 1215 und 1235 (14-16). Dazu kommt dann noch die sog. Suite romanesque (= Merlin Huth oder auch Suite Post-Vulgate), die zwischen 1230 und 1250 entstanden sein soll. Der Merlin en prose hätte also eine ganze Literaturwelle losgetreten, und Füg-Pierreville kennt sich in diesem alles andere als einfach zu überblickenden Textkomplex hervorragend aus. Das dritte Hauptkapitel ist der handschriftlichen Überlieferung gewidmet, die aus 50 mehr oder weniger vollständigen Manuskripten und 8 Fragmenten besteht. Die vollständigen Handschriften zerfallen in 2 Gruppen: die Gruppe α umfasst 38 Exemplare, die Gruppe β deren 12; die Fragmente sind wegen ihres defektiven Charakters schwer, in der Regel überhaupt nicht zuzuordnen 4 . Die Zuordnung zu den Gruppen α und β erfolgt aufgrund von zwei Diskriminierungssequenzen unter Rekurs auf die Merlin-Edition von A. Micha (21-23). Hier drängt sich allerdings die Frage auf, ob dieses Verfahren legitim ist. Ich habe in dieser Hinsicht erhebliche Zweifel. Einmal sind die beiden Diskriminierungssequenzen sehr kurz, und dann trägt es den Kopistengewohnheiten im 13./ 14. Jh. nicht hinreichend Rechnung: Diese schreiben nämlich häufig nicht eine einzige Vorlage einfach ab, sondern arbeiten oft und v.a. bei in vielen Handschriften überlieferten Texten auf der Basis von mehreren Leitversionen und springen je nach Lust und Laune zwischen diesen hin und her. Diese Vorbehalte ändern allerdings nichts an der Tatsache, dass Ms. BN fr. 24934 eindeutig zur Gruppe β zu gehören scheint. Kapitel 4 ist dann den bisherigen Editionen gewidmet, die wir bereits einleitend kurz erwähnt haben: R (BM Add. 38117; Paris/ Ulrich 1883 [1965]), G’ (BM Add. 10292; Sommer 1928, A (B.N.f.fr. 747; Micha 1979), T (Modena, Bibl. Estense Universitaria E 39; Cerquilini 1981), B’ (Bonn UB 526; Freire-Nunes 2001). Dieser Überblick ist gefolgt von einer kurzen Kritik der einzelnen Manuskripte und ihrer Edition; im Falle der Pléiade-Edition (Freire-Nunes) ist die Diskussion etwas ausführlicher (24 s.). Die Zuweisung der Siglen an die verschiedenen Handschriften wird dagegen nirgends erklärt oder begründet; diese muss aufgrund der früheren Literatur rekonstruiert werden. In Kapitel 5 (26 s.) wird die Wahl der Handschrift A’ für die vorliegende Ausgabe diskutiert und begründet. Schon Micha hatte dieses Manuskript sehr positiv beurteilt, und es stellt sich natürlich die Frage, warum er es denn nicht seiner Edition zugrunde gelegt hat. Die Antwort ist eine doppelte: 1. Es gehört zur Gruppe β und nicht zur Gruppe α ; 2. Es hat keinen Bezug zu Robert de Boron. Über die Berechtigung dieser Argumentation kann man diskutieren; akzeptabel ist sie nur, wenn eine ganze Reihe von Vorbedingungen erfüllt sind, auf die wir hier nicht eingehen können. Dies ändert nichts an der Tatsache, dass sowohl Micha wie F-P das Ms. A’ als exzellenten, ja wohl als den besten (und auch ältesten) erhaltenen Zeugen einstufen. Es folgt dann eine knappe Manuskriptbeschreibung, in dem sich der Merlin en Prose auf den Folien (bzw. den Spalten) 108a-141c befindet; besondere Aufmerksamkeit wird den beiden Illustrationen im Merlin-Text und den Zierbuchstaben gewidmet, doch bleibt die Beschreibung außerordentlich knapp und gedrängt 5 . Es folgen dann die notwendigen Besprechungen - Comptes rendus 297 6 F-P publiziert dieses Fragment als Anhang zur Ausgabe von A’, cf. unten. Angaben zu den 6 zur Kontrolle von A’ herangezogenen Handschriften: A (BN fr. 747; α ), B’ (Bonn UB 526; β ), C (Tours, BMunicipale 951; α ), C’ (BN fr. 19162; β ), F’ (BN fr. 110; β ), P (Arsénal 2996; α ) (28). Hier stellt sich allerdings eine prinzipielle Frage, die an das oben erwähnte Problem der Arbeitsweise der Kopisten anschließt: Wie können Manuskripte aus der Gruppe α der Kontrolle eines Textes der Gruppe β dienen? Das kann wohl nur begrenzt möglich sein und die Ergebnisse eines derartigen Verfahrens sind von eingeschränkter Aussagekraft. Wie dem auch sei: F-P betont (28 s.), dass bei Divergenzen zwischen A’ und den Kontrollms. A’ meist die beste Lesung liefere und die dem ursprünglichen Text am nächsten komme. Nur: Wer kennt denn den ursprünglichen Text, und woher kennt F-P ihn? Hier bewegen wir uns im Bereich der unkontrollierbaren Spekulation. Kapitel 6 («Merlin en prose, Merlin en vers», 32-40) vergleicht die Prosaversion von A’ mit dem Fragment des Vers-Merlin im Ms. BN fr. 2014, das dem Ende des 13. Jh. zugewiesen werden kann 6 . Dieses Ms. enthält primär einmal eine (gereimte) Estoire dou Graal, auf die dann noch 504 Achtsilber eines gereimten Merlin folgen; der Text bricht dann ab und bleibt aufgrund der Beschädigung der Handschrift unvollständig. Nach F-P ist der Prosa-Merlin wohl keine mise en prose eines ursprünglichen Verstextes; nach ihrer Auffassung ist die Relation eher umgekehrt, d. h. der Prosatext geht dem Verstext voran. Sie begründet dies mit guten, wenn auch nicht unbedingt definitiven Argumenten. Einmal ist das Versfragment an vielen Stellen deutlich weniger überzeugend als die Prosaversion, und dies gilt sowohl für die α wie für die β -Gruppe, soweit die Versionen der 1. Hälfte des 13. Jh. angehören; eine Liste von einschlägigen Textstellen findet sich auf p. 34. Dann springt auch in die Augen, dass normalerweise die Prosaversionen länger sind als die Versversionen. Im Falle des Merlin ist es genau umgekehrt: 504 Versen entsprechen 200 Zeilen Prosa. Diese Diskrepanz rührt daher, dass die Versversion oft redundant ist und Beifügungen enthält, die nur dazu dienen, Reime zu schaffen. Zudem finden sich im Verstext oft Glossierungen. Es scheint sogar eigentliche Expansionsstrategien zu geben: Beifügung von qualifizierenden Adjektiven; unnötige Präzisierungen; Einbindung von sekundären und unwichtigen Details; Ausweitung und Ausschmückung der direkten Rede; usw. Andererseits findet sich auch die gegenteilige Tendenz, d. h. die Unterdrückung von Inhalten und Informationen, die für das Verständnis wichtig sind. Der Verstext ist deshalb verschiedentlich unklar und wird erst durch Rückgriff auf die Prosaversion verständlich (37). F-P widerspricht auch hier Micha, der an der traditionellen Sichtweise des Verhältnisses Vers-Prosa festhält und die Prosaversion als sekundär und schwächer einstuft. Für F-P dagegen ist sie eindeutig kohärenter, zutreffender und adäquater. Die Versversion folgt also auf die Prosaversion, und nicht umgekehrt. Andere Beispiele für eine mise en vers sind zwar nicht sonderlich häufig, aber es gibt sie durchaus am Übergang vom 13. zum 14. Jh., z. B. der Roman de Mélusine oder das Bestiaire d’amour von Richard de Fournival (40). Kapitel 7 trägt schließlich den Titel «L’avènement d’une voix auctoriale» (40-46). Eine der auffälligsten Innovationen des Prosa-Merlin sind die jeux de mise en abyme, in denen sich verschiedene Stimmen überlagern: diejenige des Erzählers, die Merlins und die von Blaise, dem Beichtvater von Merlins Mutter. Ob man den Erzähler mit Robert de Boron identifizieren darf, wie dies Micha tut, ist zweifelhaft und würde voraussetzen, dass Robert auch der Autor des Prosa-Merlin ist. Robert wird aber überhaupt nur in 2 Handschriften (A und B) erwähnt, 11 Handschriften verweisen dagegen auf ein gewissen Martin ungewisser Herkunft (widersprüchliche Angaben). F-P vermutet, dass der Verweis auf Robert de Boron eine reine captatio benevolentiae sei - und dies, obwohl Robert am Ende der Estoire weitere Werke ankündigt, aber keinen Merlin erwähnt (41 s.). Dazu kommt noch, dass es große Besprechungen - Comptes rendus 298 7 Von F-P nicht angeführt. Unterschiede im Ton zwischen der Estoire und dem Merlin gibt. Die Estoire ist im wesentlichen ein didaktisches Werk im Dienste de menschlichen Erlösung; auch im Merlin spielt die Erlösung eine wichtige Rolle, ist aber eng mit andern literarischen Themen und Registern verflochten und deshalb irgendwie abgewertet. Kapitel 8 bringt eine Inhaltsanalyse des Werkes, das in 6 Paragraphenblöcke gegliedert wird (47-51). Ob diese Analyse wirklich nötig ist, kann bezweifelt werden, da der altfranzösische Text ja von einer neufranzösischen Übersetzung begleitet ist. Kapitel 9 befasst sich dann mit der Entstehung des Merlin-Mythos (51 s.). Die Merlin-Figur findet sich schon vor dem Prosa-Merlin in den Prophetiae Merlini von Geoffroy von Monmouth (1134), in der Historia regum Britanniae von Geoffroy (1138), dann in seiner Vita Merlini (ca. 1150) 7 und schließlich im Brut von Wace (1155). Sie geht letztlich auf Gildas den Weisen, Beda Venerabilis und Nennius zurück und ist eine Art Fortschreibung des keltischen Myrrdin. In ihr fusionieren zwei Traditionen: diejenige des Ambrosius Merlinus, dem Sohn eines Albtraums, der während der Herrschaft von Vertigier, Pandagron und Uter gelebt haben soll, und diejenige des Merlinus Sylvester, eines verrückt gewordenen Adeligen, der sich in die Wildnis zurückzieht. Beide Traditionen sind über die prophetischen Gaben Merlins miteinander verknüpft und werden erstmals in der Historia verschmolzen, wo Merlin sowohl als Sohn des Teufels als auch als Wilder erscheint. Die Kapitel 10-14 sind dann den verschiedenen Aspekten der Figur Merlin gewidmet. In Kapitel 10 (53 s.) werden die verschiedenen Varianten seiner Zeugung diskutiert. - Kapitel 11 (58 s.) ist der fast chamäleonhaften Vielfältigkeit seiner Persönlichkeit und seiner Fähigkeiten gewidmet. Er ist gleichzeitig Dämon und Wilder, er verfügt über überzeitliches Wissen (sowohl retrospektiv als auch [wenigstens teilweise] prospektiv, er altert nicht und hat einen atemporalen Status, er hat die Fähigkeit des gewissermaßen blitzartigen Ortswechsels, er hat die Fähigkeit der Polymorphie, d. h. der ständigen Veränderung seines Aussehens, sein wirkliches Aussehen wird nie enthüllt und man kennt immer nur den vorhergehenden Aspekt; Merlin ist die radikale Alterität, er kann auch das Aussehen anderer verändern, seine übernatürlichen Fähigkeiten sind teuflisch usw. In Kapitel 12 (67 s.) werden die Funktionen von Merlin als Wahrsager und als Prophet diskutiert. Seine herausragende Qualität ist divinatorischer Natur und betrifft das savoir: Er ist der beste aller Seher, der Katastrophen oft mit einem diabolischen Lachen ankündigt. Im divinatorischen Bereich werden keltische Motive und Traditionen christianisiert, wobei dieser Bereich aber immer sekundär bleibt neben dem Kampf zwischen Gott und dem Teufel. In Kapitel 13 (74 s.) wird die Rolle Merlins als Diener Gottes diskutiert. Er ist ein christianisierter keltischer Wahrsager, der sich gegen den Teufel und für den Dienst an Gott entscheidet. Daneben ist er auch noch ein Königsmacher und eine (gottgesandte) Stütze der Könige (Vertigier → Pandagron → Uter → Uterpandagron → Artus). Seine Gründung der table ronde ist eine offensichtliche Wiederaufnahme der Abendmahls-Thematik, und seine Unterstützung der erotischen Wünsche von Uter führt zur Geburt von Artus, womit er (gerade durch eine Missetat) dem heiligen Status des Königtums und damit dem Frieden dient. Erneut widerspricht F-P Micha, aber auch Trachsler, Payen und andern, die den Merlin für ein Werk von sekundärer Bedeutung halten. Für sie handelt es sich um einen «roman pleinement abouti», und dies trotz oder gerade wegen des offenen Endes und dem Fehlen eines Epilogs, was das Fehlen eines Prologs gewissermaßen doppelt. Kapitel 14 (87 s.) ist den Büchern gewidmet, aus denen Merlin (angeblich) zitiert und schöpft. Es handelt sich in erster Linie um das Livre dou Graal und das Livre des propheties. Was Merlin dem Beichtvater Blaise diktiert, soll die gesamte Graalsgeschichte abdecken und Besprechungen - Comptes rendus 299 8 Was nicht heißen will, dass es hierzu nichts mehr zu sagen gäbe! 9 Cf. C.T. Gossen, Französische Skriptastudien. Untersuchungen zu den nordfranzösischen Urkundensprache des Mittelalters, Graz/ Wien/ Köln 1967. 10 Wenig benutzerfreundlich ist auch, dass die Vornamen der Autoren prinzipiell auf den Anfangsbuchstaben reduziert werden. das Livre de Joseph weiterführen und eine Synthese aller für Merlin irgendwie relevanten Texte liefern; diese «Einbettung in die Tradition» hat gleichzeitig die Funktion einer Verifikation der Mythen. F-P kann aber nicht umhin, die zentrale Frage zu stellen: Was ist eigentlich das Livre de Joseph (89)? Handelt es sich um ein Buch über Joseph? Oder ist es eine Sammlung der Worte von Joseph? Auf jeden Fall: ein Dokument der göttlichen Geheimnisse und Vorsehung, genau wie seine Fortführung im Merlin. Damit ist der inhaltliche Bereich im Wesentlichen abgearbeitet 8 . Die folgenden Kapitel sind eher technischer Natur und betreffen einerseits das Manuskript, andererseits die Edition des Manuskripts. Kapitel 15 (91 s.) befasst sich mit der Skripta, die stark durch pikardische Züge geprägt ist. Kronzeuge für F-P ist dabei immer wieder die unersetzliche und Schule machende Untersuchung von Gossen 9 , die es F-P erlaubt, rein erwähnend und beschreibend zu bleiben. Das nicht gerade durch eine überzeugende Systematik glänzende Inventar ist folgendermaßen gegliedert: Vokale, Konsonanten, Morphologie (Nomen, Pronomen), Verbalmorphologie (Endungen), Verbstämme, Futurum I und II, Perfekt und Konjunktiv Imperfekt, Syntax. Wenn auch von der Struktur her nicht überzeugend: Man findet in der Regel das, was man sucht. Es folgt dann in Kapitel 16 eine Darstellung der Editionsprinzipien bzw. eine Liste der Eingriffe (107-08). Im Wesentlichen hält sich F-P an die heute üblichen Editionsnormen für mittelalterliche Texte. Für den Linguisten bedauerlich ist, dass aufgelöste Abkürzungen nicht durch Kursivierung als solche gekennzeichnet werden, dass Expungierungen im Text nicht in einer Fußnote festgehalten werden und dass interlineare und marginale Korrekturen und Ergänzungen keine spezifische Kennzeichnung erfahren. Auch wäre es angebracht gewesen, lokale Defekte und Beschädigungen des Manuskripts, schwer leserliche Stellen usw. zu kommentieren. Kapitel 17 (109-10) ist den Principes de traduction gewidmet, denen man im Wesentlichen zustimmen kann. Einzig die Entscheidung, die Zeitenkonkordanz den heutigen Usanzen anzupassen, ist für mich anfechtbar: Die große Wahlfreiheit im Zeitengebrauch ist ein spezifisches Charakteristikum mittelalterlicher Texte und sollte auch in einer neufranzösischen Übersetzung respektiert werden. Und schließlich folgt dann in Kapitel 18 noch eine Bibliographie sélective (111 s.), mit deren Gestaltung ich mich überhaupt nicht anfreunden kann. Der Hauptmangel ist zweifellos die Unsitte, die Bibliographie thematisch zu untergliedern. Wenn man die genauen Angaben zu einem Werk, Aufsatz etc. sucht, ist man oft gezwungen, in verschiedenen alphabetischen Reihen nachzusehen. Eine brauchbare und benutzerfreundliche Bibliographie hat streng alphabetisch und innerhalb des Alphabets chronologisch zu sein. Überdies gibt es viele Arbeiten, die man zurecht an unterschiedlichen bzw. mehreren Orten einordnen kann oder könnte, die aber nur in einer Reihe erscheinen. Unsinnig ist es weiterhin, bei den Arbeiten zum Merlin en prose zwischen Büchern und Aufsätzen zu unterscheiden und sie in getrennten Gruppen zu präsentieren, und entsprechendes gilt für die Sektion Le personnage de Merlin 10 . Zu begrüßen ist dagegen, dass im Verzeichnis der Manuskripte die genaue Adresse der in das Internet gestellten Faksimiles (soweit vorhanden) angegeben wird. Wir kommen nun abschließend zur Beurteilung der Editions- und Übersetzungsarbeit und beginnen mit der Ausgabe des afr. Textes. Hierfür haben wir die ersten 4 Seiten der Ausgabe Besprechungen - Comptes rendus 300 11 Sie entsprechen den Folien 108r°/ v° und 109r°/ v° des Manuskripts und erscheinen in der pdf- Version des Faksimiles als p. 231-34. 12 Seiten- und Zeilenzahlen beziehen sich auf den afr. Text; die neufr. Version kennt nur Seitenzahlen. 13 F-P löst die Abkürzung 9 regelmässig mit con auf, auch wenn der nachfolgende Konsonant ein Labial ist. Dies wird nirgends begründet und ist oft außerordentlich störend. 14 Wir erwähnen im Folgenden die Fälle von con/ com nicht mehr; F-P schreibt durchgängig con, unabhängig vom phonologischen Kontext. 15 F-P verfährt mit dem Titulus genauso wie sie mit der Abkürzung für con/ com verfährt. 16 Por und par/ per werden im Ms. mit der gleichen Abkürzung wiedergegeben; jede Auflösung ist deshalb eine Interpretation. Gerade in Fällen wie diesem wäre eine Kennzeichnung der aufgelösten Abkürzungen wichtig gewesen! 17 Die Form deables ist zwar an anderer Stelle gesichert, nicht aber hier. 18 Die Verwendung des n hier muss umso mehr überraschen, als eine Zeile weiter compaignie vollständig ausgeschrieben wird! F-P verletzt hier ihre eigenen Editionsprinzipien, die sich am Gebrauch im Manuskript und im näheren Kontext orientieren sollen. 19 Cf. auch 138/ 16 jugie. 20 Auch vorher schon verschiedentlich auftretender Zweifel. Wir tendieren eher zu der Lesung n. von F-P mit dem Online-Faksimile 11 unter BN Gallica verglichen: http: / / gallica.bnf.fr/ ark: / 12148/ btv1b9009473c.r=fran%C3 %A7ais+24394.langFR. Hier die Ergebnisse 12 : - 126/ 3-4: Ms. ... et des autres tant qu’il li plot; Ed. ... et des autres tant con il li plot. - Überflüssige Beifügung von con. - 126/ 18: Ms. tormens; Ed. torment. - Überflüssige Korrektur. - 128/ 26: Ms. par cel eve; Ed. par cele eve. - Überflüssige Korrektur im Pik. - 128/ 34: Ms. commanderont; Ed. conmanderont 13 . - 132/ 7: Ms. comment; Ed. conment. - 132/ 9: Ms. comme; Ed. conme. - 132/ 12: Ms. com; Ed. con 14 . - 132/ 16: Ms. l’omme; Ed. l’onme 15 . - 134/ 18: Ms. femme; Ed. fenme. - 134/ 27: Ms. preudeomme; Ed. preudonme. - 134/ 32: Ms. par (evtl. per) coi; Ed. por coi 16 . - 134/ 41: Ms. diables; Ed. deables 17 . - 136/ 44: Ms. compaignie; Ed. conpagnie 18 . - 138/ 7: Ms. engignie; Ed. enignié. - Das Ms. hat eindeutig einen Akzent auf dem i; wir haben es mit einer typisch pik. fem. Form zu tun 19 . - 138/ 9: Ms. denant; Ed. devant 20 . - 140/ 43: Ms. ente[n]di; Ed. entendi. - Fehlende Kennzeichnung der Korrektur. - 142/ 26: Ms. dont; Ed. dont. - Das Ms. hat eindeutig dont, was aber sinngemäß zu donc korrigiert werden muss. - 146/ 20: Ms. livre; Ed. livré. - Der Kontext erfordert aber eindeutig eine fem. Form, d. h. livr[i]e oder livré[e]. - usw. Die Transkription ist somit nicht fehlerfrei, und es gibt auch einige systematische Ärgernisse wie: - die vom phonologischen Kontext unabhängige Auflösung der Abkürzung für con/ com; - die Wiedergabe des Titulus als n auch vor Labial; - die Nichtthematisierung des Zusammenfalls von par und por in einer einzigen Abkürzung; Besprechungen - Comptes rendus 301 21 Im Detail analysiert haben wir die ersten 10 Paragraphen. - die Nichtberücksichtigung des i-Strichs; - die stillschweigende, nirgends begründete Einführung des Trema; - usw. Trotz einigen Fehlern und einigen unschönen Eigenheiten kann aber die Transkription aufgrund unserer Stichprobe als im Wesentlichen verlässlich bezeichnet werden. Bleibt noch die Beurteilung der Übersetzung. Schicken wir es voraus: Die Übersetzung liest sich gut und flüssig, sie ist elegant - aber manchmal wird die Wörtlichkeit allzu schnell und unnötig der Eleganz geopfert, auch wo dies keineswegs nötig wäre. Der Text hätte dann manchmal etwas «altfranzösischer» gewirkt, aber ein gewisser «altfranzösischer Touch» hätte durchaus seine Berechtigung und würde zu den Inhalten passen. Auffällig ist weiter, dass sich in der Übersetzung immer wieder (in der Regel durchaus sinnvolle) Ergänzungen, Präzisierungen und Ausschmückungen finden (z. B. §2, 131); die entsprechenden Inhalte werden aus dem weiteren Kontext, oder aber aus der Sachkenntnis, aus der Literaturkenntnis usw. der Übersetzerin transferiert. Und schließlich muss auch darauf hingewiesen werden, dass der neufranzösische Text deutlich länger ist als der altfranzösische (was nicht sonderlich überrascht); der größere Umfang kann nicht nur auf die eben erwähnten Ergänzungen zurückgeführt werden, sondern ist in einem bedeutenden Ausmaß darauf zurückzuführen, dass die neufranzösische Morphosyntax komplexer und platzraubender ist als die altfranzösische, die vieles nicht explizit macht. Im Einzelnen würde ich noch folgende Anmerkungen machen 21 : - §3, 133: leur enseignement → besser son enseignement? Der afr. Text ist allerdings nicht eindeutig. - §3, 135 unten: et tomberait → et qu’il tomberait. - §5, 139: Im afr. Text wird der Verführer als varlés bezeichnet, was mit ribaud übersetzt wird. Warum nicht (ohne depreziatives Element) einfach valet, garçon oder jeune homme? - §6, 143: afr. la maisnee wird mit la benjamine wiedergegeben; warum dieser ungewöhnliche Ausdruck und nicht einfach la plus jeune? - §6, 143 N 34: Hier wird für joie eine Polysemie behauptet, weil es sowohl für geistige als auch für körperliche Freude, Lust etc. verwendet werden kann. Richtig ist, dass joie in dieser Hinsicht einfach unspezifisch ist. - §6, 143: Die Wiedergabe von afr. riens que vos avés durch vos possessions ist wenig glücklich; kontextangemessen wäre tout ce que vous avez. - §7, 145: afr. la pucele wird mit la benjamine übersetzt → einfach la jeune fille. - §7, 145: afr. la nuit wird zu la nuit venue; warum? → la nuit. - §7, 145: afr. au matin wird mit à l’aube wiedergegeben; warum? - §8, 147: afr. Sire erscheint nfr. als Maître; warum? - §8, 147: Die im afr. Text redeeinführenden Sequenzen Et li preudons li dist, Et ele respont und Et il dist werden in der neufr. Übersetzung einfach getilgt. Warum? Ich sehe hierfür keinen Anlass. Der gleiche Eingriff findet sich auch an zahlreichen anderen Stellen. - §9, 149: afr. les preudes femes wird nfr. viel zu unspezifisch mit les braves gens wiedergegeben; → les bonnes femmes. - §10, 151: Lors prist wird mit Il se saisit ... de wiedergegeben; es geht hier aber nicht um den Teufel, sondern um die böse Schwester, also elle. Cf. auch den Folgekontext, wo es immer um einen weiblichen Missetäter geht. Besprechungen - Comptes rendus 302 22 Die Frage muss allerdings erlaubt sein, ob diese Neuausgabe nötig war, da das Versfragment bereits 1971 von W.A. Nitze und 1979 von A. Micha publiziert wurde; cf. F-P, 431. Stichproben im Rest des Textes (bis §121, 419) haben gezeigt, dass entsprechende Ausstellungen sich auch dort immer wieder einmal aufdrängen. Auf den Text und die Übersetzung folgt noch ein Kapitel (20) zu den Varianten (421-29), die auf der Basis von 6 Manuskripten ermittelt werden. Die Auswahl der berücksichtigten Abweichungen ist subjektiv, denn berücksichtigt werden nur die «variantes les plus significatives» und die «leçons empruntées à d’autres manuscrits ... pour des passages clés du roman quand la tradition manuscrite est très divergente». Kapitel 21 (431-59) ergänzt dann die Ausgabe des Prosa-Merlin durch eine Edition (mit Übersetzung) des im Ms. BN fr. 20047 überlieferten Fragments des Vers-Merlin. Die Handschrift enthält das Image dou monde von Gautier von Metz und die Estoire dou Graal, an die sich fol. 55b direkt der Vers-Merlin anschließt. Der Text bricht fol. 62b aufgrund einer schweren Beschädigung der Handschrift ab 22 . Die Edition schließt mit einem Verzeichnis der Eigennamen (461-66) und einem (selektiven) Glossar (467-93). Kommen wir zur abschließenden Beurteilung. Die Edition von Ms. A’ des Prosa-Merlin von Corinne Füg-Pierreville ist solide gearbeitet, wenngleich nicht fehlerfrei, und es gibt auch einiges, was man zumindest als wenig schön bezeichnen muss. Die literarische Einbettung und Kommentierung ist aber exzellent, und es kann auch kein Zweifel daran bestehen, dass A’ den besten Text unter den erhaltenen Manuskripten liefert. Trotz einigen Einwänden darf man deshalb ruhig feststellen, dass diese Ausgabe richtungweisend ist und Bestand haben wird. Peter Wunderli H Le Chansonnier français U, publié d’après le manuscrit Paris, BNF, fr. 20050 par Madeleine Tyssens, tome I, Paris (Société des Anciens Textes Français) 2015, li + 414 p. Madeleine Tyssens, avec la compétence et l’expérience que tous ses pairs lui reconnaissent, consacre une étude attentive au chansonnier U, le célèbre «manuscrit de Saint-Germain-des- Prés» selon l’appellation introduite par Paul Meyer et Gaston Paris. Elle livre une édition interprétative du texte des copistes, suivie d’un relevé sélectif des leçons et variantes d’autres témoins. Il y a environ une dizaine d’années, dans «Intavulare» Tables des chansonniers romans II. Chansonniers français. U Paris, BNF, fr. 20050, Liège 2007, l’auteure avait déjà étudié ce chansonnier et évalué l’importance relative des disparates et des indices d’unité qui lient le corpus textuel de U à celui du manuscrit de Berne (C, Berne, Burgerbibliothek 389); dans cet ouvrage, M.Tyssens complète et approfondit son analyse, y ajoutant l’édition du chansonnier, fruit de son inestimable savoir. En 1892, Paul Meyer et Gaston Paris éditèrent pour la SATF une reproduction phototypique du Chansonnier français de Saint-Germain-des-Prés. Les deux philologues se proposaient de publier un second volume comportant la transcription des chansons, précédée d’une introduction, mais ce volume n’a jamais paru. La version numérisée mise en ligne par Gallica en 2013 rend inutile une édition diplomatique. L’éditrice précise que les corrections imposées par le sens et la métrique sont en nombre limité. Quant à l’histoire du Chansonnier de Saint-Germain-des-Prés, elle ne nous est pas connue avant 1732, date à laquelle le duc Henri de Coislin, évêque de Metz, le légua à la bibliothèque Besprechungen - Comptes rendus 303 de l’abbaye de Saint-Germain-des-Prés (ms. connu sous la cote 1989) avant que ce manuscrit n’entre dans les collections de la Bibliothèque Nationale de France à Paris. Il fut restauré au XIX e siècle et nouvellement en juillet 2000. Les feuillets conservés se répartissent en 24 cahiers. Le chansonnier U revêt une valeur particulière: c’est, en effet, le plus ancien des recueils lyriques français conservés. De plus, il est le seul témoin pour de nombreuses pièces originales et intéressantes. L’éditrice a le grand mérite d’étudier méthodiquement l’ensemble de la tradition manuscrite, ce qui correspond à l’examen de dizaines de manuscrits ou de fragments de manuscrits. Dans les éditions critiques des œuvres des trouvères, on devinait puis entrevoyait de plus en plus clairement que la tradition des recueils lyriques interpelait l’éditeur, face à des problèmes difficiles à appréhender. «Chacune des pièces conservées dans un chansonnier pouvait n’avoir pas été copiée ‹mécaniquement›, avoir enregistré des écarts divers: substitution de formules ..., seconde version d’auteur, variations nées de performances orales, collation, par des copistes attentifs, de plusieurs recueils modèles» (Avant-Propos I). De telles recherches ne sont envisageables qu’avec une édition critique complète de chaque recueil. Le premier volume que nous présentons ici contient l’édition des pièces 1 à 180, précédée d’une introduction consacrée à l’examen codicologique minutieux de l’ensemble du recueil, ainsi que l’analyse de la tradition pour ces chansons de la partie la plus ancienne. Dans l’«Introduction» (v-li), M.Tyssens présente le manuscrit B.N.f.fr. 20050, volume de petit format (0,18 u 0,21) en parchemin de mauvaise qualité, avec des trous. Des philologues du XIX e siècle, dont Jules Brakelmann, en 1868, le définissaient comme «manuscrit de jongleur» à cause de sa taille réduite, de son manque d’ornementation et de ses corrections successives. Eduard Schwan, dans sa magistrale étude, pas encore surannée (Die altfranzösischen Liederhandschriften, ihr Verhältnis, ihre Entstehung und ihre Bestimmung. Eine literarhistorische Untersuchung, Berlin 1886) fait exception et réfutait, à raison, cette allégation. En effet, l’étroite parenté du chansonnier U avec celui de Berne C (Burgerbibliothek 389) rend incompatible «l’hypothèse de transcriptions successives par différents professionnels du chant» (vi). L’éditrice décrit très scrupuleusement les différentes parties du chansonnier. Les trois premiers feuillets forment une première unité, avec la table des incipit. Quant à l’organisation du chansonnier, on distingue trois sections principales minutieusement analysées par M.Tyssens (viii-xvi). La première, U 1 (cahiers II-XII), comprend des trouvères du XII e et du début du XIII e siècle, dont certains sont fort connus: Chrétien de Troyes, Gace Brulé, Blondel de Nesles, le Châtelain de Coucy, Conon de Béthune pour ne citer que quelques noms. La scripta du copiste de cette partie est peu marquée de traits dialectaux caractéristiques. Cette première section contient en outre 29 chansons «provençales francisées» de troubadours (entre autres Bernart de Ventadorn, Jaufre Rudel, Gaucelm Faidit, Rigaut de Berbezilh, Peire Vidal, Peire d’Alvernha, Peirol, Raimbaut d’Aurenga, Perdigon, Pons de Capdoil et Albertet de Sisteron), transcrites avec leur musique. L’éditrice n’a pas relevé les variantes de la tradition occitane, leur langue «mixte» rendant fort complexe l’interprétation de certains vers, mais on trouvera dans les «Notes» (397-405) les passages correspondants du texte occitan. Le premier volume contient les pièces 1-177, transcrites par la main U 1 (f.4-91v°) et les pièces 178-79 sur les feuillets 92 et 93. La deuxième section, U 2 (cahiers XIV-XV) comporte des textes dépourvus de musique; la troisième section U 3 est assez disparate, avec l’intervention de plusieurs mains. Toutes les chansons sont adespotes, à l’exception des pièces 36 (Lors kant rose ne fuelle / fol. 24v: Chastelains de cocj) et 37 (Ma volentez me requiert et semont / fol. 24v-25r: Gaeces la fist). Déduction faite des doublons, le chansonnier U contient 326 pièces différentes. 211 chansons Besprechungen - Comptes rendus 304 françaises figurent aussi, selon les relevés de M.Tyssens, dans le manuscrit de Berne C; les 115 autres se répartissent entre 43 unica dispersés dans le corpus, 29 chansons provençales francisées rassemblées dans les sections U 1 et U 3 et 43 chansons qui figurent aussi dans d’autres recueils (xxvii). La table (xvi-xviii) est acéphale, rédigée par plusieurs mains. Lorsque la mélodie a été conservée et copiée, il s’agit de neumes, dits «messins», mais souvent les portées sont restées vides ou sont inexistantes. Le musicologue Robert Lug prépare une vaste étude sur la transcription des mélodies conservées du chansonnier U; c’est la raison pour laquelle l’éditrice renonce à se pencher sur cet aspect du manuscrit. Le caractère lorrain de la scripta du chansonnier est plus marqué dans U 2 et U 3 que dans la première section. La localisation linguistique s’accorde «ainsi avec la caractérisation des neumes ‹messins›» (xxiii). Les études à paraître de Robert Lug analysent «les circonstances historiques qui, selon lui, entourent la carrière des poètes et la biographie des personnages évoqués dans les envois» (xxi); elles permettront de dater plus précisément le chansonnier qu’on situe vers la seconde moitié du XIII e siècle. La chanson historique anonyme (à paraître dans le tome II) Prise est Namurs cuens Hanris est dedans [277] donne la date de 1258 comme terminus post quem (xix). Les chansonniers conservés se classent en trois grandes familles, dénommées S I , S II et S III . S I comprend A M R T Z a et les fragments D E G 2 c e, avec les sous-groupes M T, Aa, Z. S II est formé par K N O P V X et les fragments B L R 3 S, avec le sous-groupe K N P X. Notre chansonnier U forme la troisième famille, S III , avec C U I H et quelques pièces de F et G 1 . Cette classification correspond à celle déjà proposée par Eduard Schwan, à l’exception du manuscrit Z a (Zagreb, Univ. Bibl. Agram) qu’il ne connaissait pas, mais que l’éditrice a pris en compte. Quatorze pièces du manuscrit de Zagreb Z se retrouvent dans notre chansonnier, dont neuf dans la première section, U 1 . Une bibliographie des répertoires, des éditions des trouvères et des troubadours, des œuvres narratives comportant des citations ainsi que des études, description et histoire du manuscrit (position stemmatique) et des mélodies complètent l’introduction (xliii-li). Le chercheur, le philologue ou tout lecteur attendent avec impatience le tome II qui comprendra les pièces 181-333 de la première et de la seconde continuation, identiquement examinées dans une introduction complémentaire et surtout le glossaire et la table des noms propres. Marie-Claire Gérard-Zai H Les Aventures des Bruns. Compilazione guironiana del secolo XIII attribuibile a Rustichello da Pisa. Edizione critica a cura di Claudio Lagomarsini, Firenze (Edizioni del Galluzzo) 2014 (Archivio Romanzo 28) Il bel volume che qui recensiamo, assegna un’opera nota, e però per un certo verso inedita, a un autore conosciuto ma sul quale moltissime ombre, di ordine biografico e non solo, ancora si allungano. Il lavoro filologico intrapreso da Lagomarsini, e che è il punto inaugurale delle edizioni critiche del «Gruppo Guiron» diretto da Lino Leonardi e Richard Trachsler, ha, infatti, consentito di ricostruire una finora inedita compilazione del Guiron le Courtois. Questo risultato è stato reso possibile anzitutto da una rigorosa e minuziosa ricostruzione di materiali narrativi che sono in realtà sparsi in quei manoscritti ciclici che ci testimoniano di questo grande romanzo, terzo, e leggermente più tardo, capitolo della triade dei cicli prosastici (gli altri sono ovviamente il ciclo del Lancelot-Graal, collocabile nei dintorni del 1210- 1215, e quello tristaniano del Tristan in prosa, scritto tra 1220 e 1230 circa). Besprechungen - Comptes rendus 305 1 203, N1-N5; 219, N1; 220, N2; 198, N1-2; 205, N1-6; 221, N1-3; 196, N1-3; 194, N1-11 e 222 per SI; 223-224, N4 per S2; 225-226 per S2*; 206, N1-2; 191, N1-3; 191, N4; 202, N1-2; 240, N1-2 e 242, cui in S3 fa seguito la morte di Calinan. 2 L. Leonardi, «Il testo come ipotesi (critica del manoscritto-base)», Medioevo Romanzo 35/ 1 (2011): 5-34. La prima parte della corposa fatica di L. è dedicata all’indagine del rapporto (meglio, dei rapporti), intercorrenti tra le branches antiche del ciclo e le sue diverse continuazioni e compilazioni (3-55). Questa parte, dalla struttura complessa, si fonda metodologicamente sulla ampia ispezione dei risultati ottenuti dai diversi studiosi che si sono chinati, nel corso dei decenni, su questo testo e sui suoi complessi problemi, ma anche su un tentativo, riuscito occorre dirlo, di applicare i principi della «filologia per canzonieri» ad un romanzo in prosa (81 s.). Ne discende l’isolamento di 4 micro-sequenze di episodi S1, S2, S2* e S3 che L. sistematizza in uno schema (87), nel quale sono raffigurati i 4 episodi che si susseguono nell’ordine (ricostruito) del romanzo e che consentono allo studioso di definire le fonti della Compilation, la quale non solo si è abbeverata alle Aventures des Bruns, formata in massima parte dai paragrafi individuati dal Lathuillère, e però riallocate secondo il nuovo assetto 1 , ma ha aggiunto alcune avventure conservate nel ms. 3325, e altri episodi tratti da fonti affini oggi perdute. La sola Cg non corrisponde quindi ai §203-42 del Lathuillère: oltre ai §1-159 della presente edizione, i copisti-editori di alcuni manoscritti, infatti, hanno aggiunto due Continuazioni, una «lunga» (§160-229 della presente di L.) e una «breve» (§160*-89*), come felicemente riassunto nel quadro alle p. 225-26. L’ampio cap. 2 del libro (97-175) prende in esame i rapporti tra i testimoni e le relazioni tra questi e la fonte principale (cioè la Suite Guiron). Si tratta di un capitolo innovativo anche dal punto di vista metodologico, considerato che, come giustamente fa notare l’autore, «la recensio lachmanniana del testimoniale è una pratica quanto meno inconsueta» almeno negli studi sui romanzi in prosa (97). Occorre però anche dire che recenti riflessioni sul tema, in particolare ad opera di Lino Leonardi e di Richard Trachsler 2 , hanno evidenziato che una simile prassi non solo debba trovar nuovo posto nel panorama editoriale, ma quanto essa possa riservare gradite sorprese e fornire utile sostegno al cammino, sovente incerto in caso di tradizioni complesse e testi lunghi, dell’editore. Al termine di una prima indagine sulla Suite Guiron, L. sintetizza i risultati raggiunti in uno stemma (126) bifido, nel quale un solo codice pareggia per importanza il resto della tradizione (cioè la Cg stessa). A queste fanno seguito la riflessione sulla tradizione della Continuazione breve (126-27) e della Continuazione lunga (128-44) con il relativo stemma riassuntivo (145). Più breve il capitolo 3 dedicato alle «Osservazioni stilistiche» (146-59), e che ci saremmo aspettati di trovare (più per consuetudine che altro), più oltre nel volume: occorre dire però che l’autore ha ottime ragioni per anticipare queste sue considerazioni, ci propone qui di riflettere su questo tema, giacché proprio le annotazioni stilistiche gli forniscono una delle fondamenta su cui poggia la sua proposta attributiva. Notevoli i risultati della ricerca riversati nel capitolo 4, su «I manoscritti e l’autore: osservazioni linguistiche» (160-89), nel quale non solo sono indagate le provenienze e la stratigrafia linguistica dei testimoni delle Aventures, ma L. isola alcuni lessemi e sintagmi franco-italiani rilevanti, ad ognuno dei quali dedica un ampio commento e la cui presenza pare rimandare ad una lingua letteraria di archetipo, ricostruita pertanto non su basi linguistiche ma su basi stemmatiche, che si spiega proprio con la storia testuale dell’area italiana nordoccidentale, fittamente percorsa, come noto, negli ultimi decenni del XIII secolo da testi (e quindi manoscritti) galloromanzi. Besprechungen - Comptes rendus 306 3 F. Cigni (ed.) 1994: Il romanzo arturiano di Rustichello da Pisa, Pisa. Infine nel quinto capitolo, dedicato a «La questione attributiva» e che può essere ritenuto il cuore dell’introduzione, trovano spazio e ordine i diversi risultati delle indagini compiute da L., risultati che conducono complessivamente a sostenere credibilmente la tesi della paternità rustichelliana. Come detto, un punto assai interessante, certo metodologicamente, ma non solo, del lavoro di L. è il suo essersi discostato dal modello ecdotico del «manoscritto-base». Ne è derivato un testo critico (qui contenuto alle p. 227-526) che è il frutto dell’applicazione di criteri che per essere ricostruttivi, non fanno però mai a meno dell’uso della prudenza. Il testo vero e proprio della Cg e della continuazione lunga è ricostruito, infatti, adottando, sul suggerimento di Alberto Varvaro, un manuscrit de surface (scelta legittimata a p. 217), e cioè un esemplare che garantisca un’alta competenza stemmatica e una apprezzabile omogeneità linguistica. La scelta di L. è caduta su N, manoscritto M 916 del Morgan Library and Museum di New York, un codice quattrocentesco scritto in bastarda francese (sul quale ampie informazioni si rinvengono alle p. 66-7). A sua volta per la Continuazione breve è stato impiegato il codice C, vale a dire il manoscritto 96 I-II della Fondation Martin Bodmer di Cologny-Genève, anch’esso quattrocentesco e di provenienza francese, forse loreno dell’area di Metz. I criteri con cui il testo è stato costituito sono descritti a p. 220. Concludiamo queste note descrittive del volume ricordando che l’apparato critico, di tipo positivo, accoglie le lezioni rifiutate, mentre in una apposita appendice (527-44), sono radunate le varianti redazionali di Fi. Ampie note di commento (545-66), ed un ricco glossario (567-82), aiutano gli studiosi nella lettura dell’opera, mentre la bibliografia (585-602), gli indici dei personaggi, dei manoscritti, dei nomi e delle opere anonime (603-20), completano il volume. L’analisi di L., per essere innovativa non manca di partire dalle acquisizioni che la critica è andata, nel corso di lunghe e pazienti indagini, accumulando. Tali analisi vengono attentamente valutate ma mai (è questo un elemento che denota equilibrio nel giudizio e paziente comprensione), svalutate. I risultati ottenuti quindi dal Loeseth relativamente alle compilazioni a contenuto guironiano, e che il critico aveva «sistemato» nel Roman de Palamède, o dal Lathuillère il quale le aveva derubricate a versions particulières diverse o aggiunte al Guiron le Courtois, fungono ancora da fondamenta della ricostruzione che qui recensiamo, ma sono esse fondamenta riviste nella loro sicurezza strutturale, nella rispettiva capacità di reggere il peso di arcate nuove e ardite. Al di là della notevole ricostruzione testuale, il più significativo risultato cui L. è giunto, ci sembra stia proprio nella significativa impresa di proporre una nuova (e sorprendente) attribuzione per questa Compilation guironienne: il curatore del volume, infatti, ha accumulato prove tali da permettersi di catalogare il romanzo sotto l’etichetta di «Rustichello da Pisa». Come noto già la Compilation arthurienne era stata assegnata al copista pisano 3 , ma nel caso di specie la proposta viene fatta in totale assenza di ogni nome, assente pure nelle zone paratestuali dell’opera. L’ipotesi comunque, diciamolo subito, appare credibile, fondata com’è su salde prove testuali, linguistiche e stilistiche. Questo libro dunque ci consente di conoscere e definire un po’ meglio questo Rustichello, del quale finora si sapevano le passioni tristaniane e graaliane di cui parla la Compilation arthurienne, oltre che il ben noto, e vulgato, impegno come coautore con Marco Polo del Milione. Il copista-autore, infatti, a questo punto possiamo dirlo, riprese anche materiali tratti dalle branches sui cavalieri antiquiores, mostrandosi versato e versatile. Besprechungen - Comptes rendus 307 1 Les Aventures des Bruns, compilazione guironiana del secolo XIII attribuibile a Rustichello da Pisa, edizione critica a cura di C. Lagomarsini, Firenze 2014; Lais, épîtres et épigraphes en vers dans le cycle de Guiron le Courtois, édition critique par C. Lagomarsini, Paris 2015; N. Morato, «Un nuovo frammento del Guiron le Courtois. L’incipit del ms. BnF, fr. 350 e la sua consistenza testuale», Medioevo romanzo 31 (2007): 241-85. 2 S.Albert, «Ensemble ou par pieces? ». Guiron le Courtois (XIII e -XV e siècles), la cohérence en question, Paris 2010; N. Morato, Il Ciclo di «Guiron le Courtois», strutture e testi nella tradizione manoscritta, Firenze 2010; B.Wahlen, L’Écriture à rebours. Le Roman de Meliadus du XIII e au XVIII e siècle, Genève 2010. Voir aussi R.Trachsler, «Nouvelles recherches sur Guiron le Courtois. À propos de trois livres récents», R 132 (2014): 227-45; C. Lagomarsini, «Romans, manuscrits, structures cycliques. Repenser Guiron le courtois», Acta fabula 12 (2011), en ligne à l’adresse http: / / www. fabula.org/ revue/ document6227.php. 3 On atteindra la bibliographie récente par L. Leonardi/ R.Trachsler, «L’édition critique des romans en prose: le cas de Guiron le courtois», in: D.Trotter (éd.), Manuel de la philologie de l’édition, Berlin/ Boston 2015: 44-80 et C. Lagomarsini, «Le cas du compilateur compilé: une œuvre inconnue de Rusticien de Pise et la réception de Guiron le Courtois», Journal of the International Arthurian Society 2 (2016): 55-71. 4 Qui était le directeur de la thèse. 5 En réalité, comme nous l’indiquerons ci-dessous, c’est l’édition proprement dite qui correspond exactement à la publication de la thèse; l’introduction a été passablement remaniée. L’edizione di L. ci consegna in conclusione una nuova, e importante, tappa dell’evoluzione multiforme e varia che il genere narrativo arturiano in prosa subì nella penisola, in un incessante commercio tra testimonianze antiche prodotte in Italia, archetipi ricostruiti e altre prose più recenti che furono oggetto di attenzioni artistiche anche nella coeva terra di Francia. Gerardo Larghi H Guiron le Courtois. Roman arthurien en prose du XIII e siècle, édité par Venceslas Bubenicek, Berlin/ Boston (De Gruyter) 2015, xx + 1278 p. (Beihefte zur Zeitschrift für romanische Philologie 363) 1. Guiron le courtois a longtemps été un cas frappant d’un roman reconnu comme important, mais resté inédit. La situation est en train de changer radicalement, grâce d’une part aux efforts du «groupe Guiron», qui a commencé à publier plusieurs éditions partielles 1 et va poursuivre dans cette voie, et d’autre part à Venceslas Bubenicek, qui donne ici une édition qu’on attendait depuis longtemps, puisqu’elle constitue la publication de sa thèse de doctorat de 1985. Il faut y ajouter trois thèses publiées en 2010 2 et plusieurs articles, en particulier du «groupe Guiron» 3 , qui ont abouti à une remise en cause de l’image que l’on se faisait de l’histoire de la tradition du roman et par conséquent de la configuration de l’original. On ne pouvait pas attendre de M. Bubenicek (désormais M. B.) qu’il entre en débat avec la conception qui a été nouvellement proposée, et encore moins qu’il l’accepte: cela aurait abouti à remettre fondamentalement en question les présupposés de son travail de 1985, lequel reposait sur l’opinion de Lathuillère 4 quant à l’histoire du texte, et à écrire en partie un autre livre. Le public se contentera très volontiers de voir livré à tous un travail qui était resté inédit pendant trente ans et ne s’attendra donc pas à la discussion de tous les développements critiques les plus récents 5 . Mais ce rejet de la discussion prend une forme exagérée lorsque dans l’avant-propos, daté d’octobre 2015 et qui est consacré à un panorama de l’histoire éditoriale de Guiron, M. B., dont l’information bibliographique est en général excellente, fait Besprechungen - Comptes rendus 308 6 A(2) dans l’édition de M. B. et dans ce compte rendu. 7 On doit reconnaître que la question du nom du roman (ou du cycle) est complexe, et que M. B. ne fait rien pour la simplifier. Lorsqu’il écrit, p. vii N27, «Par Roman de Meliadus, nous entendons le début du roman, réservant à sa deuxième partie la dénomination de Guiron le Courtois, conformément à la tradition médiévale et renaissante, reprises par les derniers travaux relatifs à notre œuvre ...», on se dit que tout est clair, et que cette remarque clarificatrice aurait même dû figurer ailleurs qu’en note. Mais l’éd. enchaîne immédiatement: «Par conséquent, s’il nous arrive de parler plus bas de ‹version principale, commune, de base› ou encore de ‹Guiron le Courtois›, nous désignons par là la première partie du roman, c’est-à-dire le Roman de Méliadus.» Il faut donc comprendre que puisque Guiron le Courtois est le nom «réservé» à la deuxième partie, il peut aussi bien désigner la première partie dans certains cas: on ne saurait exprimer plus nettement l’absurdité d’un usage terminologique incohérent. La fin de la note («Ces vocables semblent encore utilisés par certains chercheurs ...»), qui paraît vouloir être polémique, est dans ces circonstances absolument incompréhensible. 8 Il semble assez courant d’appeler Guiron le courtois l’ensemble du cycle et Roman de Guiron la seconde partie de celui-ci. 9 R. Lathuillère, Guiron le courtois. Étude de la tradition manuscrite et analyse critique, Genève 1966: 369. 10 M. B. publie environ la moitié du texte. Il n’indique pas nettement les raisons de cette interruption (mais il est vrai que le texte est très long), ni s’il entend terminer le travail; dans la note aux §180-83 de l’édition du ms. Ferrell 5 (1183), il est cependant fait allusion à «l’éd. du ms. 3325 à venir». 11 Sur cette deuxième partie, voir infra 13. mine d’ignorer l’existence de l’édition Lagomarsini de 2014 ou de croire que Albert 2010 et Morato 2010 ne méritent pas d’être mentionnés pour leur contribution à notre connaissance de la tradition textuelle du roman, mais seulement, anecdotiquement, à cause du nom qu’ils donnent à celui-ci (vii N27). Ici, le silence touche à la dissimulation. Le livre de M. B. est bienvenu sous plusieurs aspects: il nous offre des textes jusqu’à présent inédits (au moins en grande partie), qui se lisent d’ailleurs avec plaisir; le manuscrit Paris, Ars. 3325 6 , qui offre la base de la plus grande partie du texte édité, est parfois très effacé et de lecture difficile, si l’on en croit la reproduction photographique en ligne sur le site Gallica, et l’éditeur a fait œuvre utile et méritoire lorsqu’il en a recopié une centaine de folios; la partie de Guiron qui est éditée ici a d’ailleurs une cohérence propre dans l’ensemble du cycle, et méritait bien une publication à part. 2. Cette édition, néanmoins, s’expose à un certain nombre de critiques. Commençons par le titre, Guiron le courtois, roman arthurien en prose: ni dans la terminologie de Lathuillère, ni dans celles qui ont été proposées récemment, ni dans celle de M. B. lui-même (cf. p. v et p. vii, par exemple), le texte dont l’édition partielle occupe la majeure partie du volume ne constitue le «roman de Guiron» ou «Guiron le Courtois» 7 . Il s’agit, à l’intérieur du vaste ensemble qu’est celui-ci 8 , d’une «version particulière», dans la terminologie de Lathuillère 9 , ou d’une suite, d’après le modèle présenté dans Morato 2010, Lagomarsini 2014 ou Leonardi-Trachsler 2015, qui tend maintenant à être appelée Suite Guiron (Morato 2010: 71). Le texte a certainement son individualité, qui se marque dans la diégèse ou par le traitement du texte par la tradition manuscrite, mais il n’est qu’une partie du cycle, n’a pas pu exister sans lui (et n’existe d’ailleurs pas à l’état individuel). Le titre, par conséquent, induit en erreur. Cela d’autant plus que le rapport entre le livre vendu et le texte médiéval est, en réalité, un peu plus distant encore: si l’on regrette, tout en le comprenant, que la Suite Guiron (comme nous l’appellerons, par souci de clarté, dans les lignes qui suivent) ne soit pas publiée entièrement 10 , on voit mal la raison de l’adjonction d’une seconde partie (974-1238), contenant l’analyse et l’édition partielle d’un texte différent 11 . 3. Le travail de M. B. a attendu longtemps sa parution mais certains faits, en particulier d’organisation, sont encore trop dépendants du travail de 1985 et semblent étonnamment Besprechungen - Comptes rendus 309 12 La bibliographie contient un assez grand nombre de coquilles. 13 Il y a certes à un endroit une indication «Tom. II e », mais c’est au f° 97bis, et elle est tardive; M. B. a eu raison de ne pas en tenir compte. Cf. à ce sujet Lathuillère 1966: 37. 14 Le fait que le manuscrit F retrouve ici une rédaction commune avec A(2) semblerait pouvoir intervenir dans la discussion, mais cet argument n’est pas utilisé. 15 Ce passage semble montrer que les étapes rédactionnelles ont été nombreuses, puisqu’il ne figurait pas dans la thèse de 1985. 16 Le Roman de Tristan en prose, vol. 3, édité par R. L. Curtis, Cambridge 1985. témoigner d’une publication précipitée 12 . Ainsi, la division de la première partie du volume entre un tome I et un tome II n’a pas d’autre effet que de compliquer les renvois (les références prennent la forme «I.F.130.42»); si dans la thèse de M. B. elle correspond à un changement de volume, aucune division particulière ne se trouve dans le manuscrit à cet endroit, sauf une simple lettrine, comme celles qui marquent le début de toutes les subdivisions que M. B. a notées comme paragraphes et numérotées 13 . Si le récit se poursuit sans interruption, il connaît ici, il est vrai, une importante articulation (jusque-là, tout le mouvement du récit était orienté vers un combat judiciaire, qui vient ici d’avoir lieu), que M. B. a rapidement exposée p. 48 de son introduction (début du chapitre IX. Valeur littéraire). Mais il n’est pas sûr qu’il y avait de quoi créer une division du roman 14 , et il est certain qu’il aurait fallu, dans cette hypothèse, au moins énoncer le fait que c’est M. B. qui décidait de l’introduire. Dans ces conditions, on ne comprend pas l’utilité de la note par laquelle débute le tome II: «Pour ce qui précède immédiatement dans le ms., cf. Lathuillère (1966: §176)»: ce qui précède immédiatement dans le manuscrit se trouve dans l’édition B. à la page précédente, comme il se doit, puisque le texte est édité sans solution de continuité, et il n’y a donc pas plus besoin de renvoi au résumé de Lathuillère ici qu’au début de n’importe quel paragraphe du roman. La situation n’est pas rendue plus claire par le fait que dans sa présentation M. B. appelle «deuxième unité» la partie encore inédite, qui se trouve à la fin du manuscrit A(2) et «dernière partie» le tome II, qui se trouve donc entre la première et la deuxième. Le système de renvois n’est pas toujours univoque: p. 33, dans le renvoi à «I, §118.34», «34» renvoie à la ligne 34, tandis qu’immédiatement après, dans «118.13», «13» renvoie à la note 13. Les renvois des notes à l’introduction auraient aussi été plus faciles à utiliser si la table des matières avait donné le détail de la numérotation, très fine, de celle-ci. Un autre indice démontrant que le procès de révision n’a pas complètement abouti se trouve dans certains passages à rédaction double, dont nous ne donnons qu’un exemple, (p. 6 N) 15 , et qui concerne le prologue: «Ce texte ... est absent des manuscrits les plus anciens ... Le ms. 350 ... devait en contenir un. Il a été, en effet, retrouvé, sans doute lors de la restauration de la reliure de 350, effectuée en 1998, cf. Morato (2007: 262 N50)». Après la publication du texte par Morato en 2007, M. B. a justement ajouté une phrase à sa note; mais le modalisateur de la phrase précédente («devait en contenir un») devient du même coup superflu, puisqu’il n’y a plus à supposer un fait désormais avéré. L’auteur annonce (p. vii) que la bibliographie de sa thèse a été remise à jour en vue de la publication. Il nous a semblé que cette mise à jour était parfois superficielle: en 2015, un renvoi aux éditions existantes du Tristan en prose est plus commode qu’une référence à l’analyse de Löseth (22 N115); dans ce cas précis, il aurait dû se faire au 3 e vol. de l’édition Curtis, §794, p. 103 16 . Les renvois très fréquents à la Syntaxe de Ménard se font encore à l’édition de 1973. La bibliographie la plus récente, celle qui remonte au renouveau des études guironiennes, autour des thèses de S.Albert, B.Wahlen et N. Morato, puis de C. Lagomarsini et des travaux du «groupe Guiron», soit celle des dix dernières années, si elle est manifestement connue et parfois citée, n’est pas aussi complètement intégrée à la discussion que la bibliographie antérieure à 1985. Besprechungen - Comptes rendus 310 17 On mentionnera, à titre de complément, quelques publications récentes: N. Morato, «Poligenesi e monogenesi del macrotesto nel Roman de Meliadus», in: F. Benozzo et al. (ed.), Culture, livelli di cultura e ambienti nel Medioevo occidentale. Atti del IX Convegno della SIFR (Bologna, 5-8 ottobre 2009), Roma 2012: 729-54; M. Mancini, «Ecdotica e racconto: Meliadus, Guiron, Brehus...», Medioevo romanzo 36 (2012): 161-71; R.Trachsler, «Fatalement mouvantes: quelques observations sur les œuvres dites «cycliques»», in: M. Mikhaïlova (ed.), Mouvances et Jointures. Du manuscrit au texte médiéval. Actes du Colloque de Limoges, Orléans 2005: 135-49; C. Lagomarsini (2012), «La tradizione compilativa della Suite Guiron tra Francia e Italia: analisi dei duelli singolari», Medioevo romanzo 36 (2012): 98-127; L. Leonardi, «Il testo come ipotesi (critica del manoscritto-base)», Medioevo romanzo 35 (2011): 5-34; L. Leonardi, «Il ciclo di Guiron le Courtois: testo e tradizione manoscritta. Un progetto in corso», Studi mediolatini e volgari 57 (2011): 236-41; L. Leonardi/ N. Morato/ C. Lagomarsini/ I. Molteni, «Images d’un témoin disparu. Le manuscrit Rothschild du Guiron le Courtois», R 132 (2014): 283-352; N. Koble, «La double esquive: les univers de fiction de Guiron le courtois, constellation arthurienne en devenir», Medioevo Romanzo 36 (2012): 383-89. Il aurait aussi été utile de mentionner les comptes rendus des thèses de 2010. 18 On la cherchera donc chez Albert, Lagomarsini, Leonardi ou Morato. Par exemple, le chapitre VIII, qui parle longuement des rapports entre le manuscrit A(2), le ms. T et la compilation arthurienne du ms. B.N.f.fr. 112, aurait pu renvoyer à la discussion de Lagomarsini 2014: 32 s., qui traite aussi la question de façon détaillée. 19 «C’est ce travail, dont la bibliographie et l’apparat critique ont été remis à jour, que nous présentons aujourd’hui au public», vii. 20 «Nous désignons par ‹la version de base›, les deux premiers volets de Guiron le Courtois, les romans de Meliadus et de Guiron à proprement dire. Cf. Albert 2010: 16 N20 et passim.» Mais ces quelques retards ne changent pas l’impression générale: la bibliographie utilisée et citée est très riche et maîtrisée 17 . On regrette un peu cependant que la discussion de celle-ci soit absente 18 . 4. Cependant, si M. B. écrit que la première partie du volume est la publication de sa thèse de 1985 19 , il n’indique pas clairement qu’elle a aussi bénéficié des travaux qui ont paru depuis. Plusieurs chapitres de l’Introduction, en effet, sont nouveaux par rapport à la thèse et ont donc pu s’appuyer sur la bibliographie subséquente. Un des quelques points changés dans le chapitre IX (Valeur littéraire) est le remplacement du concept de «version principale» par celui de «version de base»; mais le bref renvoi («cf.») de la N291, p. 64 20 , à la thèse de S.Albert ne marque pas bien que l’idée de deux volets d’abord séparés avant d’être complétés et reliés, d’une version qui sera la base de réécritures, n’était pas présente dans ses travaux avant la parution du livre de S. Albert et de la démonstration de N. Morato 2010. C’est Mme Albert aussi qui parle de la version de l’Arsenal comme d’«un troisième ‹roman›, à côté du Roman de Meliadus et du Roman de Guiron» (Albert 2010: 23), une formule qui ressemble beaucoup à celle de M. B. lorsqu’il décrit cette version comme «une véritable ‹troisième branche› du roman» (vii). Il est vrai qu’il réclame la priorité: au moment où il introduit cette formule, il renvoie (N26) au chapitre V (Une hypothèse nouvelle sur la genèse de l’œuvre), et précise qu’il l’aurait écrit en 1997. On veut bien le croire, mais il se trouve que cette idée a d’abord été exprimée publiquement par d’autres, de façon très détaillée et argumentée, et qu’il est donc contraire aux usages de ne pas indiquer que l’hypothèse «nouvelle» qui est proposée l’a déjà été, sous une forme proche ou identique. La discrétion de M. B., si elle l’empêche de citer les noms de ses devanciers, lui interdit aussi de discuter leurs travaux: nous aurions souhaité voir une discussion explicite des positions existantes lorsque l’éditeur affirme que «lors de la confection du volume de l’Arsenal (1250-75), la rédaction de Guiron à proprement parler n’en serait qu’à ses débuts» (25). Besprechungen - Comptes rendus 311 21 Lorsque M. B. écrit que les quatre exemplaires de notre roman mentionnés par le recensement de la bibliothèque Gonzague en 1407 sont «non identifiés par la critique jusqu’alors» (31), nous ne le comprenons pas: ces manuscrits sont bien cités par Lathuillère 1966: 94 et étaient déjà connus par Novati. 22 B.Wahlen, «Du recueil à la compilation: le manuscrit de Guiron le Courtois, Paris, BNF fr. 358- 363», in: Texte et image, collection «Ateliers» (Université de Lille III), 30 (2003): 89-100. 23 Le chapitre intitulé Les manuscrits, une description, n’est pas une description, mais des «remarques complémentaires» à la description de Lathuillère, et ne concerne pas «les» manuscrits, mais deux d’entre eux. Une liste limitée aux quatre manuscrits «de base» et «de contrôle», avec leurs sigles et leurs localisations, est donnée p. 170, dans le chapitre XIII. Variantes et apparat critique de l’édition, sous le titre «Rappel des sigles». Il s’agit, pour trois manuscrits sur quatre, des sigles du système Lathuillère, qui sont en effet régulièrement utilisés dans les variantes et les notes. Sur plusieurs sujets, la bibliographie a été entièrement renouvelée durant les dernières années, et il semble qu’il était du devoir d’un éditeur, surtout s’il est un aussi profond spécialiste du sujet que l’est M. B., de mentionner et dans certains cas de discuter les travaux récents. Par exemple, et de manière centrale pour le volume recensé, N. Morato 2010: 185 s. a écrit des dizaines de pages sur la Suite Guiron; il n’est cependant jamais cité au cours de l’analyse littéraire (48-84), par exemple, et les quelques autres mentions de son nom ne donnent aucune idée de son apport à la discussion du sujet. À la N47 de la p. 981, M. B. renvoie, «pour le classement des mss. de notre roman», à un article de quelques pages qu’il a publié en 1998, plutôt qu’aux études immenses de Morato 2010 et Lagomarsini 2014. Le chapitre VII est lui aussi un ajout, et est intitulé «Palamède-Guiron en Italie». Il cite une seule fois le nom de F. Cigni, pour renvoyer, sur un point d’extrême détail, à une note de sa thèse. Mais F. Cigni, depuis maintenant 20 ans, a publié un grand nombre d’articles consacrés précisément à la diffusion de la littérature arthurienne en Italie, dont plusieurs sont dédiés précisément à la fortune du Guiron. Il est certain que tout dans ce chapitre ne vient pas des travaux de Cigni (par exemple, l’idée que François de Gonzague aimait prêter ses livres [31] vient probablement de Wahlen 2010: 47, et la plupart des informations semblent être prises à Rajna et Novati, qui sont eux dûment cités 21 ), mais ceux-ci forment le point de départ de nos connaissances sur le sujet et devaient donc être cités ici. Toute la partie 2 du chapitre VIII (Le manuscrit 358-362 et le ms. T, 34-47) est entièrement réécrite par rapport à la thèse (vol. 5: 9-11). Elle a donc pu profiter d’un article de Wahlen de 2003 22 consacré à la question, et l’éd. y renvoie d’ailleurs plusieurs fois. Mais le refus par M. B. d’attribuer à la dernière génération des chercheurs les découvertes qu’on leur doit fait qu’on ne peut pas vraiment savoir si des éléments ajoutés à la thèse, comme le rapport direct avec Des Grantz Geantz (dans la thèse il n’était question que du modèle latin de ce dernier texte, De origine gigantum) n’a pas été trouvé dans Wahlen 2003, ou dans Morato 2010, 242N. Ni si l’idée d’étudier les Anciennes chroniques de Jean de Wavrin (36, 45) ne vient pas de Morato 2010: 242N, de Lagomarsini 2014: 99N ou d’une autre source encore. Jehan Vaillant de Poitiers, un traducteur, donne lieu à un important développement (45-6), mais le silence résolu qui pèse sur le nom de C. Lagomarsini empêche de renvoyer à celui, encore plus détaillé, que lui consacre cet auteur (2014: 46-50). Bref, on le voit, la bibliographie du sujet est moins citée qu’elle n’aurait dû l’être. 5. Les sigles des manuscrits généralement en usage sont ceux de la liste de Lathuillère 1966: 36 s., qui a été reprise, avec certaines modifications, par le groupe Guiron (pour la liste mise à jour, cf. Morato 2010: 9 s.). M. B. utilise lui aussi les sigles de Lathuillère, comme il l’indique seulement, nous semble-t-il, au détour d’une note (79, p. 14), appelée par une remarque sur un manuscrit dont il ne donne pas le sigle. Il n’y a nulle part de liste des manuscrits ni d’énumération de leurs sigles 23 , le lecteur étant supposé se reporter à celle de Lathuillère. Besprechungen - Comptes rendus 312 24 Le manuscrit est maintenant en possession de la Fondation Ezio Franceschini à Florence, et y porte la cote FEF 2; nous continuons cependant de le nommer ici «Ferrell 5», pour ne pas créer de disparate terminologique avec l’ouvrage recensé. 25 Ce système a aussi été utilisé par M. B. dans des publications antérieures. Il y renvoie génériquement, à propos du sigle G du manuscrit Ferrell 5 (15 N84): «ce ms. porte le sigle que nous lui avons attribué». 26 La N5, p. 211, de l’article cité de F. Lot, vérification faite, n’est d’aucun appui, ni sur le principe de l’anagramme, ni sur ce cas précis, contrairement à ce que le lecteur pourrait être amené à croire. 27 Au sujet de Rustichello da Pisa, il aurait fallu renvoyer aux travaux de Cigni autrement qu’en lui reprochant un manque dans son édition (et ceci sans référence précise); l’état actuel de la discussion se trouve dans Lagomarsini 2014: 191 s., que M. B. aurait dû citer. 28 «... il manque un trait essentiel: la présence de la saison hivernale» (26). La même phrase est reprise textuellement de l’article de 1993, mais elle y apparaissait à propos d’un autre texte: le passage de Guiron le Courtois où Guiron est lui-même puni pour un adultère supposé. M. B. discute d’ailleurs du rapport entre ces deux passages de manière beaucoup plus étendue et détaillée aux p. 1183-86, ce que l’introduction aurait pu signaler. Nous revenons plus bas sur la note des p. 1183 s. Il n’y a pas non plus de correspondance avec la liste de Morato et de la plupart des travaux récents. Pire encore: ce qui ressemble le plus à une liste de manuscrits est une brève énumération insérée au milieu d’un paragraphe du chapitre intitulé Une hypothèse nouvelle sur la genèse de l’œuvre (24), qui contient régulièrement des sigles et les localisations des manuscrits. Seulement, ces sigles sont entièrement différents de ceux de Lathuillère ou Morato (L1 y est appelé D, V2 E, A B, et ainsi de suite). Heureusement, ce système concurrent est entièrement abandonné par la suite (il est utilisé à quelques reprises dans l’introduction, p. 6 par exemple, avec parfois mention de la correspondance avec la siglaison classique), et n’apparaît plus dans toute la première partie, soit jusqu’à la p. 969. Il refait surface dans la deuxième partie, p. 973, qui est consacrée au manuscrit Ferrell 5 24 , inconnu de Lathuillère, que M. B. a baptisé G à la p. 24 25 , sans mentionner les objections (ni le sigle concurrent pour Ferrell 5) de Morato 2010: 6. Cependant, dans cette deuxième partie aussi l’emploi du système traditionnel semble dominer, au moins dans les notes. A la N1 de la p. 973, M. B. indique que dans une édition à paraître du manuscrit 350 de Guiron, il adoptera le système concurrent (celui de la p. 24): on aura donc ainsi, dans deux éditions de parties du cycle par le même éditeur, deux systèmes de sigles complètement différents et contradictoires; tous les lecteurs du cycle de Guiron espèrent que M. B. renoncera à ce projet, qui ne peut aboutir qu’à compliquer et embrouiller les études guironiennes de manière irrémédiable. 6. L’introduction présente d’abord, brièvement, les problèmes classiques de date, d’auteur et de milieu. Sur ce dernier point, l’éditeur conclut qu’un ensemble de traits «paraissent bien s’accorder avec l’ambiance orientale de la cour du dernier Staufen» (13). Il nous semble que ces correspondances ne sont pas si nettes: les rapports établis avec Cligès sont faibles; le modèle du Sarrasin paré de toutes les vertus n’est pas spécifique; les rapports établis entre le personnage nommé Alfasar et un sultan Al-Asraf 26 semblent illusoires, et le seul rapport subsistant avec Frédéric II reste donc la mention du paiement pour un liber Palamides en 1240. Le ch.VI (26-27) étudie le rayonnement du texte de la Suite Guiron, et constitue un ajout par rapport à la thèse. En-dehors de l’Italie 27 , ce rayonnement consiste surtout en l’influence qu’elle aurait exercée sur la Suite (Huth) Merlin, et l’éditeur pense qu’elle est établie par deux passages apparentés, qu’il a d’ailleurs étudiés précédemment. Mais pour le deuxième (récit de l’invasion de Logres), l’explication de M. B. précise bien qu’on ne peut pas savoir quelle version précède l’autre, et quant au premier (l’épisode de l’exposition au froid), le raisonnement est entaché d’une erreur, lorsque l’éditeur indique que la version de la Suite Merlin ignore l’élément essentiel qu’est la présence de la saison hivernale 28 : M. B. lui-même, Besprechungen - Comptes rendus 313 29 V. Bubenicek, «Du bûcher à l’exposition au froid: avatar d’un motif hagiographique. Guiron le Courtois et la Suite du Merlin», dans Lorraine vivante. Hommage à Jean Lanher, sous la direction de R. Marchal et B. Guidot, Nancy 1993: 285-99. 30 Cette insistance se marque d’ailleurs à l’intérieur même de notre épisode, voir La Suite du Roman de Merlin, édition critique par G. Roussineau, Genève 1996: §544,19. 31 Ed. cit.: p. xl N79. 32 Elle l’aurait été encore plus si M. B. y avait rappelé l’argument supplémentaire qu’il donne p. 691, dans la note à A.II.114.1. Le probable caractère descriptus est admis par Morato 2010: 188. dans son article de 1993 29 , p. 291, indiquait expressément l’insistance du récit de la Suite Merlin sur le contexte hivernal 30 . Comme cette absence est l’argument qui conduit M. B. à juger que la Suite Merlin est secondaire, on considérera que l’ordre de la dépendance n’est pas un point acquis, et que Guiron le Courtois pourrait tout aussi bien venir en second, comme le croit Roussineau 31 . Le chapitre VIII étudie les rapports entre le manuscrit A(2) et plusieurs autres témoins, en particulier le ms. B.N.f.fr. 112 et le manuscrit de Turin L. I 9 (ou R. 1622). La démonstration que ce dernier descendrait du manuscrit A(2) nous a paru convaincante 32 . Il nous semble cependant que la position subordonnée du ms. fr. 112 par rapport au ms. A(2) (étudiée plusieurs fois par Bogdanow) devrait être prise en considération lorsque M. B. examine la priorité entre Guiron et la Suite Merlin (cf. supra, épisode de l’exposition au froid), puisque l’épisode concerné de la Suite Merlin ne se trouve, précisément, que dans le ms. fr. 112; il n’est pas impossible que cela fournisse à M. B. un argument supplémentaire. Nous n’avons pas compris si M. B. était encore de l’avis qu’il exprimait dans son article de 1993, à savoir que «ce serait sans doute une solution de facilité que de penser que le scribe préféré de Jacques d’Armagnac [i. e. Micheau Gonnot, copiste du ms. B.N.f.fr. 112] ait adapté un épisode qu’il trouva dans la bibliothèque de son maître», et que ce manuscrit ne dépendrait donc pas directement de A(2). 7. L’étude linguistique des manuscrits A(2) et F (91-161) est très détaillée, comme le sera d’ailleurs celle du manuscrit Ferrell et des fragments Longobardi, dans la deuxième partie du volume (1029-60), et elle contient bien des choses intéressantes; la forme générale de la présentation consiste cependant à relever les faits qui diffèrent de l’ancien français classique et à analyser ceux-ci comme des introductions, des disparitions, etc. Nous renonçons à critiquer cette conception et les conséquences qui en découlent, et nous limitons à quelques remarques ponctuelles. On corrigera à de nombreuses reprises 1 en l. Le §81, «On trouve un e inorganique dans essegardent II.A.69.10», doit être supprimé: le mot en question est effacé et repassé en noir, mais il n’y a pas suffisamment de place pour qu’un e y ait été écrit. Au §118, l’assimilation de / r/ à / l/ subséquent est supposée sur la base des seules attestations du nom Nohombellande: il s’agit par conséquent d’un fait lexical. Au §141, Vassall I.A.250.10 est invoqué comme témoignage de «redoublement de la consonne finale», mais dans l’édition elle-même est imprimé Vassal. §182, il y aurait des exemples de en pour noter la négation (par graphie inverse de ne ‘en’); celui (I.A.166.18) qui appuie cette interprétation est illusoire: dans la phrase «... e se vos de cestui encontre n’alez a terre, jamais en, si cum je croi, ne seroiz abatuz par home», que nous ne comprenons pas sous cette forme, il faut lire ensi cum je croi. Un autre exemple (I.A.219.11) est cité au §202, sans qu’on comprenne les raisons de cette répartition: l’édition n’est pas plus convaincante à cet endroit. Au même §202, les propositions de correction par ajout d’une négation (cf. en particulier I.A.159.2-3 et I.A.188.36-37) sont tout à fait superflues. La conclusion (161) est très générale, et le fait qu’elle ne renvoie pas aux paragraphes de la description rend conclusion et analyse plus difficiles à utiliser. Besprechungen - Comptes rendus 314 33 Il était possible de faire mieux, cf. Morato 2010: 223 s. 34 Dans le même sens, M. B. aurait pu se dispenser des variantes comme coustume pour costume, vous pour vos ou honneur pour honor (I.A.4. variante 3 de T). 8. Les pages 164-69 donnent une analyse du texte édité. Elle contient, bizarrement, quelques erreurs. Ainsi, pour les §II.139-148, M. B. écrit: «Hervi, désormais seul, est l’hôte d’un vieux chevalier. Celui-ci l’entretient de la lignée des chevaliers félons et de l’origine de la rivalité entre Lancelot et Tristan.» Indépendamment du fait qu’il n’est pas question d’une lignée de chevaliers félons (tous ne sont pas apparentés), la rivalité dont il est question n’est pas celle qui oppose Lancelot et Tristan, mais Lancelot et Palamède, et au moment où il en est question, ce n’est plus le vieux chevalier, mais le narrateur de la Suite Guiron qui est en charge du récit. L’analyse peut être fautive ailleurs: dans la partie de l’introduction intitulée «Valeur littéraire», p. 67, on peut lire qu’ «Il [sc. le Bon Chevalier sans Peur] usera du même stratagème [découvrir son écu pour éviter un combat] pour se sortir avec Lac de la situation périlleuse où ils se trouvent à l’Escu Loth»: en fait, c’est Lac qui use de ce stratagème, contre l’avis du Bon Chevalier, qui lui en fera d’ailleurs le reproche. Mais tout cela n’est en somme pas très important. Plus gênante est sans doute la difficulté qu’on éprouve, sur la base des différentes indications dispersées dans le volume, à reconstituer le contenu des différents manuscrits dont M. B. rend compte dans l’apparat critique. En l’absence d’une présentation complète de la matière narrative présente dans les témoins autres que A(2), il faut aller rechercher des informations dispersées aux p. 88 (tableau systématique des sections de F présentes dans l’édition), 169 (analyse du contenu narratif de F, mais qui se limite aux parties non présentes dans A(2)) et 891 (présentation de l’édition des appendices - rédactions particulières de T et F - qui présentent leur position). Mais ces indications ne suffisent pas, et il faut les compléter par celles qui sont données en note aux endroits du texte qui voient les différentes rédactions diverger ou converger. Il n’est pas toujours facile de s’y retrouver. Ainsi, il faut lire la note a (texte de F) de la p. 323 (§131) pour savoir que le texte qui y figure est situé dans F à la suite du texte édité en appendice III, car il n’y a pas d’indication de ce type à l’édition de cet appendice. La note a du début du §86 (p. 256) ajoute une information: «reprise du texte commun après l’interruption signalée au §34.45 (n.a.). Entre temps, F donne un récit qui lui est propre - il figure en Appendice III - cf. les §131 à 137 de A(2) ...». Et on récupère grâce à cette allusion au §137 la note c de la p. 333 (§137): «fin de l’accord F pour notre 1 ère partie ..., Pour ce qui suit immédiatement, cf. supra, §86». On peut ainsi rétablir l’ordre du ms. F qui est, si nous comprenons bien, §21- 34, puis le texte édité en appendice III, puis les §131-37, puis §86 et suivants (jusqu’à 130, si nous comprenons bien). Il est impossible de récupérer ces données du tableau de la N351 (88), qui indique seulement la correspondance entre les §21-34 et les f° 74a-75a de F, puis entre les §86-132 et les f° 76b-79d. Ces informations sont d’ailleurs rendues douteuses par le fait que dans l’édition, il n’y a pas d’édition du §132 de F et que c’est le §130 qui se termine à 79d, et que le tableau semble être entaché d’autres erreurs (le §II, 1, d’après l’édition du texte et de l’appendice IV (895-97) est probablement situé f° 83a, non 82d). Une description rassemblée à un seul endroit, si possible visible et signalée dans la table des matières, aurait été très utile au lecteur 33 . Enfin, une correspondance des § de l’édition avec ceux de l’analyse de Lathuillère (auxquels renvoient tous les travaux antérieurs) aurait été nécessaire; elle aurait par exemple pu prendre la forme de renvois à l’intérieur de l’analyse. 9. Les conventions d’édition n’appellent pas de commentaire particulier. On apprécie particulièrement la décision de donner une liste raisonnée des variantes non signalées (171- 76), qui permet d’éviter d’enregistrer celles-ci en bas de page 34 . Les corrections au texte Besprechungen - Comptes rendus 315 35 Il s’agit d’une nouveauté de cette publication par rapport à la thèse: celle-ci n’en comportait pas. 36 D’autant plus qu’elle ne figurait pas dans la thèse et a donc été composée récemment. 37 A. Limentani (ed.) 1962: Dal Roman de Palamedés ai cantari di Febus-el-Forte. Testi francesi e italiani del Due e Trecento, Bologna. 38 R.Trachsler et al. (ed.) 2004: Guiron le Courtois, une anthologie, Alessandria. 39 Elle fait suite immédiatement à notre citation précédente. critique sont signalées par des lettres, les variantes de T et de M par des chiffres; les variantes sont donc clairement présentées, mais la présentation a l’inconvénient de laisser beaucoup de place libre en bas de page, ce qui contribue à expliquer l’épaisseur du livre. Lorsque le manuscrit F est présent, l’édition est disposée synoptiquement sur deux colonnes; lorsqu’il ne l’est pas, le texte de A(2) occupe toute la largeur de la page. Ce système nous a paru très heureux. Les notes 35 sont situées en fin de partie (813-87); il aurait été commode de les appeler par un signe spécial. 10. La conclusion énonce des propos qu’il est difficile de partager entièrement 36 : «Guiron le Courtois, après la publication du Lancelot ..., du Tristan en prose ..., demeurait le seul des trois grands romans du XIII e siècle encore inédit.» (177) L’imparfait est trompeur: Guiron le Courtois reste encore largement inédit, qu’on entende par là l’ensemble du cycle, les parties de ce cycle qui ne sont pas le Roman de Méliadus (cf. ci-dessus [N7] notre commentaire sur la N27, p. vii) ou même, si c’est là ce qu’entend M. B., la Suite Guiron, puisque l’édition présentée ici ne représente qu’une partie de ce dernier texte. Il est vrai cependant qu’elle représente une augmentation considérable de la quantité de texte disponible, après les autres éditions partielles, en particulier de Limentani 1962 37 , Trachsler et al. 2004 38 et Lagomarsini 2014. Mais M. B. poursuit: «Désormais, des études pourront être entreprises, travaux qui prendront en compte non seulement le contenu, mais la lettre même de ce texte important pour l’histoire des mentalités du XIII e siècle finissant.» Là, l’exagération nous semble passer les bornes. Sophie Albert, Nicola Morato et Barbara Wahlen n’ont pas attendu la parution du volume recensé pour soutenir en 2008 et 2009 des thèses, publiées en 2010, qui ne prenaient pas en compte que le contenu, mais également la lettre même de Guiron. Les progrès considérables qu’a fait ces dernières années notre connaissance de la tradition textuelle de Guiron et des rapports historiques entre manuscrits et rédactions ont bien montré qu’il était très possible, non seulement d’entreprendre, mais de mener à bien, des travaux qui prissent en compte la lettre même. Du point de vue de l’histoire de la formation du roman, ou du cycle, la fin de la conclusion est d’ailleurs décevante, parce que trop générale et trop péremptoire à la fois pour ne pas paraître un peu gratuite, en l’absence de liaison avec une argumentation 39 : «De celle que nous avons nous-même effectuée il résulte que la version particulière, fournie par le ms. Arsenal 3325, procède d’un état d’esprit différent de celui qui préside à la rédaction de la version principale du roman, celle du ms. 350; leur différence est une différence de projet: la version du ms. A se présente comme un prolongement rétrospectif du Tristan, l’autre prétend à une indépendance plus grande». D’autant plus que le lecteur ne sait précisément pas si le manuscrit A est Arsenal 3325 (dont A est le sigle dans le système Lathuillère adopté en général ici) ou le fr. 350 (qui porte ce sigle dans le système Bubenicek, dont restent plusieurs traces dans l’introduction). 11. Nous donnons ci-dessous quelques observations sur l’édition du texte; nous n’avons consulté le manuscrit A(2) que sur la reproduction numérique disponible sur le site Gallica (elle est d’excellente qualité). Le manuscrit est parfois très effacé, et dans ces cas il peut être de lecture difficile. I.A.1.14. qar limons estoit adonc nois e gelé. L’existence de limons dans le sens ‘boue’ (et non ‘boue qu’on extrait d’une rivière’) n’est pas tout à fait assurée, ‘terre détrempée’ Besprechungen - Comptes rendus 316 (traduction proposée par le glossaire) est donc une traduction contextuelle; noif est catégorisé comme substantif au glossaire, et défini ‘enneigé’ pour ce seul exemple (on devine qu’il est donc considéré comme adjectif), mais cet adjectif est inconnu par ailleurs; le dernier mot doit être lu gelee (le deuxième e est effacé mais se lit nettement); tous ces problèmes se règlent si l’on édite qar li mons estoit adonc nois e gelee et qu’on considère nois et gelee comme des noms. I.A.2.5 ceste] ms. cest. - ibid. nos covient a nuit gesir] éditer anuit (cf. FEW 7: 216a) comme chaque fois que la séquence apparaît (elle est aussi écrite en un mot dans le manuscrit, ou ennuit dans T, cf. I.A.101 note 3). I.A.5.5 Mettre un point d’interrogation après Qele. I.A.5.6 Je] ms. Ge. I.A.5.10 On pourrait envisager d’éditer e maintenant ‘immédiatement’ en un mot (cf. amantenant Entree, FEW 6 1 : 299a). I.A.7.23-24 Fermer les guillemets après a piece mes. I.A.10.1 ils] ms. il. I.A.10.4 q’il ne se fesoit devant] ms. q’il ne fesoit devant. I.A.10.5 li chie[t] nous ne lisons pas le début du mot, mais la fin est -ient. I.A.10.7 Un mot qui n’est pas lu est signalé par trois points; nous croyons lire solemant. - ibid. Ajouter un point après avanture et recommencer une phrase avec Tuit li chevalier. I.A.14.18 Ajouter la mention du changement de colonne (50a) entre vouxisse et ge bien. I.A.15.4 Après ce vos dirai ge bien, remplacer la virgule par deux points. I.A.16.13-14 Déplacer le point d’interrogation situé après conoistre après armes, à la place du point d’exclamation qui s’y trouve. I.A.16.20 L’éd. porte votre scient: il paraît inutile de créer la forme scient, alors que le manuscrit a écrit votrescient en un mot et l’on préférera éditer escient. I.A.18.14 nel] n’el. I.A.37.6 Pourquoi ne pas corriger la répétition fautive de devant els venir? Par ailleurs, nous ne comprenons pas la N3. I.A.44.4 ou] Ou. I.A.46.1 La correction est incertaine. I.A.47.5-6 La note contient tout un petit article sur le personnage de Brehu sans pitié, d’une ampleur peut-être disproportionnée, puisqu’il occupe sept pages et demie (819-27), mais certainement intéressant. Il serait d’ailleurs encore plus précieux si le début et quelques autres passages n’en avaient pas été déjà publiés par Richard Trachsler en 1994; la forme a certes été remaniée (la première phrase, par exemple, «Comme d’autres, le personnage de Brehus n’a pas été créé ex-nihilo», était dans l’original «Comme d’autres personnages du Tristan en Prose, Brehus sans Pitié n’a pas été créé ex nihilo», et les modifications sont souvent plus importantes), quelques erreurs de copie ont pu être introduites (par exemple Trachsler fait deux citations, de la Première et de la Seconde Continuations du Conte du Graal, dont M. B. conserve la seconde tout en lui donnant les références de la première), ainsi que des références à des éditions récentes, mais les faits et les textes cités, ainsi que leur ordre, sont pour la plus grande part identiques. On trouvera une indication supplémentaire de l’apparentement des deux textes dans une erreur commune: R. Trachsler parle souvent d’une version du Tristan en prose contenue dans le ms. B.N.f.fr. 24400; par erreur, il écrit une fois «24000», et c’est ce numéro erroné qui a été repris par M. B. (824), qui n’a pas pensé à le contrôler dans un catalogue. L’ajout de cette longue note n’a cependant pas conduit M. B. à modifier les pages 68 à 72 de son introduction, consacrées elles aussi à la description du personnage, et qui restent identiques à ce qu’elles étaient dans la thèse. I.A.47.9 Le manuscrit porte Li Bon Chevalier qi molt estoit desiranz de trouver le e qi tout ades aloit pensant (la principale manque); M. B. corrige en Li Bon Chevalier, qi molt Besprechungen - Comptes rendus 317 estoit desiranz de trover le, tout adés aloit pensant; il s’agit moins d’une correction que d’une réécriture. I.A.50.32 e por ce ne me tieng ge meins por chevalier ou qe ge soie ms. por meins ch. La correction ne nous semble pas régler le problème. I.A.75.4 écrire no mie ce que le manuscrit écrit nomie en un mot («non mie») n’est pas une solution. I.A.104.42 Une réplique commencerait ainsi: T’es fole, fet li chevalier, tu ne sés qe tu dis; il faut évidemment lire Tés, fole! (impératif du verbe taire), malgré une note qui essaie de justifier la possibilité de la lecture proposée. I.A.129.18 gastre aurait pu être corrigé en gaster. I.A.148.19 leiez aurait pu être corrigé en leienz. I.A.153.4 li ferai toute la honor qe ge porrai fere, se g’en devoie nois’ avoir, la haine de touz cels de cest chastel; on peut éviter de devoir supposer à la fois une curieuse apocope (nois’) et une construction apposée de la dernière proposition si l’on prend garde que le manuscrit porte non nois mais neis; on éditera donc se g’en devoie neïs avoir la haine de touz cels de cest chastel. I.A.168.5-6 La note renvoie, pour l’étude d’un phénomène linguistico-stylistique, à un chapitre de l’édition à paraître (par M. B.) du ms. fr. 350: mais il s’agit d’un autre texte, et on ne voit pas ce qu’une description qui lui est propre peut nous apprendre sur la Suite Guiron. I.A.223.2 ge n’é parlé] ge ne parle. I.A.230.9 nos n’espargneront a été corrigé en ne nos espargneront sur la base des leçons de M et T; cette correction semble superflue. I.A.234.4 Il semble inutile d’écrire lé povre cum lé rriche alors que le convient parfaitement. I.A.235.7 Ajouter un signe de ponctuation (virgule) entre compeignie et qar. I.A.245.17 pover doit être compris prover; il faudrait soit corriger, soit mettre une note explicative. I.A.246.12 seroit] ms. feroit. I.A.246.21 La leçon qerle du manuscrit a été corrigée en gerele, qui semble être une erreur pour qerele. I.A.247.2 li Bon Chevalier sanz Peor n’en parla plus celui soir, ainz se tuit leienz: la lecture tuit est paléographiquement moins probable que tint, et lui est considérablement inférieure pour le sens. I.A.252.19 Chasqun se mete a la voie. Le mot se serait omis (note d); en fait, le manuscrit porte semete. - ibid. pleira] nous croyons lire plerra. I.A.253.3 qar de tant cum il vont blasmant la damoisele, de tant s’aloit plus Brehuz ... e greignor bien en dit. M. B. a corrigé aloie du manuscrit en aloit et indique que le manuscrit doit comporter une lacune (signalée par les points de suspension) que T ne permet pas de combler; on préférera ne pas corriger, rattacher s’aloie à s’aloier (cf. FEW 5: 326ab) et comprendre ‘s’engager, se lier à qn, s’attacher’, ce qui évite aussi de devoir supposer une lacune commune aux deux manuscrits. I.A.257.22 La correction de nostre en vostre paraît superflue. I.A.258.41 ainçois le fas contre mon tuer. Il faut bien sûr lire cuer, qui est d’ailleurs la leçon du manuscrit. I.A.265.13 s’en dort] s’endort. I.A.274.14 reternent] il faudrait corriger en retornent (reterner est absent du glossaire). I.A.292.6-7 Le texte ne peut se comprendre si l’on ne met pas entre virgules la séquence puis q’il avoit teles paroles dites et en tel point. I.A.306.2 La note renvoie au §217 de l’étude linguistique, qui n’existe pas; si, comme nous le croyons, il faut lire §127, l’introduction y expose l’existence de nasales adventices et par conséquent, entendoient du ms. peut très bien être une forme régulière de atendoient, qu’il Besprechungen - Comptes rendus 318 était donc inutile de corriger; la correction crée d’ailleurs un texte au moins curieux, et à notre avis inacceptable (n’tendoient); enfin, la façon de signaler la correction n’est pas claire, puisqu’on ne peut savoir si le manuscrit porte nentendoient ou entendoient (c’est la première solution qui est la bonne). II.A.1.7 Ici et à plusieurs reprises, la formule qi face amentevoir en conte aurait dû être éditée a mentevoir. II.A.1.15-16 Supprimer les deux virgules et en ajouter une après sunt. II.F.3.11 Le surnom d’Hervis de Rivel est écrit à quelques reprises ‹ruel› dans le manuscrit F; la décision de l’éditer Rvel nous semble malheureuse. II.A.5.53 A quoi la correction de veelent en voelent sert-elle? II.A.8.18 de joste] dejoste. II.A.9.16 aprés ce ne demore q’il [ne] dit tout em plorant; L’ajout de ne nous semble superflu. II.A.12.27 Il est ilec si esbaïs com s’il fust orendroit né; est est une correction de set du manuscrit; on pourrait aussi envisager de conserver la leçon du manuscrit et de rattacher set à seoir ‘se tenir assis’ (cf. pour des formes sans diphtongue FouchéVerbe p. 155): le chevalier en question est en effet assis sur la fontaine, comme le récit nous l’a appris antérieurement (II.A.8.16). II.A.15.23.24 qe de tel recreant, cum tu es, li chaudroit: il faut supprimer les virgules. II.A.17.23 Déplacer le point d’interrogation avant crier merci. II.A.20.19 La correction de li en il semble tout à fait convaincante; les possibilités d’interprétation alternatives évoquées en note, en revanche, ne sont pas vraisemblables et ont été justement rejetées. II.A.20.32 cele, por qoi tu tres ceste grant dolor, ne fu tant dolente ...: supprimer les virgules. II.A.24.19 reçura aurait dû être corrigé en recevra. II.A.28.43 lan] l’an (l’antécédent du pronom est la droite certeineté de cest fet, 41-42). II.A.28.62 La forme sourir, ici et au glossaire sous soufrir, aurait dû être corrigée. II.A.28.64 La note indiquant l’exponctuation d’un u dans le mot Nouel (lire nouel) doit être déplacée à l’occurrence précédente du mot, ligne 59. II.A.47.36 a tout] atout. II.A.56.12 La note indique que «l’e est surmonté d’un petit i mais non exponctué»; le remords du copiste et son intention étant clairs, il nous semble qu’il fallait imprimer cil, et non cel comme l’a fait M. B., cela d’autant plus que cel masc. sg. est inexistant sinon. II.A.70.8 Il y a un changement d’interlocuteur avant N’estes vos mie. II.A.87.6 M. B. a omis de signaler, avant repentaille, le mot parole exponctué. II.A.89.8 La forme liene est analysée comme un représentant de regnum, en s’appuyant 1° sur la prétendue confusion entre liquides du copiste du manuscrit, qui aurait été établie dans le §118 de l’introduction linguistique (mais voir nos objections ci-dessus: cette confusion n’est pas établie); 2° sur un renvoi à Goerlich 1882, qui est le volume consacré au Sud- Ouest, soit une région à laquelle personne n’a imaginé de rattacher la copie de A(2) (les parallèles n’offrent d’ailleurs pas un appui très sûr). On doit donc considérer que l’identification du mot n’est pas encore établie. II.A.95.18 Le texte édité, Qant ge conui e vi en soi qe autre fin ne autre ples ... nous est obscur; en revanche, celui du manuscrit semble parfaitement clair: Qant ge conui e vi e soi avec trois synonymes coordonnés, dont le troisième est le verbe savoir. II.A.100.9 il avoient a costume a venir] préférer lire acostumé. II.A.100.31 L’éditeur a supprimé les mots de part dans le segment de texte ne l’en n’i [à la cour d’Arthur] savoit adonc plus gentil de part lignage; de la sorte, l’objet de l’énonciation n’est plus Blioberis de Gaunes, mais le lignage de Gaunes (‘et l’on n’y connaissait à cette époque aucun lignage plus noble’), ce qui convient moins bien au reste de la phrase et au Besprechungen - Comptes rendus 319 40 Il semble aujourd’hui inadéquat de le citer comme «ms. Richelieu 375», malgré le modèle de Godefroy. 41 J.-M. Fritz, Le Discours du fou au Moyen Âge, XII e -XIII e siècles, Paris 1992, qui reprend J.-M. Fritz, «Daguenet ou le bouffon amoureux», in: D. Poirion (ed.), Styles et valeurs. Pour une histoire de l’art littéraire au Moyen Âge, Paris 1990: 37-73. mouvement de l’argumentation (Blioberis était extrait du plus noble lignage qui fût à cette époque à la cour; et il n’y avait à ce moment personne de plus noble du point de vue du lignage; au contraire, on vit bien que c’était lui le plus noble qui fût présent à ce moment à la cour, puisque ...): dans la solution de M. B., le deuxième membre de phrase (celui que nous avons cité plus haut) ne fait que répéter le premier, tandis que le manuscrit distinguait le lignage de Blioberis et sa position propre. La correction ne se justifie donc pas, et ce n’est pas l’argumentation donnée en note qui peut changer cet état de fait: «de part semble une répétition de de toutes parz, figurant ci-dessus. Tout le segment coordonné: ne l’en ... sainz faille a, au reste, l’apparence d’une redondance qui n’apporte aucune information complémentaire et a été fortement abrégé par le rédacteur de T.» Il ne nous semble pas que l’inutilité (toute relative, à notre avis) d’un passage soit une raison suffisante pour le récrire. II.A.100.37 Le dernier paragraphe de la note met en rapport une cérémonie de la cour d’Arthur avec une cérémonie, longuement décrite, qui s’est déroulée en 1356 dans la cathédrale de Metz. La comparaison (l’élément principal en repose d’ailleurs sur une correction de l’éditeur) sert à mettre en rapport le roman avec «l’univers carolingien» (imité par Charles IV à Metz) et «par delà, avec les milieux de l’Italie des Hohenstaufen»; M. B. n’explique pas quelles voies aurait prises ce contact, et la note nous a semblé, en l’état, tout à fait inutile. II.A.101.18 parlemat] corriger en parlemant. II.A.101.34 ... la faiture dou roi David e le semblant e la stature, e coment il estoit grant, e com il estoit consus ...; une note essaie péniblement de justifier la forme consus en supposant des dérivés non attestés et des extensions sémantiques, alors qu’il suffit naturellement de lire corsus, qui nous ramène au syntagme banal grant e corsus (le manuscrit est peu lisible à cet endroit, mais nous semble plutôt porter corsus). II.A.101.39-40 La note indique que vivence ‘durée de la vie’ est peu attesté, même si Gdf. le relève dans le ms. B.N.f.fr. 375 40 et poursuit: «Le problème est que l’édition de Constans - t. IV, v. 28.014 - ne contient point, sauf erreur de notre part, cette leçon, ni dans le texte critique, qui porte «Petit i eüst de s’eguance», ni dans l’apparat placé au-dessous, ni dans les «Additions ... au t.IV», 444 ...». En réalité, il n’y a pas de problème: le ms. en question a bien vivance à cet endroit, comme il est facile de s’en assurer. II.A.111.26 l’assist] il aurait fallu corriger en s’assist. II.A.118.7 trechie] corriger en trenchie. II.A.118.12 M. B. a corrigé ge ne porrai eschaper mort du manuscrit en ge ne porrai eschaper a mort, mais la leçon originale est parfaite (cf. mort eschaper dans T-L, AW 3,846). II.A.130.6-7 Le lecteur pourra être surpris de la phrase Triste sunt e courrouciez qe c’est departement, et en effet le manuscrit porte de là où M. B. lit qe; on éditera donc de cest departement. II.A.157-184.1 La note sur Daguenet est un complément récent de la partie correspondante du chapitre IX.3. (71-2) de l’introduction; elle repose en majorité sur les pages correspondantes de Fritz 1992 41 ; l’éditeur n’a pas modifié la partie de l’introduction qui traitait ce personnage, rédigée dès avant la parution des publications de J.-M. Fritz, et n’y a même ajouté la référence à celles-ci que dans la note, sous la forme «On complètera les références bibliographiques de notre Introduction (voir ci-dessus, IX.3 Les personnages ...) par les Besprechungen - Comptes rendus 320 42 En réalité, M. B. analyse ces manques comme un fait phonétique (dénasalisation), cf. p. 115, mais cette interprétation nous paraît trop coûteuse pour être admise comme un fait donné et sans justification. 43 M. B. n’a sans doute pas pu voir cette édition, achevée d’imprimer en septembre 2015, avant de publier la sienne. travaux de Fritz (1990; 1992)». Il nous semble qu’il aurait été possible d’intégrer synthétiquement les matériaux et les réflexions tirés de Fritz dans cette partie de l’introduction plutôt que de les laisser isolés. II.A.160.2 On peut lire les lettres lau puis une autre lettre encore est illisible; la solution de l’éd., l’aut’ (l’aut’ chevalier) est invraisemblable. II.A.161.17 il avoit a no] le manuscrit porte bien non, mais même dans le cas inverse il aurait fallu corriger. II.A.160.29 Les mots si grant ont été imprimés deux fois par erreur. II.A.164.6 Le point placé entre mort et Ceste sépare la subordonnée (puis q’il vos crioit merci ...) de la principale, et doit donc être remplacé par une virgule. II.A.172.10 qar au moisne feroit ccortoisie grant qi donroit aide a un tel home cum est cestui. On ne sait pas comment le texte édité doit être compris, mais celui du manuscrit ne pose pas de problème: le premier des deux c du mot ccortoisie (qui serait une curiosité notable) est en réalité un e, et on a donc qar aumoisne feroit e cortoisie grant, où les locutions faire aumône et faire courtoisie, de sens proche en contexte, sont coordonnées. On regrette quelques corrections superflues (le mot parole doit-il vraiment être ajouté en II.A.145.21-22? ) mais dans l’ensemble c’est plutôt un conservatisme excessif qui peut gêner la lecture, comme dans les cas où manque dans le manuscrit la barre de nasalisation (nous en avons cité quelques exemples typiques plus haut, mais il y en a d’autres) 42 ou une lettre finale (p.ex. tordr II.A.173.18), ou dans le cas de répétitions de segments de texte (II.A.198.27), et où l’on peine à voir pourquoi la correction n’a pas été apportée. L’éditeur en vient aussi parfois à éditer, sans commentaire, un texte incompréhensible, sans d’ailleurs que le manuscrit l’impose toujours. L’habitude de placer une virgule avant le pronom relatif ou entre propositions principale et subordonnée pourra gêner le lecteur, comme celle d’écrire en deux mots atout, anuit, qelqe. 12. Le glossaire (927-54) est étendu. Il serait possible de lui donner quelques compléments ou d’en ôter certaines entrées moins intéressantes. Un «index des noms propres, des anonymes et des lieux» donne très utilement des références complètes, et il faut remercier l’éditeur pour ce gros travail. 13. La présence d’une deuxième partie plus hétérogène est difficile à justifier, et son utilité paraît moins grande que celle du reste du volume; elle est neuve, puisqu’elle ne figurait pas dans la thèse de 1985. Il s’agit d’une somme d’informations portant sur le manuscrit Ferrell 5, et plus particulièrement sur la Continuation du Roman de Meliadus qu’il contient; elle aurait tout son sens dans une édition de ce texte, mais on n’a de celle-ci qu’une petite partie, qui n’en offre qu’une sorte de présentation préliminaire. Enfin, et malgré les liens qui l’unissent à la Suite Guiron, il s’agit bien d’un texte distinct, qui n’avait pas spécialement vocation à figurer dans le même volume que l’édition partielle de celle-ci. On se permettra aussi de suggérer que, dans le cas de ce cycle en très grande partie inédit, il n’était pas urgent de donner de nouvelles éditions de textes déjà publiés, parfois plusieurs fois. Ainsi l’extrait III a déjà été édité par Wahlen 2010 et par Lagomarsini 2015 43 , les extraits VI et VII par les deux mêmes, ainsi que XII et XIII; les numéros I-II, IV-V, VIII-XI, XIV-XXXIV, XXXVI-XLVI et XLVIII-LI contiennent des analyses et de courtes citations du texte seulement: le choix Besprechungen - Comptes rendus 321 44 «Nous avons édité in extenso les pièces versifiées de la Continuation, particulièrement intéressantes par les moyens stylistiques déployés» (viii). 45 Les renvois qu’y fait l’éd. p. viii et 1174 et indirectement p. 1173 sont trop peu clairs. 46 Pour la correspondance entre certains des fragments et le texte du ms. Ferrell 5, on ajoutera une référence à Morato 2010: 15N. 47 M. B. a peut-être eu le même sentiment, et cela expliquerait qu’il ne mentionne pas l’existence de l’analyse de Wahlen. d’éditer les insertions lyriques 44 paraît donc peu rentable, puisque seul les numéros XXXV et XLVII (qui sont il est vrai les plus longs) constituent de nouvelles éditions. Ces deux extraits permettent d’insérer des textes déjà publiés par Monica Longobardi 45 dans la trame narrative 46 , et de mieux les comprendre, et accroissent également la portion du texte éditée. Cela excepté (44 pages d’édition, ou une douzaine de folios), il reste une analyse des folios 217-88 du manuscrit Ferrell. Mais précisément, Barbara Wahlen avait donné une analyse de ces mêmes folios 217 à 288 dans sa thèse de 2010 (p. 393 s.) et on ne comprend pas du tout pourquoi il était nécessaire de refaire ce travail 47 . Mais ce n’est pas la seule occasion où la thèse de Barbara Wahlen est curieusement négligée: toute sa troisième partie (p. 175-280) est consacrée à la continuation du Roman de Meliadus du ms. Ferrell 5, dont elle propose une étude littéraire, une analyse et une édition partielle, tandis que M. B. en propose, dans la deuxième partie du volume recensé, une étude littéraire et linguistique, une analyse et une édition partielle. On s’attend donc à ce que M. B. procède à des citations nombreuses et à une discussion serrée de l’ouvrage de celle qui l’a précédé. Or, celle-ci est à peine mentionnée: en N54 (p. 982), pour signaler l’adoption du titre qu’elle a proposé, ou pour indiquer des divergences de lecture ou d’interprétation dans les pièces lyriques qu’elle avait déjà éditées: à ce moment, le lecteur, s’il ignore l’existence de l’édition précédente, restera sans doute interdit, M. B. n’ayant pas pris la peine de signaler l’existence de celle-ci. Un tel silence ressemble moins à la conséquence fortuite d’une différence d’approche de l’étude littéraire qu’à une damnatio memoriae, dont les causes restent obscures. M. B. a parlé plusieurs fois du manuscrit Ferrell 5, mais il donne ici pour la première fois une histoire complète du manuscrit, qui repose sur une très bonne information bibliographique. Il aurait pu informer le lecteur du fait qu’une histoire complète du manuscrit, très bien informée bibliographiquement, avait déjà été donnée par B.Wahlen 2010: 44-52; cela lui aurait permis de signaler une divergence d’interprétation: pour M. B., il est établi (978) que le ms. Ferrell ne fait qu’un avec celui que possédait François Gonzague en 1407, alors que Wahlen tire des mêmes faits une conclusion inverse (2010: 46). En l’absence d’une discussion explicite de cette divergence d’opinion et des arguments avancés par Wahlen, on ne pourra pas considérer que la question est décidée. Le silence de M. B. va en réalité plus loin que ce qu’on attendrait dans le cadre d’une publication scientifique. A la p. 1183, le début de la note aux §180-3 de l’édition partielle du manuscrit Ferrell a la forme suivante: «Ce deuxième conte de la ‹plus grande peur›, raconté par le Bon Chevalier sans Peur, semble entretenir des rapports étroits avec le récit publié par nous ci-dessus (I ère Partie, B., Les textes, t. I. §86-130) et tiré du manuscrit A(2). Voir Bubenicek 1993, et ici même II ème partie, II.2.2 ... Réflexion faite, suite à une comparaison attentive des textes dont nous disposons, il nous semble que l’auteur de G a combiné les données des deux récits fournis par A(2), celui de la ‹délivrance de Marc› par Lac et Yvain aux Blanches Mains ... et celui narré par un vavasseur ...». Le lecteur croit devoir comprendre que cette mise en rapport vient de V. Bubenicek, et qu’il l’a exprimée dès 1993. Or, l’article de 1993 ne fait aucune allusion au manuscrit Ferrell et n’a donc pu établir aucun rapport avec lui. A notre connaissance, l’idée que le récit du manuscrit Ferrell provient de celui de A(2) (§I.86 s.) Besprechungen - Comptes rendus 322 48 Ce deuxième paragraphe semble représenter un état rédactionnel postérieur au premier. 1 Titre emprunté au livre célèbre de Nathalie Sarraute 1956. a été exprimée pour la première fois par B.Wahlen 2010: 218-19, qui aurait donc dû être citée ici. Le deuxième paragaphe de la note de M. B., qui commence par les mots «Réflexion faite» (cf. citation ci-dessus) 48 , représente, sur la base de l’identification de B. Wahlen, un état plus avancé de la discussion, qui utilise l’existence d’un autre texte dérivé déjà présent dans A(2) lui-même (ce texte dérivé a été identifié comme tel par M. B. en 1993) pour reconnaître une seconde source. Pour Wahlen, la Suite Merlin représenterait une source supplémentaire, directe ou indirecte, du manuscrit Ferrell. Pour M. B. qui, contre Roussineau (cf. ci-dessus N31), pense que la Suite Merlin s’inspire du récit de Guiron figurant dans A(2), il n’y avait pas à examiner l’éventuelle influence de celle-ci sur le récit du manuscrit Ferrell. Mais ce n’est que cette deuxième étape de la réflexion de M. B. qui représente un apport original. On en vient donc à se demander quels sont, dans cette deuxième partie du volume, les éléments vraiment neufs et quels sont ceux qui avaient déjà été découverts et présentés par d’autres savants. 14. En conclusion, nous devons nous avouer déçu par cette publication. Il n’est certes pas question de douter du fait que ce volume rendra des services, que le travail de transcription de deux manuscrits (A(2) et T) a été important et le plus souvent bien réalisé, ni que le texte a été en général compris par l’éditeur; mais ni l’édition du texte lui-même ni les compléments qui l’entourent ne sont vraiment satisfaisants. L’édition contient plus d’erreurs et de problèmes d’interprétation qu’on ne l’attendrait, y compris dans un texte long comme celui-ci, et même si elle venait à être achevée un jour elle ne pourrait donc pas être considérée comme fournissant une base stable et sûre aux travaux futurs sur Guiron. Mais c’est surtout l’usage de la bibliographie dans l’introduction et les commentaires qui crée une gêne: indépendamment même du problème moral qui s’attache à la dissimulation, plus ou moins complète, de l’existence de toute une part de la recherche récente, l’utilisation trop réduite (qu’elle soit avouée ou non) du progrès de nos connaissances sur Guiron durant les dix dernières années fait que, dès sa parution, ce volume ne représente plus l’état actuel de la science. Yan Greub H Réplique de l’auteur au compte rendu de M. Greub 0. Monsieur Yan Greub m’ayant adressé, «par courtoisie», son compte rendu de mon édition de Guiron le Courtois avant parution dans Vox Romanica, je remercie la rédaction de la revue de me laisser répondre à ce texte souvent injuste et parfois diffamatoire, à mon avis. 1. «Ère du soupçon» 1 Le postulat de Yan Greub (plus loin Y. G. ou M. G.) est simple: une étude publiée en 1985 - date de la soutenance de ma thèse de 3 e cycle qui forme, modifiée (j’y reviendrai), la 1 re partie du volume de 2015 - doit nécessairement avoir profité des travaux parus entre temps; aussi se livre-t-il dans son compte rendu, surtout quand cela l’arrange, à une comparaison systématique entre les deux textes dans le but de démontrer que j’ai profité des travaux Besprechungen - Comptes rendus 323 2 L’achevé d’imprimer du volume de B.Wahlen date de novembre 2010. 3 Édition partielle du Roman de Meliadus, 1 re partie de Guiron le Courtois, à paraître chez Champion, C.F.M.A. 4 C. Lagomarsini (ed.) 2014: Les avantures des Bruns. Compilazione guironiana del secolo XIII attribuibile a Rustichello da Pisa, Firenze. 5 C. Lagomarsini (ed.) 2015: Lais, épîtres et épigraphes en vers dans le cycle de Guiron le Courtois, Paris. 6 CR, sect. 1, 2, 3, 4, etc. Ce n’est que dans une de ses dernières notes (N43) que Y. G. admet que je n’ai «sans doute pas pu voir» l’édition de 2015! 7 Ph. Ménard, rapporteur; E. Baumgartner, présidente; J. Cerquiglini-Toulet, G. Roussineau, D. Quéruel, M. Pfister, membres. 8 Cf. ma note 7. de mes devanciers sans m’y référer. Or, ayant envoyé mon manuscrit complet à Niemeyer, Tübingen (racheté par W. de Gruyter), début de 2012, si j’ai eu le temps d’utiliser des parties des thèses de S.Albert, B.Wahlen et N. Morato, parues en 2010 2 et en rapport direct avec la présente publication qui, je le souligne, est avant tout une édition de textes, j’avais bien été obligé de laisser de côté, pour la faire paraître ultérieurement 3 , la discussion détaillée des travaux précités. Je pouvais, par conséquent, encore moins mentionner les publications de C. Lagomarsini, parues, respectivement, en 2014 4 et 2015 5 , manques que M. G. me reproche à plusieurs reprises 6 . Ce qui frappe donc constamment tout au long de ce compte rendu est le soupçon que Y. G. fait peser sur toutes mes déclarations. Un exemple parmi tant d’autres: commentant un passage de mon livre où je décris le texte particulier du ms. de l’Arsenal comme «une véritable troisième branche du roman» de Guiron le Courtois (VII), Y. G. (CR, section 4) met en doute ma bonne foi en affirmant en effet que «cette idée a d’abord été exprimée publiquement par d’autres» (il se réfère, notamment, au travail de S.Albert 2010). Or, mon texte ne fait que reproduire, quasi textuellement, ce que j’ai écrit dans la Synthèse du Travail en vue de l’habilitation à diriger les recherches (18-20), thèse soutenue en Sorbonne en 1998, et que tous les membres de mon jury 7 doivent encore posséder. Toujours à l’affût de quelque «larcin non avoué» - on jugera de son acharnement au ton employé dans l’aveu suivant «Il est certain que tout dans ce chapitre ne vient pas des travaux de Cigni» (CR sect. 4) -, l’auteur de la présente recension conclut, à propos du même passage: «l’idée que François de Gonzague aimait prêter ses livres [Bubenicek 2015: 31] vient probablement de Wahlen 2010: 47». Désolé de démentir, une fois de plus, Y. G.: mon texte, très différent de celui de B.W. a été, pour l’essentiel, rédigé dès avant 1998: voir la Synthèse citée ci-dessus, 26 8 . On trouvera la référence à ce même volume dans mon article de 1998 intitulé «Quelques figures de Rois-chevaliers errants dans le roman en prose de Guiron le Courtois», Bien dire et bien aprandre. Revue de médiévistique. La figure du roi, vol. 1, Lille 1998: 54 N24. Curieusement, cet article qui recoupe un chapitre de la thèse précitée de B.W. (2010, voir chap. IV, consacré aux «rois-chevaliers»: 139-74) contient des rencontres sémantiques troublantes, comme celle qui fait dire à l’auteure de la thèse que «Pharamond, Marc et Méliadus ne sont rois qu’à mi-temps» (142), alors que dans l’article précité, antérieur d’une douzaine d’années, j’use d’une formule assez voisine, parlant « [des] rois ... chevaliers ... à temps partiel» (60). J’ajouterais que B.W., qui fait preuve d’une riche documentation, trouve le moyen de ne pas citer mon article, portant sur le même thème, une seule fois ... Par conséquent, si je poursuivais le même raisonnement que mon critique, devrais-je déduire de ce que je viens de signaler que B.W. a «dissimulé» les sources de son développement? Pareillement, à propos d’un épisode de la Continuation du roman de Meliadus, où l’on voit, à l’intérieur d’un cycle de contes, racontés par des chevaliers et portant sur la «plus Besprechungen - Comptes rendus 324 9 Marchal, R./ Guidot, B. (ed.) 1993: Lorraine vivante. Hommage à Jean Lanher, Nancy: 285-99. 10 Wahlen, B. 2010: L’écriture à rebours. Le roman de Meliadus du XIII e au XVIII e siècle, Genève: 393-416. 11 Bubenicek, V. 2015: xxxv, 180-83. 12 I. désigne le tome, A le ms., en l’occurrence, celui de l’Arsenal 3325; 47.5-6 renvoie au § et aux lignes de mon édition. 13 Titre partiel d’un article de R.Trachsler 1994: «Brehus sans Pitié: portrait-robot du criminel arthurien», CUER-MA, Aix-en-Provence: 527-42. grande peur» vécue par eux, le récit du Bon chevalier sans Peur, Y. G., se fondant sur ma méconnaissance du ms. Ferrell 5 lors de la rédaction d’un autre de mes articles, «Du bûcher à l’exposition au froid: avatar d’un motif hagiographique. Guiron le Courtois et la Suite du Merlin» 9 , déclare que «l’idée que le récit du ms. Ferrel provient de A(2) (§I.86 s.) a été exprimée pour la première fois par B.Wahlen 2010: 218-19». Il suggère donc que dans la note aux §180-83 (1183), j’ai omis de citer B.W. après m’être inspiré d’elle. Si, dans mon travail de 1993, je n’ai rapproché que trois textes contenant le motif (que j’ai nommé «le châtiment d’un homme adultère par exposition au froid»), dès juillet 2008, au 22 e Congrès international de la Société arthurienne, tenu à Rennes, j’ai présenté une communication approfondie sur la Continuation où j’ai abordé, entre autres, le problème du personnel de ce texte, de son héros ... et de la «chronologie du roman», calendrier dont on trouve quelques traces dans l’Analyse que B.W. a faite dans sa thèse de 2010 10 . Préparant, dès avant 2008, l’édition partielle et l’Analyse de la Continuation, y compris celle du récit de la plus grande peur du Bon Chevalier sans Peur 11 , récit ici incriminé, j’ai donc été en mesure de poursuivre ma réflexion, et, pour reprendre une expression de mon «(re)censeur», utilisé à mon endroit, je n’ai pas attendu B.W. pour écrire que le texte du ms. 3325 est à la base du développement de la Continuation contenue dans Ferrell 5. Le problème majeur que me semble soulever une recension comme celle de Y. G. est que, partant des travaux antérieurs - dans le cas mentionné ci-dessus de F. de Gonzague, prêteur éclairé de romans, il s’agit, bien sûr, des études de Bertoni, de Novati et al. - ou dans le cas de la filiation du conte du Bon Chevalier sans Peur de la Continuation - du texte manuscrit, on peut exprimer, indépendamment l’un de l’autre, une même idée ... M. G., enfin, atteint le sommet dans ce domaine en s’attaquant à ma note à I.A.47.5-6 12 , «tout un petit article sur ... Brehus sans Pitié» (CR, sect. 11). La longueur lui en paraît excessive; c’est que, ne voulant pas trop remanier mon texte relatif à la «Valeur littéraire» de l’œuvre éditée (chap. IX), j’avais décidé de consigner dans les notes les progrès de la critique littéraire. Il était donc normal que mon développement prît la forme d’une synthèse des connaissances récentes, texte où j’avais mis à contribution plusieurs chercheurs s’étant intéressés au personnage du «criminel arthurien» 13 , que je cite aussi souvent que possible. Or, mon contradicteur s’évertue à me trouver en faute de «copie», au sujet de l’article précité de R.Trachsler. La démarche eût été, il me semble, légitime si l’étude de l’un des directeurs du «groupe Guiron» avait été utilisée sans avouer son origine, mais R.T. est cité au moins 8 fois! Est-il utile, dans ces conditions, de me «pister» en cherchant à trouver des expressions communes, un ordre identique d’œuvres citées, voire des erreurs prouvant que je m’étais servi - ce que j’avoue fort volontiers - du travail de mon collègue de Zurich? Je déplore, toutefois, que ce développement inutile ait permis à M. G. de passer sous silence l’originalité de ma contribution relative à Guiron le Courtois, après un «socle commun» où je résume, non sans discernement, ce qui a été fait avant moi. En conséquence, j’estime que la formule dont use Y. G. en tête de sa critique - «un ... article ... certainement intéressant ...» - ne rend pas bien compte de la réalité. Besprechungen - Comptes rendus 325 14 Il y a, certes, quelques critiques positives mais elles sont noyées dans une masse de jugements négatifs; c’est un «mais» correcteur, modérateur qui fait lien entre les deux espèces d’affirmations. 15 Le jury d’alors avait comparé mon travail à une thèse d’État. 16 Pour une autre répartition de la matière narrative, voir Morato 2010: 191 N7; où situe-t-il sa «ligne de partage des eaux»? sa partition du texte s’accompagne-t-elle de quelques signes que Y. G. me reproche de ne pas trouver? Sauf erreur de ma part, il ne semble pas les indiquer. 2. Une mauvaise foi. Le c.r. de Y. G., quasi constamment négatif à mon égard 14 , use, pour rabaisser mon livre et pour mettre en valeur les travaux du «groupe Guiron», d’une exagération permanente. 2.1. Ainsi, lorsqu’il s’étonne qu’«une partie seulement de ce dernier texte» (c’est-à-dire de ce que N. Morato avait appelé «la Suite Guiron») fasse l’objet de la présente publication (CR, sect. 2, N10). Cette partie éditée représente, tout de même, plus de la moitié du texte particulier que renferme le ms. Ars. 3325, et il me paraît quelque peu indécent d’en demander plus à une thèse de 3 e cycle ... 15 2.2. Si le titre de Guiron le Courtois. Roman arthurien en prose du XIII e s. figurant sur le premier plat de la couverture du volume est un titre générique qui renvoie au «cycle» de Guiron, voici mon lecteur rassuré, trouvant, dès le deuxième plat, l’indication précise qui fait état de la «troisième branche» de l’œuvre, éditée présentement, ce qui n’induit point en erreur, comme l’affirme le CR (sect. 2). 2.3. «La répartition du texte» entre deux tomes n’aurait pas «d’autre effet que de compliquer les renvois», déclare Y. G. (CR, sect. 3), tout en reconnaissant, quelques lignes plus loin - voici un de ses repentirs fréquents, ici introduit par un «si» adversatif -, que «le récit ... connaît ici (entre les deux tomes) ... une importante articulation». Mais outre que tout le 1 er tome converge vers le combat judiciaire du Pont Norgalois (cf. I.A.1.3,8; I.A.306.1), le dernier § du tome I est marqué par le départ d’Yvain aux Blanches Mains, personnage qui n’a pas quitté la scène pendant ce premier tome ... Quant au tome II, s’il n’a pas l’unité particulière, il se termine tout de même par la formule canonique, propre aux romans en prose «Mes atant leisse ore li contes a parler d’eaus et retorne» (II.A.199.9-10). J’ajouterai que la rédaction du §1 du tome II a la forme d’un «sommaire», à défaut de la formule «Or dit li contes que», en reprenant l’information précédemment énoncée 16 . Si j’ai parlé d’«une deuxième unité» (IX.1.1: 48), désignant ainsi le futur tome III de l’édition, c’était pour rapprocher celle-ci du tome I, car tous deux, l’actuel tome I et le futur tome III, sont construits sur un même mouvement, à savoir un déplacement vers une rencontre chevaleresque (tournoi de Louverep pour le tome III). 2.4. Autre point controversé: il y aurait «absence d’une présentation complète de la matière narrative» (CR, sect. 8). Je soulignerai ici le caractère de mon travail qui est, avant tout, une édition de textes. Comme tel, il se devait de décrire principalement les manuscrits utilisés, ce qui est fait, il me semble, dans le détail, et figure clairement à la «Table des matières» (chap. X Les manuscrits, une description: 85-90, et XIII Variantes et apparat critique de l’édition: 170 s.). Pour situer le texte du ms. de l’Arsenal (A(2), j’ai fourni, p. 14, un rapide tableau des autres «versions», où je donne, en note, toute la bibliographie récente les concernant. Le ms. F (Morato Fi), Florence, Ash. 123 étant d’une grande complexité, j’ai préféré renvoyer le lecteur au tableau complet donné par R. Lathuillère dans son ouvrage fondamental, me réservant un tableau plus restreint, limité aux 7 sections (sur 10) de ce codex, éditées présentement (88 N351). Il faut, certes, consulter les renvois que nous donnons dès que F s’écarte du texte de A(2); p.ex. - et je réponds à une objection de Y. G. au sujet de la difficulté «de s’y retrouver» (CR ibid.) - ce qui précède dans F avant le §I.131 est non seulement indiqué par Besprechungen - Comptes rendus 326 17 Il se réfère à mon article paru en 1998: «À propos des textes français copiés en Italie: le cas du roman de Guiron le Courtois», Atti del XXI Congresso Internazionale di Linguistica e Filologia Romanza, vol. 6, Tübingen: 59-67. 18 Selon P. Collomp 1931: La critique des textes, Paris: 121-22, «le choix des sigles [doit être] logique et tradui[re] le classement des sources». 19 Cf. ci-dessus, N17. 20 Cf. ci-dessus, N4. la Na (323), mais déjà à I.F.86.1 Na (256), note qui comporte un double renvoi: à l’App. III et aux §131 à 137 de A(2). Si ce système est d’une certaine complexité, il ne fait que refléter celle du ms. Ashburnham 123. 2.5. Un problème lié au précédent est celui des sigles désignant les manuscrits. Si dans la présente édition j’utilise la nomenclature de R. Lathuillère - le lecteur trouve les indications à ce sujet, comme déjà signalé, aux chap. X et XIII -, il m’arrive d’employer une gamme différente lorsque je me réfère à mon édition du Roman de Meliadus, objet de ma thèse d’habilitation de 1998. Lorsque N. Morato, en 2010: 6, critique ma façon de nommer mes manuscrits par «le lettere progressive dell’alfabeto latino» 17 - fait auquel fait allusion Y. G. (CR, sect. 5) - au nom de la «pénibilité» d’un tel usage pour le lecteur et au prétexte que l’alphabet latin n’est pas suffisamment étendu pour désigner tous les manuscrits du cycle, on n’est évidemment pas obligé de s’incliner, même si Y. G. a tendance à présenter les travaux de N. Morato et al. comme un modèle à suivre. Le choix du système alphabétique permet, me semble-t-il, au contraire d’introduire une certaine hiérarchie entre les ms., en fonction de leurs qualités respectives 18 , manuscrits qui, pour la partie éditée du Roman de Meliadus, ne sont pas trop nombreux. Introduire ce système ne me paraît donc pas «compliquer et embrouiller les études guironiennes de manière irrémédiable», comme le déclare, avec quelque emphase, Y. G. à la fin de la sect. 5 de son CR; l’essentiel est de donner les correspondances entre sigles. 2.6. M. G. me fait, par ailleurs, un mauvais procès lorsqu’il parle, à propos du tableau commenté ci-dessus (cf. supra, 2.4.), d’«un tableau ... entaché d’autres erreurs» CR., sect. 8), alors qu’il n’y en a qu’une seule: à la 3 e ligne, il faut lire «83a» au lieu de «82d»! 2.7. Par ailleurs, il déclare, de manière péremptoire: «Ces informations sont d’ailleurs rendues douteuses par le fait que dans l’édition il n’y a pas d’édition du §132 de F ... (CR, ibid.)». Or, ce passage, non introduit dans ce ms. par un alinéa, est signalé à I.F.131 Nd.: 324. 2.8. Plus haut (CR, sect. 3), Y. G. déplore que «Le système des renvois ne [soit] pas toujours univoque»; suit un seul exemple, et encore est-il injuste. En effet, s’il est normal de renvoyer aux lignes du texte critique publié, il est tout aussi normal de renvoyer aux variantes des ms. de contrôle en utilisant aussi un système «chiffré», mais précédé de la mention «var.». C’est ce qui se passe à la p. 33 que M. G. a mal lue: ce n’est pas «118.13», comme il l’indique, mais «... T, var.118.13»! 2.9. Enfin, à mon avis, M. G. se laisse emporter par l’emphase lorsqu’il fait état (sect. 3 de son CR) des «dizaines de pages» écrites par N. Morato «sur la Suite Guiron», texte présentement édité par moi. Si je ne m’abuse, le chercheur italien a consacré à ce texte les p. 185 à 207 de son travail de 2010, soit 22 pages au total, que j’ai eu tort de ne pas citer, je le reconnais. En revanche, je trouve fort discourtoise sa manière de comparer mes «quelques pages» sur la tradition manuscrite du Roman Meliadus 19 - qui ont été, certes, utilisées par les spécialistes, en dépit de leur taille réduite, mais assez comparables à ce que N. Morato a rédigé sur notre Suite -, aux «études immenses de Morato 2010 et Lagomarsini 2014» 20 . Besprechungen - Comptes rendus 327 21 G. Roussineau (éd.), La Suite du roman de Merlin, 2, 546.12-16, et ci-dessus N9. 22 Cf. notre éd. du Roman de Meliadus, t.I,28, 13-16 (à paraître chez Champion); B.Wahlen, quant à elle, ne fait pas appel à Cligès et interprète l’épisode différemment: Wahlen 2010: 144-45. 23 Quant à la référence à F. Lot 1954: 211 N5 (cf. CR, sect. 6 N26), elle pose le problème plus ou moins général de l’usage des anagrammes, comme en témoigne, au reste, le libellé de ma N72, p. 13, et ne prétend pas, évidemment, résoudre notre problème ... 24 Ch. Bruneau (éd.) 1929: La Chronique de Philippe de Vigneulles, vol. 2, Metz: 38. 3. De quelques erreurs ... 3.1. Lorsque Y. G. écrit (CR, N5) que «c’est l’édition proprement dite qui correspond exactement à la publication de la thèse [de 1985]», il se trompe: non seulement l’introduction a été remaniée, et cela non «passablement», mais l’apparat critique a été revu (variantes), des notes - elles étaient absentes de l’éd. de 1985 - ajoutées, mettant le texte au courant des travaux récents, le glossaire - curieusement laissé de côté - augmenté. 3.2. Dans son commentaire du «rayonnement ... de la Suite Guiron» (ch.VI: 26; CR, sect. 6), Y. G. interprète inexactement mes propos. Soulignant les «incohérences» de la Suite (Huth) de Merlin à propos du motif de «l’exposition au froid», je note l’absence de l’effet du froid sur le cours d’eau situé à proximité, alors que ce même froid rend les «voies dures de la gellee», et le romancier suggère même que la victime, en l’occurrence Baudemagus, aurait pu s’y jeter ... 21 Comme la présence de la glace qui empêche la noyade de la victime, occupe la position centrale du motif, je considère le récit de la Suite Merlin comme secondaire par rapport à celui de A(2) - cf. notre éd., I.A, F.86-130 - et renvoie le lecteur au tableau comparatif, p. 1183-86. 4. ... et de quelques critiques injustes. 4.1. Pour prouver que la «mise à jour de la bibliographie était parfois superficielle» (CR, sect. 3) - ce qui ne l’empêche pas d’avouer, quelques lignes plus loin, qu’elle est «très riche et maîtrisée» -, notre critique recourt à deux ex.: d’abord il me fait grief de me servir encore de l’Analyse de Löseth, au lieu de renvoyer à l’éd. de R. L. Curtis, sans remarquer, tout à côté (22 N115), qu’une double référence renvoie à l’édition moderne (celle de G. Roussineau) et à l’édition ancienne (celle de J. Ulrich et de G. Paris) de la Suite Merlin, puis me reproche de citer la Syntaxe de Ph. Ménard dans son édition de 1973, ce qui peut paraître ridicule ... 4.2. Ce qui me paraît beaucoup plus grave est le fait que, parfois, Y. G. balaie d’un revers de la main, et sans les discuter, certaines affirmations qui ne lui conviennent pas car elles ne doivent pas «cadrer» avec l’opinion reçue du «groupe Guiron». 4.2.1. Ainsi du rapprochement fait entre Cligès de Chrétien de Troyes et notre roman (10- 11) 22 ; ainsi encore des rapports possible entre Alfasar, nom d’un frère d’Esclabor, héros du début du récit, et le sultan Al-Asraf, taxés d’«illusoires» (ibid.: 12-13), argumentation serrée qui a bénéficié des avis d’un spécialiste (cf. 13 N75) 23 . La conclusion de Y. G. est significative (CR, sect. 6): il veut démontrer que la présente étude n’a rien apporté de neuf et qu’on en est toujours au même point, et écarte, par là même, presque tout lien avec l’Italie méridionale. 4.2.2. La même visée - nier sans preuves des contacts avec les milieux impériaux - semble inspirer le commentaire de la note à II.A.100.37 (CR, sect. 11), concernant la cérémonie de le nuyt de Noël 1356, se déroulant à la grande église cathédralle de la cité [de Metz], où l’empereur Charles IV chantait la VIIe lisson de matine, tenant l’espee au poing toucte nue ... 24 Besprechungen - Comptes rendus 328 25 22 e Congrès international de la Société Arthurienne, juillet 2008. 26 M. G. mentionne «de courtes citations ... seulement»: CR, sect. 13. 27 Cf. D.Trotter (ed.), Manuel de la philologie de l’édition, Berlin, 2015: 56 N25, et ci-dessus, N. 6. 28 Mon jugement paraît d’ailleurs s’accorder avec les réserves de R.Trachsler 2014: «Nouvelles recherches sur Guiron le Courtois. À propos de trois livres récents», R 140: 234 N8, et celles de C. Lagomarsini 2015: 184-87 (cf. ci-dessus, N5). 4.3. Ce qui est dit, à la N45, au sujet de «peu de clarté» des renvois à des textes «déjà publiés par M. Longobardi» - il s’agit des passages de la Continuation du Roman de Meliadus, que l’éditrice ne pouvait pas identifier - est fort malveillant: se reporter aux p. 981-82 de mon livre (I.2 Les fragments «Longobardi»), et, surtout, à la N57, qui donne les dimensions exactes de ces morceaux. Comment pourrait-on être moins obscure? Paradoxalement suit, tout aussitôt, un passage qui se félicite de la publication de ces textes, insérés, désormais, dans leur «trame narrative» (CR, sect. 13). 4.4. Mais, d’une manière générale, Y. G. a du mal à accepter la seconde partie de mon édition consacrée à la Continuation. Après avoir évoqué la «difficile justification» de sa présence au sein du volume - ses notes mêmes l’expliquent par les «liens qui unissent son texte à la Suite Guiron» (ibid., et supra dans le CR), il essaie de rabaisser l’importance de cette publication: il s’agirait d’une édition d’«une petite partie», qui représente, tout de même, d’après mes calculs, quelque 20% du texte ... Pour l’édition versifiée, voir infra, le point 4.5.2. À propos de l’Analyse de la Continuation, Y. G. estime qu’«il [n]était [pas] nécessaire de refaire ce travail»; mais je ne l’ai pas refait puisque j’ai dû travailler en même temps que B.W., comme en témoigne ma communication au Congrès de Rennes 25 et que, de toute manière, un simple coup d’œil sur nos deux textes permet de voir la différence: 35 p. au total pour B.W., 120 pour moi, éditions partielles comprises, sans parler de larges citations 26 du ms. Ferrell, qui expliquent l’ampleur de cette section. Enfin, à en croire Y. G., «le [pauvre] lecteur ignore[rait] l’existence de l’édition précédente»; pourtant le livre de B. Wahlen est signalé dès la p. vii N27 de l’Introduction et, surtout, à la Bibliographie, section «I.1.1 Analyses et extraits [de Guiron le Courtois]», p. 1242, en ces termes: «Wahlen, B., L’Écriture ... Le Roman de Meliadus ... (analyse ... 393-416; ... choix de textes, 439-472)». 5. Absence ou refus de la discussion. Tout au long de son CR, Y. G. me reproche de dissimuler les travaux récents «d’une équipe de jeunes chercheurs» 27 ou de refuser d’entrer en discussion avec eux. Comme je l’ai signalé précédemment, j’ai discuté ou cité les publications parues en 2010 ou avant lorsque ces dernières concernaient directement mon édition de la Suite Guiron ou celle de la Continuation du Roman Meliadus. J’en veux pour preuve deux exemples: 5.1. M. G. me rend coupable de ne citer Fabrizio Cigni «qu’une seule fois» à propos d’«un point d’extrême détail» (CR, sect. 4); or ce que le «recenseur» omet de dire, c’est que M. Cigni est non seulement cité mais, lorsque ses travaux touchent la matière même de mon édition, discuté: voir le développement que je consacre au ms. F, Florence, Ashburnham 123, dont l’origine est controversée, et au sujet duquel F. Cigni est cité six fois en trois pages ... (Bubenicek 2015: 88-90). De même, à propos de l’Arsenal 3325 (A(2), voir ibid., p. 86 N338. 5.2. Quant à B.Wahlen, j’ai dûment confronté son édition des pièces versifiées du ms. Ferrell 5, consulté directement à Cambridge, pour constater que sa publication pouvait être améliorée 28 , fait que Y. G. passe sous silence. Éditer ces pièces n’est donc pas une entreprise «peu rentable», comme il le pense (CR, sect. 13), mais nécessaire. Besprechungen - Comptes rendus 329 29 Chose surprenante: Y. G. paraît ignorer l’édition du ms. F, pourtant mis au même niveau que A(2): voir sa conclusion (sect. 14 du CR). 30 L’exemple allégué en conclusion de la section 11 du CR, un cas de répétition de segment de texte (II.A.198.27), me paraît relever d’un effet de style et doit être laissé. 31 Je relève, à ce sujet, que G. Roussineau, un éditeur chevronné, écrit a tout ‘avec’ en deux mots; voir La Suite du roman de Merlin, vol. 2, glossaire. 6. M. G. a passé au crible mon édition du texte de la Suite Guiron 29 , et la liste de ses remarques peut paraître longue (CR, sect. 11). Les faits de celle-ci n’étant pas classés, elle juxtapose, à côté des «trouvailles», des faits de ponctuation, sans porter atteinte à l’intelligence du texte édité; bourdons d’imprimeur, parfois pris pour des fautes de lecture ou mises sur le compte de mon «conservatisme» 30 ; la manière d’écrire les mots ensemble ou séparément 31 ; ou encore de ne pas corriger certains faits phonétiques, comme la dénasalisation, faits que j’étudie dans la partie réservée à la langue et auxquels je renvoie dans mes notes. Il y a, aussi, un certain nombre de problèmes que l’auteur du présent CR laisse sans solution. À la lecture de ce texte long, on se pose nécessairement la question de la finalité d’un travail aussi détaillé que celui que Yan Greub vient d’effectuer. En présence d’une «jeune équipe» s’occupant de Guiron, la réponse ne saurait être qu’univoque: tout reste à faire en matière d’études guironiennes ...! Venceslas Bubenicek H Dorothea Kullmann/ Shaun Lalonde (ed.), Réécritures. Regards nouveaux sur la reprise et le remaniement de textes, dans la littérature française et au-delà, du Moyen Âge à la Renaissance, Toronto (Pontifical Institute of Mediaeval Studies) 2015 (Studies and Texts 190) Dalle varianti manoscritte alle traduzione, dagli adattamenti ideologici alle metamorfosi strutturali o di genere, il Medioevo, e quello tardo in particolare, fu l’epoca che, più di ogni altra, mise al centro del proprio modus operandi la variatio, figura retorica che si situa al cuore stesso della sua concezione ideologica, ma anche e soprattutto letteraria. Scrivere trasformando i contenuti, modificando la forma, adattando ad un nuovo genere, ma anche recuperare espressioni, personaggi, caratteri per meglio situarli in una nuova temperie culturale e storica, furono, in quei secoli che ormai sappiamo essere stati tutt’altro che bui e per nulla incivili o «di ferro», ma anzi raffinatissimi e robustamente colti, operazioni che videro coinvolti non solo artisti dal dubbio carisma, ma anche veri e propri geni della creazione poetica o della scrittura in prosa. Il volume che qui recensiamo raduna quindici articoli che fanno luce su singole vicende testuali, ma che insieme fanno il punto delle nostre attuali conoscenze su queste prassi e sul loro sottofondo culturale e ideologico. Il contesto preso in esame dall’elegante volume curato da Dorothea Kullmann e Shaun Lalonde, è soprattutto di ambito e lingua francese, per quanto non manchino - ed anzi sono alcuni tra i più significativi interventi che vi possiamo leggere - scorribande in altri e diversi domini, fino a qualche articolo nel quale non manca neppure il taglio comparatistico che coinvolge le letterature portoghese, occitana e italiana, a dimostrazione di come la Romania fosse intesa come una grande unità culturale ben oltre quelli che siamo abituati a considerare i confini dell’epoca medievale e delle origini. Le specole da cui questa galassia è stata osservata sono state soprattutto quello delle tecniche di adattamento impiegate e della intertestualità, ma non mancano le indagini sui casi Besprechungen - Comptes rendus 330 di traduzioni multiple e sulle redazioni successive di un medesimo testo. Gli ambiti presi in considerazione sono soprattutto, invece, quelli romanzeschi ed epici, con un occhio di attenzione particolare rivolto alla letteratura narrativa, per quanto sia presente una intera sezione nella quale siano affrontate questioni inerenti alla storiografia, e perfino un contributo sulla preghiera religiosa. Il volume, raffinato e curato, raccoglie studi che furono presentati nel 2010 in occasione di un convegno tenutosi alla University of Toronto. Gli apporti sono raggruppati in tre sezioni: riscritture di romanzi cortesi in lingua d’oïl; réécritures di opere storiografiche e di canzoni di gesta nella tradizione francese; e infine la rielaborazione di materiale di provenienza originariamente oitanica o occitanica in contesto italiano o portoghese. La sola, felice, eccezione, a questo piano di lavoro è l’appassionante e informato studio che Franco Pierno dedica alle «Riscritture del Padre nostro in lingua italiana prima del Concilio di Trento nei volgarizzamenti biblici e in testi liturgici» (285-98). Nel corso del suo articolo lo studioso isola e identifica due diversi modi di volgarizzamento per un testo capitale come quello preso in esame. Accanto, infatti, ad un filone di pensiero, e di azione, di stampo più popolare, quale si evidenzia, ad esempio, nelle farciture presenti nei duecenteschi Memoriali bolognesi, e che tende a imporre espressioni e formule di uso corrente, che coinvolgono direttamente l’orante, si precisa anche l’esistenza di un filone più conservatore, che nelle sue réécritures preferisce ripercorrere con attenzione e precisione i moduli espressivi della Vulgata. La sola aggiunta che possiamo fare a questa encomiabile indagine è che ci si poteva augurare una scorribanda in territori extraitaliani, ricchi di farciture e di riscritture. Magari con qualche puntatina anche in terreni meno ortodossi di quelli prescelti (si pensi ad esempio, ai Padre Nostri eretici di cui abbiamo testimonianza tra Due e Quattrocento). La prima sezione del libro è dedicata all’evoluzione subita dai romanzi cortesi oitanici. Essa è aperta dall’articolo di Francis Gingras, «Les réécritures de Lancelot du Lac dans la longue durée: de la tradition manuscrite aux premiers imprimés», nel quale il percorso dell’autore si sviluppa lungo il filo che si dipana tra la consegna nei grandi manoscritti che conservano le versioni duecentesche del ciclo del Lancelot-Graal e le prime edizioni a stampa che ne vengono date nel XV secolo. Il risultato è lo svanire della figura di Lancelot e l’emergere di quella, ben meno romanzesca ma forse proprio perciò più adatta ai nuovi tempi, di Galaad. Non per caso queste avventure finirono per lungo tempo nel dimenticatoio, prima di essere ripescate nel XVIII e soprattutto nel XIX secolo. A sua volta Corinne Denoyelle, «Les dialogues dans la réécriture en prose d’Érec et Énide (XV e )», (28-52), si è chinata sul successo ottenuto dalla celebre opera di Chrétien de Troyes e dalle metamorfosi che essa ha subito dalle sue origini fino al Cinquecento. Partendo dalla considerazione che, di norma, queste riscritture si sono caratterizzate soprattutto perché «de l’ordre de la réduction et de la simplification» (28), l’autrice analizza nel dettaglio i cambiamenti che hanno interessato i dialoghi. Appoggiandosi su ricerche di ordine statistico-lessicale, evidenzia come nelle versioni in prosa del romanzo, il discorso indiretto lasci il posto a quello diretto, come spariscano vieppiù le repliche brevi, in una generale tendenza alla semplificazione e alla polarizzazione delle posizioni ideologiche, assai meno contrastanti nell’originale rispetto alle repliche e alle versioni successive, fino a concludere che «la relation du couple aux autres est ramenée à une simple opposition binaire du bien contre le mal» (51). I due successivi contributi sono dedicati ai romanzi cortesi di materia non arturiana. Annie Combes, «Entre déférence et différence, les ambiguïtés de la mise en prose dans Le livre des amours du châtelain de Coucy et de la dame de Fayel» (53-72), esamina la cinquecentesca versione borgognona in prosa (e cioè il Livre des amours du châtelain de Coucy et de la dame de Fayel) del modello poetico duecentesco nel quale sono narrate gli amori Besprechungen - Comptes rendus 331 adulteri dei due protagonisti. Per quanto segua fedelmente il suo modello (58), Combes nota nel comportamento del rimaneggiatore un cambio evidente nell’orientamento ideologico, come essa stessa evidenzia attraverso un minuzioso paragone tra i rispettivi prologhi delle due opere. Il romanzo non è più quella apologie de la fin’amor (60) che era l’opera in versi, ma l’autore borgognone sembra piuttosto interessato ad amplificare, approfondire, sviluppare gli aspetti psicologici, emotivi e caratteriali dei personaggi, fino a creare quello che l’autrice del contributo definisce une écriture de l’empathie (69). Si forma così una versione nella quale l’amore e le vicende militari sono surrogate dalla più potente e decisiva azione di Fortuna. L’altro lavoro in cui si esaminano materie non arturiane, è quello di Richard Trachsler, «Du Cléomadés au Clamadés. Les mises en prose du roman d’Adenet le Roi» (73-82), nel quale lo studioso compara due distinte riscritture in prosa del Cléomadés di Adenet le Roi: una prima fatta in ambiente borgognone, una seconda invece presumibilmente messa insieme in area lionese. Ne emerge il comportamento ambiguo di entrambi gli autori, i quali tendono in genere ad accorciare e semplificare la trama del racconto, pur non rinunciando a intervenire sul testo per renderlo coerente: essi, infatti, «réinventent les événements à leur propre guise et recréent en surface un texte qui reste cohérent malgré sa concision» (81). La sezione è conclusa da Jane H. M.Taylor, «From courtoisie to galanterie: What becomes of Tristan in the Renaissance? » (83-94), la quale mette a confronto due distinti adattamenti del materiale tristaniano che in Francia e in epoca rinascimentale conobbe un successo decisamente superiore a quello del ciclo di Lancelot. La prima versione presa in esame è quella di Pierre Sala, il Roman de Tristan Leonnois et de la belle Reine Yseulte (composto tra 1525 e 1529): in esso il Sala insiste sui dettagli erotici della vicenda, fino quasi a trasformare il testo in una farsa licenziosa, che rifletterebbe un ethos of the louche affair che Taylor designa con l’espressione di galanterie licencieuse (84). Diverso invece il comportamento del secondo testo il Nouveau Tristanroy de Leonnois, chevalier de la Table Ronde, et d’Yseulte pricesse d’Yrlande, royne de Cornouaille, scritto da Jean Maugin, e stampato per la prima volta nel 1554, il quale sottopone il romanzo ad un vero e proprio riadattamento retorico, amplificandone i passaggi dialogici, riscrivendolo alla luce del «linguistic turn that was, in seventeenth-century France, to become an admired facility in graceful compliment» (93). La seconda sezione del libro ruota intorno alle Réécritures françaises: historiographie et chanson de geste, e si apre con il lavoro di Dorothea Kullmann su «Le métadiscours sur la réécriture dans les prologues épiques» (97-133), nel quale sono passati in rassegna tutti i prologhi epici dal XII al XV secolo nei quali siano stati inseriti riferimenti ai riadattamenti. Nelle sue pagine la Kullmann dimostra che l’inserimento di motivi epici quali la critica al giullare, la scoperta di un vecchio manoscritto che conterrebbe la vera storia fin lì ignota, lo shifting metrico verso nuove strutture prosodiche, era strettamente connesso al rinnovamento che alcune figure, o storie, avrebbero subito. Queste referenze, sia che si ascrivessero a concreti interventi dell’autore (quali ad esempio le riscritture metriche dal decasillabo all’alessandrino), o a opere fittizie (la classica opera rimasta fin lì sepolta in un «manoscritto» che emerge all’improvviso e giustifica la nuova versione della vicenda) implicavano comunque l’esistenza di una metaforica «preistoria» delle chanson de geste in questione, e quindi suggerivano l’immagine di un processo di riscrittura, processo che, alla fine del periodo esaminato, rifletté une image changée de la littérature (133). Ad un testo più prettamente storiografico sono invece dedicate le riflessioni di Nathalie Bragantini-Maillard, «Les réécritures de dialogues dans le Livre I des Chroniques de Jean Froissart» (134-61), nel quale la ricercatrice francese evidenzia il percorso seguito da Jean Froissart per inserire e adattare il materiale storico che desunse dalla Chronique di Jean le Bel, e il cammino attraverso cui in ognuna delle grandi redazioni del suo lavoro, intervenne per modificare le parti dialogiche relative ai borghesi di Calais ed all’esilio di Roberto d’Artois. Besprechungen - Comptes rendus 332 Torna sui poemi epici il corposo contributo di Bernard Guidot, «La réécriture des Enfances Vivien dans le Roman de Guillaume d’Orange» (162-98), nel quale investiga sulle variazioni subite dalle Enfances Vivien nel vasto complesso borgognone denominato Roman de Guillaume d’Orange. La prima e la seconda parte del lavoro sono consacrate dal docente lorenese a questioni di ordine narrativo, come gli interventi della voce narrante che si fanno vieppiù moralistici (165); o le tre felici aggiunte alla trama originale; o le innovazioni stilistiche, in specie relative al ruolo della retorica che diventa preponderante: complessivamente queste variazioni sembrano rispondere al desiderio di ampliare le parti che più potrebbero andare incontro ai nuovi, e popolari, gusti e che traduisent une nouvelle vision du monde (183). La terza parte del corposo intervento, invece, riguarda il modo con cui l’autore tratteggia la sociabilité, adattando l’antico modello feudale alle nuove, e più moderne, condizioni, ponendo particolare attenzione a dipingere l’attivo e positivo ruolo della borghesia, cui sono attribuiti sensibilità e buon senso, oltre che fare di una esponente di questo gruppo sociale, la madre del protagonista (173). Complementare a questo è il contributo di Madeleine Elson «Maldite soit tex ordre: re-written criticism of monasticism and religious ideology in the Moniage Guillaume » (199- 212), nel quale viene sezionata la parte del Roman de Guillaume d’Orange che riprende il Moniage Guillaume. Elson segue l’evoluzione di un singolo episodio (quello del ritorno di Guglielmo al monastero dopo la sua vittoria sui briganti, e la sua decisione di ritirarsi in un romitorio) attraverso le sue diverse redazioni, dal Moniage I al Moniage II fino al Roman, segnalando in esse una lenta ma inesorabile metamorfosi delle convinzioni religiose, sempre meno aderenti al concetto post-gregoriano e monastico proprio dell’originale e sempre più e meglio, invece, aderenti alle rinnovate ideologie spirituali, in particolare quella della Devotio Moderna. La terza e ultima parte di questo bel volume rivolge lo sguardo al di fuori dei confini linguistici dell’Hexagone. Avendo già detto del lavoro di Pierno, passiamo alle pagine che Eugénia Neves dos Santos, dedica a «De la Demanda do santo Graal: les enjeux de la translatio» (215-28), nelle quali viene esaminato il transito dal clima oitanico a quello portoghese dei materiali graaliani, in particolare di un originale che doveva far parte di un ciclo post-vulgata. L’autrice si dedica ad un lavoro di comparazione assai spinta sul livello lessicale e semasiologico, in relazione alla polisemia del lemma coita, nel quale sono condensati, in un unico contesto, il campi semantici della mancanza, del desiderio, e del dolore, centrali nella ideologia del romanzo; Neves dos Santos passa poi ad indagare il neologismo laido, e lo shift semantico di sina. Se una chiosa possiamo fare a questo studio è forse l’ombra che essa stende sulla questione della stesura in due diverse redazioni della Demanda, questione che, per quanto direttamente estranea al tema che la studiosa si è posta, non di meno avrebbe meritato di essere presa in considerazione, se non altro per comprendere come la lingua del traduttore abbia cercato di rendere i caratteri, diversi ed evolventi, dei personaggi. Non ci pare neppure che l’autrice sia nel giusto quando afferma (218 N15) che solo con l’opera di Robert de Boron il Graal fu cristianizzato: la polisemia, la pluralità di livelli di lettura, compreso quello religioso, erano già parte del lavoro di Chrétien de Troyes, i cui romanzi non sono comprensibili senza il ricorso al metodo esegetico in vigore in quei secoli e nella cerchia che produsse le opere del grande Champenois. L’articolo che un maestro come Peter Wunderli, dedica a «De Berte as grans piés à Berta da li pe grandi. Textes et contextes» (229-53), si incentra invece sulla letteratura franco-italiana, comparando la versione di Berte as grans pies che si rinviene nel manoscritto veneziano V13 e la versione della chanson opera di Adenet le Roi. Il raffronto tra le due redazioni fa da premessa ad una serie di riflessioni sul ruolo e il profilo assunto dalle donne nel testo franco-italiano. Anche Maria Predelli, «Réécriture de la matière chevaleresque: du grand roman courtois de France au cantare populaire d’Italie» (254-74), si china sulla Besprechungen - Comptes rendus 333 1 On peut aussi télécharger la version pdf sur academie-editions.be/ catalogue/ 63-jeanfroissart. html pour la modique somme de 3,99 € . 2 Œuvres de Froissart: Chroniques, publiées par M. le baron Kervyn de Lettenhove, 26 vol., Bruxelles 1867-1877 (réimpression: Osnabrück 1967). 3 Chroniques de J. Froissart, publiées pour la Société de l’Histoire de France par S. Luce, 8 vol., Paris 1869-79. 4 www.hrionline.ac.uk/ onlinefroissart/ index.jsp. letteratura italiana delle origini, paragonando i cantari con il materiale della tradizione arturiana da cui essi potrebbero derivare, per concluderne che le probabili fonti potrebbero essere traduzioni in volgare di sì in prosa di quei romanzi francesi che cominciavano, a metà del XIII secolo, a circolare per la penisola. Destinatario sarebbe stato quel pubblico borghese che avrebbe assistito a pubbliche performances teatrali (273). Più innovativo (per quanto anch’esso orientato verso una pura ricerca sulle fonti che oggi forse è un po’ metodologicamente datata), ci sembra invece l’intervento di Shaun Lalonde, «La réécriture des vidas et des razos provençales dans la nouvelle italienne: une source de la quatrième nouvelle du cinquième jour du Décameron» (274-84), che esplora i debiti contratti dal Boccaccio con le vidas e le razos provenzali nella stesura della quarta novella del quinto giorno del Decameron. Lalonde propone di riconoscervi una parodia del linguaggio della fin’amors, parodia di cui si intravvedono i contorni anche nella ironia che tappezzerebbe la razo della canzone di Bernart de Ventadorn «Quan vei la lauzata mover», di cui sono ben noti i rapporti con i canzonieri di Chretien de Troyes e di Raimbaut d’Aurenga (283). Un articolo di Nicholas Arrigo sulla bibliografia dedicata al tema delle réécritures (319- 58), conclude i contributi raccolti in questo volume dedicato a un tema, e a opere, di solito denegate o sottovalutate, mentre una bibliografia completa delle opere citate negli articoli, i profili biografici dei contributors, e un indice delle cose, dei personaggi storici e delle nozioni, aiuta a percorrere le pagine di questo utile contributo. Il risultato è un utile contributo alla migliore comprensione della evoluzione del fatto letterario lungo i secoli del maturo e tardo medioevo. Gerardo Larghi H Jean Froissart, Chroniques de France et d’Angleterre. Livre quatrième. Édition critique par Alberto Varvaro, Bruxelles (Académie royale de Belgique) 2015, xxx-758 p. 1 Les chroniques de Jean Froissart ont connu plusieurs éditions depuis l’édition incunable d’A.Vérard à la fin du XV e siècle, mais celle du baron Kervyn de Lettenhove, parue entre 1867 et 1877 2 , est restée jusqu’à nos jours la dernière édition complète. Dans son introduction, Kervyn décrit un nombre important de manuscrits, mais son choix des manuscrits de base pour son édition, notamment celle du manuscrit d’Amiens pour le premier livre, n’était souvent pas très judicieux. En plus, il ne justifie jamais les corrections apportées au texte. En ce qui concerne les différentes versions du premier livre, c’est le classement proposé par Siméon Luce dans son édition pour la Société de l’Histoire de France 3 qui fait autorité jusqu’à nos jours. Pour les livres II et III, il existe des éditions valables dans la même collection; elles sont dues à Gaston Raynaud, Léon et Albert Mirot. Cependant, le livre IV n’a jamais vu le jour. The Online Froissart, édité par Peter Ainsworth et Godfried Croenen 4 , rend accessible le texte de certains manuscrits, mais d’aucun manuscrit complet du livre IV. Besprechungen - Comptes rendus 334 5 Selon The Online Froissart (About the edition: How the material was selected), les quatre livres comptent à peu près 1’390’000 mots, dont 300’000 mots pour le livre IV, et il existe quelque 150 manuscrits, dont seulement 21 pour le livre IV. 6 B. Guenée, La folie de Charles VI, Paris 2 2016: 18. 7 La tragédie de l’histoire. La dernière œuvre de Jean Froissart, traduit de l’italien par A. Hanus, Paris 2011 (désormais cité sous le titre Tragédie). Comment expliquer cette lacune? Publier les chroniques de Froissart est un travail de longue haleine à cause de leur longueur et du nombre de manuscrits conservés 5 . Jean Froissart était un auteur prolixe, qui nous a également laissé de nombreuses œuvres poétiques dont un roman arthurien de plus de 30’000 octosyllabes, Méliador. Son incontestable talent littéraire lui assure une place de choix parmi les chroniqueurs du XIV e siècle. En même temps, ses chroniques sont parfois une lecture fastidieuse parce qu’il raconte tout par le menu. On note en particulier son recours massif au discours direct, qui est évidemment un procédé littéraire, car ces discours sont, comme disait Voltaire (Encyclopédie 8, 225), «une fiction imitée d’Homère». Si les historiens ont souvent mis en cause la fiabilité de Froissart, ils se sont parfois aussi laissés tenter par son talent. Pour l’épisode du 5 août 1392, où se manifeste pour la première fois ce qu’on appelait à l’époque la «frénésie» de Charles VI, roi de France, nous possédons essentiellement deux narrations, celle de Froissart (livre IV, chapitre 29) et celle de la chronique dite du Religieux de Saint-Denis. Ce dernier était présent sur les lieux, et les historiens devraient, par conséquent, se fier à sa narration, mais ils se sont laissés tenter le plus souvent par la narration plus dramatique de Froissart: «La postérité a préféré le brillant homme de lettres à l’historien sérieux mais un peu terne» 6 . En examinant les 21 témoins du livre IV, Alberto Varvaro distingue deux types de manuscrits. Il y a d’abord onze manuscrits de facture plutôt modeste, généralement sur papier et sans enluminures. Ils forment la famille α , pour laquelle Varvaro nous propose un stemma codicum (xii). Par contre, il n’en propose aucun pour les dix autres manuscrits, de facture plus luxueuse et dont les acheteurs «étaient intéressés par la qualité de l’objet plutôt que par la fidélité du texte» (xvii). On aurait pourtant pu pousser la comparaison des manuscrits plus loin, car notre éditeur s’est contenté d’étudier un seul chapitre, le quatrième, dans tous les manuscrits. En 2004, Varvaro avait déjà publié avec Peter Ainsworth des extraits des livres III et IV. En 2011 est ensuite parue son étude intitulée La Tragédie de l’Histoire 7 , une étude essentiellement littéraire destinée à accompagner l’édition du livre IV, dont il disait à l’époque qu’elle était «désormais sous presse» (Tragédie, 8). L’éminent romaniste italien étant décédé le 22 octobre 2014, sans que l’édition soit sortie de presse, on pouvait craindre le pire. Heureusement, elle a finalement paru à titre posthume en 2015. En ce qui concerne les manuscrits conservés, Varvaro constate qu’aucun «ne peut être daté avec certitude d’avant 1460» (v). Nous avons pourtant connaissance d’un manuscrit copié en 1452 pour Philippe le Bon, duc de Bourgogne, mais aujourd’hui perdu. De plus, Enguerrand de Monstrelet, mort en 1453, l’auteur d’une continuation des chroniques de Froissart pour les années 1400 à 1444, a dû connaître le livre IV (cf. Tragédie, 29-31). Toujours est-il que le livre IV ne doit pas avoir circulé immédiatement après la mort du chroniqueur, décédé au tout début du XV e siècle. Varvaro en conclut que le livre IV était un texte que le chroniqueur a laissé inachevé à sa mort et qu’il n’avait plus eu le temps de réviser. Le dernier chapitre laisse en effet une impression d’imperfection. Il commence par des considérations très personnelles sur la mort du roi d’Angleterre Richard II et finit par mentionner quelques événements contemporains dans une brièveté inhabituelle pour un auteur aussi prolixe que Froissart. Dans les manuscrits de la famille α , on a encore ajouté au dernier chapitre un texte qu’un inconnu avait Besprechungen - Comptes rendus 335 8 In: History of William Marshal, ed. by A. J. Holden, S. Gregory et D. Crouch, 3 vol., London 2002-06, III: 27. 9 Froissart, Chroniques. Dernière rédaction du premier livre. Édition du manuscrit de Rome Reg. Lat. 869, éd. par G.T. Diller, Genève/ Paris 1972: 24. adressé à Froissart pour lui raconter les circonstances de la mort du roi. C’est un texte qui devait se trouver sur la table de travail de Froissart à sa mort et qu’il n’a plus pu utiliser. On le trouve dans une annexe de l’édition. Que les vingt derniers chapitres (63-82) du livre IV soient presque exclusivement consacrés au conflit entre le comte Henry Bolingbroke et le roi Richard II, est un cas plutôt exceptionnel dans une chronique médiévale, car celles-ci ne se présentent pas comme des récits continus, mais sont constituées par une suite d’épisodes, souvent sans autre lien entre eux que l’ordre chronologique des événements. David Crouch 8 parle à ce propos de péricopes, car c’est ainsi qu’on appelle ce genre d’épisodes dans les livres historiques de la Bible. Si Froissart nous présente un récit continu à la fin du livre IV, ce n’est pourtant pas forcément un argument pour l’inachèvement de son manuscrit. Froissart était un chroniqueur qui essayait de rendre ses narrations plus cohérentes que celles de ses concurrents. C’est apparemment pour cette raison qu’il a réécrit à deux reprises le premier livre, qui, au départ, était un pur démarquage de la chronique de Jean le Bel. C’est ce que pense notamment George Diller, l’éditeur du manuscrit de Rome, la dernière version du premier livre: «... on trouve dans le texte de Rome une unité de composition et de vision qui manque aux rédactions précédentes du premier livre» 9 . Froissart est d’ailleurs un des rares chroniqueurs qui nous racontent comment ils ont recueilli leurs informations. Dans certains chapitres des livres III et IV, il apparaît lui-même, à la première personne du singulier, comme un protagoniste de sa narration. Nous apprenons ainsi que Froissart a beaucoup voyagé et a profité de ses voyages pour se faire raconter ce qui s’était passé par des gens qu’il pouvait considérer comme des témoins oculaires. Dans un épisode souvent cité, Froissart nous narre comment il a fait le chemin de Pamiers à Orthez en compagnie d’un chevalier du comte de Fois, Espan de Lion, qui revenait d’Avignon. Celui-ci lui racontait ce qui s’était passé dans les villes qu’ils traversaient: Des paroles que messire Espaeng de Lyon me comptoit estoie tout rafreschi, car elles me venoient grandement à plaisance et toutes très bien les retenoie, et si tost que aux hostelz sur le chemin que nous fesismes ensamble, descendu estoie, je les escripsoie, fust de soir ou de matin, pour avoir en tou[t] temps advenir mieulx la memoire, car il n’est si juste retenue que cest d’escrpiture. (cité par Varvaro, Tragédie, 38) Il est donc vraisemblable que le chroniqueur avait sous les yeux les notes prises lors de ses voyages, quand il rédigeait ou, plus vraisemblablement, quand il dictait ses chroniques. Il est donc fort possible, comme le pense Varvaro, que les premiers éditeurs du livre IV avaient trouvé sur sa table de travail non seulement le manuscrit inachevé, mais aussi ses notes sur des feuilles volantes. C’est sur une telle feuille que devait se trouver la note de la mort de Richard II qu’un copiste a ajouté aux manuscrits de la famille α . Varvaro croit qu’une autre feuille volante contenait la narration de la réunion auprès du comte Aubert de Bavière, qui s’inquiétait du voyage de son fils à Londres. Ce serait une information que Froissart aurait reçue après avoir rédigé le chapitre correspondant, et qu’il n’aurait plus eu le temps d’y intégrer. Un copiste l’aurait alors fait à sa place. Cependant, cet épisode n’apparaît que dans le manuscrit Bre (Breslau 1, aujourd’hui conservé à la Staatsbibliothek de Berlin). Il faut alors supposer que David Aubert, qui a copié ce manuscrit particulièrement luxueux en 1468, ou en tout cas le copiste du manuscrit qui lui servait de modèle avait eu accès aux textes laissés par Froissart. Ce qui me gêne dans ce cas, c’est que Bre est le Besprechungen - Comptes rendus 336 1 M. Colombo-Timelli/ A. Schoysman (ed.), «Jean Miélot», Le moyen français 67 (2010). 2 M. Colombo-Timelli/ C. Galderisi (ed.), «Pour acquérir honneur et pris». Mélanges de Moyen Français offerts à Giuseppe Di Stefano, Montréal 2004. 3 M. Sepet (ed.), Vie de Ste Catherine d’Alexandrie, par Jean Mielot. Texte revu et rapproché du français moderne par Marius Sepet, Paris 1881. manuscrit de base de l’édition Kervyn de Lettenhove, et que Varvaro critique ce choix parce que, à son avis, David Aubert était un copiste qui intervenait massivement dans le texte. C’est pourquoi Varvaro a préféré le manuscrit B67 (Bruxelles, Bibliothèque royale, IV.467) comme manuscrit de base de son édition. Il considère que c’est le texte le plus proche de la version originale. Il contient néanmoins des erreurs manifestes. C’est pourquoi il l’a comparé au manuscrit P48 (Paris, B.N.f.fr. 2648), représentant la famille a, et au manuscrit Bre, édité par Kervyn de Lettenhove. Les 795 corrections apportées au manuscrit de base sont signalées par des chiffres gris et justifiées dans les notes philologiques à la fin du volume. On peut évidemment regretter que Varvaro n’ait pas collationné tous les manuscrits. Cela aurait peut-être mené à des conclusions différentes, mais, dans ce cas, il y a fort à parier que son édition n’aurait jamais vu le jour. Les éditeurs des chroniques de Froissart pour la Société d’Histoire de France avaient eu l’ambition d’être exhaustifs et Varvaro n’a probablement pas tort quand il voit là «l’une des principales causes de la lenteur de l’entreprise, jusqu’à provoquer la paralysie totale» (xxviii). Il était donc raisonnable de se fixer un but limité. Notre éditeur n’a pourtant pas voulu renoncer à des notes historiques assez fréquentes, sans lesquelles le texte serait difficile à comprendre. Il a ajouté un glossaire sélectif et un index exhaustif des noms de personnes et des lieux, index où l’on trouve plus facilement ce que l’on cherche que dans les annexes pléthoriques de l’édition Kervyn. Réjouissons-nous donc de disposer enfin d’une édition moderne et fiable du livre IV des chroniques de Jean Froissart. On l’attendait depuis 140 ans! Jakob Wüest H Jean Miélot, Vie de sainte Katherine, édition de Maria Colombo-Timelli, Paris (Classiques Garnier) 2015, 276 p. (Textes littéraires du Moyen Âge 34) Le texte édité par M. Colombo-Timelli s’inscrit dans la tradition des vies de saints en prose du XV e siècle, traduites d’hagiographies latines et compilées pour un riche mécène, dans ce cas, Philippe le Bon, duc de Bourgogne. Il s’agit d’un genre prolifique, alimenté par des compilateurs et translateurs productifs à l’image de Jean Miélot. Ce type de textes et leurs auteurs connaissent une revalorisation, qui se traduit notamment par la monographie de 2010 consacrée à Miélot 1 , ou encore par de nombreux articles sur les aspects de cette production dans les mélanges offerts à Di Stefano en 2004 2 . L’attrait pour ce genre de texte n’a pas toujours été évident. De plus, l’absence d’études peut en partie être attribuée à la mauvaise qualité des anciennes éditions de ces textes. C’est le cas pour la Vie de Sainte Katherine dont le précédent éditeur, Marius Sepet 3 , souhaitait rendre le texte plus accessible pour les «familles chrétiennes et [les] hommes de goût» (16-17). Le texte avait ainsi été «revu et rapproché du français moderne» et «débarrassé des longueurs inutiles qui le départ dans l’original ... à son sujet propre» (17). Le résultat en est une édition philologiquement mauvaise et inutilisable scientifiquement. La Vie de Sainte Katherine éditée par Colombo-Timelli remédie à cela en donnant un nouvel accès au texte et en montrant l’intérêt que de telles œuvres peuvent avoir pour la langue et la culture hagiographique françaises du XV e siècle. Plusieurs points en Besprechungen - Comptes rendus 337 4 M. Colombo-Timelli, «La Vie de sainte Katherine de Jean Miélot (1457) - Prolégomènes à une édition critique», Le moyen français 67 (2010): 13-35. Cet aspect est principalement abordé dans cet article, en présentant un inventaire des manuscrits de différentes vies de Sainte Catherine de cette époque, 18-20. 5 Voir par exemple F. Duval, «Le vocabulaire de la Rome ancienne chez Jean Miélot», Le moyen français 67 (2010): 63-77. particulier peuvent être soulevés à la lecture du texte: dans le cas de Jean Miélot, traducteur et compilateur à la production particulièrement abondante, lié à la cour de Bourgogne - pour laquelle il a translaté, entre autres, les vies de saint Fursy, Saint Josse et saint Adrien - l’étude de ces textes peut nous informer sur les «goûts et [les] intérêts du milieu bourguignon pendant les années 1450-1470» 4 . Au niveau de la langue, l’examen des travaux de l’auteur, picard d’origine, permet de relever quelques traits régionaux, principalement lexicaux. Finalement, le processus de traduction est également reflété par l’analyse de ces textes, et de leurs sources 5 . Ces points d’intérêts sont abordés dans l’édition de Colombo-Timelli, qui touche à de nombreuses facettes du texte et de la tradition hagiographique française du XV e siècle. L’édition s’ouvre sur une présentation des manuscrits édités (11-13): le manuscrit B.N.f.fr. 6449, manuscrit auctorial destiné au Duc de Bourgogne, et la copie de David Aubert réalisée pour Marguerite d’York, ms. B.N.f.n.a.fr. 28650. La copie, indépendante du manuscrit B.N.f.fr. 6449 (39), est éditée dans sa totalité, à cause des trop nombreuses variantes qui auraient poussé à «transcrire cette copie quasi intégralement» et de «l’intérêt que l’on porte depuis quelques années aux adaptations du copiste bourguignon» (56). L’analyse se concentre sur le texte de Miélot, tout en faisant les liens nécessaires entre les deux manuscrits, afin d’éclairer les processus de copie et d’altération mis à l’œuvre par Aubert. Après un rappel des œuvres hagiographiques présentes au répertoire de Miélot (14-16), Colombo-Timelli procède à la description du texte: sa structure et les sources de sa matière (16-20), dont la principale est une légende rédigée par un moine franciscain, Frater Petrus, au XIII e siècle. Ensuite, la traduction de Miélot est mise en regard de la Legenda, uniquement conservée dans un incunable de 1500, afin de dégager les modalités de traduction. En raison de sa source latine, le lexique de Miélot est parsemé de «latinismes et de calques formels» (23), parfois «accompagn[és] de synonymes plus courants». Sa syntaxe est parfois latinisante, et présente certaines particularités morphosyntaxiques directement héritées du modèle latin (25). Colombo-Timelli montre que certains particularismes de la syntaxe, responsables d’ambiguïtés, peuvent être éclairés par une mise en regard des textes - incluant la copie de David Aubert (27). L’introduction se poursuit avec une comparaison du manuscrit de la vie de Sainte Catherine et de la copie de David Aubert (29-39). Cette comparaison permet de mesurer l’originalité de ce copiste et remanieur, et des modifications apportées au texte - la mesure de ceci peut aussi être prise avec l’annexe 2 qui présente en vis-à-vis les titres de chapitres des deux versions (243-53) - comme une tendance à la réduplication synonymique (30) et une amplification par insertion d’éléments lexicaux (31). Il est montré qu’il fait plus rarement recours à l’insertion d’informations absentes de la traduction de Miélot (33). La comparaison entre les deux copies permet à l’éditrice de résoudre quelques leçons suspectes (35), qui suggèrent l’emploi par David Aubert d’une version antérieure de la traduction de Jean Miélot, dont le ms. B.N.f.fr. 6449 est également dérivé. Une autre possibilité dégagée par les leçons problématiques est l’existence d’une copie perdue dont la version de David Aubert est la copie (39). Colombo-Timelli montre qu’il n’est pas possible de tirer de conclusion définitive quant à une version antérieure sur la base des données disponibles. L’analyse linguistique du ms. B.N.f.fr. 6449 (40-55) met en relief des picardismes graphophonétiques, morpho-syntaxiques et lexicaux; Miélot toutefois montrerait une «tendance à ‹dé-picardiser› les textes qu’il copie» (40), alors que la copie de David Aubert est plus Besprechungen - Comptes rendus 338 fournie en picardismes. Quelques régionalismes et mots rares sont analysés et assortis de commentaires métalexicographiques, ce qui permet d’antédater certains lexèmes, comme prevenu ‘sous l’influence de’, ou d’en étendre l’usage, par exemple frentissant ‘grinçant’ (52-54). Pour les mots plus fréquents, l’éditrice renvoie au glossaire (209-35), extrêmement fourni. L’étude linguistique est exhaustive, et donne une idée précise de la langue du texte, ainsi que du style de Miélot, profondément lié à la source latine (54-55). Le glossaire réunit les mots «disparus dans la langue moderne ou dont la signification a évolué au point de les rendre incompréhensible ou ambigus pour le lecteur d’aujourd’hui» (209). Pour ce qui est de la copie de David Aubert, seuls les mots qui lui sont exclusifs sont signalés. Les lexèmes sont accompagnés de gloses définitoires et parfois par le correspondant latin dans la source - voir «bataillans, n.m.pl.: ‘combattants ...’ (lat. ‹certantium›)» (212), «premieraine, adj.f.: ‘précédente, primitive ...’ (lat. ‹pristina›)» (229), etc. - afin de clarifier certains mots dont la signification était ambiguë (209). Certains termes omis auraient pourtant mérité également, à notre avis, une place dans le glossaire, de par leur forme ou leur signification obscure. En voici trois exemples: - Esdittes pron. (6v°) «... Oultre les choses que j’ay trouvé esdittes cinq légendes»: «dans les éléments ci-dessus mentionnés»: cette forme fléchie du pronom ne se trouve pas telle quelle dans les dictionnaires et pourrait poser des difficultés de compréhension à des lecteurs peu expérimentés. - Votive adj. (39v°) «Qui est la ... region du monde si estrange de la conversion humaine qui ne baille au seul grant dieu la culture de religion votive? »: «qui exprime un vœu, qui a rapport à un vœu»: il est difficile de déterminer si le syntagme religion votive provient de la source, mais la rareté de l’adjectif jusqu’au XVI e siècle - trois attestations dans le DMF, dont deux du XIV e siècle et une pour le syntagme messe votive, du XV e siècle - et la difficulté de compréhension de la phrase pousseraient à placer ce mot dans le glossaire. - Rechuprent 3 e p. plur. (46v°a) «[tous] rechuprent Constantin en grant triumphe»: «reçurent»: le p présent dans cette forme peut être dû à une volonté d’utiliser une graphie latinisante. Ce type de graphie ne se trouve pas dans les dictionnaires de référence et mérite donc d’être signalée. Certaines formes pourraient être corrigées ou, si elles ne sont pas considérées comme fautives, être signalées dans le glossaire. C’est le cas de acompy (74v°), forme de la 3 e p. sing. non attestée du verbe accomplir. L’édition du texte propose la transcription des deux manuscrits présentés plus tôt. Elle suit les normes habituelles du toilettage de texte. Les notes sont présentées en deux parties: en bas de page se trouvent les notes qui présentent les leçons modifiées par l’éditrice; à la fin de chaque chapitre se trouvent les nombreuses notes traitant des rapports entre les deux versions du texte et la source latine, parfois citée extensivement. Ces notes, pouvant occuper jusqu’à la moitié d’une page (60-61, 108) entravent la fluidité de la lecture et auraient trouvé une place plus adéquate en bas de page ou en fin de volume. L’emplacement et la description des enluminures du ms. B.N.f.fr. 6449 sont signalés entre les chapitres, ce qui apporte à la compréhension de la relation entre le texte et l’image, dans la perspective d’une édition d’un manuscrit connu pour ses riches enluminures en grisaille. Pour l’intéressé, cela permet d’étudier la relation entre la narration et l’emplacement des «tableaux» - et également de se rendre compte des décalages possibles entre le texte et ses illustrations (105). L’édition est complétée par des annexes: un inventaire des vies de Sainte Catherine rédigées au XV e siècle (241-42); les titres de chapitre des deux manuscrits édités, accompagnés d’une brève analyse linguistique et de leur mise en regard (243-53); la Vie de Sainte Catherine apparaissant dans le Martyrologe de Jean Miélot (ms. Bruxelles, KBR, 9946-9948) (255-63). Besprechungen - Comptes rendus 339 1 Cf. G. Doutrepont, Les mises en prose des épopées et des romans chevaleresques du XIV e au XVI e siècle, Bruxelles 1939 (Nachdrucke Genève 1969, 2011). 2 Cf. Répertoire 2014: 7. 3 La rédaction a supprimé ici quelques propos désobligeants que l’auteur a consacrés aux conditions de travail du monde scientifique actuel, jugées désastreuses pour les sciences humaines, mais qui étaient sans rapport avec l’ouvrage recensé. En définitive, l’édition constitue un pas en avant pour la valorisation de ce genre textuel. Elle peut être lue aux côtés de la monographie de 2010, pour plus d’informations sur Jean Miélot et sa volumineuse production. Ces ouvrages peuvent également éclairer les mécanismes de translation des hagiographies françaises en prose du XV e siècle, ainsi que d’autres textes compilés par Miélot. L’analyse linguistique de l’édition permet de se rendre compte que, malgré une certaine neutralisation de ses picardismes, l’écriture de Miélot n’en est pas totalement dénuée. La syntaxe latinisante employée par l’auteur est mise en lumière de manière efficace, offrant un regard précis sur les systématismes de l’auteur. Au niveau du lexique, l’édition met en lumière un vocabulaire modérément régional et atteste quelques termes rares, qui permettraient d’actualiser certaines entrées de dictionnaire. Finalement, l’édition offre un texte fiable et une introduction éclairante, notamment sur les relations entre les deux copies que nous connaissons de la Vie de Sainte Katherine et sur les modalités de traduction de Jean Miélot. Maud Becker H Maria Colombo Timelli/ Barbara Ferrari/ Anne Schoysman/ François Suard (ed.), Nouveau Répertoire de mises en prose (XIV e -XVI e siècles), Paris (Classique Garnier) 2014, 929 p. Es kann nicht geleugnet werden: Die Überblicksdarstellung zu den Mises en prose aus dem Jahre 1939 von Georges Doutrepont ist in die Jahre gekommen 1 . Nicht, dass wir die Qualität seiner Darstellungen in Zweifel ziehen würden und seine großartige Sammler- und Analytikerleistung nicht hinreichend würdigen würden - aber die Forschung hat in den letzten mehr als 75 Jahren nicht geschlafen. Es sind neue Texte, neue Manuskripte zu bekannten Texten entdeckt worden und die analytische und interpretatorische Arbeit an und mit den Texten hat z.T. überraschende Früchte getragen. Eine neue Darstellung des von Doutrepont so meisterlich behandelten Themenfeldes drängt sich somit auf. Diese Fronarbeit haben die vier Herausgeber auf sich genommen. Neben ihren eigenen Beiträgen muss v.a. ihre organisatorische Leistung gewürdigt werden, denn es ist ihnen gelungen, innert kürzester Zeit ein Kollektiv von 46 Beiträgern zusammenzustellen und auf ein einheitliches Vorgehen einzuschwören; diese «verschworene» Gemeinschaft hat dann innerhalb von nur 2 Jahren ein Panorama von 78 Darstellungen erarbeitet. Warum dieser Druck, diese Eile? Nun, das Projekt ist von offizieller Seite gefördert worden, und zwar durch das italienische MIUR (Ministero dell’Istruzione, dell’Università e della Ricerca) und insbesondere durch dessen Ableger an den Universitäten Mailand und Siena 2 . Und dieser Sponsor gesteht nun für die Realisierung eines angenommenen Projekts maximal 2 Jahre zu. Ist das nicht Wahnsinn im Rahmen des heutigen Wissenschaftsbetriebs mit all seinen Unwägbarkeiten, nicht kalkulierbaren Risiken und nicht vorhersehbaren Überraschungen 3 ? Doch verlassen wir das wenig erfreuliche organisatorische Umfeld dieser (und vieler anderer) neueren Publikationen und kehren wir zu diesem in jeder Hinsicht beeindruckenden Besprechungen - Comptes rendus 340 4 Cf. Répertoire 2014: 8 s., sowie 17 s. das Verzeichnis der Texte. Konvolut zurück. Die Herausgeber wollen gewissermaßen einen «neuen Doutrepont» vorlegen, und dies ist ihnen trotz aller Widrigkeiten im Umfeld auch gelungen. Dies verlangte aber eine Reihe von kleineren und größeren Modifikationen im Konzept gegenüber dem Vorgehen bei Doutrepont. Doutrepont hatte versucht, zwischen épopées und romans chevaleresques zu unterscheiden und so zwei konstitutive Blöcke zu ermitteln. Auf den ersten Blick scheint das einleuchtend zu sein, und Paarungen wie Anseïs de Carthage und Cligès oder Fierabras und Erec scheinen eine derartige Zweiteilung vollumfänglich zu rechtfertigen. Aber nur schon bei den Chroniken kommen Zweifel auf, ganz zu schweigen von Texten wie dem Châtelain de Coucy oder Cleomadés. Die Herausgeber sagen mit aller Deutlichkeit, dass die Zuordnung zu diesen beiden Blöcken fragwürdig, oft oberflächlich und willkürlich sei und die Entwicklung unserer Kenntnisse über das Mittelfranzösische und seine Literatur (v.a. im 20. Jh.) sie letztlich obsolet gemacht habe. Und sie ziehen daraus auch die unausweichliche Konsequenz: Sie verzichten auf eine Zuordnung zu den beiden Blöcken und präsentieren die Texte in rein alphabetischer Ordnung nach dem gängigen «Vulgatatitel» in der Kritik der mittelfranzösischen Literatur 4 . Dies ist aber bei weitem nicht der einzige Unterschied zu der Darstellung bei Doutrepont: - Doutrepont schließt einige Texte aus seinem Inventar aus, weil sie nicht in sein starres zweiteiliges Schema passen. Die Neuherausgeber verzichten auf eine derartige Vorabselektion; es werden alle bekannten und zugänglichen Texte berücksichtigt und jeder wird entsprechend der ihm eigenen Charakteristika präsentiert, beschrieben und analysiert. Auf diese Weise werden auch die gleitenden Übergänge sichtbar und die Durchdringung der unterschiedlichsten Genera greif- und darstellbar. - Einige Bemerkungen verdienen auch die chronologischen Grenzziehungen. Das 15. Jh. ist unbestreitbar das Jahrhundert der Mises en prose, aber es wäre falsch, das Phänomen willkürlich auf dieses Jahrhundert beschränken zu wollen. Die ersten Mises en prose finden sich schon um die Mitte des 14. Jh., und die Faszination der Aufhebung des Verszwangs hält auch nach dem Übergang zum 16. Jh. an und flaut erst um 1530 deutlich ab. Der Darstellungszeitraum erstreckt sich so von der Mitte des 14. bis gegen die Mitte des 16. Jh. - Die Herausgeber definieren als Ziel ihrer Arbeit «[d’]offrir une vue panoramique des mises en prose». Das ist ihnen im Rahmen unseres heutigen Kenntnisstandes auch gelungen. Um dieses Ziel möglichst umfassend zu erreichen, weichen sie in einem weiteren Punkt entscheidend von Doutrepont ab. Es gibt eine Reihe von Texten oder Stoffen, die mehr als eine Prosaumsetzung erfahren haben, so z. B. die Belle Hélène de Constantinople, von der uns heute eine anonyme Prosaversion und diejenige von Jean Wauquelin vorliegen. Weitere doppelte oder sogar mehrfache Prosaversionen liegen z. B. vor von: Bertrand du Guesclin, Cleomadés/ Clamadés, Fierabras, Jourdain de Blaves, Geste des Lorrains, Renaut de Montauban, Florimont (3 Mises en prose), Roman de Troies (5 Mises en prose) usw. Anders als bei Doutrepont achten die Herausgeber des neuen Répertoire streng darauf, dass die verschiedenen Versionen säuberlich getrennt bleiben und nirgends vermischt werden. Oder mit anderen Worten: Jede Version wird als eigenes Werk betrachtet und so behandelt, wie man auch jede Kopie eines Textes, einer Handschrift, etc. behandeln müsste. - Ein weiteres dorniges Problem ist die Frage des Verhältnisses zur gereimten Vorlage: Wo haben wir es noch mit einer Mise en prose zu tun, und ab welchem Punkt liegt eine eigentliche Neubearbeitung des Stoffes vor? So sind z. B. die Prosaversionen des Châtelain de Coucy, des Perceval (inkl. Fortsetzungen), des Gérard de Nevers, von Cligès und Erec usw. sehr nahe an der gereimten Vorlage und können auch bei der Anwendung strenger Kriterien als Mises en prose angesehen werden. Texte wie Jean d’Avennes, Baladin, Gérard de Besprechungen - Comptes rendus 341 Roussillon oder der Myreur des histors dagegen unterhalten nur eine lockere Bindung an die gereimte Vorlage und müssten eigentlich als Neubearbeitungen eines gegebenen Stoffes bezeichnet werden. Wenn man in jedem einzelnen Fall dem Problem auf den Grund gehen will, kommt man aber direkt in Teufels Küche. Deshalb haben die Herausgeber wohl das einzig Vernünftige getan: Sie wenden eine sehr weite Konzeption der Mise en prose an, fangen so alle Übergänge auf und entziehen sich damit jeder akademischen Diskussion über Grenzziehungen und Zuordnungen. Wie bereits erwähnt, umfasst das Répertoire 78 Einträge oder «Artikel». Diese sind von sehr unterschiedlicher Länge, grosso modo zwischen 3 und 20 Seiten), was v.a. von zwei Faktoren abhängt: 1. der Zahl der überlieferten Manuskripte und der Vielfalt ihrer Beziehungen zu einander, und 2. dem bescheidenen oder umfassenderen Forschungsstand bezüglich des betreffenden Textes; dass dabei auch die Veranlagung des Autors des Artikels eine Rolle spielt, seine Neigung zur Kürze oder sein Hang zur ausholenden Darstellung, versteht sich von selbst. Was ist nun dieses Répertoire eigentlich? Eine wissenschaftliche Studie ist es sicher nicht, denn dazu fehlt ihm eine durchgängige Leitlinie. Es ist vielmehr eine Art Enzyklopädie der Mises en prose und somit verwandt mit einem Nachschlagewerk. Und Nachschlagewerke lassen sich nun mal nur sehr schwer rezensieren: Man kann ihre Grundprinzipien, ihre Leitlinien darstellen, aber man kann kaum auf die Inhalte der einzelnen Beiträge eingehen, wenn man nicht jeden einzelnen Artikel im Detail analysieren will. So sind wir bis hierher verfahren, und wir werden dieser Darstellungsart auch für den Rest dieser Besprechung treu bleiben. Die 78 Beiträge sind im Prinzip alle gleich aufgebaut, was aber noch lange nicht zu einer einheitlichen Darstellung führt. Die jeweils zu behandelnde Materie ist von viel zu unterschiedlichem Umfang, was unweigerlich zu strukturellen Abweichungen im Artikelaufbau führt. Das fängt schon damit an, dass die Titel der Werke oft nicht identisch mit denen bei Doutrepont sind und den Leser manchmal zu mühsamen Identifikationsversuchen zwingen. Dann spielen die (alten) Kataloge als Zeugnisse für jeden Text eine wichtige Rolle, und die Anzahl der Belege kann jeweils sehr unterschiedlich ausfallen. Zudem gibt es in der Sekundärliteratur oft Ungenauigkeiten und Widersprüche, die ausgeräumt werden müssen - alles Faktoren, die eben doch zu einer Individualisierung jedes einzelnen Eintrags beitragen. Und dann spielt auch die Frage eine wichtige Rolle, ob eine Prosafassung später gedruckt wurde oder nicht, was die Informationsbasis oft um ein Vielfaches erweitert. Gerade die frühen Drucke sind eminent wichtige Zeugen für das frühe Schicksal einer Mise en prose. Zudem muss festgehalten werden, dass der Übergang von der (handschriftlichen) Kopie zum Druck in der Regel keine Zäsur in der Überlieferungstradition darstellt: Kopien und Drucke bilden vielmehr in der Regel ein Kontinuum. Die (im Prinzip) einheitliche Grundstruktur der Beiträge präsentiert sich folgendermaßen in vier Sektionen: 1. Autor, Widmung/ Auftraggeber, Datierung, Verweise auf die Darstellung bei Doutrepont, Zeugnisse, Organisation des Textes. Sofern vorhanden, wird der Prolog wiedergegeben. 2. Quelle: Titel, metrische Form, Zahl der Verse, Zeugen, moderne Editionen. 3. Geschichte der Prosaversion: spätere Verbreitung, alte Drucke bis zum 18. Jh.; alte Übersetzungen. 4. Bibliographie: moderne Ausgaben, wissenschaftliche und kritische Analysen, Übersetzungen und zweisprachige Ausgaben; kritische, chronologisch organisierte Bibliographie. Vor allem dieser letzte Punkt ist nicht unproblematisch. Die chronologische Darstellung erlaubt es zwar, die Entwicklung des Interesses und des jeweiligen Kenntnisstandes relativ leicht nachzuverfolgen, hat aber gegenüber einer alphabetischen Auflistung der Beiträge, Titel usw. den großen Nachteil, dass sie den Benutzer oft massiv behindert. Besprechungen - Comptes rendus 342 5 Cf. Répertoire 2014: 15 s. 6 Cf. P.Wunderli (ed.): Raffaele da Verona, Aquilon de Bavière. Introduction, édition et commentaire par P.W., 3 vol., Tübingen 1982 und 2007; P.Wunderli, «Le fragment parisien de l’«Aquilon de Bavière», ZRPh. 96 (1980): 489-505; G. Holtus/ P.Wunderli, Franco-italien et épopée franco-italienne, Heidelberg 2005 (GRLMA 3/ 1-2/ 10), vor allem p. 165 s. Abgeschlossen wird diese «Enzyklopädie der Prosaumsetzung» durch eine Reihe von (äußerst nützlichen) Indices: Auf eine Liste der wichtigsten Standardreferenzen (u. a. Doutrepont, Woledge etc.) folgen: ein Verzeichnis der Titel, Autoren und Übersetzer (bis zum 16. Jh.), ein Inventar der «artisans» (Kopisten, Illustratoren, Buchbinder), ein Verzeichnis der Drucker, Buchhändler und alten Herausgeber, ein Verzeichnis der Widmungsempfänger, der Auftraggeber und der Besitzer bis ins 18. Jh. und schließlich ein Index der im einen oder andern Sinn relevanten Manuskripte. Was hier vorliegt, ist ein monumentales Werk, das großes Lob verdient, auch wenn die Herausgeber an zahlreichen Stellen eingestehen müssen, dass gewisse Editionen immer noch fehlen, dass gewisse Texte kaum oder nur spärlich untersucht sind und dass in der Regel die linguistischen Untersuchungen fehlen 5 . Das Répertoire hat somit nicht definitiven, sondern nur vorläufigen Charakter. Die Herausgeber und Autoren hatten auch nicht die Absicht, die festgestellten, bestehenden Lücken zu schließen. Vielmehr wollten sie den aktuellen Kenntnisstand dokumentieren und durch das Zusammentragen «des informations et des matériaux en grande partie originaux» die weitere Erforschung dieses Problemkreises anstoßen. Ich denke, das ist ihnen gelungen. Gleichwohl zum Schluss noch ein kritischer Wermutstropfen: Es ist mir unverständlich, warum in diesem Répertoire der franko-italienische Aquilon de Bavière nicht miteinbezogen wurde 6 . Zwar ist der Text nicht französisch, sondern eben franko-italienisch, aber mit einer außerordentlich starken französischen Basis, die die italienische Patina deutlich dominiert. Dann handelt es sich bei diesem Text um die einzige franko-italienische Mise en prose, die allerdings eine weite Definition dieses Begriffs voraussetzt, denn er setzt nicht einfach eine gereimte Vorlage um, sondern integriert einen Großteil des Stoffes der altfranzösischen Epen in einer monumentalen (neuen) Prosaversion, die auch in Frankreich auf Interesse gestoßen zu sein scheint. Diesem Text hätte ein zentraler Platz in der Gesamtdarstellung gebührt. Peter Wunderli H Cécile Barbet (ed.), Linguistique et stylistique des figures, Bruxelles (Peter Lang), 2014, 170 p. (Gramm-R. Études de linguistique française 27) La stylistique peut se définir comme l’ensemble des moyens que la linguistique met à la disposition du lecteur pour examiner un texte et en déduire le sens. C’est dire que la stylistique et la linguistique ont des liens très étroits. À cet effet, cet ouvrage, dirigé par Cécile Barbet, s’interroge sur les outils développés par la linguistique contemporaine susceptibles d’être utiles à la description et l’explication des figures de style. De ce fait, sept articles, qui optent pour un cadre théorique cognitif, sont mis à contribution. Jean-Marie Klinkenberg et Francis Édeline (groupe μ ), «La figure et la recatégorisation de l’expérience» (21-64), s’intéressent à la figure et la recatégorisation de l’expérience. Pour la sémiotique cognitive, la perception n’est pas extérieure au sens, c’est au contraire celle-ci qui la produit. Le sens émerge de l’expérience. Pour la sémiotique cognitive, Besprechungen - Comptes rendus 343 sensorialité et cognition sont étroitement liées. Tant dans les sémiotiques que dans la connaissance perceptive, le sens est le résultat d’un acte de distinction: «on ségrègue certaines unités dans un continuum au nom d’une certaine valeur» (24). Les catégorisations varient selon trois grands axes familiers: le temps, l’espace et la société. Les combinaisons prévues par la norme produisent des isotopies. Les combinaisons non prévues débouchent sur des allotopies. La figure peut être considérée comme un type particulier de gestion de l’allotopie. Klinkenberg et Édeline précisent que «la figure est un lieu de solidarité et de négociation. Sa production et son interprétation représentent un cout sémiotique important, supporté à la fois par l’émetteur et le récepteur» (33). En outre, c’est la métaphore qui procède le plus facilement à la recatégorisation de l’expérience. Elle fonctionne sur la base d’une intersection de deux ensembles de propriétés encyclopédiques. L’interprétation métaphorique n’a pas lieu lorsque les entités en présence sont trop proches. La sémantique duale de la métaphore est analysée par Anne Reboul, «Paraphrase, traduction et métaphore» (65-75). Plus concrètement, l’auteure tente de voir si la signification littérale d’une métaphore est toujours fausse. Dans cette optique, Reboul indique que certains énoncés sont à la fois vrais et métaphoriques; et qu’il est donc difficile dans de tels cas de comprendre comment on en arrive au sens figuré. En outre, Reboul soutient que les métaphores ne sont pas paraphrasables, mais traduisibles. Ceci est essentiellement dû au fait que la traduction préserve les concepts originaux alors que la paraphrase ne les préserve pas. Anne Gautier, «Quand la phrase se casse la figure. Modèles psycholinguistiques de l’anacoluthe et de l’hyperbate» (77-106), explore le rapport entre stylistique des figures et linguistique cognitive à travers la caractérisation de deux figures de construction que sont l’hyperbate et l’anacoluthe. Le but de sa contribution est de déterminer la capacité des modélisations théoriques du traitement psycholinguistique de la phrase à affiner ou à revoir la description de ces figures. L’auteure révèle que l’anacoluthe et l’hyperbate ont été dédaignées pendant longtemps en rhétorique. M. Bonhomme (2000: 9) donne trois causes de la marginalité de ces deux figures: leur instabilité en tant que figures, le caractère changeant de leur définition et leur objectivation ambivalente comme fait de rhétorique ou de syntaxe. Dans cette perspective, l’anacoluthe semble reposer sur un double effet de rupture. Cela est perceptible à travers cet exemple emprunté à Pascal: «Le nez de Cléopâtre, s’il eût été plus court, la face du monde aurait changé». D’abord, l’abandon de la fonction sujet prévue dès le décodage du premier SN (syntagme nominal). Ensuite, en l’absence de lien anaphorique explicite entre le focus constitué par la phrase matrice et l’élément programmé comme topique, «ce dernier perd en topicalité et se trouve devenir un «topique flottant», qui n’est rattaché qu’à la seule sous-phrase» (88). Pour ce qui est de l’hyperbate, c’est une figure qui peut être décrite comme un ajout, une rallonge. On le voit notamment à l’aide de l’exemple suivant emprunté à Corneille: «Et puisque votre honneur veut des effets de haine, Achetez par ma mort le droit de vous haïr: Albe le veut, et Rome; il faut leur obéir». L’effet d’ajout repose justement sur le fait qu’un constituant survient après la clôture, forçant le lecteur à une réanalyse dont le coût cognitif est plus ou moins élevé. À travers son article, Philippe Gréa, «Molécules proverbiales» (107-22), propose une caractérisation des proverbes dans le cadre de la sémantique interprétative de Rastier. Gréa pose que le sens d’un proverbe peut être réduit à une molécule sémique. Cette dernière est une structure articulée par des relations casuelles et réduites à quelques traits sémiques et macrogénériques. À cet effet, les proverbes se transposent sans limitation de domaine. Bien plus, cette transposabilité se vérifie même dans le cas où le domaine cible correspond au domaine source. Un proverbe peut être réappliqué au domaine source sans pour autant subir de défigement et perdre son statut de proverbe. C’est le cas dans le proverbe il n’y a pas de roses sans épines. Gréa explique ainsi que «dans cette occurrence, il n’y a pas de roses sans épines reste bien un proverbe alors même qu’il est effectivement appliqué à des roses» (111). Besprechungen - Comptes rendus 344 Les proverbes non métaphoriques ne constituent pas une classe homogène. C’est ainsi que Gréa pense qu’on peut au moins identifier trois cas de figure. Le premier comprend les proverbes construits à l’aide d’éléments grammaticaux. Le second cas est organisé autour des situations s’exprimant à l’aide d’un verbe générique (demander, donner, croire) ou d’un nom d’action (souvent un déverbal comme par exemple don et acquêt dans il n’y a pas de plus bel acquêt que le don). Le troisième cas concerne les proverbes non métaphoriques composés à partir des thèmes lexicalisés ou qui mettent en relation plusieurs thèmes lexicalisés. Dans ce sens, le thème de l’argent est mis en scène dans l’argent n’a pas d’odeur. L’enjeu de la contribution de Laure Anne Johnsen, «Parenthèses ana-cataphoriques et figures du discours» (123-45), est de mettre au jour quelques affinités entre des parenthèses qui manifestent un procédé référentiel d’ana-cataphore (à la fois anaphorique et cataphorique) et certaines figures du discours. L’auteure étudie les parenthèses dans leur dimension syntaxique. Cela correspond «au schéma syntaxique [S 1 [X] S 2 ], où [X] est une unité morpho-syntaxiquement exogène à la séquence hôte [S 1, S 2 ], celle-ci se présentant quant à elle comme un ensemble rectionnellement connexe» (124). L’insertion parenthétique et le procédé référentiel d’ana-cataphore possèdent tous les deux un point commun: ils impliquent un processus de suspension momentané du travail d’encodage, l’un sur le plan syntaxique, l’autre sur le plan référentiel. Comme pointeurs ana-cataphoriques en contexte parenthétique, on peut citer des pronoms «neutres», des adverbes de lieu, des syntagmes nominaux lexicaux, des pronoms clitiques personnels. Dans des conditions de production à l’oral spontané, les parenthèses ana-cataphoriques semblent avoir pour but d’orienter le destinataire dans sa manière d’interpréter les faits narrés: elles participent, de cette façon, à la régulation de la réception du discours. Elles ont ainsi un rendement pragmatique. Johnsen estime qu’elles «semblent prévenir certaines questions ou objections déclenchées par le discours hôte» (132). À l’écrit, les parenthèses ana-cataphoriques relèvent plutôt d’une stratégie rhétorique. Elles se présentent comme une manœuvre planifiée et réfléchie, s’inscrivant dans une routine argumentative. En ce qui concerne justement les parenthèses ana-cataphoriques bien ordonnées, Johnsen pense qu’elles peuvent être considérées comme des figures du discours, notamment l’hyperbate. Ceci s’expliquerait par le fait qu’elles présentent des propriétés figurales sur le plan structurel et plusieurs d’entre elles sont introduites par le coordonnant et. Marc Bonhomme, «Figures du discours ou figures de style? Essai de classification» (147- 70), analyse la différence qui existe entre les dénominations figures du discours et figures de style. L’auteur insiste sur le fait qu’il persiste une certaine confusion terminologique au sujet de la dénomination des figures (rhétorique, discours, style). Ces dénominations multiples trouvent, en partie, une explication sur le plan historique. Dans l’Antiquité, les figures ont d’abord été «de rhétorique» avec le courant du même nom. Plus tard, plus précisément au tournant du XIX e siècle, les figures ont été «du discours». Avec la naissance de la stylistique comme discipline indépendante de la seconde moitié du XIX e siècle, elles sont enfin devenues «de style». La dénomination figures du discours est la plus générale et la plus fondamentale selon Bonhomme. Pour argumenter son propos, l’auteur s’appuie sur trois figures: le mot-valise, la métonymie et l’hyperbole. On constate ainsi qu’au niveau structural, ces figures apparaissent comme des constructions discursives actualisées à la surface des énoncés et des textes. Sur un autre plan, ces figures «se présentent comme des variations libres qui exploitent les ramifications potentielles des structures langagières et qui concurrencent les variations standardisées» (152). L’auteur évalue, par ailleurs, le statut de la dénomination figures de style. Il s’appuie, de ce fait, sur six approches des figures de style (Suhami, Fromilhague, Ricalens-Pourchot, Arcand, Beth et Marpeau et un site d’études littéraires) avec différents commentaires et des exemples à propos des trois figures de références citées plus haut. Il ressort de ces différents commentaires plusieurs conclusions, dont voici Besprechungen - Comptes rendus 345 quelques-unes: une figure du discours devient une figure de style quand ses saillances sont non seulement patentes et singulières, mais en plus marquantes ou heureuses, provoquant une appréciation sur leur réussite. Les figures de style comportent un net ancrage sur le vécu, impliquant davantage les acteurs de la communication que les figures du discours. Cet ouvrage a le mérite d’établir un lien entre la linguistique et la stylistique à travers les figures de style, surtout à l’aide d’une approche peu explorée: l’approche cognitive. Ce livre s’adresse aux étudiants et chercheurs en linguistique et en stylistique, mais également à tous ceux qui travaillent dans le domaine de la grammaire et des sciences du langage en général. Bauvarie Mounga H Vladislav Rjéoutski/ Gesine Argent/ Derek Offord (ed.), European Francophonie. The social, political and cultural history of an international prestige language, Berne (Peter Lang) 2014, 500 p. (Historical Sociolinguistics 1) La parution de ce volume inaugure une nouvelle série éditoriale consacrée à la sociolinguistique historique et marque ainsi une étape ultérieure dans l’institutionnalisation de cette discipline qui vise à étudier les variétés et situations linguistiques dans une perspective historique, sociale et multidisciplinaire. En ce qui concerne le domaine français, on rappellera l’apport essentiel, pour la définition théorique et méthodologique de cette discipline, représenté par le colloque de Neuchâtel de 2007, Sociolinguistique historique du domaine gallo-roman (Berne 2009), dont les travaux sont focalisés essentiellement sur les variétés linguistiques concernant les pays et régions de tradition française ou devenus francophones suite aux déplacements de populations natives. De manière presque complémentaire, les contributions réunies dans le présent volume explorent, dans le cadre de cette même approche, des situations de diffusion du français par intérêt culturel, à une époque où il était étudié en Europe en raison de son prestige et de son importance comme langue internationale. Cela implique une mise en discussion préalable du terme francophonie, qui est développée dans le chapitre d’ouverture signé par les éditeurs du volume («European Francophonie and a framework for its study», 1-31). Ceux-ci rappellent que le mot est désormais utilisé pour se référer aussi à des époques historiques, et que dans ce volume on y a recours notamment «to denote the spread of French within Europe from the seventeenth century, that is to say before the development of the French colonial empire beyond Europe» (5). Le mot aurait connu plus récemment deux évolutions, d’abord pour désigner la francophonie «moderne» - ou «deuxième francophonie» (7) - depuis les années 1950-60, suite à la désagrégation de l’empire colonial français; et plus récemment pour évoquer une «troisième francophonie» (8) ouverte au dialogue interculturel. Dans la suite du chapitre, les auteurs retracent la construction de l’idée d’universalité de la langue française, passent en revue les études concernant la diffusion du français en Europe dans une perspective historique et sociologique, pour s’interroger enfin sur l’apport de la sociolinguistique historique à l’étude des origines de cette «francophonie européenne» et de l’emploi du français comme langue de prestige. Un deuxième chapitre liminaire est consacré à la «Diglossia in early modern Europe» (33- 49). Peter Burke - qui utilise le terme diglossia «in the sense of bilingualism» (35) - y décrit les emplois des langues étrangères comme langues hautes (latin, italien, espagnol, allemand, français) dans une période qu’il considère comme «a golden age of diglossia» (35), à savoir «between the rise of printing, which helped to standardize vernacular languages and so make them more suitable for High functions, and the rise of nationalism, which discouraged the Besprechungen - Comptes rendus 346 use of foreign languages at home» (35). Il essaie ensuite de comprendre ce phénomène en réfléchissant aux explications internes et externes. Les autres chapitres offrent des descriptions plus détaillées de l’usage du français dans les différents territoires européens, jusqu’aux régions plus périphériques: l’Angleterre médiévale (Marianne Ailes et Ad Putter: 51-79), le Piémont (Alda Rossebastiano: 81-112), l’Italie (Nadia Minerva: 113-44), la Hollande (Madeleine Van Strien-Chardonneau: 145- 73), la Prusse (Manuela Böhm: 175-207), le Royaume de Bohême (Ivo Cerman: 209-38), l’Espagne (Amella Sanz-Cabrerizo, Begoña Regueiro-Salgado, Luis Pablo-Nuñez et Silviano Carrasco: 239-71), la Suède (Margareta Östman: p. 273-306), la Pologne (Maciej Serwa ń ski et Katarzyna Napierała: 307-36), la Roumanie (Ileana Mihaila: 337-70), la Russie impériale (Derek Offord: 371-404), la Turquie ottomane (Laurent Mignon: 405- 34). La période envisagée va de la fin du XVII e siècle au début du XX e , avec une attention particulière pour le XVIII e , pendant lequel la diffusion du français a été notamment encouragée par l’émigration des Huguenots et par l’irradiation des idées des Lumières. Dans chaque étude, les auteurs offrent une contextualisation socio-historique avant de réfléchir aux formes dans lesquelles se réalise cette «francophonie européenne», aux classes sociales touchées, aux motivations qui favorisent le recours au français, aux fonctions qu’il remplit, à ses domaines d’emploi écrits et oraux, à son influence sur l’idiome local. Si chaque section est intéressante en soi dans la mesure où elle décrit les dynamiques propres au contexte étudié, ce qui s’avère davantage enrichissant c’est la lecture de l’ouvrage dans son ensemble, puisqu’elle permet d’envisager la dimension globale, pan-européenne, du phénomène et de saisir ainsi quelques traits communs, clairement synthétisés dans la «Conclusion» (435-49). Il en résulte le portrait d’une Europe faite de communautés encore largement bilingues ou plurilingues, dont les classes cultivées s’intéressaient volontiers, pour des besoins pratiques ou culturels, aux langues étrangères (mortes et vivantes), à une époque où l’affirmation progressive des identités nationales finira cependant par favoriser l’émergence et la standardisation des idiomes vernaculaires. Le pouvoir d’attraction de la France, de sa culture et de son style de vie soutient la diffusion de la langue française, surtout dans les milieux de la cour et de la noblesse, mais aussi, dans quelques contextes urbains, chez les classes moyennes ou moins favorisées. Utilisé comme lingua franca, comme langue internationale de la diplomatie, devenu une marque de prestige social, enseigné dans les domaines privé et public, le français était pratiqué dans une multitude de situations orales et écrites. Il a stimulé notamment la production d’écrits privés (correspondance, journaux intimes, notes de voyages, etc.), surtout chez les femmes, et quelquefois d’une littérature locale ou de journaux francophones. L’intérêt pour la France a encouragé les traductions d’ouvrages français dans tous les domaines, ce qui a facilité la circulation de gallicismes - attestés dans quelques cas aussi dans les variétés non standard endogènes - et enrichi les vocabulaires techniques et scientifiques des autres langues. Au cours des XVIII e et XIX e siècles l’emploi du français a suscité un métadiscours concernant les qualités de cette langue et ses effets sur les autres idiomes, qui a évolué quelquefois vers une gallophobie linguistique source de stéréotypes et de satyre. Enfin, le débat autour de la langue française a pu nourrir les discours sur les identités nationales naissantes, qui sont à interpréter comme «a reaction to the francophone universalism of the Enlightenment» (447). Ce premier volume de la collection Historical sociolinguistics - issu d’une série de séminaires organisés à la University of Bristol en 2012 et rédigé entièrement en anglais - réussit donc à tracer un aperçu d’ensemble des situations de «francophonie historique» et de ses effets sur le contexte socio-culturel de l’Europe entre les XVII e et le XIX e siècles. Il contribue ainsi à enrichir les recherches sur l’histoire de la diffusion et de l’enseignement du français dans le monde, promues en particulier par la Société Internationale pour l’Histoire Besprechungen - Comptes rendus 347 du Français Langue Étrangère ou Seconde. Sur le plan théorique, il invite à réfléchir à la possibilité - et à l’opportunité - d’inclure dans l’espace francophone ces pratiques francophiles, dont les rapports avec l’histoire des variétés de français hors de France (déjà en évolution même au-delà de l’Atlantique à l’époque étudiée dans ce volume) méritent d’être approfondis. Cristina Brancaglion H Georg Kremnitz, Frankreichs Sprachen, Berlin (De Gruyter) 2015, 204 p. (Romanistische Arbeitshefte 60) Georg Kremnitz legt mit dem 2015 in der Reihe der «Romanistischen Arbeitshefte» bei De Gruyter erschienenen Buch «Frankreichs Sprachen» ein Referenzwerk zur Sprachenlage in Frankreich vor, welches sicher über lange Jahre hinweg seine Aussagekraft behalten wird. Er zeigt darin die diachronische Fundierung der Sprachenvielfalt innerhalb des Hexagons und stellt die Beziehungen heraus, welche das Französische zu den Regionalsprachen des Landes im Laufe der Geschichte unterhielt. Besondere Tiefe erhält die Beschreibung dadurch, dass gegenwärtige Sprachkontaktsituationen durch nicht-territorialisierte Sprachen im europäischen Frankreich und andere zwischen dem Französischen und anderen einheimischen Sprachen in den Überseegebieten als ebenso bedeutsam angesehen und in derselben Ausführlichkeit dargestellt werden als die in der Geschichte verwurzelten. Auf der Grundlage dieser reichen Ausführungen erlaubt sich der Autor vorsichtige und wissenschaftlich abgesicherte Prognosen für die Zukunft der Frankophonie. Die 203 Seiten des in einem verständlichen Stil geschriebenen Buches sind zum Zweck der besseren Zugänglichkeit in zehn Kapitel untergliedert. Man kann sie entweder hintereinander lesen oder aber wie ein Nachschlagewerk konsultieren. Die Informationskapitel 1-7 enden jeweils mit Arbeitsaufgaben zur praktischen Anwendung und Festigung der besprochenen Inhalte. Im ersten Kapitel unterstreicht der Autor nach einer statistisch fundierten Einleitung in die Demografie Frankreichs die Bedeutung des Sprachenmanagements angesichts der Pluralität in der französischen Sprachenlandschaft: «Die Darstellung soll zeigen, dass die Sprachenfrage, in Frankreich wie in den allermeisten anderen Staaten, heute kein Randproblem ist, sondern einen erheblichen Teil der Wohnbevölkerung betrifft, wenn auch in unterschiedlichem Maße» (5). Durch das Kapitel 2 wird der Leser mit den wichtigen Etappen der Sprachengeschichte und Sprachenpolitik Frankreichs vertraut gemacht, mit einem Querverweis auf die grundlegenden Dokumente dazu, welche sich im Kapitel 9 wiederfinden. Sehr deutlich wird hierbei die Kluft zwischen der noch stark im monolingualen Habitus verhafteten offiziellen Sprachenpolitik und den Forderungen der verschiedenen Sprechergruppen, welche mehr Anerkennung ihrer Sprachen im kommunikativen Alltag fordern. Im darauffolgenden dritten Kapitel werden zentrale Begriffe der französischen Sprachpolitik eingeführt, wie Nation, Sprache und Dialekt und darauf aufbauend die international verwendeten sprachwissenschaftlichen Konzepte im Bereich der Zwei- und Mehrsprachigkeit. Hierbei legt der Autor besonderen Wert auf die soziolinguistisch bedeutsamen Unterscheidungen zwischen dominanter und dominierter Sprache, Regionalsprache und Minderheitensprache und die Abgrenzung von Außengruppen und Eigengruppen (Sprechergemeinschaften mit oder ohne Unterstützung von jenseits der Landesgrenze). Die Idee der Normalisierung einer Sprache wird kritisch hinterfragt, gerade auch in Hinsicht auf den Gebrauch in der schriftlichen oder der mündlichen Kommunikation. Besprechungen - Comptes rendus 348 1 Sie findet sich aktuell noch unter der Adresse www.aplv-languesmodernes.org/ spip.php? article102. Das vierte Kapitel ist eine hervorragende Informationsquelle zu den autochthonen Sprachen im französischen Mutterland. Die wichtigsten Bewegungen werden hier in ihrer Dynamik dargestellt und für den interessierten Leser wird auf weiterführende Literatur verwiesen. Dabei überschreitet der Autor nur dann kurz Landesgrenzen, wenn zum besseren Verständnis der Sprache auch die Lage in den benachbarten Ländern hinzugezogen werden sollte. Nach dem Okzitanischen, Baskischen, Katalanischen und Bretonischen werden die germanischen Sprachen, das Korsische, das Flämische, das Frankoprovenzalische, die kleinen und heute verschwundenen ligurischen Sprachinseln und die in der nördlichen Hälfte des Hexagons angesiedelten langues d’oïl vorgestellt. Die Unterordnung der Sprachen des Elsass und von Lothringen unter den Titel «Das Deutsche» ist zwar aus historischer Sicht vertretbar (und das wird auch in den einleitenden Worten dazu angeführt), aber für heutige Leser u. U. etwas irritierend. Die grosse Anzahl an Grenzpendlern aus Lothringen, die in Deutschland (Saar) oder in Luxemburg arbeiten, hat in etwa seit der Jahrtausendwende zu einem gewissen Aufschwung der moselfränkischen Varietäten geführt. Diese Tendenz wird zu Ende des Abschnittes etwas vage als mögliche Zukunftsperspektive angekündigt, obwohl dies schon eine seit der Jahrtausendwende klar beobachtbare Tatsache ist. Die abschliessenden Bemerkungen zu diesem Kapitel liefern nochmals eine Synthese der beschriebenen Prozesse, wobei nach Intensität des Sprachenverlusts oder umgekehrt der Bewahrung und der Gründe dafür unterschieden wird. Eine einfach skizzierte Karte mit der geografischen Verteilung der Sprachen im französischen Mutterland rundet die Beschreibung ab (85, Abb. 1, Quelle: www.dglf.gouv.fr). Allerdings ist die Karte durch diese Angabe nicht mehr abrufbar und nur über Umwege erreichbar 1 . Es wäre sicherlich interessant gewesen, noch stärker auf digitale Quellen zu verweisen, weil diese die Beziehung zwischen Sprache und Raum in einer grösseren Komplexität und Aktualität darzustellen vermögen als ein Buch, welches nach der Drucklegung nicht mehr bearbeitet werden kann. Das fünfte Kapitel hat nach den historischen Ausführungen zur Landesgeschichte Frankreichs eine mehr der Zukunft zugewandte Ausrichtung. Es beschäftigt sich mit «Sprachen, die in Frankreich aufgrund von Migration gesprochen werden (oder wurden).» (87) Hier sind die Sprachen der Juden (mit Jiddisch, Judenspanisch und Hebräisch als Hauptvertretern), die Sprachen der Roma, das maghrebinische Arabisch, das Berberisch (Tamazight), das (West-) Armenische und die französische Gebärdensprache aufgeführt. Auch für Leser, die mit der Sprachensituation in Frankreich gut vertraut sind, finden sich hier noch interessante Informationen. Der Ausblick auf die Sprachen der Überseegebiete im sechsten Kapitel wird feinfühlig gehandhabt, indem die tatsächliche politische und verwaltungsmässige Lage beschrieben wird, ohne aber dabei die Forderungen und Ansichten der einheimischen Bevölkerungen ausser Acht zu lassen, welche oft mit mehr oder weniger Vehemenz nach mehr Autonomie oder nach Unabhängigkeit streben. Bei der Erwähnung des CAPES Créole (z. B. auf p. 122 für La Réunion) hätte hingegen noch stärker auf die problematische Verknüpfung zwischen den Kreolsprachen der unterschiedlichen Kontinente eingegangen werden können, welche dieses Schulfach vornimmt. In diesem wird nämlich weitestgehend eine Interkomprehension zwischen den französisch basierten Kreolsprachen der Antillen, von Guyana und La Réunion postuliert, welche nicht dem tatsächlichen Verständnis der Sprechergemeinschaften entspricht. Die Darstellung der frankophonen pazifischen Inselwelt erwähnt die Eckpfeiler der sprachlichen und politischen Entwicklung von der Vergangenheit bis in die Gegenwart. Die Einschätzung der schulischen Förderung der Mehrsprachigkeit und damit der einheimischen Besprechungen - Comptes rendus 349 Sprachen oder zumindest einiger davon könnte eventuell etwas optimistischer ausfallen, wenn man die aktuelle Entwicklung mit Schulprojekten wie z. B. ECOLPOM betrachtet (I. Nocus/ J.Vernaudon/ M. Paia, L’école plurilingue en outre-mer. Apprendre plusieurs langues, plusieurs langues pour apprendre. Rennes 2014). Eine knappe Darstellung des im Indischen Ozean gelegenen neuen Départements Mayotte rundet die Ausführungen ab. Die einführende Karte auf p. 108 liefert wiederum eine sehr schematische Darstellung. Für den Leser wären weitere Detailkarten sicherlich ebenfalls von Interesse gewesen. Die im 7. Kapitel dargestellten ausgewählten Sprachen der Einwanderer im 20. und 21. Jahrhundert werden vor allem aufgrund von historischen Fakten beschrieben. In einigen Fällen leiten sich diese Ausführungen von Bewegungen wie den Pilgerströmen nach Santiago de Compostela oder der Französischen Revolution her und lassen daher weniger Platz für aktuelle Entwicklungen oder Zukunftsperspektiven. Italienisch, Spanisch, Deutsch, Polnisch, Portugiesisch sowie afrikanische, chinesische und südostasiatische Sprachen werden hier in kurzen Abschnitten aufgeführt. Von besonderem Interesse ist die abschliessende Diskussion um den Wert der Mehrsprachigkeit im achten Kapitel. Hierbei stellt der Autor die individuelle der kollektiven Sicht gegenüber und entwirft Szenarien einer Sprachenpolitik, welche die Vielfalt stärkt, ohne der französischen Sprache zu schaden. Die im neunten Kaptitel aufgeführte Liste Cerquiglini von 1999 kann als Rückgrat des gesamten Werkes verstanden werden. Daraus erklärt sich wohl auch, dass dem Englischen nur punktuell und zwischen den Zeilen Aufmerksamkeit geschenkt wird. Gerade im Sinne einer holistischen Sprachökologie wäre es jedoch sinnvoll, alle Akteure zu nennen, die von sprachenpolitischer Bedeutung sind, um bei einer Harmonisierung möglichst alle Einflussfaktoren zusammenzufassen. Gerade dadurch könnte das Französische geschützt oder sogar gestärkt werden. Der umfassende Charakter des Werkes bringt es natürlicherweise mit sich, dass manche Daten schon wieder etwas veraltet sind. Es ist völlig unmöglich, durch einen Autor alle Informationen hochaktuell und gleichzeitig mit wissenschaftlicher Glaubwürdigkeit zu erfassen und wiederzugeben, auch wenn dieser sich auf ein aktives Netzwerk an Korrespondenten stützt. Bei der Aktualisierung der Angaben und beim Kartenmaterial hätten Hinweise auf mehr digitale Quellen und Medien Hilfestellung geben können. Ein Glossar der wichtigsten Begriffe hätte weiterhin die Auffindbarkeit der Termini erhöht, auch wenn die logische Gliederung der Kapitel die Suche durchaus erleichtert. Das besondere Verdienst von «Frankreichs Sprachen» ist es, dem deutschsprachigen Publikum die Sprachenlage Frankreichs nahe zu bringen, in einer verständlichen Weise und ohne die Komplexität der Lage zu reduzieren. Es wird jedem Leser einen Erkenntnisgewinn bringen, egal inwieweit dessen Vorwissen ausgebaut ist. Eine Übersetzung des Buches in andere europäische Sprachen (auch Französisch) würde sicherlich den sprachpolitischen Dialog auf unserem Kontinent weiter bereichern. Sabine Ehrhart H Claudine Fréchet (ed.), Dictionnaire des régionalismes de Rhône-Alpes, Paris (Honoré Champion) 2015, 1084 p. (Dictionnaires & Références 32) Le Dictionnaire des régionalismes de Rhône-Alpes (désormais DRRA) est le fruit d’un travail collectif dirigé par C. Fréchet initié au début des années 80, date à laquelle J.-B. Martin a entamé, dans le cadre de ses recherches à l’Institut Pierre Gardette de l’Université Catholique de Lyon, «un collectage systématique des régionalismes employés dans la région Besprechungen - Comptes rendus 350 1 Le 1 er janvier 2016, la région Rhône-Alpes a fusionné avec la région Auvergne. 2 C. Fréchet, Le français parlé à Annonay (Ardèche), Paris 1995. 3 C. Fréchet/ J.-B. Martin 1998: Dictionnaire du français régional de l’Ain (Bresse, Bugey, Dombes), Paris. 4 Dans les cas de polysémie, «[l]’ordre des différents sens repose sur l’extension géographique et sur la catégorie grammaticale. Un sens qui sera connu sur un espace géographique important sera présenté avant un sens moins répandu et l’emploi transitif avant l’emploi pronominal» (14). 5 Il serait plus rigoureux de dire «phonético-graphiques». 6 Le DRRA comportant un nombre de pages important, les auteurs ont pris le parti de ne pas mentionner directement dans le texte les attestations du mot-vedette relevées dans d’autres régions de la France et/ ou de la francophonie (la liste de ces ouvrages des régionalismes touchant à l’ensemble du domaine francophone est donnée dans les notes des pages 22-24). Ces renvois sont téléchargeables sous forme de table depuis le site Internet de l’Institut Pierre Gardette. 7 W. von Wartburg 1922-2002: Französisches Etymologisches Wörterbuch. Eine darstellung des galloromanischen sprachschatzes, 25 vol., Bonn/ Leipzig/ Bâle. Rhône-Alpes et environs» (12). Le dictionnaire comporte au total plus de 3000 entrées, qui donnent un aperçu des spécificités locales (essentiellement lexicales) du français que l’on parle dans l’ex-région Rhône-Alpes 1 (entité territoriale qui regroupait les départements de l’Ain, de l’Ardèche, de la Drôme, de l’Isère, de la Loire, du Rhône, de la Savoie et de la Haute-Savoie) et ses environs (le dictionnaire inclut aussi les régionalismes du français parlé à l’Est de la Haute-Loire, dans le sud du département du Jura et dans les Hautes-Alpes). L’ouvrage s’ouvre avec une introduction d’une vingtaine de pages, dans laquelle les auteurs explicitent les principes fondamentaux qui ont guidé la rédaction des articles, et motivé leur microstructure. Dans ces pages, on peut lire que le DRRA constitue la synthèse du dépouillement d’environ une quarantaine de recueils consacrés aux régionalismes du français parlé dans la région Rhône-Alpes et ses alentours, tous parus, sauf deux ou trois exceptions, après 1950 (12). Si pour certaines régions le corpus est important (on compte sept volumes pour le département de l’Isère, onze pour le département de la Loire), pour d’autres les sources sont plus rares (pour les départements de la Drôme comme pour l’Ain, les seuls recueils dépouillés ont été constitués par C. Fréchet 2 et par C. Fréchet et J.-B. Martin, respectivement 3 ). La carte récapitulative des attestations géographiques (18) donne une vue d’ensemble des localités et des aires auxquelles les auteurs renvoient dans les entrées. Chaque article du dictionnaire comprend sept rubriques: après la vedette (en gras), une définition du mot est proposée 4 . Si le lemme comporte des variantes «phonétiques» (19) 5 , celles-ci sont énumérées et suivies de leur localisation. Un ou plusieurs exemples, en général tirés de la presse écrite, de romans ou empruntés à l’auteur des recueils de régionalismes où le mot-vedette a été trouvé, permet(tent) de rendre compte de ses emplois en contexte. Si le mot est attesté dans les régions voisines (régions que l’on appelait naguère Franche-Comté, Bourgogne, Auvergne et Provence) 6 , les auteurs le précisent dans cette quatrième rubrique de l’article. Les mots de la même famille (en fait les dérivés morphologiques) sont rangés dans une cinquième rubrique. Enfin, les deux dernières parties de l’entrée sont consacrées à l’étymologie (les auteurs renvoient systématiquement au Französisches Etymologisches Wörterbuch, ou FEW 7 ) et au rapport que le mot entretient avec les dialectes (les numéros ou pages des glossaires et cartes d’atlas faisant état du type lexical dans les dialectes galloromans sont référencés). Même si le classement des entrées est alphabétique, un index d’une soixantaine de pages, répertoriant l’ensemble des types lexicaux et de leurs variantes est présenté à la fin de l’ouvrage, et permet d’en faciliter la consultation. Cet index est particulièrement utile dans la mesure où il n’y a pas d’entrées-renvois dans la nomenclature du DRRA. Besprechungen - Comptes rendus 351 8 La première mention de ce dictionnaire est faite dans C. Fréchet/ J.-B. Martin 1998, qui signalent qu’ils sont en train de préparer: «un ouvrage de synthèse sur les régionalismes du français parlé dans la région Rhône-Alpes» (1998: 9). 9 A.Thibault 1997: Dictionnaire suisse romand, Genève. 10 P. Rézeau 2001: Dictionnaire des régionalismes de France, Bruxelles. 11 Anne-Marie Vurpas a rédigé une dizaine d’article dans le DRF, Claudine Fréchet une vingtaine. Cette dernière a également participé aux enquêtes de vitalité conduites dans les régions de la Franche-Comté et du Lyonnais, l’enquête DRF dans les deux Savoie ayant été dirigée par Jean-Baptiste Martin, cf. Rézeau 2001: 1125. 12 Voir notamment J.-B. Martin et al., «Les régionalismes du français parlé en Rhône-Alpes», in: P. Singy (ed.) 2000: Le français parlé dans le domaine francoprovençal, Berne: 113-38, ainsi que J.-B. Martin et al. 2002: Les Rhônalpins et leurs langues. Du latin de Lugdunum au français d’aujourd’hui, Lyon. Globalement, on ne peut que se réjouir de la parution d’un tel ouvrage, d’autant plus qu’elle se faisait attendre 8 . Le DRRA permet en effet de documenter un large pan de la variation lexicale du français parlé dans le domaine francoprovençal de l’Hexagone, la partie romande de cette aire dialectale ayant été étudiée par A.Thibault dans le Dictionnaire suisse romand (DSR), dont la première édition fêtera l’an prochain ses vingt ans 9 . Comme le mentionnent les auteurs eux-mêmes dans l’introduction (7), le DRRA ne partage que 7 % de ses entrées avec le Dictionnaire des régionalismes du français (DRF), édité par P. Rézeau il y plus de quinze ans 10 . De fait, de nombreux types lexicaux que l’on trouve dans les dialectes francoprovençaux, et qui ne sont traités ni dans le DSR ni dans le DRF (cf. p.ex. les dénominations renvoyant à la faune telles que tasson et cancorne, qui désignent respectivement le «blaireau», et le «hanneton»), trouvent ici une place. Cela dit, si l’on compare le DRRA avec le DRF et le DSR, on ne peut que regretter que la qualité de l’ouvrage soit en-deçà des attentes auxquelles les auteurs du DSR et du DRF nous ont habitués. Un premier point de déception concerne les sources sur lesquelles se sont basés les rédacteurs pour construire leur inventaire. À la lecture des p. 15-18, le lecteur comprend que les régionalismes répertoriés dans le DRRA sont issus de la sélection de collectes effectuées par d’autres chercheurs; en d’autres termes, qu’il s’agit de matériel de seconde main. Ce n’est pas un problème en soi, les inventaires établis dans le DSR et le DRF reposant également en partie sur le dépouillement de recueils effectués par d’autres. Nous sommes aussi d’accord avec C. Fréchet et son équipe (et nous les comprenons) quand ils écrivent: «Lorsque nous avons initié ce travail, nous avons pensé devoir adopter les principes retenus par l’équipe de Pierre Rézeau [loc. cit.], à savoir qu’un mot vivant est repris à l’écrit que ce soit dans les romans, des journaux, des affiches ... Mais nous nous sommes ravisés compte tenu du nombre restreint d’attestations écrites» (19). Toutefois, on aurait pu attendre de l’équipe du DRRA, dont certains des rédacteurs ont collaboré au DRF 11 , qu’elle dépasse le simple stade de la compilation de matériaux existants. On aurait aimé que soient mises en place des enquêtes de vitalité, comme cela a été fait dans le DSR (2004: 16), le DRF (2001: 11), mais aussi dans le Dictionnaire du français régional de l’Ain (Fréchet/ Martin, loc. cit.) ou avant cela la monographie de C. Fréchet sur le parler d’Annonay en Ardèche (loc. cit.). De telles enquêtes auraient été l’occasion d’illustrer les articles du DRRA avec des cartes, à l’instar de celles que les rédacteurs de ce même dictionnaire ont publiées dans leurs précédents travaux consacrés aux spécificités locales du français parlé dans la région de Lyon, et donc d’apporter des éléments de réflexion inédits dans le champ des études sur les régionalismes lexicaux du français parlé dans la région Rhône-Alpes 12 . En outre, ces enquêtes auraient également permis aux rédacteurs de bien faire comprendre au lecteur que des mots comme Besprechungen - Comptes rendus 352 13 Sur ce point, les auteurs se contentent de renvoyer à C. Fréchet 1995: Le français parlé à Annonay (Ardèche), Paris: 32-33, alors que sur un tel sujet, il est difficile de ne pas citer la référence classique à J.-P. Chambon/ J.-P. Chauveau 2004: «Un cas de dialectologite, ou le français rendu invisible: à propos des vues de Pierre Gardette sur francoprovençal polailli et moyen français régional poulaille ‘poule’», BSL 99/ 1: 155-80. 14 J. Gilliéron/ E. Edmont 1902-10: Atlas linguistique de la France, Paris, 9 vol., supplément 1920. 15 On trouve en effet çà et là dans les entrées des mentions «ALF» parmi les références aux atlas et glossaires dialectaux, cf. p.ex. entrée bardole, mention de la carte ALF 1905 (123); entrée bobe, mention de la carte ALF 1859 (181-82). Certes il s’agit uniquement des cartes de la 3 e série des enquêtes de l’ALF (qui se focalise sur le Sud-Est de la Gallo-Romania), mais la référence à ce monumental ouvrage n’apparaît nulle part dans le dictionnaire. 16 Comme pour l’ALF, la question des renvois au DSR a dû se poser. Une référence au DSR est donnée à la ligne «extension» de l’entrée birot, birotte (175). 17 L. Gauchat et al. 1934-: Glossaire des patois de la Suisse romande, Neuchâtel/ Paris. 18 Voir sur ce point les critiques d’A.Thibault à l’encontre de la rubrique «étymologie» de l’ouvrage d’Anita Gagny (Dictionnaire du français régional de Savoie, Paris 1993) dans RLiR 1994: 561-63). 19 M. Grévisse/ A. Goosse 16 2016: Le bon usage, Bruxelles: § 208c. 20 M.Avanzi et al. 2016: «Présentation d’une enquête pour l’étude des régionalismes du français», in: Actes du 5 e Congrès Mondial de Linguistique Française, Tours: 1-15. 21 En fait, il serait plus correct de dire que, dans ces contextes, le pronom y correspond à un «ça» du français commun. 22 A. Duraffour 1969: Glossaire des patois francoprovençaux, Paris. septante («soixante-dix») et no(i)nante («quatre-vingt-dix») ne doivent pas être mis sur le même plan que des mots comme doucette («mâche») ou quignon («entame du pain»), les premiers n’étant désormais connus que par une population âgée, alors que l’on peut encore entendre les seconds dans la bouche des jeunes Rhônalpins. Le français régional, on le sait, entretient des rapports complexes avec les dialectes substratiques, comme les auteurs le soulignent à juste titre dans leur introduction (21) 13 . L’idée d’ajouter les références aux atlas dialectologiques et ethnographiques de la France par région, de même qu’à un certain nombre de glossaires dialectaux, est excellente. Mais pourquoi, dans ce cas-là, ne pas y ajouter de références aux cartes de l’Atlas Linguistique de la France 14, 15 ? Dans la même veine, pourquoi ne pas faire état du DSR dans la rubrique consacrée à «l’extension (des régionalismes)» 16 ? La Suisse romande n’est-elle pas une région limitrophe de la région Rhône-Alpes, au même titre que le sont les départements du Jura, des Hautes-Alpes et de la Haute-Loire? Ce choix est d’autant plus surprenant que les auteurs renvoient, dans la rubrique «rapport avec le dialecte» des entrées, au Glossaire des patois de la Suisse romande 17 (dont le domaine concerne essentiellement, comme son nom l’indique, la Suisse romande). On regrettera également l’absence, dans le DRRA, de tout commentaire historique. Certes les auteurs renvoient systématiquement au FEW, mais il serait plus intéressant (et informatif), pour le néophyte comme pour le spécialiste, de comprendre comment on est passé de tel étymon latin à tel aboutissant français 18 , comme le font, autant que faire se peut, le DSR et le DRF, qui constituent de ce fait des ouvrages de référence dans le domaine de la lexicologie historique et différentielle. Pour terminer, signalons pêle-mêle quelques petites choses à revoir, en vue d’une éventuelle réédition. L’emploi d’un syntagme prépositionnel de type «au + nom de profession» après le verbe aller (comme dans la tournure aller au docteur, 60-61) n’est pas un régionalisme de grande extension, mais un diastratisme du français général, comme le soulignent Grévisse/ Goosse (cités dans l’entrée) 19 et comme le confirme l’enquête «Le français de nos régions» 20 . Le pronom y neutre ne reprend pas seulement un pronom accusatif que l’on peut gloser par «le» ou «les» (1019), mais aussi par «la» (laisse la vaisselle, je vais y faire) 21 . Toujours pour l’entrée y, corriger le renvoi à GPFP 9866: dans l’ouvrage d’A. Durafour 22 , Besprechungen - Comptes rendus 353 1 Disponible en línea en http: / / www.corderegra.es. le y en question est signalé en sa qualité de voyelle de liaison, et pas en tant que morphème grammatical (les deux y n’ont rien à voir l’un avec l’autre). Il faudrait ajouter dans la nomenclature une entrée pour le mot panosse («serpillière»), qui figure, à juste titre, dans au moins trois des sources utilisées par les auteurs du DDRA. Un index onomasiologique aurait été également le bienvenu, d’autant que les synonymes d’un type lexical ne sont pas référencés dans les entrées. On aurait pu mettre à la disposition des internautes qui, depuis le site de l’Institut Pierre Gardette, peuvent télécharger la table complémentaire, une bibliographie explicitant les abréviations bibliographiques utilisées dans le document (à moins d’être familier avec la tradition lexicographique différentielle, l’utilisateur aura du mal à comprendre à quoi renvoient des entrées comme «RézeauOuest 1990» ou «CartonPouletNord 1991»). Enfin, signalons qu’une légende à la carte en p. 18 aurait été la bienvenue (si le grisé remplit les départements dont les localités précises ne sont pas référencées, pourquoi la Drôme n’a-t-elle pas été elle aussi mise en gris? ), et que le renvoi à la N7 dans la N7 est plutôt curieux! Au final, malgré quelques petites faiblesses, il faut quand même saluer le travail accompli par l’équipe du DRRA. À l’heure actuelle, cet ouvrage constitue, de par le territoire qu’il recouvre, l’un des inventaires de régionalismes les plus ambitieux et les plus complets (en nombre d’entrées) pour la variation lexicale du français parlé dans le centre-est de l’Hexagone. Mathieu Avanzi Iberoromania Miguel Calderón Campos, El español del reino de Granada en sus documentos (1492-1833). Oralidad y escritura, Berna (Peter Lang), 2015, 273 p. (Fondo hispánico de Lingüística y Filología 22) Este libro ofrece una visión de conjunto del trabajo que hasta ahora Miguel Calderón Campos ha llevado a cabo en la confección del Corpus diacrónico del español del reino de Granada (CORDEREGRA 1 ) así como de los estudios lingüísticos que se desprenden de él. Se trata, pues, de una obra cuya amplia concepción de la historia de la lengua española arropa las más recientes visiones de la lingüística de corpus, la sociolingüística histórica y la dialectología. Se abre con una «Presentación» (7-10) en la que se ofrecen datos sobre la historia del proyecto y los objetivos del libro, que se resumen en: 1) exponer los criterios de selección y edición del corpus; 2) estudiar rasgos de oralidad presentes en el corpus a través de los fenómenos fonéticos y morfosintácticos; 3) analizar el plano léxico de los documentos, especialmente los arabismos; y 4) dar una muestra documental del corpus a manera de antología. En la presentación del corpus (11-35), se indica que el CORDEREGRA contiene documentos del antiguo reino de Granada, en donde se ven representadas las actuales provincias españolas de Málaga, Granada y Almería. En este sentido, abarca una amplia zona tanto de Andalucía oriental como de Andalucía occidental, lo que acentúa su importancia desde el punto de vista dialectal (10). En cuanto a su delimitación cronológica, se extiende desde 1492, año de la reconquista, hasta su transformación en provincias en 1833, con cerca de 500.000 palabras distribuidas en cuatro bloques: 100.000 palabras para el siglo XVI; 127.000 palabras para el siglo XVII; 255.000 palabras para el siglo XVIII; y 15.000 palabras Besprechungen - Comptes rendus 354 para el siglo XIX hasta 1833. Con respecto al alcance textual, este se limita a dos grandes tipos: inventarios de bienes y declaraciones de testigos. Los criterios de edición del corpus, asimismo, permiten conocer su utilidad y calibrar sus límites. Los documentos del CORDEREGRA se encuentran transcritos en una combinación de versión paleográfica y presentación crítica, lo que por una parte facilita su lectura sin que se pierdan aquellos elementos que pueden tener interés especial, por ejemplo, para evaluar fenómenos gráfico-fonéticos. Dado que la puntuación, cuando el documento la tiene, está modernizada, así como también los signos diacríticos y el uso de mayúsculas y minúsculas, este corpus no permite trazar su historia. Más cercana a la paleografía estrecha son las grafías que se respetan estrictamente con el fin de poder observar las posibles relaciones entre estas y los sonidos que representaban. El capítulo 3 (38-58) muestra la utilidad de esos datos al estudiar los aspectos fonéticos presentes en los documentos del corpus. A este respecto, Calderón analiza las vacilaciones de las vocales átonas y encuentra que su vitalidad dura hasta el siglo XVIII, lo que matiza la idea tradicional de que este fenómeno disminuía notablemente ya en el XVII. Como ejemplo de esto muestra la alternancia entre las formas defunto/ difunto, cuya primera forma alcanza en el corpus para el siglo XVIII un porcentaje nada desdeñable de 76 % frente a la forma que triunfaría definitivamente. En su análisis de los grupos consonánticos cultos se observa que estos parecen estar estandarizados en el uso moderno ya en el siglo XVIII (efecto, octubre, octavo), pero eso no excluye que se den casos de alternancia, sobre todo en algunas voces (suceder, escrito) (43). Con respecto a la relajación de la -s, se hace hincapié en la dificultad de obtener datos fiables acerca de este fenómeno en los textos escritos. Sin embargo, se ofrece una lista de posibles casos de aspiración desde 1615 y hasta 1795 (45-46). En temas de particular importancia por la zona y época estudiadas, como el seseo, el yeísmo, la confusión de líquidas y la elisión de -dy -d se aportan datos que resultan interesantes por cuanto indican un incremento en su diacronía. Con respecto al seseo, se documentan muestras que desde comienzos del siglo XVI evidencian la reducción de sibilantes y un crecimiento notable del fenómeno, que se aprecia en el número de casos que se duplican en cada uno de los siglos y hasta el XVIII. En cuanto al yeísmo, el estudio de los datos del CORDEREGRA en conjunto con otros corpus apuntan a negar el origen andaluz del fenómeno y a considerarlo más bien un proceso de cambio de todo el dominio hispánico. Aun así, indica prudentemente que se hace necesaria la revisión de otros corpus que contrasten estos datos con los de otras regiones de Andalucía, luego con otras regiones de España y finalmente con las variedades de América (50). Los casos de confusión de líquidas los contrasta con los datos que aporta Fontanella para la región bonaerense y concluye que se puede hablar de un desarrollo semejante, con casos esporádicos en los siglos XVI y XVII, pero con numerosas confusiones en el XVIII, aunque, como se sabe, la evolución posterior de este fenómeno llevó a la variedad argentina a optar por la vía estandarizadora mientras que la confusión se mantuvo en Andalucía (53). Termina finalmente el apartado dedicado a la fonética con los casos de elisión de / d/ . Aunque no se recogen casos hasta el siglo XVII, estos llaman la atención porque no solo aparecen en los usuales participios en -ado sino también en sustantivos (roapié, maera, enbúo) y formas pronominales como usté/ osté, que resulta mayoritaria frente a usted/ osted salvo en el siglo XVII, que no presenta ni una sola aparición de la forma con elisión (55-56). Es de notar que en cada uno de los aspectos estudiados para la parte fonética, se añaden apéndices en los que, a manera de lista, se pueden observar los casos concretos comentados en el análisis, lo que permite ver con mayor claridad los datos. En el cuarto capítulo (59-90) se analizan algunos fenómenos morfosintácticos presentes en los documentos. Comienza con los sufijos diminutivos -ico, -ito e -illo (59-64), que estudia Besprechungen - Comptes rendus 355 2 J.A. Pascual/ C. Domínguez, «Un corpus para un Nuevo diccionario histórico del español», in: A. Enrique-Arias (ed.), Diacronía de las lenguas iberorrománicas. Nuevas aportaciones desde la lingüística de corpus, Frankfurt/ Madrid 2009. en contraste con documentos coloniales venezolanos y muestra cómo en el país americano se hace mayoritaria la forma -ito, conforme a la tendencia más generalizada, mientras que en los documentos granadinos la forma más presente será -ico, con lo que, según el autor, se profundiza más bien el carácter dialectal de esta variedad. Además, también se toman en cuenta los distintos matices semánticos y pragmáticos de estos sufijos con numerosos ejemplos del corpus. El segundo aspecto son las formas de tratamiento (64-75), en donde se hace una revisión exhaustiva de estos fenómenos demostrando la utilidad que tienen para su estudio las declaraciones de testigos. Así, se puede observar cómo en la localidad de Abla, un documento de 1670 permite apreciar la vitalidad de las formas tuteantes, voseantes y ustedeantes, así como también confirma que las formas voseantes no eran necesariamente despectivas y que la forma usted estaba ya plenamente gramaticalizada, como se puede ver, además, en su primera aparición en el corpus, en 1662. De nuevo, Calderón incluye un riguroso análisis pragmático de los tratamientos en esta documentación y de forma comparada con otros corpus y con la amplia bibliografía que existe al respecto. Otra construcción estudiada en el ámbito morfosintáctico es la de Artículo determinado + Antropónimo, como la Agustina de Aranda o el don Bartolomé Sanches. Tomando datos de las declaraciones de testigos y de textos históricos presentes en el Corpus diacrónico del español (CORDE), se realiza un profundo análisis histórico en relación con conceptos como los de intersubjetivización y valor expresivo y se tratan tres tipos distintos de esta estructura. Subraya su valor discursivo y pragmático dentro del nivel textual y rechaza la idea de que se trate de una fórmula de inequívoco carácter despectivo. En el quinto capítulo (91-118) se estudia el componente léxico, específicamente el caso de los arabismos. Se hace una revisión histórica de las particulares condiciones de convivencia entre musulmanes y cristianos y de cómo esas relaciones se pueden observar a través del léxico. Especialmente resultan interesantes aquellos documentos como los inventarios de bienes en los que suelen nombrarse objetos comunes de la vida cotidiana. Se registra así la historia de palabras como mudéjares, trujamanes, la farda de la mar, entre otros. Termina este apartado con un glosario de arabismos (104-18) en el que se recogen unas sesenta voces documentadas en el corpus pero que no siguen vigentes en el español de hoy. Finalmente, y luego de las conclusiones (119-21) y de la bibliografía (123-38), se ofrece una larga antología de documentos del CORDEREGRA que tienen interés lingüístico (139- 273). Los documentos están extraídos del Archivo del Patronato de la Alhambra y Generalife, del Archivo de Protocolos de Granada y del Archivo de la Real Chancillería de Granada. La primera parte de la antología contiene un total de cincuenta y tres documentos judiciales (139-228) mientras que la segunda agrupa diecinueve inventarios de bienes (228- 73) para un total de setenta y tres documentos transcritos. Una vez vistas las distintas partes que componen el libro, se puede apreciar, tanto por sus dimensiones como por sus límites cronológicos, geográficos y textuales, que se trata de un corpus cuyos objetivos son muy precisos. Se refiere el autor a la idea de «corpus modular» tal y como lo esbozan Pascual y Domínguez (2009: 87-88 2 ) en el sentido de que constituye un conjunto acotado de documentos que reflejan una parte del diasistema de la lengua. Esto, lejos de ser un problema, es una de las grandes virtudes de este tipo de proyectos. Este trabajo viene a sumarse a una larga lista de publicaciones en papel o en línea que han constituido ya una tradición en el análisis de documentos hispánicos, tanto españoles como americanos y que, o bien presentan los documentos en bruto, o complementan el Besprechungen - Comptes rendus 356 3 Se pueden añadir algunas referencias más, como los diecinueve documentos centroamericanos que aparecen en J. L. Ramírez Luengo, «Materiales para la historia de la lengua española en Centroamérica: algunos documentos dieciochescos (1703-1758)», Ámbitos 2006: 119-36; y los más recientes dedicados a documentos filipinos en M. Franco Figueroa, El español de Filipinas. Documentos coloniales, Cádiz 2013; y los dedicados al Caribe en M. Guzmán Riverón, Documentos para la historia lingüística de Hispanoamérica. Textos del Caribe (siglos XVI y XVII). Vol. 5, Madrid 2015. 4 E. Rojas Mayer (ed.), Documentos para la historia lingüística de Hispanoamérica. Siglos XVI a XVIII, vol. 3, Madrid 2008. 5 Como puede verse, por ejemplo, en C. Company Company, El siglo XVIII y la identidad lingüística de México, México 2007; M.T. García-Godoy (ed.), El español del siglo XVIII. Cambios diacrónicos en el primer español moderno, Berna 2012; J. L. Ramírez Luengo, Una descripción del español de mediados del siglo XVIII. Edición y estudio de las cartas de M. Martierena del Barranco (1757- 63), Lugo 2013; M. Guzmán Riverón/ D. M. Sáez Rivera (ed.), Márgenes y centros en el español del siglo XVIII, Valencia 2016; J. L. Ramírez Luengo (ed.), Por sendas ignoradas. Estudios sobre el español del siglo XIX, Lugo 2012; y la sección temática «Una cercana diacronía opaca: Estudios sobre el español del siglo XIX» de la revista Études romanes de Brno 2015/ 36. 6 Como ha puesto de relieve J. Lüdtke, Los orígenes de la lengua española en América. Los primeros cambios en las Islas Canarias, las Antillas y Castilla del Oro, Frankfurt/ Madrid 2014. corpus con su análisis lingüístico, como es el caso de esta publicación. Aquí se incluye (12- 13) un útil cuadro que reúne las referencias y características de todos los corpus que pueden consultarse y que resultan complementarios a este y a otros más amplios 3 . Parte de este proyecto ya había sido presentado en 2008 con una muestra de trece documentos 4 dentro de una colección cuyo interés lingüístico se centraba en América. En ese sentido, cabe decir que este libro de Miguel Calderón tiene un interés múltiple para los estudiosos de la lengua española. Por una parte, es evidente su importancia dentro del contexto histórico-dialectal de las variedades del español de España. Los datos que aporta ayudan a configurar tanto geográfica como cronológicamente muchos de los fenómenos presentes en su historia. Por otra parte, tiene un gran interés para los americanistas, pues representa una evolución lingüística contemporánea a la que ocurre del otro lado del océano durante la misma época. Desde el punto de vista diacrónico, también hay que señalar el valor de poder acceder a documentos de los siglos XVIII y XIX, épocas que en los últimos años han venido despertando cada vez mayor interés entre los historiadores de la lengua con resultados de enorme importancia para el conocimiento de la historia del español 5 . Así, este libro permite poner en comparación la evolución de algunos fenómenos en el contexto de las distintas variedades del español ya estudiadas con corpus similares y establecer patrones de cambio y de estandarización que, como por ejemplo en el nivel morfosintáctico, surgen y se difunden a partir del siglo ilustrado. Asimismo, tomando en cuenta el reciente auge de la sociolingüística histórica, este libro abre una muy interesante posibilidad de investigación en torno a los procesos de conformación de las diversas variedades de una lengua como parte de los movimientos migratorios, tema muy recorrido para lenguas como el inglés pero que en los estudios hispánicos requiere de una revisión más profunda. Así, los documentos y el camino de análisis que propone Calderón, puede tener una notable influencia en la reflexión sobre estos procesos en el español americano y canario 6 y, por consiguiente, en la comprensión del cambio lingüístico. 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Concept e realisaziun: Lia Rumantscha, Daniel Telli; red. actuala: Reto Capeder, Coira 2015s. http: / / www.pledarigrond.ch/ surmiran/ Tomaschett Carli/ Secchi Marga Annatina/ Lutz Ursin/ Derungs Silvana/ Badilatti Michele Luigi/ Zini Annetta, Dicziunari Rumantsch Grischun (DRG), vol. 14, fasc. 182/ 183 (melistuel - merda), Cuira 2015 2.1.2 Monographien Bisaz Corsin/ Glaser Andreas (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie. Herausforderungen und Perspektiven der Rumantschia, Zürich 2015 Caprez Christina/ Gasser Markus (red.), Filistuccas e fafanoias. Romanische Mundarten anno 1926/ Flausen und Fabeleien aus alter Zeit. Eine Zeitreise führt in der Schnabelweid fast 90 Jahre zurück ins rätoromanische Graubünden [Radiosendung SRF 1], s.l. 2015 Clopath Johann (red.), Nums da funs dallas vischnauncas da Vuorz, Andiast, Pigniu, Rueun, Siat, Ruschein e Ladir/ Flurnamen von Vuorz bis Ladir. Supplement dil Calender Per mintga gi 2016 [Flurnamenkarte], s.l. 2015 Coray Renata/ Kobelt Émilienne/ Zwicky Roman/ Kübler Daniel/ Duchêne Alexandre, Mehrsprachigkeit verwalten? Spannungsfeld Personalrekrutierung beim Bund, Zürich 2015 Dazzi Anna-Alice/ Derungs Silvana, Da «Hans im Keller» e dal «Tredesch da Troccas» (Forum, 11.01.2015) [Radiosendung RTR], Cuira 2015 - Dialects a l’ur (Forum, 26.04.2015) [Radiosendung RTR], Cuira 2015 - Pertge na chapin nus magari betg in l’auter (Forum, 21.06.2015) [Radiosendung RTR], Cuira 2015 - «Schef, quai è coga cool! ». Registers linguistics (Forum, 20.09.2015) [Radiosendung RTR], Cuira 2015 - Cura ch’ils Rumantschs fan zacras (Forum, 22.11.2015) [Radiosendung RTR], Cuira 2015 Ranzoni Marco (ed.), Repertorio del dialetto bregagliotto a partire dai termini in italiano e in tedesco. Complemento del Dizionario di Luigi Giacometti, Coira/ Bellinzona 2015 2.1.3 Artikel Arquint Romedi, «Fragen, die die Rumantschia beschäftigen sollten», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 157-66 Auer Andreas, «Der ‹Romanenstaat› - Eine Entgegnung», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 134-38 Badilatti Michele Luigi, «La nobilisaziun dal rumantsch en An Account of the Romansh Language (1776) da Joseph Planta», AnSR 128 (2015): 7-23 Bernhard Jan-Andrea, «La Tæfla da Iachiam Tütschett Bifrun - igl emprem cudisch da scola romontsch», AnSR 128 (2015): 25-54 Berthele Raphael, «Variation, Konsens und Konvergenz. Sprechen über Raum im Kontext von Mehrsprachigkeit», in: I. Doval/ B. Lübke (ed.), Raumlinguistik und Sprachkontakt. Neue Beiträge zu spatialen Relationen im Deutschen, Englischen und Spanischen, München 2014: 15-45 Nachrichten - Chronique 370 Bezzola Duri, «Die Lia Rumantscha und die politische Vertretung rätoromanischer Interessen», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 95-105 Biaggini Giovanni, «Die Rumantschia als Teil des (direkt-)demokratischen pluralistischen Bundesstaates», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 77-91 Bisaz Corsin, «Die Wahl des Demos als Problem für die (direkt-) demokratische Legitimation von Entscheidungen zur rätoromanischen Sprache», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 141-56 Burri Thomas, «Der Romanenstaat: Versuch einer verfassungsrechtlichen Lösung der Rätoromanenfrage», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 125-31 Casanova Andri, «Wie die Bibel auch im Romanischen schöpferisch mit Namen umgeht. Ein Einblick in die jüdisch-christliche Bedeutung der Namen», Terra Grischuna 2 (2015): 32-35 Cathomas Bernard, «Dreissig Jahre Rumantsch Grischun. Ein alter Traum wird Wirklichkeit», in: S. 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Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 3-15 Grünert Matthias, «Verfassungsrecht und Sprachengesetzgebung zum Rätoromanischen aus soziolinguistischer Perspektive», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 49-75 Hoyer Gunhild, «Ils cuntinuatuors da castellum i’l intschess rumantsch ed illa Romania submersa dal Grischun». (Traducziun: Dumenic Andry), AnSR 128 (2015): 85-95 Jäger Martin, «Die Rolle des Kantons bei der Förderung der rätoromanischen Sprache», in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 17-23 Jenny Christian, «Vom ‹Traxloch› und dem ‹Arschpaggatälli›. Flurnamen im Wandel der Zeit», Terra Grischuna 2 (2015): 16-19 Knapp Oscar, «Die SRG.R: Pompöse mediale Begleitung einer sterbenden Sprache oder Quelle ihrer Vitalität und Vielfalt? », in: C. Bisaz/ A. Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 117-22 Liver Ricarda, «Karl Jaberg e il romancio dei Grigioni», in: A.-M. Fryba-Reber/ P. Swiggers (ed.), Karl Jaberg. Linguistique romane, géographie linguistique, théorie du langage, Leuven 2015: 111-23 Lutz Ursin, «Ils castials spagnols da Balthasar Gioseph de Vincenz (1789-1858). Remarcas davart sia veta e siu Meum Scret», AnSR 128 (2015): 97-112 Masüger Peter, «Romanische Namen - nicht nur in Graubünden. Die Namenlandschaft der ‹untergetauchten› Raetoromania», Terra Grischuna 2 (2015): 26-30 Pajarola Jano Felice, «Mein Ziel Schweiningen. Wie sich Bündner Ortsnamen gewandelt haben», Terra Grischuna 2 (2015): 4-7 Nachrichten - Chronique 371 Plangg Guntram, «Augmentativa im alemannisch-rätischen Raum», in: P.Anreiter/ E. Mairhofer/ C. Posch (ed.), Argumenta. Festschrift für Manfred Kienpointner zum 60. Geburtstag, Wien 2015: 443-50 - «Berg- und Flurnamen rund um den Piz Buin», in: M. 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Glaser (ed.), Rätoromanische Sprache und direkte Demokratie, Zürich 2015: 25-45 Widmer Kuno, «Entadim la Tumleastga», Calender Per mintga gi 94 (2015): 155-56 2.1.4 Rezensionen Timmermann Jörg, *R. Liver, Der Wortschatz des Bündnerromanischen. Elemente zu einer rätoromanischen Lexikologie, Tübingen 2012; VRom. 74 (2015): 279-83 2.2 Literatur 2.2.1 Monographien Caprez Brülhart Uorschla Natalia/ Giger Hubert (ed.), Real, irreal, surreal, Cuira 2015 Meyer Plinio, Tavellöz. Jauer par minchün cun versiun in vallader, Schlarigna 2015 Peer Oscar, Hannes, Cuira 2014. [Deutsche Edition, Zürich 2015] Riatsch Clà, Pathos und Parodie. Inversionslagen in der bündnerromanischen Literatur, Aachen 2015 Simmen Yvonne/ Cathomas Claudia/ Ganzoni Annetta, Candinas, Theo. Inventari digl archiv da Theo Candinas egl Archiv svizzer da litteratura (ASL), [2015? ], http: / / ead.nb.admin.ch/ html/ candinas.html Tuor Alfons, Poesias. Ovra lirica cumpleta. Edida da Renzo Caduff, Cuira 2015 2.2.2 Mehrsprachige Ausgaben Egloff Peter, Die Kirche im Gletscher. Rätoromanische Sagen aus der Surselva/ La baselgia el glatscher. Detgas dalla Surselva. Ausgewählt, übersetzt und mit einem Nachwort von Peter Egloff, Zürich 2015 Murk Tista, Spinai. Romanisch und Deutsch. Originalausgabe: Spinai, Chasa paterna no. 50, Lavin 1944. Übersetzung und Herausgabe: Dominik Heeb, Basel, 2015 Mützenberg Denise, Aruè. Poesia valladra/ Aroué. Poésie romanche de Basse-Engadine e du Val Müstair, Genève 2015 Rüthers-Seeli Tresa, Aunc melli stads. Poesias/ Noch tausend Sommer. Gedichte. Translaziun en tudestg: Edith Bodmer, Tresa Rüthers-Seeli, Cuira 2015 Semadeni Leta, Dans ma vie de renarde et autres poèmes, Genève 2015 Vonmoos Schimun, Il corn da puolvra dad Abraham ed oters raquints/ Das Pulverhorn Abrahams und andere Erzählungen. Illustraziuns dad Alois Carigiet, Nachwort von Mevina Puorger Pestalozzi, Turich 2015 Nachrichten - Chronique 372 2.2.3 Übersetzungen Klainguti Göri, Storie brevi. Introduzione e traduzione dal romancio di Walter Rosselli, [s.l.] 2015 2.2.4 Artikel Caduff Nicolaus, «Culan da Crestaulta. [Toni Halter]», Litteratura 34 (2015): 152-56 Caduff Renzo, «Bündnerromanische Metrik am Beispiel dreier Engadiner Lyriker. Eine hybride Kombination metrischer Einflüsse der Nachbarliteraturen? », in: S. Haupt (ed.), Tertium Datur! Formen und Facetten interkultureller Hybridität, Zürich 2014: 69-84 Cathomas Bernard, «Arno Camenisch aus Tavanasa beeindruckt die Welt der Literatur», Bündner Jahrbuch 57 (2015): 67-73 Ganzoni Annetta, «Leo Tuor», Viceversa 9 (2015): 9-34 Riatsch Clà, «Üna bella pulenta. Mangiar e baiver in texts rumantschs», AnSR 128 (2015): 139-62 Nachrichten - Chronique 373 3. Büchereingänge - Livres reçus 2015-2016 Ahumada Ignacio (ed.), Diccionario bibliográfico de la metalexicografía del español 3. 2006-10, Jaén (Universidad de Jaén) 2014, 250 p. Chardonnens Noémie, L’autre du même: emprunts et répétitions dans le Roman de Perceforest, Genève (Droz) 2015, 735 p. (Publications romanes et françaises cclxiii) Colombo Timelli Maria/ Ferrari Barbara/ Schoysman Anne/ Suard François (ed.), Nouveau répertoire de mises en prose (XIV e -XVI e siècle), Paris (Classiques Garnier) 2014, 929 p. (Textes littéraires du Moyen Âge 30) Corbellari Alain, Des fabliaux et des hommes. Narration brève et matérialisme au Moyen Âge, Genève (Droz) 2015, 204 p. (Publications romanes et françaises cclxiv) Delucchi Rachele, Fonetica e fonologia dell’armonia vocalica. Esiti di -A nei dialetti della Svizzera italiana in prospettiva romanza, Tübingen (Francke) 2016, 459 p. (Romanica Helvetica 134) Floquet Oreste/ Giannini Gabriele (ed.), Anglo-français: philologie et linguistique, Paris (Classiques Garnier) 2015, 162 p. (Rencontres 119) Froissard Jean, Chroniques de France et d’Angleterre. Livre quatrième, édition critique par Alberto Varvaro, Bruxelles (Académie royale de Belgique) 2015, 751 p. Frota Sónia/ Prieto Pilar (ed.), Intonation in Romance, Oxford (Oxford University Press) 2015, 459 p. Krakenberger Etna Rosa, Pensionamento e plurilinguismo. Un’indagine qualitativa su immigrati italiani e su svizzeri tedeschi, Pisa (Pacini Editore) 2015, 213 p. (Studi e testi di letteratura e linguistica 3) Kullmann Dorothea/ Lalonde Shaun (ed.), Réécritures. Regards nouveaux sur la reprise et le remaniement de textes, dans la littérature française et au-delà, du Moyen Âge à la Renaissance, Toronto (Pontifical Institute of Mediaeval Studies) 2015, 395 p. Lagomarsini Claudio (ed.), Les aventures des Bruns. Compilazione guironiana del secolo XIII attribuibile a Rustichello da Pisa, Firenze (Edizioni del Galluzzo) 2014, 620 p. (Archivio Romanzo 28) Liver Ricarda, La Sabgienscha da Iesu filg da Sirach. Die altengadinische Ecclesiasticus-Übersetzung von Lüci Papa. Neuausgabe des Druckes von 1613 mit linguistischem Kommentar, Tübingen (Francke) 2016, 200 p. (Romanica Helvetica 137) Loporcaro Michele, Vowel length from Latin to Romance, Oxford (Oxford University Press) 2015, 306 p. Menegaldo Silvère, Le dernier Ménestrel ? Jean de le Mote, une poétique en transition (autour de 1340), Genève (Droz) 2015, 428 p. (Publications romanes et françaises cclxv) Miélot Jean, Vie de sainte Catherine, édition de Maria Colombo Timelli, Paris (Classiques Garnier) 2015, 276 p. (Textes littéraires du Moyen Âge 34) Montinaro Antonio, La tradizione del De medicina equorum di Giordano Ruffo. Con un censimento dei testimoni manoscritti e a stampa, Milano (Ledizioni) 2015, 276 p. (Biblioteca di Carte Romanze 4) Tortora Christina, A comparative grammar of Borgomanerese, Oxford (Oxford University Press), 2014, 401 p. (Oxford Studies in Comparative Syntax) Tyssen Madeleine, Le chansonnier français U, publié d’après le manuscrit Paris, BNF, fr. 20050, vol. 1, Paris (Paillart), 405 p. (Société des anciens textes français) Wunderli Peter, Le Nouveau Testament occitan de Paris (Ms. BN fr. 2425), Vol. 1: Introduction et édition critique/ Vol. 2: Analyse de la langue, Lexique et Index des noms, Tübingen (Francke) 2016, 784 p. (Romanica Helvetica 136) Adresses des auteures et auteurs (contributions originales) Ermenegildo Bidese Jan Casalicchio Patrizia Cordin Università degli Studi di Trento Dipartimento di Lettere e Filosofia Via Tommaso Gar 14 I-38100 Trento Jean-Pierre Chambon Université Paris Sorbonne Paris IV Centre d’enseignement et de recherche d’oc 16, rue de la Sorbonne F-75005 Paris Elwys De Stefani KU Leuven Multimodality, Interaction & Discourse (MIDI) Blijde-Inkomststraat 21 - box 3308 B-3000 Leuven Lorenzo Filipponio Universität Zürich Romanisches Seminar Zürichbergstr. 8 CH-8032 Zürich Paolo Gresti Università Cattolica del Sacro Cuore Sede di Milano Facoltà di lettere e filosofia Dipartimento di Studi medioevali, umanistici e rinascimentali Largo A. Gemelli, 1 I-20123 Milano Andres Kristol Université de Neuchâtel Faculté des lettres Centre de dialectologie et d’étude du français régional Avenue du Peyrou 6 CH-2000 Neuchâtel Ricarda Liver (Romanisches Seminar der Universität Bern) Geinisberg CH-3432 Lützelflüh-Goldbach Franco Pauletto Stockholms universitet Romanska och klassiska institutionen SE-106 91 Stockholm Francisco P. Pla Colomer Phil.-Hist. Fakultät und Sprachenzentrum Universität Augsburg Universitätsstr. 2 D-86135 Augsburg David Porcel Bueno Universitat de València Departament de Filologia Espanyola Facultat de Filologia Traducció i Comunicació Avda. Blasco Ibáñez, 32 E-46010 València Lorenzo Tomasin Université de Lausanne Faculté des Lettres Section d’italien Bât. Anthropole, 4117 CH-1015 Dorigny (Lausanne) Peter Wunderli Heinrich Heine Universität Düsseldorf Romanistik 4 Universitätsstr. 1 D-40225 Düsseldorf Prix Collegium Romanicum pour l’avancement de la relève MISE AU CONCOURS Le Collegium Romanicum met au concours le «Prix pour l’Avancement de la Relève» pour l’année 2017. Les membres du Collegium Romanicum sont invités à envoyer leurs propositions (dossier du candidat ou de la candidate, monographie, 2 rapports) à chacun des trois membres du jury. Le délai de présentation est le 31 décembre 2017. Adresses du jury: Prof. Dr. Tatiana Crivelli Speciale, Romanisches Seminar der Universität Zürich, Zürichbergstr. 8, 8028 Zürich Prof. Dr. Itziar Lopez Guil, Romanisches Seminar der Universität Zürich, Zürichbergstr. 8, 8028 Zürich Prof. Dr. Michel Viegnes, Université de Fribourg, Av. de Beauregard 13, 1700 Fribourg Règlement 1. Le collegium Romanicum décerne chaque année aux jeunes romanistes suisses ou travaillant en Suisse qui n’auront pas dépassé les 35 ans au moment de leur candidature le «Prix d’Avancement de la Relève». Il récompense les travaux scientifiques des jeunes chercheurs/ chercheuses qui se sont distingué(e)s dans le domaine de la philologie romane (linguistique ou littérature). 2. Ce prix est mis au concours annuellement lors de l’Assemblée Générale du Collegium Romanicum. La dotation en est de 2.000.- CHF. 3. La date limite de présentation est le 31 décembre. 4. Le jury qui doit accorder le Prix de la Relève est formé par trois membres du Collegium Romanicum. Ceux-ci sont choisis par les membres présents à l’Assemblée Générale. Le jury peut, au besoin, demander à des spécialistes des rapports supplémentaires. 5. On accordera le prix à des monographies scientifiques (livres, thèses) du domaine de la philologie romane (linguistique ou littérature), déjà parues ou achevées au moment de leur présentation au concours. 6. Chaque candidature doit être accompagnée d’une lettre de présentation - adressée au président du Collegium Romanicum, avec copie pour les trois membres du jury - de la part de deux professeurs (l’un au moins membre du Collegium Romanicum). 7. Le prix sera remis lors de l’Assemblée Générale qui suivra à la mise au concours. Prix de la relève 2016 du Collegium Romanicum «Ayons aussi une poésie nationale.» La littérature suisse en orbite (1730-1830) Thèse de Timothée Léchot sous la direction de Claire Jaquier, soutenue en mai 2015 à l’Université de Neuchâtel Cette thèse propose des jalons décisifs pour cerner les spécificités de la poésie qui s’écrit dans la Suisse du XVIIIe siècle. Le choix méthodologique permet de porter un regard neuf sur cette production littéraire, à savoir l’utilisation du concept «centre/ périphérie», inspiré notamment des travaux des chercheurs belges Denis Benoît et Jean-Marie Klinckenberg: les rapports entre centre et périphérie y sont analysés selon des paramètres d’attraction et de rejet, d’où le développement du concept d’«analyse gravitationnelle» du XVIII e siècle. Cette notion opératoire permet d’étudier une littérature d’expression française ni comme un rameau issu du tronc français, ni comme un isolat totalement autonome, mais en tant qu’elle est soumise à des enjeux de réception envisagée sous ses aspects relationnels. Le choix de s’appuyer sur le genre poétique permet de mettre d’autant mieux en évidence les sentiments d’insécurité littéraire et linguistique d’une conscience collective reportant la consécration «à un avenir hypothétique où l’institution ‹nationale› disposerait d’un véritable pouvoir légitimant» (p. 368). Dans cette optique, M. Léchot utilise les notions de forces centrifuges et centripètes pour élargir le réseau à la Suisse alémanique et au reste de l’Europe, ce qui donne lieu à des développements particulièrement éclairants. La thèse s’inscrit dans la lignée des études privilégiant l’histoire culturelle, l’histoire littéraire et la sociologie, dans la continuité des travaux de Daniel Maggetti, Claire Jaquier, Claude Reichler ou Jérôme Meizoz. Le Prix de la Relève 2016 récompense donc une thèse remarquée pour ses qualités d’organisation structurelle, de mise en valeur des sources, de rigueur méthodologique et de prise en compte à la fois de la littérature de Suisse romande et de la poésie lyrique du XVIIIème siècle, un siècle dont la production poétique est peu mise en valeur, y compris pour la littérature de l’Hexagone. Rédigée dans une langue claire et élégante, cette étude très bien documentée combine avec rigueur les questions d’histoire littéraire, les données biographiques des auteurs, les enjeux politiques de la production poétique, et propose également des pistes de comparaison avec la situation au Canada. La méthodologie suivie par M. Léchot impose ainsi une lecture renouvelée de la poésie de langue française hors de France. Le Jury: Tatiana Crivelli Speciale (Université de Zurich) Itziar Lopez Guil (Université de Zurich) Michel Viegnes (Université de Fribourg)
